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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Movimento Rosa oferece atendimento gratuito do diagnóstico ao tratamento do câncer de mama a mulheres acima de 40 anos

Campanha da Sociedade Catarinense de Mastologia vai até 1º de março de 2021. A ação incentiva os cuidados com a doença, no momento em que a pandemia de Covid-19 faz cair o número de exames de rotina


 

Mulheres com mais de 40 anos podem fazer dos exames ao tratamento completo do câncer de mama, de forma totalmente gratuita, a partir deste dia 1º de outubro, nos municípios da Grande Florianópolis, Joinville, Blumenau, Chapecó, Lages, Itajaí, Criciúma, Tubarão e Mafra. A campanha Movimento Rosa é uma iniciativa da Sociedade Catarinense de Mastologia e se estende até 1º março de 2021. Nestas cidades, as parcerias com serviços privados incluem exames de imagem e patologia, além de mastologistas e hospitais, para atendimento sem custo às pacientes, com foco na população de baixa renda.

 

A Sociedade Catarinense de Mastologia estima que 75% das mulheres deixaram de fazer seus exames de rotina em função da pandemia de Covid-19. As sociedades brasileiras de Patologia e Cirurgia Oncológica calculam que, entre março e maio, 50 mil diagnósticos deixaram de ser feitos no país, tanto pelo temor da contaminação pelo novo coronavírus, quanto pelo fechamento dos ambulatórios, com adiamento da realização dos exames de rastreamento.

 

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2020 foram projetados 66.280 novos casos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 doentes por 100 mil mulheres, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer, do Ministério da Saúde. Em seu estágio inicial, as chances de cura chegam a 95% dos casos.

 

“A necessidade da realização de exames para diagnóstico precoce do câncer de mama está sempre colocada, mas ficou maior com a pandemia, dado o impacto futuro que esta demanda reprimida pode gerar no atendimento às pacientes do serviço público. Por conta disso, fizemos um grande esforço para agregar apoio de empresas e profissionais a uma campanha que estimula a adesão das mulheres e contribui com o Sistema Único de Saúde (SUS), bastante sobrecarregado com a pandemia”, explicou Adriana Freitas, presidente da Sociedade Catarinense de Mastologia.

 

No Brasil, foram realizados apenas 21,9% dos 12.154.979 exames esperados em 2019 pelo SUS. Em Santa Catarina, dos 442.499 testes esperados em 2019, foram feitos 101.027 (22,8%). Estes números explicam parcialmente a crescente mortalidade por câncer de mama no país, na contramão da redução observada nos países desenvolvidos. Com a pandemia, há uma previsão de piora dramática neste quadro.

 

“Neste momento em que a solidariedade é fundamental, agradecemos a todos os nossos apoiadores e aos profissionais envolvidos em cada região, que viabilizaram esta campanha filantrópica. Pedimos para cada pessoa compartilhar as informações nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp, nas conversas com amigas e familiares, para levarmos mais saúde e qualidade de vida às mulheres”, destacou Adriana Freitas.    


 

COMO AGENDAR OS EXAMES

 

Os exames serão marcados a partir de 1º de outubro, em horário comercial, pelo site movimentorosa.org.br. Importante: o último prazo para o agendamento da mamografia é dia 31/01/2021.

 

O Movimento Rosa tem representantes das principais especialidades envolvidas: radiologia, patologia, mastologia e oncologia. Todas as cidades participantes possuem centro de oncologia para radioterapia e quimioterapia. Moradores de cidades vizinhas aos municípios que integram a campanha também podem participar.

 

 

Para mais informações sobre o câncer de mama: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude


Dia Mundial da Visão

  


O Dia Mundial da Visão foi criado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) com o objetivo de alertar a população sobre a cegueira e a deficiência visual.

E porque essa data se tornou tão importante?

Comemorada na segunda quinta-feira do mês de outubro, a data traz a conscientização da perda da visão por questões reversíveis.

Estima-se que 80% dos casos poderiam ser evitados com a prevenção ou tratamentos específicos.


Por isso, atenção: os cuidados devem ser iniciados logo após o nascimento de um bebê, com o conhecido teste do olhinho. Entre o quarto e oitavo mês de vida, é ideal que seja realizada uma consulta de rotina com o oftalmologista e após isso, um acompanhamento anual durante a vida toda.

Alertamos também que após os 40 anos, outras doenças silenciosas podem aparecer, como o glaucoma que se não tratado, pode levar à cegueira irreversível.


Além disso, a Catarata, Degeneração Macular, Retinopatia Diabética e o descolamento de retina são patologias que podem ser detectadas e tratadas antes de comprometer sua visão em qualquer momento da vida!

 



Vitamina D e os seus benefícios para a para a saúde muscular e dos ossos

Dr. Paulo Lessa declara que estudos sugerem que a falta dela interfere no sistema imunológico e que sua deficiência teria ligação com o desenvolvimento de doenças autoimunes.


Com grande importância na absorção de cálcio e fósforo pelo intestino, a vitamina D é reconhecida tradicionalmente pela medicina como uma das substâncias essenciais para o fortalecimento dos ossos. Além disso, ela previne o raquitismo na infância e a osteopenia e a osteoporose na terceira idade.  Estudos também mostram o seu poder para combater a pressão arterial, controlar o peso e afastar o risco de tumores.

Segundo Dr. Paulo Lessa, a alimentação é necessária, porém não é suficiente para garantir doses adequadas de vitamina D no organismo. “A maior parte desse nutriente é obtido pela exposição solar. Há casos de pessoas que, com a devida prescrição médica, é claro, podem e devem fazer a suplementação”.

A Vitamina D favorece a saúde óssea, muscular e combate fraturas. “Além dessas funções, há estudos sugerindo que a vitamina D interfere no sistema imunológico e que sua deficiência teria ligação com o desenvolvimento de doenças autoimunes, a exemplo de diabetes, doença inflamatória intestinal, artrite e outras”, conta o médico.

 

Aonde você encontra a Vitamina D:


- Sol;

- Leite;

-  Salmão;

- Sardinha;

- Óleo de fígado de peixe;

- Cogumelo;

- Ovos;

- Alguns cereais que são fortificados com essa vitamina.

 

Ela também é de suma importância para as gestantes, visto que previne complicações para as mulheres durante esse período delicado e seus bebês. “Por essas e outras você deve se consultar regularmente com seu médico e fazer os devidos exames. Coloque sua saúde em primeiro lugar”, finaliza Dr. Paulo Lessa.

 


Dr. Paulo Lessa - capixaba e especialista em saúde e qualidade de vida. Atualmente atende seus pacientes no Instituto Lessa, onde é proprietário com a sua esposa, em Vitória-ES. Também conta com mais de 200 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

Instagram: @drpaulolessa


Sintomas da endometriose podem surgir antes dos 15 anos de idade

Segundo pesquisa brasileira, diagnóstico pode demorar mais de 8 anos



Um estudo publicado esse ano, no Journal of Pediatric & Adolescent Gynecology, apontou que a endometriose é a principal causa da cólica menstrual (dismenorreia) e da dor pélvica crônica em adolescentes.

Porém, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a endometriose em adolescentes pode ser diferente do quadro clínico visto nas mulheres adultas. Como consequência, pode haver atraso no diagnóstico e no tratamento da doença.
 
Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada no Brasil, com mais de 3 mil mulheres, apontou que mais da metade das entrevistadas recebeu o diagnóstico, em média, em 8 anos. A média mundial é de 7 anos. 



Cólica incapacitante não é normal

Segundo o ginecologista Dr. Edvaldo Cavalcante, cirurgião especializado no tratamento da endometriose, a dor pélvica é o principal sintoma da endometriose. “Essa dor pode se manifestar de diversas formas, como cólica menstrual intensa e incapacitante, dor pélvica crônica, alterações intestinais e urinárias, bem como infertilidade e dor na relação sexual”.
 
“Essa pesquisa, que na verdade é uma revisão de diversos estudos, mostrou que dois terços das mulheres apresentam sintomas antes dos 20 anos de idade e uma em cada cinco apresenta dor antes dos 15 anos. Essas observações confirmam o que vemos no consultório. Entretanto, não é comum diagnosticar endometriose em adolescentes porque costumam pensar que a cólica menstrual é comum”, comenta Dr. Edvaldo.
 
Como a doença é progressiva, as mulheres acabam procurando o médico quando o quadro já está mais avançado. “Infelizmente, muitos médicos ainda reforçam que a cólica menstrual é algo dentro do esperado. Entretanto, a cólica incapacitante não é normal e deve ser investigada por um ginecologista, principalmente se surgir nos primeiros anos da menstruação”, explica o médico.


 
Muito além da cólica


Estima-se que a endometriose afeta de 25% a 38,3% dos adolescentes com dor pélvica crônica. O que ocorre é que nem todas as mulheres apresentam sintomas. Nas adolescentes, muitas podem ser assintomáticas ou ainda ter uma apresentação atípica da doença.
 
A endometriose pode causar muitos sintomas, nem sempre ligados ao sistema genital. “Sintomas urinários, como dor, perda de sangue, aumento da frequência da micção podem ocorrer. Na parte intestinal, pode haver aumento do trânsito intestinal ou constipação, dor na evacuação e sangramento nas fezes”, diz Dr. Edvaldo.
 
Na adolescência, a dor pélvica pode ser cíclica ou acíclica, sendo essa última não ligada ao ciclo menstrual. Ou seja, pode ocorrer em qualquer momento do mês.


 
 Vida normal


O diagnóstico precoce é muito importante para retardar a progressão da doença. Quando não tratada, a endometriose pode levar à infertilidade na vida adulta, entre outras complicações.
 
“Na adolescência o tratamento visa, principalmente, à retomada da funcionalidade. Isso quer dizer que precisamos dar condições dessa menina retomar suas atividades escolares e sociais com uma melhor qualidade de vida”, reforça Dr. Edvaldo.
 
O tratamento deve ser adaptado para cada adolescente avaliando, extensivamente, os benefícios, riscos e alternativas, sejam essas medicamentosa ou cirúrgicas. Infelizmente, não há cura para a endometriose, mas há controle.

A (nova) revolta da vacina

Opinião


Houve um tempo, há muito tempo, que brasileiros, no Rio de Janeiro, opuseram-se a uma campanha de vacinação obrigatória. Mas isso foi há muito tempo, quando mal tínhamos saído da escravidão, as mulheres não votavam e mais de 65% da população era analfabeta. Não havia televisão, nem mesmo rádio. Praticamente não havia escola e os conhecimentos sobre Ciência e suas pesquisas, experiências e resultados satisfatórios na proteção contra doenças epidêmicas era algo ainda muito longe do radar das pessoas comuns. Nesse mundo, quase selvagem, houve uma revolta contra uma campanha de vacinação obrigatória. 

Era o governo de Rodrigues Alves e o Rio de Janeiro estava de pernas para o ar, em meio a uma reurbanização tão intensa quanto indiferente ao destino de milhares de negros e migrantes pobres que vinham sendo desalojados de seus cortiços e deixados sem eira nem beira, sem saída, exceto subir os morros e recomeçar, como o Sísifo da mitologia. O governo higienizava a cidade, tornando-a arejada, limpa, ampla, estruturada. Mas esse projeto nunca cogitou oferecer essas condições aos brasileiros em geral. O Brasil não é para qualquer um. 

Junto com as obras de engenharia, Rodrigues Alves também contratou os serviços do médico sanitarista Oswaldo Cruz para dar um jeito nas epidemias que assolavam a capital e matavam as pessoas de bem, afastando os turistas e prejudicando os negócios. A ideia de saúde pública não tinha como fim garantir o bem estar de todos, mas afastar o risco de morte dos que eram considerados importantes. Algo parecido com o que vimos recentemente, no século XXI, com as carreatas de proprietários exigindo a volta dos trabalhadores ao serviço: os proprietários, seguros e confortáveis em seus automóveis com os vidros levantados e o ar-condicionado ligado; os pobres, espremidos nos ônibus lotados, metrôs abarrotados, sem segurança nenhuma para a saúde deles.

Mas esse nunca foi problema, como nunca foi problema, no início do século XX, a saúde da população, mas o perigo dela infectar as pessoas que importavam. O Brasil é um país para poucos. Daí a decisão de obrigar todo mundo a se vacinar e por isso a criação de batalhões de agentes da Saúde que saíram às ruas, atrás das pessoas. Tudo feito sem cuidado, sem informações, com truculência típica das forças do Estado na sua relação com o cidadão comum. O Brasil não é um país para fracos.

Havia outras razões para a revolta, mas todas associadas à falta de informação: a vacina podia deformar as pessoas, matar, e estava sendo imposta para resolver o problema dos pobres que agora se tornavam um entrave para o projeto da cidade maravilhosa; era uma vacina que ofendia os pudores porque era aplicada na coxa e ninguém confiava no cuidado e no recato dos agentes públicos. Era uma coisa que, no fundo, ninguém acreditava, porque esse negócio de colocar o próprio vírus no corpo não parecia muito seguro. E ainda: era uma ofensa a Deus, porque desafiava o destino que Ele traçava para as pessoas. Ou seja: ignorância, moralismo, superstição, são as pedras que entravam o progresso. Triste palavra, gravada em verde na bandeira, tão pequenina diante da sua companheira majestosa: a ordem. E a vacinação se deu, entre tumultos, quebra- quebra, prisões e morte. A ordem sorriu por último. A cidade estava salva e estava linda, desde que não se fixasse o olhar nos morros que a circundavam. 

Hoje surgem vozes, mais uma vez, a desdenhar da vacina, a falar sobre liberdade e sobre direitos individuais inalienáveis. O que permite tamanho despautério? Ignorância, moralismo, superstição. Mesmo passado mais de um século, o índice de analfabetismo ter caído para menos de 10%, a escola pública atender quase a totalidade das crianças e jovens, e a Ciência ser algo ao alcance de qualquer celular, o caminho da ignorância desafia os mais realistas. O Brasil não é para quem tem estômago fraco.

E o progresso, esse coitadinho, filho único da razão iluminista, respira por aparelhos. 

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo. 
danielmedeiros.articulista@gmail.com

 

Obesidade aumenta risco de doenças cardiovasculares

Divulgação | Banco de imagens
No Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, cardiologista aponta quais são os riscos para o coração e os cuidados necessários


20,3% dos brasileiros estão obesos. É o que aponta a pesquisa da Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada pelo Ministério da Saúde. Em 2006, quando a pesquisa começou, esse número era de 11,8%. Considerando o excesso de peso, 55,4% da população está nesta situação.

No Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, o médico cardiologista doutor Everton Dombeck, do Hospital Cardiológico Costantini, explica que a obesidade é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares. “Nós costumamos falar sobre o tripé dos fatores que desencadeiam as doenças do coração: colesterol, pressão e glicemia. Esses são os índices que precisam estar controlados. Normalmente, quando elevados, associados a uma vida desregulada, sem dieta e exercícios físicos, a pessoa chega à obesidade”.

Em 2020, com a pandemia do coronavírus, esses números tendem a aumentar. “Nós já estamos vendo esse crescimento no consultório. Os pacientes estão passando por mudanças bruscas nas rotinas e esse período de adaptação é muito complicado. Pessoas que antes comiam nos refeitórios das empresas, com alimentação balanceada ou que costumavam levar marmita para o trabalho, hoje, com a falta de tempo, estão comendo mais industrializados e fast-food”, conta Dombeck.                                              

Além disso, Dombeck explica que o isolamento social e as dúvidas sobre o futuro evidenciam o estresse e a ansiedade, o que acaba estimulando a alimentação por compulsão. “Em uma rotina normal, o ideal é que a pessoa siga uma dieta equilibrada e faça exercícios físicos com frequência. Hoje, neste momento atípico, este controle ficou ainda mais difícil. As preocupações são outras, então, a última coisa que nós pensamos é na saúde física, o que não deveria acontecer”.


Cuidados para prevenção e tratamento

A obesidade é uma doença crônica e exige constante tratamento. A melhor saída é sempre a combinação entre dieta equilibrada e exercícios físicos. O recomendado é fazer acompanhamento médico, com ajuda de nutricionistas, endocrinologistas, cardiologistas e um profissional da área de educação física para auxiliar nos exercícios.

Dombeck explica que é muito importante um acompanhamento psicológico. “Eu costumo falar que é o ‘ping-pong de autossabotagem no padrão comportamental’ que leva as pessoas a cometerem erros básicos e muito frequentes no que diz respeito à dieta, atividade física e, consequentemente, no controle dos níveis de colesterol, pressão e glicemia. Não importa a idade, grau de escolaridade, nem a classe social, o ser humano é suscetível a repetir esse comportamento durante toda a vida. Precisa de uma reeducação”.


Outubro Rosa: Conheça 4 fatos sobre maternidade e o tratamento do câncer de mama

 Diagnóstico não é um impeditivo aos planos de gravidez; olhar para a mulher deve ser multidisciplinar para garantir qualidade de vida após o tratamento


O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que até o final de 2020 são esperados mais de 60 mil novos casos no Brasil, muitos deles atingindo mulheres que ainda podem engravidar. Por isso, a preservação da fertilidade e a conscientização sobre temas relativos à maternidade estão cada vez mais em pauta entre oncologistas e pacientes.

A médica Solange Moraes Sanches, vice-líder do Centro de Referência em Tumores da Mama do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, esclarece que desejo de ser mãe biológica não precisa ser adiado, necessariamente, por conta da doença. "Converso com as pacientes sobre medidas de preservação de fertilidade e busco tirar todas as dúvidas. O olhar deve ser multidisciplinar, considerando todos os aspectos da vida da mulher", explica Solange.

Conheça alguns fatos importantes sobre a relação entre o câncer de mama e a maternidade:


1) Infertilidade pode atingir até 50% das pacientes

O tratamento contra o câncer de mama pode evoluir para a infertilidade em, pelo menos, 40% a 50% dos casos. Isso varia conforme o tipo de tratamento empregado, assim como a medicação e a idade da paciente. Nesses casos, Solange Sanches indica o congelamento óvulos para pacientes que possuem tipos de câncer curáveis, com menor risco de reincidência.


2) Tempo de espera para gravidez após o tratamento oncológico pode chegar a cinco anos

Após o tratamento, a mulher deve tomar alguns cuidados. "O tempo em que ela é liberada após o tratamento pode variar de dois anos, no caso de tumores de baixo risco, até o término do tratamento completo, em aproximadamente cinco anos. É importante ressaltar que isso é personalizado para cada paciente", reforça a oncologista.


3) Mulheres grávidas podem receber quimioterapia em situações raras

Durante o primeiro trimestre de gestação, as pacientes não devem receber quimioterapia, sob risco de afetar o crescimento do feto, podendo levá-lo ao óbito. Em casos específicos, a mulher pode receber alguns tipos específicos de quimioterapia a partir do segundo trimestre de gravidez. "São situações raras e de alta complexidade, que necessitam de uma avaliação rigorosa por parte da equipe médica", diz Solange.


4) Amamentar protege contra o câncer de mama

Apesar de não ser determinante, o aleitamento materno pode prevenir o aparecimento de tumores malignos. Segundo a médica, a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, a exposição a certos hormônios que podem estar por trás do surgimento de tumores, caso do estrógeno. Amamentar ainda envolve outras alterações hormonais complexas que também podem ser protetoras.

 

Centro de referência para a mulher

O A.C.Camargo possui um Centro de Referência de Mama que conta com profissionais de aproximadamente 20 especialidades, entre cirurgiões, anestesistas, oncologistas clínicos, radioterapeutas etc. O atendimento é multidisciplinar e personalizado, desde o diagnóstico preciso, passando pelo planejamento individualizado do tratamento, recursos para reabilitação física e emocional de cada paciente até a retomada da rotina pessoal e profissional.

 

Por que as mulheres perdem os óvulos ?

 

Ovulação 
Divulgação

Entenda o que acontece com a reserva ovariana com o passar do tempo

Todas as mulheres já nascem com uma quantidade de óvulos para toda sua vida fértil e, com o passar dos anos, este número vai diminuindo gradualmente com o envelhecimento ovariano.


Esse processo é definido como a perda da saúde reprodutiva dos ovários e óvulos, e está associado a um declínio no número de folículos, que são liberados durante o ciclo menstrual onde dentro de um deles o óvulo amadurece. “Toda mulher nasce com um número determinado de folículos, em torno de 1 a 2 milhões, que vai diminuindo ao longo da vida. Para se ter uma ideia, essa diminuição é tão considerável que a mulher entra na adolescência com uma média de apenas 500 mil folículos na reserva ovariana”, afirma Fernando Prado, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana da Clínica Neo Vita.


Por isso é comum algumas mulheres, ao tentar engravidar, serem diagnosticadas com baixa reserva ovariana. Os hormônios tornam-se insuficientes, falta ovulação, diminui a fertilidade, as menstruações se tornam irregulares, depois escassas e vão cessando até desaparecem completamente de forma irreversível marcando o início da menopausa, geralmente por volta dos 51 anos. “A reserva ovariana é o principal marcador da fertilidade da mulher. Seu processo de envelhecimento é muito natural, por isso sempre reforçamos que a gravidez deve acontecer até os 35 anos, porque, após essa idade, os números de óvulos caem dificultando o processo de uma gestação natural e, após os 40 anos, aumentam os riscos de síndrome genética”, complementa.


Mesmo o envelhecimento ovariano tendo causas naturais e genéticas existem outros fatores que podem influenciar negativamente neste processo como o estresse, distúrbios psicológicos, cansaço e tensões, uso de drogas, bebidas, cigarro, hábitos alimentares inadequados e noites mal dormidas. “Não existe nenhum tratamento para reposição dos óvulos perdidos, por isso o ideal é congelar ainda na fase que os folículos estão bem ativos. Com esse procedimento as chances de engravidar são as mesmas da idade que a mulher tinha quando fez a coleta dos óvulos, já que ele ajuda a restaurar o potencial fértil feminino no futuro, se tornando uma opção para mulheres que queiram realizar o desejo de ser mãe, mesmo que tardiamente”, finaliza Prado.

 

Cirurgia bariátrica: conheça os principais métodos do procedimento

 O paciente deve conversar com o médico para avaliar a melhor metodologia de redução de estômago, sendo ela by-pass gástrico, banda gástrica, gastrectomia vertical ou derivação biliopancreática




Atualmente, a obesidade é uma das condições de saúde que mais atingem a população brasileira, e pode estar ligada tanto a fatores genéticos, quanto pelos hábitos de vida pouco saudáveis, como alimentação desequilibrada e falta de exercícios físicos. Quando o paciente é diagnosticado com a condição e decide se candidatar à redução de estômago, é natural que existam dúvidas em relação ao procedimento -- sobretudo sobre os métodos utilizados e suas particularidades.

Existem quatro técnicas diferentes reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): Gastrectomia Vertical ou Sleeve, Bypass Gástrico, Derivação Biliopancreática (menos utilizada) e Banda Gástrica Ajustável (em desuso atualmente). De acordo com o cirurgião bariátrico Thales Delmondes Galvão, a indicação da cirurgia, independente da técnica, é baseada em quatro fatores: grau de obesidade, tentativas de tratamentos anteriores, tempo de evolução da doença e a presença de doenças associadas.

“Apenas o médico junto com o paciente saberá avaliar qual o melhor procedimento para tratar a obesidade e as doenças associadas, como a diabetes, por exemplo, sem oferecer grandes riscos aos pacientes. Essa escolha é baseada em uma avaliação do caso e é individual, dependendo de inúmeras variáveis: quanto peso precisa ser perdido, se a pessoa tem idade avançada, e condições gerais de saúde, observando as doenças associadas à obesidade”, explica Dr. Thales.

Para entender melhor os procedimentos utilizados na redução de estômago, o cirurgião bariátrico explica as principais diferenças sobre as metodologias. 



Bypass gástrico 


É a técnica bariátrica mais praticada no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, corresponde a 75% das cirurgias realizadas, devido a sua segurança e, principalmente, sua eficácia. O paciente submetido à cirurgia perde de 35 a 45% do excesso de peso inicial. 


Nesse procedimento, é feito o grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio intestino proximal, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Essa somatória entre menor ingestão de alimentos e aumento da saciedade é o que leva ao emagrecimento, além de controlar o diabetes e outras doenças, como a hipertensão arterial. 



Gastrectomia vertical ou sleeve 


A gastrectomia vertical, é um tipo de cirurgia bariátrica realizada geralmente por videolaparoscopia. Consiste na retirada de parte do estômago, sendo, portanto, irreversível. É chamada de ‘vertical’ ou ‘em manga’, porque a retirada ocorre através do grampeamento de boa parte do estômago verticalmente, deixando um tubo gástrico estreito. 



Derivação biliopancreática 


É uma associação entre a Gastrectomia Vertical, com 85% do estômago retirado e o desvio intestinal. Com esse desvio, o alimento se desloque por um caminho e os sucos digestivos (bile e suco pancreático) por outro, se encontrando somente a 100 cm antes de acabar o intestino delgado, inibindo a absorção de calorias e nutrientes. Ao contrário do Bypass, a derivação biliopancreática mantém o estômago maior e encurta o intestino, ocorrendo menos restrição e mais disabsorção dos nutrientes. 



Banda gástrica ajustável 


A colocação da banda gástrica é feita com a colocação de uma cinta de silicone, com formato de anel, em volta da parte superior do estômago que divide em duas partes com tamanhos diferentes, deixando o estômago em formato de ampulheta, que é ligado a um portal, por um tubo de silicone que é implantado por baixo da pele, e possibilita o ajuste da banda gástrica a qualquer momento pelo médico.

 

No Dia Mundial da Visão, saúde ocular de crianças e adolescentes preocupa especialistas

 Dia Mundial da Visão e Dia das Crianças trazem à tona o fato de cada vez mais jovens apresentarem problemas que, se não tratados precocemente, podem se transformar em alterações oculares e visuais graves

 

O número crescente de casos de crianças e adolescentes com miopia tem preocupado profissionais que cuidam da saúde visual. Pessoas com miopia conseguem ver objetos próximos com nitidez, mas os distantes são visualizados como se estivessem embaçados, desfocados. O tema ganha ênfase nos próximos dias, uma vez que esta quinta-feira (08/10) marca o Dia Mundial da Visão, além do Dia das Crianças, comemorado nesta segunda-feira (12/10). Segundo o Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria, a pandemia de coronavírus, que obrigou os jovens a ficarem ainda mais tempo diante de celulares, tablets e computadores, pode gerar uma onda de pessoas com problemas que, se não tratados previamente, podem se transformar em alterações oculares e visuais graves.

“O optometrista é o profissional que atua no atendimento primário da saúde da visão. Estamos observando um aumento bastante grave de casos de problemas oculares. A grande maioria é tratável, sem necessidade de intervenções invasivas. Todavia, sabemos que grande parte desses pacientes, principalmente jovens, não está tendo esse cuidado, e isso é muito preocupante, pois tem repercussão direta na vida desses adolescentes e crianças”, destaca a presidente do CBOO, Eriolanda Bretas.

De acordo com o Ministério da Saúde, 30% das crianças em idade escolar no Brasil apresentam problemas de visão, que, quando não diagnosticados, afetam o aprendizado e podem até ser causa de evasão escolar. Já a Organização Mundial da Saúde aponta a miopia como a epidemia do século e prevê que, no próximo ano, cerca de 35% da população esteja sofrendo com o problema de visão. Em 2050, o número de casos pode alcançar 52%. Mas, de acordo com a OMS, de 60% a 80% dos casos são evitáveis ou tratáveis, bastando diagnosticar e tratar precocemente.

Diferente do técnico em óptica, responsável por receber a receita e transferi-la para o equipamento que produz a lente ou os óculos, os profissionais optometristas têm formação de nível superior e estão habilitados para avaliar a condição de todo o sistema visual, aferindo sua integridade e sinais de deficiência visual que possam ser corrigidas com o uso de óculos, lentes de contato ou reabilitação visual. Esses profissionais também estão aptos a identificar doenças que necessitem da intervenção médica, quando o paciente é encaminhado ao corpo clínico.


Dicas de cuidados

  • Limitar o tempo de uso de aparelhos eletrônicos a no máximo 2 horas por dia, fazer intervalos a cada 30 minutos de uso de dispositivos eletrônicos.
  • Manter o ambiente bem iluminado e de preferência com luz natural, manter a distância de no mínimo 40 cm da tela durante o uso (quanto maior a tela mais afastada deve estar dos olhos).
  • Incentivar a prática de atividades ao ar livre.
  • Manter uma alimentação saudável rica em vitaminas.

 

Sinais de alerta

  • Coceira nos olhos
  • Dores de cabeça
  • Olhos vermelhos
  • Lacrimejamento
  • Ato de fechar um pouco os olhos para ver melhor
  • Ato de inclinar a cabeça para os lados para focar
  • Dificuldade de concentração
  • Leitura deficiente

·         Necessidade de estar próximo da TV, celular ou leitura para ver melhor

 

08/10: Dia Mundial da Visão - Pesquisa aponta que metade dos brasileiros tem medo da cegueira

 

• Entre pacientes com diabetes, 63% tem receio de perder a visão, sendo que 41% afirmam que esse é seu maior medo

• Os dados fazem parte de uma pesquisa IBOPE DTM encomendada pela Bayer

 

Metade dos brasileiros tem medo da cegueira. É o que aponta uma pesquisa do IBOPE DTM encomendada pela Bayer. A pesquisa foi realizada online, com dois mil brasileiros, na faixa etária de 16 a 65+, de todas as regiões do país. Além disso, foi realizada uma etapa complementar telefônica para alcançar 315 casos de pacientes com diabetes. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para dois mil casos e de 6 pontos percentuais para 315 casos, considerando o nível de confiança de 95%.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 60% e 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis2. A questão é que a falta de conhecimento sobre doenças que podem ocasionar a perda de visão ainda é uma grande ameaça à saúde ocular, já que compromete o diagnóstico precoce e tratamento adequado. Exemplo disso é o desconhecimento sobre a retinopatia diabética (RD), a principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 74 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)1.

Cerca de metade (54%) dos participantes da pesquisa IBOPE DTM que responderam ter diabetes, um dos principais fatores de risco para doenças da retina, nunca ouviram falar na retinopatia diabética - a porcentagem é de 63% no caso de pacientes que estão no sistema público de saúde. Com relação ao total de entrevistados, o desconhecimento sobre RD sobe para 71%.

Apesar disso, 41% dos pacientes apontaram a perda de visão como seu maior medo. Ou seja: apesar do conhecimento insuficiente sobre doenças da retina como a RD, há uma noção sobre os riscos que o diabetes - que já acomete cerca de 12,5 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde2 - traz para a saúde dos olhos.

Diabetes e cegueira evitável

"A retinopatia diabética é geralmente causada pela glicemia mal controlada nos pacientes. Esse descontrole danifica os vasos sanguíneos da retina, o que estimula o crescimento desordenado de novos vasos, que podem se romper com facilidade e fazer com que o sangue vaze para a retina e para a parte interna do olho, afetando a visão. Na grande maioria dos casos, não existem sintomas na fase inicial da doença. Já em fases mais avançadas, os sintomas mais comuns são moscas volantes, borrões, áreas escuras na visão e dificuldade de distinguir cores", explica o oftalmologista Dr. Emerson Castro, do Hospital Sírio Libanês. Outros fatores de risco da doença são hipertensão, colesterol alto, consumo de álcool, tabagismo e gravidez associados ao diabetes, além da apnéia obstrutiva do sono.

O médico ressalta que "caso as alterações decorrentes da RD não sejam detectadas a tempo, podem atingir a área central da retina, a mácula, responsável pela visão de detalhes, causando o chamado edema macular diabético (EMD), que pode provocar visão embaçada, baixa da acuidade visual (capacidade do olho para identificar o contorno e a forma dos objetos), visão distorcida ou dificuldade para diferenciar cores. O tratamento precoce se faz necessário, pois as alterações, com o passar do tempo, podem ser irreversíveis, causando a temida perda de visão".

O EMD afeta, em média, 10% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 2 no mundo3. Mais de 90% dos pacientes com tipo 1 terão algum grau de retinopatia após 20 anos com a doença, enquanto naqueles com o tipo 2 a porcentagem é de 60%1.

O acompanhamento médico e diagnóstico precoce são essenciais para o sucesso do tratamento e prevenção da cegueira. De acordo com a pesquisa, ¼ dos pacientes com diabetes nunca foram incentivados por seu médico a avaliar a retina. Além disso, apenas 66% disseram já ter realizado algum exame para a verificação de doenças dos olhos relacionadas ao diabetes - a maioria que deu resposta positiva se encontra na saúde suplementar (76%).

Para a detecção da RD e do EMD, existem exames que vão além do popular teste de refração, em que o paciente tenta enxergar figuras ou letras no fundo da sala. O exame mais utilizado especificamente para avaliação do fundo do olho com a pupila dilatada é o mapeamento de retina, mas outros complementam o diagnóstico e também podem auxiliar no acompanhamento do tratamento. Alguns exemplos são: a angiografia, que identifica novos vasos, obstruções e outros problemas na retina; a tomografia de coerência óptica (OCT), que recria uma imagem 3D de estruturas como retina, vítreo e nervo óptico; a fundoscopia, que por meio de um feixe de luz no fundo dos olhos torna possível observar várias estruturas, como a retina; e o Phelcom Eyer, um retinógrafo portátil adaptável ao smartphone, que traz imagens de alta precisão da retina.

Algumas atitudes preventivas são a realização de atividades físicas, alimentação saudável, acompanhamento médico regular e controle do diabetes. Já o tratamento pode ser feito com laser, injeções antiangiogênicas, medicamentos corticoides e cirurgia - lembrando que o acompanhamento clínico, ou seja, controle do diabetes, hipertensão e outras doenças já existentes deve ser concomitante. "Em alguns casos, a injeção, que interrompe o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais e consequentemente impede o vazamendo de fluido e sangue para dentro da retina, consegue não só estabilizar a doença, mas também melhorar ou recuperar a visão que já havia sido perdida", conta o médico.


Envelhecimento: outro fator de risco importante

O envelhecimento também pode acarretar doenças da retina que levam à cegueira, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), principal causa de perda visual na terceira idade. A pesquisa da Bayer alerta a população para a conscientização nesse sentido. Isso porque 74% dos entrevistados disseram que nunca ouviram falar em DMRI, sendo que desses, 65% tem 55 anos ou mais, faixa etária mais acometida pelo problema.

A degeneração macular relacionada à idade é causada pelo envelhecimento e desgaste natural dos tecidos. A forma mais comum é a seca, provocada por depósitos de resíduo celular na mácula (área central da retina), e a mais rara e agressiva é a úmida, que acontece com o surgimento de vasos sanguíneos frágeis, cujo sangue vaza e se acumula sob a retina, fazendo com que a visão fique embaçada, escurecida e/ou distorcida. Além da faixa etária acima dos 50 anos, outros fatores de risco são o tabagismo, sedentarismo, obesidade, olhos claros e histórico familiar. O tratamento preconizado para a forma úmida é com injeções de medicamentos antiangiogênicos, com a possibilidade também de indicação de suplementação com minerais e antioxidantes para a forma seca da doença.

 


Bayer

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Câncer de garganta: aprenda a identificar os sintomas precocemente

O oncologista Artur Rodrigues Ferreira, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), esclarece as principais causas da doença e as formas de tratamento

 

No último dia 6, o lendário guitarrista e fundador da banda Van Halen, Eddie Van Halen, faleceu aos 65 anos em decorrência de um câncer na garganta. Um subtipo dos chamados tumores orofaríngeos, que podem ainda se desenvolver na língua, palato mole, amígdalas e faringe, a doença está associada em grande parte ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. Outro fator evitável de incidência da doença é a infecção pelo vírus Papiloma Humano (HPV), principalmente os subtipos 16 e 18.

De acordo com o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas, é preciso ficar atento aos sinais precoces do câncer de garganta para o diagnóstico em fases iniciais da doença. "Se pensarmos em tumor orofaríngeo, os primeiros sinais podem aparecer por meio de feridas na boca que não cicatrizam facilmente, além do aparecimento de nódulos no pescoço. Dor para mastigar ou engolir também são sintomas que não devem ser ignorados, além de problemas como tosse e dificuldade de respiração", explica.

Sinais e sintomas ligados a rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios, aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca e dificuldade na fala podem revelar um possível diagnóstico da condição. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista. 



Tratamento

Quando o paciente é diagnosticado com câncer de garganta, há alguns testes realizados em etapas para verificar o estágio do tumor e assim, definir o tratamento.

De acordo com cada caso, há possibilidade de realização de cirurgia para a retirada do tumor, uso de radiação para destruir as células cancerígenas e reduzir os tumores, quimioterapia ou o tratamento combinado (quimioterapia e radioterapia usadas em conjunto).

"Em complemento, o oncologista do CPO destaca a importância do diagnóstico precoce. Falar de diagnóstico precoce é sempre importante, pois boa parte dos tipos de câncer que afetam boca, faringe e garganta podem ter sintomas silenciosos inicialmente e, por isso, muitas vezes os pacientes perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase precoce. De forma geral, quando diagnosticado precocemente, é possível que haja uma chance de cura do câncer de de até 90%", afirma o Dr. Artur.

 

Consumo aumentado de cigarro durante a pandemia acende alerta para "herança" de câncer de pulmão

Ao menos 34% dos tabagistas indicam que passaram a fumar mais; Além de fator de risco para sintomas graves de Covid-19, hábito é o principal responsável pelo surgimento de tumores pulmonares


A preocupação acerca dos índices de câncer de pulmão, cuja incidência está ligada ao tabagismo em 85% dos casos, ganhou contornos ainda mais dramáticos diante da pandemia do novo coronavírus. Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, 34,3% dos entrevistados que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante o período de isolamento social: 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros. Foram ouvidos 44.062 brasileiros, de ambos os sexos, de todos os níveis de escolaridade e de todas das faixas etárias a partir de 18 anos.

Para o oncologista clínico Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, o aumento do tabagismo está relacionado à ansiedade gerada pelo momento inédito na história recente da saúde. "O consumo de cigarros é um problema de saúde pública que não pode ser ignorado, é preciso reforçar a mensagem de que precisamos superar essa batalha contra a Covid-19 sem deixar de lado outros cuidados com o nosso corpo. A luta contra o tabagismo não pode ser abandonada, sob o risco de termos não apenas uma onda de aumento na incidência de neoplasias malignas, entre eles o câncer de pulmão - que tem íntima relação com este hábito nada saudável - além de ao menos outros 12 tipos de tumores", explica.

Os dados são preocupantes e reforçam a relevância das campanhas de combate ao fumo voltadas à conscientização sobre as mortes evitáveis decorrentes do consumo de cigarros. A exemplo disso, o Instituto Oncoclínicas - iniciativa do corpo clínico do Grupo Oncoclínicas para promoção à saúde, educação médica continuada e pesquisa - lança no Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08) uma ação para alertar sobre a importância de combater o tabagismo como forma efetiva de prevenção contra o câncer de pulmão e outros tipos de tumores malignos. A iniciativa trará uma abordagem positiva nas redes sociais mostrando os benefícios sentidos pela pessoa que para de fumar.

Tipo de doença oncológica que mais mata no mundo desde 1985, o tumor de pulmão ocupa o terceiro lugar como o mais comum entre os homens e o quarto entre as mulheres. A incidência global pode chegar a 1.8 milhão de novos casos por ano, com 1.6 milhão de mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, mais de 30 mil pessoas devem ser diagnosticadas com a doença em 2020, conforme levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA).



Sinais de alerta

Outro aspecto que não pode ser desconsiderado é a vigilância contínua de possíveis sintomas, que podem ser facilmente confundidos com os do novo coronavírus, principalmente entre fumantes. "Os sinais iniciais do câncer de pulmão se assemelham muitas vezes aos de outras condições comuns associadas ao trato respiratório, por isso dificilmente é diagnosticado no estágio inicial. Tosse e falta de ar, sintomas amplamente relacionados ao Covid-19, também são o alerta principal para o câncer de pulmão", destaca Jacques Tabacof, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.

Neste sentido, ele explica que vale atentar para algumas diferenças importantes: a tosse seca no Coronavírus vem associada a outros sintomas como a febre, por exemplo, e, além disso, perdura por mais ou menos 15 dias. Já no câncer de pulmão, esse sintoma, quando surge, tende a ser persistente e não apresentar melhoras após este período.

Segundo Jacques Tabacof, diante do cenário atual, tendo o novo coronavírus no centro das preocupações de toda a população, sinais clássicos do câncer de pulmão correm o risco de ser ignorados e a busca por aconselhamento especializado e exames para assegurar o diagnóstico do tumor adiados para o futuro. "Os sintomas do câncer de pulmão geralmente são mais frequentes no estágio avançado da doença, o que dificulta o diagnóstico precoce, essencial quando pensamos em chances de cura. Além da tosse e da falta de ar, dor torácica contínua, perda de peso sem motivo, rouquidão que não melhora após mais de sete dias e pneumonias recorrentes figuram entre os pontos de alerta para este tipo de tumor", comenta o médico.

E apesar de muitas pesquisas apontarem para os malefícios causados pelos cigarros tradicionais, as alternativas como os cigarros light, eletrônicos ou narguilés também podem ser prejudiciais à saúde. Por isso, os especialistas destacam que outro grande alerta que precisa ser feito é em relação ao chamado vape, que cresce em consumo principalmente entre os jovens.

"Houve um grande retrocesso. Depois de anos diminuindo o número de fumantes, principalmente entre jovens - o que é muito importante, já que a maioria dos que continuam fumando começaram nessa época da vida -, vemos também um aumento grande de pessoas usando o cigarro eletrônico. O apelo tecnológico é uma das coisas que atraem os mais novos e é preciso conscientizar a população que, mesmo eles, são potencialmente tóxicos e levam à dependência", frisa Bruno Ferrari. 



Oncoclínicas na luta contra o fumo

Com o mote "A melhor dica é viver bem", a mobilização é voltada à conscientização sobre o abandono do cigarro para uma retomada da saúde e da qualidade de vida. Direcionada à sociedade em geral, a campanha do Instituto Oncoclínicas ressalta uma importante informação: nunca é tarde demais para abandonar o cigarro. Apenas 20 minutos após interromper o vício, a pressão arterial volta ao normal e a frequência do pulso cai aos níveis adequados. Em 8 horas, os níveis de monóxido de carbono no sangue ficam regulados e o de oxigênio aumenta. Passadas 24 horas, o risco de se ter um acidente cardíaco diminui. E após 48 horas, as terminações nervosas começam a se recuperar e os sentidos de olfato e paladar melhoram.

Em até três meses, a circulação sanguínea melhora e caminhar torna-se mais fácil com a função pulmonar se recupera em até 30%. A partir de um a nove meses, os sintomas como tosse, rouquidão e falta de ar ficam mais tênues. Em cinco anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão de uma pessoa que fumou um maço de cigarros por dia diminui em pelo menos 50%. Quinze anos após parar de fumar, torna-se possível assegurar que os riscos de desenvolver câncer de pulmão se tornam praticamente iguais aos de uma pessoa que nunca fumou.

A iniciativa também visa a reforçar a importância do acompanhamento médico de rotina. Assintomático em fases iniciais, o câncer de pulmão costuma ser diagnosticado tardiamente, o que reduz as chances de cura. O INCA indica que apenas 16% dos tumores malignos são diagnosticados em estágio inicial.

Vale ainda ressaltar que, além de ser fator de risco para o câncer e várias outras doenças, o tabagismo é um dos hábitos que contribui para formas mais graves de infecção por coronavírus.

 

 

Olá Alida, tudo bem?

Nesta terça-feira (6/10), o lendário guitarrista e fundador da banda Van Halen, Eddie Van Halen, faleceu aos 65 anos em decorrência de um câncer na garganta.

Um subtipo dos chamados tumores orofaríngeos, que podem ainda se desenvolver na língua, boca, palato e faringe, a doença está associado em grande parte ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool. Outro fator evitável de incidência da doença é a infecção pelo vírus do papiloma humano 16 (HPV 16), transmitido sexualmente.

Gostaria de oferecer o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas para explicar sobre a doença.

Interessa para você?

Fico à disposição.

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