Em momentos de crise, se torna ainda mais necessário escolher a pessoa certa para liderar seus times. Cada empresa tem uma dinâmica, mas, acredite, existem alguns parâmetros que podem ajudar todas a chegar mais perto do perfil desejado. Confira os 5 passos para escolher o líder certo para seu time por Marcelo Arone.
Marcelo Arone, headhunter e especialista em
recolocação executiva, que há 12 anos ajuda líderes de empresas de médio porte
a encontrar os melhores talentos para suas lideranças, é taxativo: a pandemia
mostrou quem é um líder de verdade. “Não adianta mais apostar em uma postura
centralizadora, imatura, do tipo que manda e não sabe fazer”, explica ele, que
reforça: “o líder certo, a partir de agora, é um executor/inspirador. Ou seja,
é ele quem vai levar a empresa a um outro patamar”.
O especialista elenca 5 passos para quem vai
contratar escolher de forma mais assertiva quem vai liderar seus times a partir
de 2021. Confira:
Passo #1
O líder do futuro é descentralizador, sabe delegar
e sabe observar as qualidades do seu time, para delegar certo. Então, o
primeiro passo para contratar o melhor líder para suas equipes é escolher
alguém que saiba trabalhar com elas. “Não adianta ter um PhD na direção das
ações da sua empresa, se ele é do tipo que não sabe trabalhar com outras
pessoas. A pandemia veio mostrar, entre outras coisas, que precisamos muito
mais uns dos outros do que imaginamos, e é por isso que o líder precisa ser
agregador”, reflete Marcelo.
Passo #2
O líder do futuro sabe “ler” as pessoas. Ter
inteligência emocional e mais, empatia, precisa estar no escopo da nova
liderança: “é preciso que o líder conheça e reconheça os limites e as
qualidades da equipe dele, que saiba como extrair o que de melhor a equipe
possa oferecer”, explica Marcelo. Por isso, é preciso que o líder a ser
contratado seja bom não apenas no serviço/produto/mercado em que atua, mas
também com as pessoas com quem vai lidar.
Passo #3
Outra característica forte do novo líder é ser um
exemplo, não apenas na área dele, mas também uma referência para outras áreas
com as quais ele se relacione. “É preciso lembrar que o líder é o detentor da
cultura da empresa. Todos os colaboradores precisam, obviamente, ter uma relação
com a cultura da empresa, mas o líder é o representante e é ele quem contamina
tanto para o bem quanto para o mal todos os seus times”, reforça Marcelo.
Passo #4
Algo que Marcelo já abordou anteriormente é que a
tomada de decisão, a partir de 2021, naturalmente, vai ser muito mais ágil: “o
novo líder terá que ser ágil, atualizado, conectado com as tendências do
negócio em si, do mercado, da cultura da empresa em que ele atua. Um executor
que vai levar seus times com ele”, lembra o especialista. Ou seja, é ´preciso
que seja alguém que, diante das incertezas, estude, avalie e busque soluções de
forma ágil e conectada com o futuro.
Passo #5
Outro passo importante, na opinião de Marcelo, para
escolher o novo líder, é observar se ele deixou um legado ou foi reconhecido
por onde passou. “Para cada processo de seleção de um líder as empresas têm que
fazer uma pesquisa de referências, para entender o legado e a história que a
pessoa já construiu. Observar se teve ciclos sólidos na carreira dele, ou se
teve passagens mais superficiais em outras companhias”, enfatiza.
Marcelo lembra que é interessante observar se a
pessoa já reverteu situações adversas. Se, em situações complexas, se
sobressaiu: “a pandemia ajudou muito nesse processo. O bom líder passa por
altos e baixos e é nesse caminho que ele se forma e constrói sua carreira. Para
Marcelo, uma coisa é certa: mesmo seguindo com foco na produtividade e no
resultado, o novo líder precisa ser cada vez mais humano.
Marcelo Arone- é Headhunter, especialista em recolocação
executiva e sócio da OPTME RH. Formado em Comunicação e Marketing pela
Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo
Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de
empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO
e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de
Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000
empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento
para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity,
venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com
potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e
atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.
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