Hoje, 15 de outubro, é celebrado em todo o mundo o Dia da Mulher Trabalhadora Rural. Essa data faz, anualmente, a CONTAG, as Federações e Sindicatos refletirem mais sobre os grandes desafios colocados às mulheres, principalmente às trabalhadoras rurais agricultoras familiares.
O enorme corte no orçamento público e
o consequente desmonte das políticas para o campo, por exemplo, impactaram
principalmente as mulheres.
As trabalhadoras rurais representam
45% da força de trabalho e contribuem com mais da metade da produção de
alimentos consumidos no País, segundo o Censo Agropecuário 2017 (IBGE).
A agricultura familiar é a fonte de
renda de inúmeras famílias brasileiras e, além disso, alimenta uma cadeia
econômica de grande complexidade. Os seus princípios estão em consonância com a
agroecologia, valorizando a sustentabilidade ambiental, social e econômica,
eixos que dialogam diretamente com a Plataforma da Marcha das Margaridas.
São as mulheres trabalhadoras rurais
agricultoras familiares que, na maioria dos casos, tomam a iniciativa e
estimulam as suas famílias à transição de produções convencionais para o modelo
agroecológico. Elas são responsáveis por grande parte da produção e são
fundamentais para garantir a conservação e manejo da biodiversidade, com
destaque para o resgate e multiplicação da diversidade das sementes crioulas e
para a produção de alimentos saudáveis, desde os seus quintais produtivos.
Para a secretária de Mulheres da
CONTAG, Mazé Morais, apesar dos grandes desafios, essa data é muito simbólica
por reconhecer o trabalho e as conquistas das mulheres trabalhadoras rurais,
resultado de muita luta por mais visibilidade e valorização. “Nesse ano, temos
mais um motivo para celebrar, que são os 20 anos de Marcha das Margaridas,
símbolo da nossa força e resultado da nossa organização, articulação e
mobilização. Através dela, questionamos as bases da desigualdade de gênero e
articulamos aspectos importantes da nossa vida, dentre os quais estão a
agroecologia, a produção de alimentos saudáveis, a proteção da biodiversidade,
o direito à terra e aos territórios e as políticas públicas. A nossa luta é
pela vida!”, destacou Mazé.
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