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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

A Arte de Ensinar a Aprender

No dia 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor, data em que se homenageiam os responsáveis pelo desenvolvimento da educação e do conhecimento no país, abrangendo um grupo de profissionais que trabalham desde a educação infantil até o ensino superior. Trata-se de uma das mais importantes profissões praticadas no mundo. Neuropsicóloga mostra que, sem ela, a transmissão de conhecimentos e a correta apreensão destes pelas pessoas seriam praticamente impossíveis.

 

A origem do Dia do Professor se deve ao fato de, na data de 15 de outubro de 1827, o imperador Dom Pedro I ter instituído um decreto que criou o Ensino Elementar no Brasil, com a instituição das escolas de primeiras letras em todos os vilarejos e cidades do país. Além disso, o decreto estabeleceu a regulamentação dos conteúdos a serem ministrados e as condições trabalhistas dos professores. Tempos depois, mais precisamente no ano de 1947, o professor paulista Salomão Becker, em conjunto com três outros profissionais da área, teve a ideia de criar nessa data um dia de confraternização em homenagem aos professores e também em razão da necessidade de uma pausa no segundo semestre, até então muito sobrecarregado de aulas.

 

Mais tarde, em 1963, a data foi oficializada pelo decreto federal nº 52.682, que, em seu art. 3º, diz que “para comemorar condignamente o dia do professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo delas participar os alunos e as famílias”. O responsável por aprovar esse decreto foi o presidente João Goulart.

 

Nesse cenário pandêmico, a neuropsicóloga Leninha Wagner explica que os professores se deparam com desafios “não só da ordem pedagógica, no sentido de mediar saberes e conhecimentos através de plataformas digitais, mas, principalmente, necessitaram usar da compreensão da afetividade que se estabelece na relação professor-aluno, para manter a ‘conexão’, entre esse par, de quem ensina e de quem aprende”. Assim, é possível “continuar a transmitir uma educação de excelência, em momentos de dúvidas e tantas instabilidades e completa vulnerabilidade social”, completa.

 

A transferência é um dos conceitos utilizados pelos psicanalistas e que, detalha Leninha, consiste na “atualização de desejos inconscientes originalmente experimentados, nas primeiras relações, geralmente com pais, e outros membros da família”. Além disso, a transferência pode estabelecer-se em outros contextos intersubjetivos, ela ressalta: “a relação professor-aluno – por sua proximidade histórica com as primeiras relações, pela duração do processo de ensino-aprendizagem que vai da infância até a fase adulta e pela função de transmissão do conhecimento de que são investidos a instituição escolar e os educadores”.

 

A transferência psicanalítica nos remete a ideia de "transporte", ou seja, transportar o saber de um mestre para seu pupilo. Sendo assim, Leninha Wagner lembra que “a transferência ocorre com todos os sujeitos, partindo do desejo reprimido à uma lembrança ou experiência vivida no passado. Já a que ocorre na relação professor–aluno é despertada por um desejo, é por isso que o aluno atribui ao professor algo especial, o que determina o seu desejo. O professor é depositário de algo que foi lhe direcionado pelo desejo do aluno. Quando o aluno se encontra revestido por esta transferência ele é marcado no seu percurso intelectual por seu professor, não esquecendo que é o próprio desejo que torna o seu professor excelente”. 

 

Vale lembrar que essa transição, detalha Leninha, “não é apenas uma repetição do passado, consiste em um papel dado ao professor pelo aluno onde ele cria um cenário na sua imaginação, é a sua própria verdade. É dessa relação que o aluno desperta inúmeras capacidades, desde referentes ao conhecimento até principalmente potencialidade de vivência como ser social”. Feita a transferência, o professor assume, do ponto de vista afetivo, um poder de influir no seu aluno. Nesse contexto, ela salienta, “o aluno encontra no professoro seu amparo, é a partir daí que a transferência será colocada em prática, a admiração, o desejo, o afeto que o aluno tem para com o professor se passa através da transferência”. 

Dentre todos os acontecimentos que fazem parte da relação professor-aluno, a neuropsicóloga reforça que “não podemos deixar de falar sobre o processo de ensino-aprendizagem, no qual estudos feitos por Freud mostraram que à medida que a criança aprende a desejar ela começa a querer saber. Portanto, cabe ao professor a responsabilidade de ‘ensinar a aprender’, a querer assimilar conhecimentos, articular pensamento e derivar saberes para a longa trajetória do ciclo vital”.

 

Além disso, professores necessitam ser reconhecidos e validados, como pessoas de importância primordial na vida dos nossos pequenos. “Não deve ser coincidência a proximidade do dia das crianças com o dia dos professores, é uma relação muito próxima, criança e professor”, comenta Leninha. Para celebrar o dia destes profissionais, Leninha deixa uma mensagem parabenizando pela data: “Que nossos mestres recebam todas as homenagens pelos seus esforços em inspirar e formar toda as outras profissões”, finaliza.


Saúde física e emocional dos professores precisa deixar de ser negligenciada

Neurocientista e psicanalista Fabiano de Abreu alerta que a saúde física destes profissionais vem definhando junto da saúde mental, cada vez mais afetada pela ansiedade e pelo estresse

 

O mês de setembro é marcado pelo Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre o suicídio, Dia de Combate ao Estresse (23/09) e o Dia do Coração (29/09). Logo em seguida, no dia 15 de Outubro, vem o Dia do Professor. A proximidade destas datas poder ser coincidência, mas são assuntos diretamente ligados. Estresse, depressão e falta de cuidados físicos, como boa alimentação e exercícios, são uma combinação fatal e frequente entre professores de todo o Brasil, em especial, os que trabalham com alunos da Educação Básica. O Brasil está no segundo lugar entre os países mais estressados do mundo, segundo a Associação Internacional de Controle do Estresse e da Tensão, sendo o Estresse uma das principais causas de afastamento da sala de aula. Apenas no estado de São Paulo, 30 mil professores faltam diariamente em decorrência deste problema, de acordo com reportagem publicada no Portal do Centro do Professorado Paulista, que ouviu o psicanalista, neurocientista e filósofo Fabiano de Abreu sobre o assunto. 

 

O pesquisador faz um alerta sobre a saúde destes profissionais destacando a relação entre ansiedade e saúde cardíaca. “O estresse pode afetar a vida trazendo desde sintomas psíquicos como físicos, podendo levar à depressão. Acne, dores de cabeça, dores crônicas, dores no estômago, alergias e problemas na pele, baixa imunidade facilitando doenças, fadiga, queda de cabelo, taquicardia, bruxismo, sudorese, tensão muscular e alguns outros sintomas que, em última análise, aumentam também os riscos de ataque cardíaco”, explica Abreu. O pesquisador destaca que a ansiedade e o estresse prejudicam o coração porque os neurotransmissores, que são mensageiros químicos no cérebro, sofrem um desequilíbrio quando estão em situações de ansiedade continuada. “A produção de adrenalina e noradrenalina, produzidas também nas glândulas suprarrenais, aumentam quando estamos ansiosos ou estressados, refletindo-se num aceleramento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, podendo levar ao ataque cardíaco”, explica. Ainda há o cortisol, hormônio regulador do estresse produzido nas glândulas suprarrenais, que pode causar a morte em pessoas que já tiverem doenças cardiovasculares.

 

Jornada de trabalho exaustiva, com aulas presenciais e online, somada à baixa remuneração, à falta de oportunidades para se capacitar, aos materiais de trabalho insuficientes e à indisciplina dos alunos, que em diverso casos chegam a agredir os profissionais de maneira verbal e até física, formam um quadro grave que desencadeia os males citados. “Hoje o professor não pode fazer nada que logo terá que responder pelos atos, por menores que sejam, mesmo que realizados na tentativa de educar. Os alunos não respeitam os professores como antigamente, agredindo-os com palavras e, em alguns casos, até fisicamente”, destaca Fabiano de Abreu. Junto a isso, a baixa remuneração obriga os docentes e procurarem atividades extras, o que os sobrecarrega.

 

A solução existe, de acordo com o psicanalista. São comportamentos simples: 

dormir oito horas à noite, fazer exercícios físicos, ter convívio social, boa alimentação, leituras, filmes e séries que melhorem o humor e evitem excesso de informações e pensamentos negativos. Mesmo que isso pareça impossível na correria do dia a dia, é necessário se forçar a parar em algum momento. “Resolver os problemas em ordem de prioridade e sem pressa, já que um problema bem resolvido e em mais tempo vale mais que um problema mal resolvido rapidamente”, aconselha.


O dia dos professores no bojo da pandemia

A educação é tema dos mais relevantes para a Sociologia, tanto que há todo um conjunto de teorias e autores dedicados à Sociologia da Educação. Certamente, as reflexões sociológicas nos darão, brevemente, contribuições acerca da educação no bojo desta pandemia que tomou o ano de 2020 de assalto.

A comemoração do "Dia dos Professores" reclama especial atenção a este profissional que, nas mais diversas escolas e nas mais distintas fases da educação formal, estão presentes nas vidas dos alunos. Ambos - alunos e professores - são cidadãos marcados pela sociedade em que vivem, pela situação econômica, política, social e cultural do país. Professores, junto aos seus alunos, mas, também, com os funcionários das escolas e universidades, daqueles que se dedicam à faxina até as secretarias, são parte deste dia de jubilo. A educação é um processo social, parte fundamental da socialização das crianças e jovens e, por isso, deixa marcas indeléveis em nossas vidas: positivas e algumas, infelizmente, negativas. O Brasil continua amargando posições muito ruins nos rankings internacionais que aferem a qualidade do ensino e do aprendizado. E isso só mudará com esforço coletivo, dos professores, dos alunos, da família e de toda a sociedade. Ainda não optamos pela educação como elemento de desenvolvimento de nossa nação. Já não bastassem todas as dificuldades cotidianas do processo educacional, cujas diferenças são evidentes entre o ensino público e o privado, fomos, todos, neste ano, forçados a repensar nossas estratégias de ensino por conta do coronavírus.

Professores, em muitos casos, tiveram que se adaptar, por conta e risco, ao ensino remoto, não presencial. Muitos outros nem sequer tiveram condições de dar continuidade às aulas, já que não possuem computadores, smartphones e acesso à Internet veloz e estável. As desigualdades - de renda, de oportunidades, regionais, entre outras - são estruturais em nossa sociedade e, na conjuntura pandêmica, se agudizaram. Professores, gestores das escolas, pais, crianças e jovens ficaram (ou ainda estão) perdidos nessa situação atípica, anormal, de atividades com aulas síncronas e assíncronas. Colegas professores - do Ensino Fundamental até o Ensino Superior - buscaram conhecer melhor as ferramentas e as plataformas que permitem uma aula não presencial, a partir de suas casas. Muitos professores, em seus computadores, dão aulas vendo apenas sua própria imagem, pois a grande parte dos alunos, por motivos diversos e muitas vezes justos, não se sentem à vontade para "abrir" sua câmera. Um parêntesis: leciono para seis turmas neste semestre e apenas dois alunos assistem as aulas com sua câmera aberta e isso já torna minha quarta e quinta-feira mais agradáveis! Nossas casas, o reduto da intimidade da família, foi "invadida". Não teve jeito. São aulas ministradas do escritório, das bibliotecas, da sala, da mesa da cozinha. E, desta forma, professores se esforçaram para não deixar "a peteca cair".

Quantos pais, hoje, conhecem melhor seus filhos? O comportamento em casa, durante a aula ou na realização das tarefas, é o mesmo na escola, na sala de aula? Eu, que decidi ser professor lá pelos 15 anos, fui colocado na berlinda pelo meu filho, com seis anos. Aqui, em casa, minha esposa e eu estamos em aula remota, muitas vezes em horários iguais e, ainda, com as lives, aulas e tarefas de nosso filho. Meus alunos, universitários, tem maior maturidade para encarar esse período que vivenciamos. Meu filho e, confesso, eu mesmo, talvez não tenhamos toda a maturidade necessária. Logo no começo da pandemia, terminei minha aula e fui ajudar nas tarefas do meu garoto. Estudamos o Egito Antigo, fizemos uma pirâmide de papelão, fizemos um desenho e construímos ferramentas. Foi tudo bem. Depois, veio a leitura de textos curtos. Aí, a coisa desandou. Não queria ler. E eu insistindo na importância da leitura. Não lia. Fazia provocação e queria ligar a televisão. Irritado dei um grito: "vai ler, sim, depois, televisão". Assustado, meu filho questionou: "Papai, você grita assim com seus alunos?". Fiquei sem reação, olhando para ele. Depois, respondi: "Não filho, meus alunos, na maioria das vezes, fazem o que peço e não ficam me provocando, choramingando, querendo ver televisão". E devolvi com uma pergunta: "Você também se comporta assim na sala de aula, com sua professora". E ele, calmamente, me respondeu: "Eu não. Tenho vergonha, da professora e dos meus amigos. De você e da mamãe eu não tenho vergonha, falo o que quero". Fui ler o que os psicólogos e especialistas em educação infantil estavam publicando. Desisti. Muitos estavam teorizando em abstrato e, concretamente, a coisa era bem mais complicada. Filho de um amigo me disse, dias atrás, que nas tarefas de matemática, o pai fica tão irritado que "a veia do olhos até pula"! Ensinar é um ofício, com elementos racionais de planejamento de uma aula, a forma mais pertinente de abordar o conteúdo, de relacioná-lo à vida do aluno, usando a didática apropriada à idade e à realidade social que estamos inseridos. No entanto, não há racionalidade pura, já que nossas emoções e nossos valores afloram e se fazem presentes.

Com tudo isso que estamos passando, será que os pais ou a sociedade, ao terminar a pandemia, vão rever - e valorizar - o papel do professor e da escola? Sairemos, coletivamente, fortalecidos desta pandemia? Doravante, os pais ou responsáveis pelas crianças e jovens estarão mais presentes neste processo, como indicam a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente? Quero crer que sim. Quero acreditar que essa experiência nos ajudará a melhor compreender o papel do professor e da educação na vida das pessoas. Basta querermos. Que a educação seja, para todos, algo essencial e que seja uma bússola para seguirmos pelo caminho da formação cidadã e profissional. A todos os professores meu desejo de felicidade não pelo dia de hoje, mas pela escolha profissional e pela dedicação à causa da educação!

 


Rodrigo Augusto Prando - professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas. Graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Sociologia, pela Unesp de Araraquara.

 

DIA DA MULHER TRABALHADORA RURAL: A NOSSA LUTA É PELA VIDA!

Hoje, 15 de outubro, é celebrado em todo o mundo o Dia da Mulher Trabalhadora Rural. Essa data faz, anualmente, a CONTAG, as Federações e Sindicatos refletirem mais sobre os grandes desafios colocados às mulheres, principalmente às trabalhadoras rurais agricultoras familiares.

O enorme corte no orçamento público e o consequente desmonte das políticas para o campo, por exemplo, impactaram principalmente as mulheres.

As trabalhadoras rurais representam 45% da força de trabalho e contribuem com mais da metade da produção de alimentos consumidos no País, segundo o Censo Agropecuário 2017 (IBGE).

A agricultura familiar é a fonte de renda de inúmeras famílias brasileiras e, além disso, alimenta uma cadeia econômica de grande complexidade. Os seus princípios estão em consonância com a agroecologia, valorizando a sustentabilidade ambiental, social e econômica, eixos que dialogam diretamente com a Plataforma da Marcha das Margaridas.

São as mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares que, na maioria dos casos, tomam a iniciativa e estimulam as suas famílias à transição de produções convencionais para o modelo agroecológico. Elas são responsáveis por grande parte da produção e são fundamentais para garantir a conservação e manejo da biodiversidade, com destaque para o resgate e multiplicação da diversidade das sementes crioulas e para a produção de alimentos saudáveis, desde os seus quintais produtivos.

Para a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, apesar dos grandes desafios, essa data é muito simbólica por reconhecer o trabalho e as conquistas das mulheres trabalhadoras rurais, resultado de muita luta por mais visibilidade e valorização. “Nesse ano, temos mais um motivo para celebrar, que são os 20 anos de Marcha das Margaridas, símbolo da nossa força e resultado da nossa organização, articulação e mobilização. Através dela, questionamos as bases da desigualdade de gênero e articulamos aspectos importantes da nossa vida, dentre os quais estão a agroecologia, a produção de alimentos saudáveis, a proteção da biodiversidade, o direito à terra e aos territórios e as políticas públicas. A nossa luta é pela vida!”, destacou Mazé.


Dia da Chefe: mulheres em cargos de liderança ganham, em média, 23% a menos que homens


Movimento Essa Cadeira É Minha, idealizado pela Catho, chama a atenção também para a diferença de tratamento dada às mulheres líderes

 

Celebrado por empresas e funcionários, o Dia do Chefe acontece no próximo dia 16 de outubro e é mais uma oportunidade para levantar a discussão sobre a importância da representatividade feminina em cargos de alta liderança. Embora o artigo feminino "a" esteja cada vez mais acompanhado da palavra chefe, graças aos avanços no debate sobre a equidade de gênero, o equilíbrio de espaços e direitos no mercado de trabalho ainda estão longe do ideal. É o que aponta levantamento da Catho com mais de 10 mil respondentes.

Segundo os dados da Catho, mulheres em cargos de liderança como gerentes e diretoras ganham, em média, 23% a menos do que homens. O salário desigual também é visto em outros cinco níveis hierárquicos, como coordenador (-15%), especialista graduado (-35%), analista (-34%), especialista técnico (-19%) e operacional (-13%). A exceção é a posição de assistente em que mulheres costumam receber 2% a mais.

"Os dados mostram que embora a disparidade tenha diminuído em alguns cargos em relação à última pesquisa divulgada pela Catho, a desigualdade salarial entre os gêneros ainda é muito latente e requer esforços genuínos das empresas. O caminho certamente começa pelo debate, mas precisamos de mais ações e políticas concretas de inserção e de igualdade de condições, para que efetivamente seja possível sanar esse grande problema social", destaca Patricia Suzuki, diretora de Gente e Gestão da Catho.


 

 Dia da Chefe | Essa Cadeira É Minha

Agora, neste Dia da Chefe, a Catho ativa uma campanha nas redes sociais a fim de chamar a atenção para a desigualdade de oportunidades e, também, de tratamento dado às mulheres que ocupam cargos de liderança. A campanha é mais um desdobramento do movimento Essa Cadeira É Minha que tem o objetivo de reivindicar a posição de mulheres em cargos de liderança.

No vídeo oficial da campanha Dia da Chefe é possível ver como a crítica direcionadas às mulheres costumam ser acompanhadas de ofensas machistas, que vão muito além da atuação profissional.

Considerando formação também há desigualdade

O levantamento ainda mostra que a remuneração também é desigual em todos os níveis de escolaridade. Profissionais do gênero feminino com maior grau, como pós-graduação, MBA ou especialização, chegam a receber 47% a menos em relação aos homens.

"Maioria da população brasileira, as mulheres são chefes e responsáveis pelos sustento de 45% das famílias no país, por isso que apoiar essa luta é contribuir positivamente para a sociedade como um todo. A Catho sabe disso e se posiciona como aliada das mulheres nessa caminhada por direitos", conclui Patricia Suzuki.



 

Médicos são os profissionais em quem os brasileiros mais confiam

Pandemia de Covid-19 foi um dos fatores que aproximou e humanizou médicos e população


No domingo, 18 de outubro, é comemorado o Dia do Médico, profissional que está entre os que mais têm a confiança dos brasileiros, segundo uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina e do Instituto Datafolha, no segundo semestre deste ano. O estudo revelou que 35% dos entrevistados apontam estes profissionais como os que mais confiam. Na segunda posição, aparecem os professores, com 21%, e os bombeiros, com 11%. A pandemia de Covid-19 foi um dos fatores que colaborou para aumentar a confiança em relação aos profissionais da medicina. Na pesquisa anterior, realizada em 2018, os médicos tinham um índice 24%.

O levantamento permitiu, também, captar a percepção dos brasileiros em relação à atuação dos médicos brasileiros no enfrentamento à pandemia de Covid-19. Na opinião de 77%, o trabalho desses profissionais é considerado ótimo ou bom. Outros 17% consideram essa performance como regular e apenas 6% como ruim ou péssimo.

“Além da óbvia importância desses profissionais no atendimento dos casos de Covid-19, acredito que a pandemia humanizou a visão que a população tem dos médicos. Cotidianamente, ao ligarmos a TV, nas mídias sociais, no rádio, somos impactados pelo depoimento de médicos que estão na linha de frente dos atendimentos, que perderam pacientes, que se emocionaram com processos de cura, que se revoltaram com a falta de apoio, que também foram contaminados, que se mobilizaram para conscientizar a população, que debateram sobre medicamentos e protocolos a serem adotados”, aponta a diretora de Campus da Faculdade AGES de Medicina, localizada em Jacobina/BA, Elaine Rodrigues Ferreira Lima.

Ela avalia que essa realidade trouxe para população uma vertente humana do profissional médico, que muitas vezes fica esquecida diante da imagem de alguém vestido de branco, que no auge da sua sabedoria faz diagnósticos e prescreve medicamentos.

“As dores e a vitórias desses profissionais no combate a pandemia são as dores e as vitórias da população, e essa proximidade gera não só confiança, como também admiração e respeito”, completa.

As mulheres (78%), a população com idades de 45 a 59 anos (82%), os com nível superior (81%) e com rendimento maior do que dez salários mínimos (78%) são os segmentos que se destacam no que se refere à imagem positiva dos médicos. Geograficamente, o bom conceito não apresenta grandes variações por região, ficando, em média, em 76%.


Dia do Médico – para comemorar o Dia do Médico, a AGES vai apostar no seu forte: a promoção de conhecimento. Ocorre no dia 16 de outubro, sexta-feira, a partir das 19h, o II MedAges, evento online, aberto e gratuito, transmitido no Canal Agesoficial do YouTube. Na primeira palestra, Médica em otorrinolaringologia Jacqueline Coelho, fala sobre Epistaxe (sangramento nasal). Em seguida, o tema “Trabalho Médico” será abordado pela médica de Família e Comunidade, Ana Karen Souza, e, por fim, o cirurgião vascular Danilo Batista de Oliveira Abreu fala sobre “Relação paciente-médico, o entendimento do conceito biopsicossocial centrado na pessoa”. O link para assistir a palestra estará disponível em ages.edu.br/eventos.

 

Avaliação durante a pandemia

A avaliação do trabalho dos médicos durante a pandemia vem amparada em percepções específicas:

  79% dos brasileiros avaliam como ótimo ou bom o empenho dos profissionais para atender os pacientes;


  73% classificam da mesma forma a qualidade da assistência oferecida;


  Para 64%, o nível de confiança depositada no trabalho realizado durante a pandemia é alto;


  49% dos brasileiros acreditam que o trabalho do médico não tem recebido a valorização merecida;


  Já 65% avaliam com esses mesmos conceitos as condições de trabalho oferecidas aos médicos, ou seja, entendem que o trabalho desses profissionais tem sido prejudicado por falta de infraestrutura;


  Independentemente do período da pandemia, os brasileiros mantêm o entendimento de que os médicos são vítimas de problemas de gestão. Para 99% dos entrevistados, esses profissionais carecem de condições adequadas para o pleno exercício de suas atividades. Já na percepção de 95%, eles merecem ser alvos de medidas de valorização, como maior remuneração e plano de carreira.

 

5 passos para escolher o líder certo para o seu time

 Em momentos de crise, se torna ainda mais necessário escolher a pessoa certa para liderar seus times. Cada empresa tem uma dinâmica, mas, acredite, existem alguns parâmetros que podem ajudar todas a chegar mais perto do perfil desejado. Confira os 5 passos para escolher o líder certo para seu time por Marcelo Arone.

 

Marcelo Arone, headhunter e especialista em recolocação executiva, que há 12 anos ajuda líderes de empresas de médio porte a encontrar os melhores talentos para suas lideranças, é taxativo: a pandemia mostrou quem é um líder de verdade. “Não adianta mais apostar em uma postura centralizadora, imatura, do tipo que manda e não sabe fazer”, explica ele, que reforça: “o líder certo, a partir de agora, é um executor/inspirador. Ou seja, é ele quem vai levar a empresa a um outro patamar”.

O especialista elenca 5 passos para quem vai contratar escolher de forma mais assertiva quem vai liderar seus times a partir de 2021. Confira:


Passo #1

O líder do futuro é descentralizador, sabe delegar e sabe observar as qualidades do seu time, para delegar certo. Então, o primeiro passo para contratar o melhor líder para suas equipes é escolher alguém que saiba trabalhar com elas. “Não adianta ter um PhD na direção das ações da sua empresa, se ele é do tipo que não sabe trabalhar com outras pessoas. A pandemia veio mostrar, entre outras coisas, que precisamos muito mais uns dos outros do que imaginamos, e é por isso que o líder precisa ser agregador”, reflete Marcelo.


Passo #2

O líder do futuro sabe “ler” as pessoas. Ter inteligência emocional e mais, empatia, precisa estar no escopo da nova liderança: “é preciso que o líder conheça e reconheça os limites e as qualidades da equipe dele, que saiba como extrair o que de melhor a equipe possa oferecer”, explica Marcelo. Por isso, é preciso que o líder a ser contratado seja bom não apenas no serviço/produto/mercado em que atua, mas também com as pessoas com quem vai lidar.


Passo #3

Outra característica forte do novo líder é ser um exemplo, não apenas na área dele, mas também uma referência para outras áreas com as quais ele se relacione. “É preciso lembrar que o líder é o detentor da cultura da empresa. Todos os colaboradores precisam, obviamente, ter uma relação com a cultura da empresa, mas o líder é o representante e é ele quem contamina tanto para o bem quanto para o mal todos os seus times”, reforça Marcelo.


Passo #4

Algo que Marcelo já abordou anteriormente é que a tomada de decisão, a partir de 2021, naturalmente, vai ser muito mais ágil: “o novo líder terá que ser ágil, atualizado, conectado com as tendências do negócio em si, do mercado, da cultura da empresa em que ele atua. Um executor que vai levar seus times com ele”, lembra o especialista. Ou seja, é ´preciso que seja alguém que, diante das incertezas, estude, avalie e busque soluções de forma ágil e conectada com o futuro.


Passo #5

Outro passo importante, na opinião de Marcelo, para escolher o novo líder, é observar se ele deixou um legado ou foi reconhecido por onde passou. “Para cada processo de seleção de um líder as empresas têm que fazer uma pesquisa de referências, para entender o legado e a história que a pessoa já construiu. Observar se teve ciclos sólidos na carreira dele, ou se teve passagens mais superficiais em outras companhias”, enfatiza.

 

Marcelo lembra que é interessante observar se a pessoa já reverteu situações adversas. Se, em situações complexas, se sobressaiu: “a pandemia ajudou muito nesse processo. O bom líder passa por altos e baixos e é nesse caminho que ele se forma e constrói sua carreira. Para Marcelo, uma coisa é certa: mesmo seguindo com foco na produtividade e no resultado, o novo líder precisa ser cada vez mais humano.

 



Marcelo Arone-  é Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.

Setor de Cruzeiros espera mudanças em portaria para estrangeiros

Temporada começaria em novembro, mas empresas estão em compasso de espera. Para especialista, entrada de turistas estrangeiros por mar e terra deve ser próximo passo


No final de setembro, o governo federal editou duas portarias (de 24 e 31 de setembro) que garantiram a abertura dos aeroportos para viagens de turismo, trabalho ou negócios, mas as fronteiras marítimas e rodoviárias continuaram fechadas.

Com a temporada de cruzeiros tradicionalmente iniciando em novembro, o setor freou sua venda de pacotes, mas espera uma definição em breve do governo federal. “Há uma expectativa de que a próxima portaria, programada para o final de outubro, garanta a entrada de turistas estrangeiros pelo mar, o que ajudará a retomada da economia”, afirma o gerente da Fragomen Brasil no Rio de Janeiro, Diogo Kloper.

A portaria de 24 de setembro já liberou a entrada de turistas em todos os aeroportos, mas continuou restringindo as vias marítimas e terrestres com exceção das pessoas que já possuem residência por prazo determinado ou indeterminado ou que trabalham em serviços essenciais. A tripulação de navios pode se encaixar nessa categoria. No dia 31 de outubro, outra portaria excluiu o seguro-saúde para entrada de estrangeiros, mas as restrições via terra ou mar continuaram.

A preocupação sanitária e o controle mais difuso (no caso das fronteiras terrestres) são as principais razões para as restrições, avalia Kloper.

O setor prevê uma mudança de temporada, que normalmente vai de novembro a março. Como o carnaval foi adiado para maio ou junho, é possível que haja uma mudança desse calendário.


Pesquisa de mercado: saiba a importância de se planejar para o próximo ano

Especialista em marketing explica o quanto as pesquisas são aliadas indispensáveis no planejamento estratégico das empresas.

 

O ano de 2020 já entrou na história, devido à pandemia ocasionada pelo novo Coronavírus. Além dos impactos sociais, a Covid-19 também gerou inúmeros impactos econômicos. Mesmo em meio a tantas incertezas, o mundo corporativo não para, e, além da busca por obter os resultados almejados, precisa pensar estrategicamente e realizar o planejamento para o próximo ano.

A especialista em marketing e diretora da AskNew, instituto de pesquisa que atua há sete anos em Santa Catarina, Janine Kuroski, ressalta que as empresas não devem ignorar o quanto uma boa pesquisa de mercado é aliada importante dos negócios, auxiliando no desenvolvimento de um planejamento estratégico mais confiável. “Pior do que não ter os dados personalizados para o negócio, é basear decisões estratégicas em dados generalistas e, por vezes, inadequados e incorretos”, diz.

Atualmente há excesso de informações disponíveis em todos os lugares. Porém, nem tudo que está disponível e pronto para ser utilizado, será exatamente sobre o seu mercado e o seu cliente. “Apenas um estudo exclusivo e privativo pode proporcionar um diferencial competitivo para as organizações. Não há negócio que não apresente novidades mercadológicas importantes pós pandemia. Será preciso se aprofundar, entender e ajustar”, ressalta Janine.

A especialista explica que existem diversas metodologias para atender aos diferentes objetivos de pesquisa de mercado, sendo eles:

  • Identificar tendências do setor, macro e micro;
  • Testar novas ideias, produtos, serviços, posicionamentos, campanhas;
  • Compreender a imagem da sua marca e dos concorrentes, bem como a participação de mercado;
  • Medir a satisfação dosclientes, seja no mercado B2B ou B2C;
  • Validar a demanda de mercado para startups ou outros novos negócios;


Agilidade e precisão


Janine explica que o dinamismo do mercado exige dos empreendedores tomadas de decisão rápidas e corretas. “Os projetos personalizados são preparados no mesmo dia, sem custo para o possível contratante da pesquisa. Se aprovado, parte-se para o planejamento do campo, desenvolvimento dos instrumentos e realização, que está cada dia mais ágil, em torno de vinte dias na média”, relata.

Diversos métodos de pesquisas presentes no mercado hoje são eficazes e trazem resultados e insights fundamentais para o sucesso da empresa.

“Já se foi o tempo em que as pesquisas eram demoradas e caras, elas podem e devem participar da rotina de decisões das empresas, mas não apenas em tempos de planejamento estratégico”, finaliza a especialista em marketing e diretora da AskNew, Janine Kuroski.


Atividade do comércio cai 8,8% no Dia das Crianças, aponta Serasa Experian

Queda é menor do que a registrada no Dia dos Pais, de 10,6%. Na cidade de São Paulo a queda foi de 7,3%

 

O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian mostra que as vendas na semana do feriado de Dia das Crianças apresentaram queda, mas ainda assim, registram melhor resultado do que a baixa verificada no Dia dos Pais (-10,6%), última data comemorativa analisada pelo índice. De acordo com o indicador, houve um decréscimo de 8,8% nas vendas do varejo brasileiro durante a semana de 05 a 11 de outubro na comparação com o mesmo período de 2019, quando houve aumento de 1,7%. Essa é a maior baixa desde 2006, período de início da série histórica do índice. Quando considerado apenas o final de semana (09/10 a 11/10) o tombo foi de 7,7%.



Para o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, a baixa menor do que a verificada na data comemorativa anterior é positiva, pois mostra que a recuperação da economia, mesmo que em ritmo lento, está acontecendo. “Existem dois principais motivos que mantém o cenário de retração: um deles é o desemprego, que continua em alta, o outro está ligado à redução do valor do auxílio emergencial, que foi cortado pela metade na maioria dos casos. Ou seja, embora o consumidor ainda esteja sem fôlego para realizar compras que não sejam prioridade, os níveis de consumo não estão piorando, pelo contrário, estão caminhando para a retomada”.

Levando em conta a semana apenas na cidade de São Paulo, o recuo foi de 7,3% enquanto no final de semana, houve um declínio menor, confira:




Serasa Experian

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Os Caminhos de Washington

 As cadeiras globais de poder passam por um dos maiores desafios recentes. Depois do surgimento de governos conservadores na esfera externa, o que enfraqueceu a capacidade aglutinativa dos organismos internacionais, estamos diante de um período de acomodação destas forças políticas. Deste cenário emergirão as novas estruturas de poder que devem reger os rumos deste século. É preciso acompanhar este processo com extrema cautela. 


É neste ponto que se insere a importância da eleição presidencial norte-americana deste ano. Isto porque os Estados Unidos da América servem de elemento balizador do sistema democrático ocidental, exercendo influência direta e indireta sobre os caminhos trilhados em outros países. A guinada na política externa executada por esta Casa Branca foi sentida em todos os cantos do mundo, alterando os alicerces de poder como conhecemos. É preciso saber se esta mudança veio para ficar.

Trump chegou ao poder atacando as bases do sistema interdependente externo, baseado na força e ingerência do multiculturalismo em escala global. Ao se retirar de organismos internacionais e questionar a capacidade destes em apresentar soluções, sugere uma reforma nos mecanismos do sistema internacional, valorizando o papel do estado nação como elemento essencial das relações externas.

Assim, a escolha política que emergirá das urnas americanas tem a capacidade de gerar efeitos diretos na acomodação de poder global, reafirmando os passos dados por Trump ou realinhando os caminhos com Biden. Qualquer uma das opções gera reflexos diretos no grau de influência que ainda podem exercidos por China e Rússia na arena internacional. Somam-se neste quesito também os naturais desdobramentos no Oriente Médio e até na América Latina, que hoje sofre pressão de Pequim e Moscou na tentativa de ampliar sua influência.

Se existe dúvida em relação a quem ocupará o Salão Oval, no Capitólio, o poderoso parlamento dos Estados Unidos, já é possível prever uma vitória democrata. A Câmara de Representantes, que já está nas mãos do partido de Biden, certamente deve permanecer assim. No Senado as chances de uma virada democrata também são grandes. Diante das disputas que estão em jogo, é provável que três a quatro vagas troquem de lado e os republicanos percam sua maioria.

No que tange a Casa Branca, a situação para os democratas se mostra também mais confortável, uma vez que as chapas para o parlamento impulsionam os candidatos nacionais em alguns distritos. Além disso, a performance do Presidente tem sido muito criticada no que tange a economia, saúde, tensões raciais e distúrbios civis. A imagem da figura pública presidencial se desgastou com os últimos episódios políticos.

A estratégia também é um ponto crucial deste jogo. Diante do modelo eleitoral norte-americano a eleição acaba sendo disputada realmente apenas em alguns estados, pois na maioria dos colégios eleitorais o resultado está definido. Em 2016, Trump venceu por pequena margem em estados-chave, como Pennsylvania (0,72%), Michigan (0,23%), Wisconsin (0,77%) e Flórida (1,2%). Em todos estes Biden lidera com maioria superior a 5%. Se houver virada nestes locais, o resultado da eleição certamente será outro. Por fim, Ohio, o estado que reproduz em suas fronteiras as mais fiéis características do país, onde Trump venceu em 2016, também virou para lado de Biden.

A realidade parlamentar deixa claro que, caso reeleito, Trump não terá vida fácil no Congresso e que Biden terá respaldo para operar uma virada substancial nas políticas do país, a começar pela área externa, resgatando a agenda de Barack Obama. Caso o democrata seja eleito, podemos esperar o retorno dos Estados Unidos a fóruns e organismos como o Acordo de Paris, Unesco, OMS, reaproximando-se também da agenda de distencionamento com Cuba.

A América Latina ocupará um lugar secundário no debate, mas está no radar de ambos partidos. O alcance de Rússia e China na região de maior influência natural dos Estados Unidos não agrada Washington. Tanto a aproximação de Moscou via Caracas, como a sinodependência econômica impulsionada por Pequim, são temas importantes de qualquer Presidente que esteja ocupando o Salão Oval a partir de 2021. Este é um movimento que de uma forma sutil leva os latino-americanos mais uma vez para os importantes debates que permeiam as relações externas.

Diante disso é importante o Brasil estar atento e mover-se com inteligência. Nosso país possui canais com os dois lados do espectro político, algo que aprendi a cultivar durante meus anos em Washington. Ao introduzir o futuro governo brasileiro para os decision makers do lado republicano durante visita em 2018, sabia que também era importante fortalecer relações amistosas com os democratas. Um caminho que podemos abrir da maneira certa, pelos canais corretos, assim como operamos com êxito dois anos atrás.

Certamente a realidade que emergirá desta eleição norte-americana terá reflexos profundos e ajudará a desenhar as novas estruturas de poder. A consolidação da visão de mundo exposta por Trump impulsiona uma leitura que certamente continuará a reordenar os mecanismos internacionais. Biden representa o retorno a um modelo multilateral onde as agendas globais recobram seu fôlego.

O Brasil, que se aproximou dos americanos neste governo, possui uma posição estratégica. Na mesa estão temas sensíveis, como agricultura, comércio e as novas redes de tecnologia. Ao agregar os temas, de forma inteligente, será possível criar, dos dois lados do espectro político, parcerias que sejam benéficas para as duas nações.




Márcio Coimbra - coordenador da pós-graduação em Relações Institucionais e Governamentais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, Cientista Político, mestre em Ação Política pela Universidad Rey Juan Carlos (2007). Ex-Diretor da Apex-Brasil. Diretor-Executivo do Interlegis no Senado Federal.


9 PRÁTICAS QUE TODA EMPRESA DEVE ADOTAR NA RETOMADA DOS FUNCIONÁRIOS

A abertura do comércio e empresas já faz parte das medidas de retomada adotadas pelos governadores e prefeitos no país. Com isso, as empresas têm o desafio de manter a continuidade dos negócios e, ao mesmo tempo, garantir a segurança de seus colaboradores e de clientes - e criar protocolos rígidos de segurança é parte fundamental desse retorno.

Além das medidas impostas pelas normas regulamentadoras, que tornaram obrigatórias uma série de ações de prevenção, mitigação e controle da Covid-19, todas as empresas, independentemente de seu tamanho ou segmento, deverão ter seus processos minuciosamente pensados para que a prevenção seja efetiva na sua realidade.

Porém, algumas questões como quando e como voltar ao trabalho dependem exclusivamente do perfil de cada companhia e, claro, da situação epidemiológica local. Apesar de não existir uma solução única para todas as empresas, algumas práticas em comum podem ser úteis na tomada de decisão. Pensando nisso, selecionamos 9 práticas que todas as empresas devem implementar ao retomar as atividades:

• PLANO DE RESPOSTA - Criar um plano de resposta nem sempre é fácil, mas não dá para esperar por uma solução mágica. Tenha pronto um plano e esteja atento para adaptá-lo continuamente de acordo com a evolução da realidade. Assegure-se de estar de acordo com as normas e legislações e atue de forma coordenada com os governos locais.

• REPENSE FUNÇÕES - Repense suas atividades com a mente aberta. Muitas funções podem (e devem) ser realizadas de forma remota sem nenhum prejuízo aos resultados. Reduzir o número de funcionários presenciais ao mínimo é a opção mais segura, além de ser uma oportunidade para reduzir custos.

• ENTENDA OS COLABORADORES - Conheça o perfil de risco dos seus funcionários. Privilegie o retorno dos que têm menor risco, já que o impacto da doença em certas populações é muito mais grave. Questões pessoais, como a existência de filhos em idade escolar ou a convivência com idosos, também devem ser levadas em consideração.

• MEDIDAS DE SEGURANÇA - Na volta ao trabalho, assegure-se de implantar as medidas padrão de prevenção como checagem de temperatura, distanciamento, uso de máscaras e higienização. Elas podem ajudar a diminuir o risco. Lembre-se de indicar responsáveis para coordenar as ações. Além disso, incentive seus funcionários a manterem as medidas de prevenção nos locais de convívio na empresa, assim como fora do trabalho e em casa. A segurança de cada um depende do cuidado de todos, em todos os momentos.

• ORGANIZE OS COLABORADORES - Reduza a transmissão entre os trabalhadores. Dividir os funcionários em grupos de contato pode ser útil para facilitar o isolamento de suspeitos e evitar o afastamento de muitas pessoas em caso de aparecimento de alguma suspeita.

• MONITORE A SAÚDE - Crie um ambiente para facilitar o relato de qualquer sintoma, assegurando que não existirá nenhum tipo de prejuízo ou punição para o funcionário.

• TESTE OS FUNCIONÁRIOS - Estabeleça uma estratégia e defina quem será testado, quando e onde ela será realizada. Certifique-se de escolher testes com comprovação científica da eficácia e que sejam adequados para cada situação.

• COMUNICAÇÃO DEDICADA - Capriche na comunicação. É preciso mostrar assertividade, sabendo transmitir informações e engajando os trabalhadores nas medidas de prevenção para que se sintam seguros e confiantes no seu dia a dia.

• HUMANIDADE - O momento é intenso, muitas pessoas passam por situações pessoais difíceis e as questões de saúde mental estão muito presentes. Mais do que nunca, precisamos estar atentos para acolher e promover um ambiente de trabalho positivo.

 


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