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sábado, 3 de outubro de 2020

Chegada da primavera traz alerta sobre questões de saúde em pets

Estação pode não só predispor a alergias e intoxicações, mas também aumentar a incidência de pulgas, carrapatos, leishmaniose e leptospirose

 

Entramos na estação mais florida do ano, a primavera. No entanto, esse período pode também predispor os pets à alguns riscos e, por isso, Márcio Barboza, médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal, traz seis dicas para que os tutores fiquem atentos e, assim, possam garantir uma temporada saudável aos cachorros e gatos.

"A primavera é o período de transição da estação mais seca para a época mais úmida e com maiores temperaturas. Essa variação climática é propícia para os animais de estimação desenvolverem não somente problemas dermatológicos, respiratórios, alergias e intoxicações, mas também para que estejam mais suscetíveis a pulgas, carrapatos, leishmaniose e leptospirose.", explica o médico-veterinário.


Pulgas e carrapatos 


O aumento da temperatura ocasiona a proliferação das pulgas e carrapatos e a melhor maneira de proteger os pets é a utilização dos ectoparasiticidas. "Todos os animais estão suscetíveis a esses ectoparasitas em todas as épocas do ano, dentro ou fora de casa, mas os animais ficam mais propensos nesta estação. Por isso, é muito importante que o tutor use produtos corretos com longa duração, de preferência até doze semanas de proteção, e rápida eficácia", alerta Marcio Barboza.


Leishmaniose 


Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é líder nos casos da doença no continente americano, representando aproximadamente 96% do total de casos. A propagação da leishmaniose acontece a partir da picada do mosquito-palha infectado pelo protozoário Leishmania chagasi. O inseto infectado pode picar não somente o cão, mas também as pessoas com quem ele convive, por isso é importante proteger o animal e, consequentemente, toda a família, sendo em área endêmica ou não.

"A principal maneira de garantir a prevenção é o uso da coleira que após a sua colocação no pescoço do cão, começa a liberação do seu princípio ativo, a Deltametrina. Além disso, vale a atenção com os cuidados básicos como manter o local do pet limpo e com telas anti-mosquito na janela para manter o mosquito afastado", explica o médico-veterinário. 



Leptospirose 


A combinação de calor com chuva, que é muito comum nessa época do ano, também contribui para o aumento dos casos de leptospirose, adquirida principalmente pelo contato com a urina infectada de ratos e cães. A principal forma de prevenir essa doença é por meio da vacinação contra os principais tipos de leptospiras presentes no Brasil.

Além disso, assim como a leishmaniose, é muito importante a higienização dos lugares em que os pets ficam. No entanto, após a vacinação, o principal cuidado é não deixar ração em local aberto para que ratos não sejam atraídos. A melhor forma é fornecer a alimentação em horários específicos e retirar os pratos na sequência. 



Plantas e flores 


A estação florida traz esse alerta aos proprietários dos cachorros e gatos, principalmente aqueles que possuem jardins em sua casa e as flores podem ser atrativo como petisco aos animais. No entanto, é preciso estar alerta pois algumas plantas são consideradas tóxicas e devem ser evitadas como por exemplo a azaleia, copo de leite, mamona, bico-de-papagaio, costela-de-Adão, comigo-ninguém-pode e hortênsia.

Adubos industrializados ou orgânicos também são extremamente perigosos, tanto pela possibilidade de ingestão pelos animais quanto por atrair insetos como aranhas, abelhas, sapos, rãs, formigas, algumas lagartas, cobras e escorpiões, que chamam a atenção do animalzinho e podem feri-lo. 



Alergias dermatológicas 


A primavera é o período da troca de pelo dos animais e, com isso, há uma maior tendência a apresentar doenças de pele, como dermatites. Por isso, é essencial prestar atenção se a pelagem está caindo mais do que o normal. "Existem diversas dermatites e só um médico-veterinário vai poder identificar a causa e o melhor tratamento. Mas é importante saber que essas alergias podem ocorrer por picadas de pulgas e carrapatos, pólen das flores e até reações alérgicas a alimentos e medicamentos", reforça Marcio Barboza.

As alergias na primavera são mais propensas pelo fato de que a pelagem fica mais espessa, pesada, deixa a pele mais sensível, e os subpelos que nascem para proteger os animais na baixa temperatura são substituídos por um pelo mais leve e curto. Com a troca a pele fica mais sensível podendo desencadear, com maior facilidade, eritemas (vermelhidão), pústulas (infecção bacteriana secundária), prurido (coceira) ou outros sinais dermatológicos mais graves. 



Curta a primavera! 


A primavera é uma estação linda, e tomando os cuidados necessários o período pode ser muito saudável para o pet. No entanto, se o tutor identificar algo estranho com o animal, a melhor recomendação é a ida ao veterinário para que ele possa identificar o problema e utilizar a melhor estratégia para o tratamento.


Estereotipias em equinos: estresse, confinamento e deficiência nutricional são as principais causas


Antes de serem domesticados, os cavalos eram animais selvagens que aproveitavam sua liberdade, desfrutando de áreas extensas para se exercitar à vontade. Com o tempo, o ser humano foi modificando essa rotina e os equinos se tornaram animais domésticos, mas que ainda precisam manter algumas de suas necessidades naturais para evitar as estereotipias.

Estereotipias são comportamentos estranhos do animal que demonstram que algo está errado. As causas podem ser o estresse, confinamento e até mesmo a nutrição. Por isso, é muito importante que o cavalo tenha descansos e intervalos consideráveis, sempre tirá-lo do confinamento para que possa se exercitar e ficar livre para se movimentar da forma que quiser, ter contato com outros cavalos e com humanos, além de tomar muito cuidado com o manejo nutricional do animal.

As estereotipias mais comuns são: mastigar madeira, aerofagia (engolir ar), andar em círculos, ingestão da cauda ou crina, bater os pés, sacudir a cabeça e comer terra ou as próprias fezes (coprofagia). Normalmente esses comportamentos são repetitivos e podem ser identificados rapidamente, deixando claro que há a necessidade de mudar o tratamento que o cavalo recebe, já que cada um deles pode ter uma causa diferente. Confira:

Aerofagia: este vício caracteriza-se pelo ato do animal “engolir ar”, utilizando alguma superfície sólida (porta da baia, cochos, entre outras), ocasionando o desgaste excessivo dos dentes incisivos. É mais comum a ocorrência em animais nervosos e hiperativos.

Andar em círculos: o confinamento é a principal causa desse comportamento. Isso demonstra que o animal precisa de espaço livre para se exercitar e sentir a liberdade que tem por natureza. É indicado deixar que o cavalo tenha seus momentos livres em um piquete.

Bater os pés: esse comportamento pode ser causado pelo confinamento ou a antecipação da alimentação. Esse movimento pode causar desnivelamento do piso da cocheira e até mesmo o desgaste desigual das ferraduras.

Sacudir a cabeça: é normal que o cavalo tenha esse comportamento para espantar insetos, porém se o movimento se tornar repetitivo durante um exercício físico ou trabalho, é importante verificar se não há afecções de ouvido ou da área nasal.

Mastigar madeira: as principais causas são tédio, estresse e deficiência nutricional e pode ocorrer por falta de minerais ou utilização de um único volumoso.

Comer terra ou as próprias fezes (coprofagia): em potros de duas a cinco semanas, a coprofagia pode ser considerada um comportamento normal, já que auxilia na formação da microbiota intestinal. Agora, se ocorrer com animais adultos a situação se torna preocupante, porque pode causar doenças e cólicas. Esse ato é o resultado de uma alimentação com pouco sal ou de um volumoso com baixa qualidade.

Essa deficiência nutricional da falta de sal mineral é considerada grave, já que os minerais exercem várias funções metabólicas no organismo animal. “Por isso, é imprescindível que faça o acompanhamento diário para verificar a quantidade correta de sal ingerida pelo cavalo e avaliar seu estilo de vida, as condições climáticas e os tipos de exercício que executará. Com todos estes dados em mãos, é mais assertivo realizar um programa nutricional”, explica Luzilene Araujo de Souza, técnica de equinos na Guabi Nutrição e Saúde Animal.


Pesquisadores registram nova população de muriquis-do-sul na Mata Atlântica


Também conhecido como mono-carvoeiro, primata convive com permanente risco de extinção


Uma nova população de muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides), conhecido também como mono-carvoeiro, foi registrada em julho na região do Vale do Ribeira, no Paraná, que concentra parte dos remanescentes de Mata Atlântica. A descoberta foi feita pelos pesquisadores do Lactec - Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento.  

“Essa é uma notícia extremamente importante para a conservação da espécie e para a primatologia brasileira, uma vez que está criticamente ameaçada de extinção”, comemora o biólogo Robson Odeli Espíndola Hack, coordenador do projeto.

O muriqui-do-sul é o maior primata das Américas. Vive exclusivamente na Mata Atlântica (espécie endêmica) e é um grande dispersor de sementes, o que contribui para a preservação da floresta. Sua população atual é estimada em apenas 1.300 indivíduos, conforme informações da Lista de Espécies Ameaçadas do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Natureza). Devido às pressões causadas pela ação do homem, como perda de habitat e caça, há décadas a espécie convive com o risco de desaparecer da natureza.

“No Paraná, são conhecidos atualmente menos de 50 indivíduos em vida livre e desde junho de 2016 não se tinha conhecimento, pela ciência, de uma nova localidade com ocorrência documentada da espécie”, conta Hack. “Entretanto, a preservação dessa população depende de condições adequadas ao seu habitat”, aponta.

A descoberta é resultado do Projeto de Conservação dos Monos no Paraná, que o Lactec desenvolve desde 2015, inicialmente com apoio da Fundação Grupo Boticário, e, mais recentemente, com a parceria da Copel Geração e Transmissão. A concessionária instituiu um Programa de Monitoramento Demográfico e Genético do Muriqui-do-Sul e os estudos são realizados pelos pesquisadores da área de Meio Ambiente do Lactec. “As ações em parceria têm viabilizado a coleta de valiosas informações ecológicas sobre demografia e genética da espécie e seus habitats, além do trabalho de investigação de novas populações e desenvolvimento de atividades de educação ambiental”, explica o biólogo.

“Resultados como este mostram com clareza como valem a pena esforços integrados para a conservação da natureza. A população do muriqui necessita de um ambiente apropriado para acolher indivíduos desse porte, capaz de oferecer alimento e abrigo adequados. Por isso, se queremos que esta e outras populações da fauna da Mata Atlântica sejam preservadas, é imprescindível que sejam mantidas e ampliadas as ações de restauração dos seus habitats”, afirma o coordenador de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Robson Capretz.

“Esse excelente resultado reforça a relevância técnica e ambiental dos estudos financiados pela Copel durante o licenciamento dos empreendimentos de geração e transmissão de energia”, afirma a gerente do Departamento de Monitoramento, Manejo e Controle Ambiental da Copel Geração e Transmissão, Fernanda de Oliveira Starepravo Ferrari. A pesquisa sobre muriqui-do-sul integra as ações de licenciamento da Linha de Transmissão 230 kV Bateia-Jaguariaíva junto ao Instituto Água e Terra (IAT).

Próximos passos

O biólogo Robson Hack explica que além do monitoramento demográfico dessa nova população, as atividades de educação ambiental junto aos moradores da região deverão ser intensificadas. “Para que as áreas de floresta nativa sejam mantidas e as pressões antrópicas sobre a espécie sejam minimizadas, é importante que os moradores locais reconheçam o valor destes animais raros para a natureza e para a região em que vivem. Assim, haverá um maior engajamento com o projeto nas ações futuras, que poderão ser desenvolvidas em conjunto com a população”, acrescenta o biólogo.

Ele destaca que a ajuda dos moradores da região tem sido fundamental para o projeto, pois fornecem informações sobre o avistamento dos animais e seu comportamento.

Hack é especialista em mamíferos silvestres e, além de coordenar o projeto, é colaborador do Plano Ação Nacional para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da Preguiça-de-coleira coordenado pelo ICMBio.

Oportunidades econômicas com a conservação

A conservação da espécie é um exemplo de como a preservação da natureza é importante aliada para o desenvolvimento econômico. A atividade de comercialização de madeira de reflorestamentos de pinus e eucalipto, que é predominante na região, associada a ações de conservação da espécie, pode beneficiar os processos de certificação florestal das empresas locais, agregando valor à madeira e abrindo novas oportunidades de negócio no mercado nacional e internacional.

“Essa descoberta pode abrir oportunidades de negócios sustentáveis para os produtores rurais da região, pois, por meio do desenvolvimento de projetos de agricultura familiar e da criação de um selo de boas práticas de manejo da terra e de conservação da espécie, seus produtos ganham reconhecimento e valor agregado”, apontou Hack.

Outra oportunidade para geração de renda para a população local é o desenvolvimento ordenado de atividades de ecoturismo para observação dessa espécie rara e das belezas naturais existentes na região. “Além disso, e não menos importante, há os projetos de pagamentos por serviços ambientais, que por meio da restauração de habitats essenciais para espécie, poderão gerar uma fonte alternativa de renda para os moradores locais. Esses são apenas alguns dos vários exemplos de como a conservação de uma raridade biológica pode favorecer a realização de negócios e auxiliar o desenvolvimento sustentável da região”, salienta Hack.

 

Vídeo disponíveis em: https://drive.google.com/drive/folders/1QNiUXz_xpi-DEOwh1BiI6L4EQuzSc-WK?usp=sharing

 

Crédito das fotos: Robson Hack/Lactec


Microchip em pets: vale a pena implantar?


Para a veterinária Adriana Souza dos Santos, da AmahVet, recurso oferece segurança aos animais e tutores ao dificultar casos de furto ou oportunismo

O uso de microchip de identificação em qualquer animal comercializado é obrigatório em diversas regiões do Brasil, no entanto, muita gente não entende a importância da tecnologia. Para a veterinária Adriana Souza dos Santos, clínica geral da AmahVet, o equipamento garante segurança para o caso do pet estar perdido ou ser roubado, uma vez que armazena um código único, ligado às informações de contato do proprietário do animal. “Alguns acreditam que uma simples identificação pode resolver o caso, mas há casos de pessoas desonestas que se apropriam dos animais e não querem devolvê-los. Isso ocorre por conta da perda da coleira de identificação, furtos ou roubos”, alerta a profissional.

Segundo ela, a aplicação é rápida e praticamente indolor. “Ter um microchip inserido por uma agulha hipodérmica causa o mesmo desconforto que qualquer injeção – uma picadinha e acabou. O microchip é inserido sob a pele, que começa a incorporá-lo e fixá-lo dentro de 24 horas, evitando que ele se mova. Existe uma chance de que o microchip se mexa um pouco, mas  não vai ficar perdido no corpo do pet”, garante.

Apesar de sua importância para evitar conflitos sobre a posse de um animal nem todo mundo tem o conhecimento de que a ferramenta existe, por isso o microchip deve ser visto como uma proteção extra e não como substituto da plaquinha de identificação, sobretudo nesse momento de ‘volta à normalidade’, em que os tutores estão passeando mais com seus animais de estimação. “Uma coleira com identificação legível e atualizada ainda é a melhor forma de reencontrar um pet, porque permite que uma pessoa comum que o encontre na rua entre em contato imediato com o dono”, destaca. Ainda segundo a especialista, ao encontrar um animal perdido e sem identificação, o ideal é levá-lo a um veterinário ou ao Centro de Controle de Zoonoses do município para checar se existe algum registro, ainda que sob a pele do bichinho. 

O mini circuito geralmente armazena o endereço residencial ou comercial do tutor, números de telefone, cor da pelagem, nome do animal e dos tutores e alguma característica individual de cada pet, que pode ser uma manchinha ou até um probleminha genético, como a ausência de um dedo ou um rabinho torto. E atenção, o implante deve ser feito somente por um Médico Veterinário. “Assim é possível garantir a higiene correta, a rapidez que evita o estresse do bichinho e segurança do procedimento”, finaliza Adriana.

 

AmahVet

www.amah.vet

Cuidados com os pets em altas temperaturas

Veterinária da DogHero dá dicas de como cuidar do animalzinho em dias de calor excessivo


De acordo com os dados da empresa MetSul Meteorologia, é esperado um recorde de altas temperaturas no Brasil acima de 40º no Sul, no Centro-Oeste e no Sudeste e, em alguns locais, as temperaturas podem chegar até a 45º. Os dias de calor excessivo são difíceis não somente para os humanos, mas também para os animais de estimação, em especial os cachorros. "Eles podem apresentar sinais de que estão sofrendo muito com calor e alguns podem até chegar ao óbito", alerta a veterinária Thaís Matos, da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina.

De acordo com a especialista, os cachorros não transpiram como os seres humanos, mas controlam a troca de calor do corpo e conseguem manter a temperatura ideal por meio da respiração. O ato de respirar rápido com a língua para fora indica não só que o pet está cansado, mas também que pode estar com calor. E esse é o primeiro sinal de que a temperatura pode estar incomodando. Outros sinais de incômodo que podem ser observados são: o cão deitar-se em locais com piso frio com a patas traseiras esticadas, beber muita água, ficar mais quieto que o habitual e procurar sempre locais cobertos sem exposição ao sol, frescos e ventilados.

Algumas raças de cães costumam sofrer mais com o calor excessivo. É o caso das raças muito peludas e de regiões onde o inverno é bem rigoroso como os Husky Siberiano, São Bernardo, Bernese e Chow Chow - eles tendem a sentir mais calor que os cães de pelagem curta como os vira-latas (SRD), Pinscher e Dachshund. Já as raças consideradas braquicefálicos, aquelas que apresentam o focinho achatado, como os Pugs, Buldogues, Boxer e Shih Tzu, apesar do pelagem curta, também podem sofrer mais com as altas temperaturas devido a sua anatomia. "Essas raças têm maior dificuldade para respirar e também de trocar calor com o ambiente. Por isso, os tutores devem ficar atentos aos sinais do animalzinho. Além de conhecer melhor os hábitos, a rotina, a personalidade, as características de cada raça e observar seu comportamento em dias quentes, os pais e mães de pets precisam saber o que pode e o que não pode fazer para ajudar o seu filhote", alerta a especialista da DogHero.

Para amenizar o sentimento de calor e levar bem-estar aos animais, os tutores devem sempre deixar água fresca à disposição, pois, durante as altas temperaturas, os pets bebem muito mais água e o líquido costuma ficar quente mais rápido. Assim, os pais de pets devem abastecer constantemente os potinhos de água do cachorro com água fresca. "Uma sugestão é colocar pedras de gelo dentro dos potes para manter a temperatura da água agradável por mais tempo", complementa a veterinária. Outra dica é que as refeições também devem ser feitas em horários mais amenos. O ideal é oferecer as refeições nos períodos da manhã ou ao anoitecer. Já os passeios também devem sofrer alteração de horário e o ideal é que o tutor opte por realizar antes das 10h da manhã e após às 17h, para evitar que o pet tenha contato com o chão quente, pois esse pode queimar as patinhas do pet

Os banhos em época de altas temperaturas também devem ser mais frequentes. No entanto, ainda é preciso secá-lo corretamente: "Mesmo com o calor, o tutor deve secar o pet para que a umidade não colabore na proliferação de fungos e no aparecimento de problemas dermatológicos no cãozinho", alerta a veterinária. Em caso de cães com pelos longos, a sugestão é manter a tosa baixa a fim de diminuir o tamanho do pelo e, consequentemente, o calor. "Não se deve retirar todo o pelo, o ideal é que permaneça pelo menos 5 cm de pelo, pois a pelagem atua como um isolante térmico e evita que o animal perca ou receba calor em excesso. Ou seja, ela atua de forma a também ajudar na regulação de temperatura do pet", complementa a veterinária da DogHero.

Em algumas raças, o ideal é fazer a tosa higiênica na região da barriga, para quando o cachorro deitar no chão, a pele terá maior contato com o piso frio, ajudando-o a aliviar o calor. "Outra opção é deixar a temperatura mais amena com ar-condicionado ou ventiladores ligados no ambiente que o pet está, assim ele ficará mais refrescado", finaliza Thais Matos.


Dicas para retirar o cheiro ruim de cachorro do ambiente


Algumas raças tendem a ter um cheiro mais forte do que outras. Saiba quais as melhores maneiras de resolver esse problema.

 


Que os cachorros são excelentes pets, disso ninguém tem dúvidas. No entanto, alguns animais – principalmente os que ficam dentro de casa – podem deixar odores desagradáveis no ambiente – o tão incômodo “cheiro de cachorro”. 

Essa situação acontece com determinadas raças, uma vez que alguns cães estão mais predispostos a terem um cheiro mais forte e exige uma série de cuidados para que isso não se torne um grande inconveniente para os tutores. 

Neste sentido, há uma série de dicas de como tirar cheiro de cachorro da casa e manter o ambiente sempre limpo e higienizado. 

 

Origem do cheiro:

Antes de mais nada, é preciso saber que cachorros têm odores e isso é absolutamente normal. Portanto, a primeira coisa que se deve fazer é identificar de onde está vindo o cheiro desagradável para tentar solucionar o problema. 

Na maioria dos casos, esse cheiro forte está relacionado ao xixi dos animais, que realmente tem essa característica – uns mais, outros menos. Quando feito no tapete higiênico ou mesmo fora dele, podem deixar um odor ruim no ambiente. 

Alguns animais também possuem um forte cheiro pelo corpo, que tende a ser mais evidente em cães com problemas de pele, infecções no ouvido ou até mesmo com problemas intestinais, afirma a veterinária Lívia Romeiro do Vet Quality Centro Veterinário 24h. 

 

Problemas de pele

Determinadas doenças de pele são propícias ao mau cheiro, como por exemplo, as piodermites (infecções por bactérias), as infecções fúngicas, parasitológicas e alérgicas, que fazem com que o animal apresente um odor desagradável mesmo com banhos frequentes. 
 

Infecções no ouvido

Cachorros que possuem grandes orelhas (e moles) também estão mais suscetíveis ao mau cheiro. Isso porque o acúmulo de bactérias odoríferas deixa um cheiro bem desagradável no nariz e causam dor nos pets. 


Cães idosos

Os cães mais velhinhos também tendem a ter um cheiro mais forte que impregna pela casa, que acontece devido a lentidão no metabolismo e a baixa imunidade. 

Essa condição, facilita a entrada de doenças como as mencionadas acima – infecções de pele, otites e afins – fazendo com que os animais tenham menor resposta imunológica e adquiram um cheiro característico. 

 

Como resolver o problema:

Seja qual for a origem do mau cheiro, é importante adotar uma série de cuidados – tanto com o pet, quanto com a casa – para evitar que isso se torne um problema para todos.

 

 


Limpe os ambientes com frequência

Se o pet está acostumado a ficar dentro de casa, subir no sofá ou nas camas, o ideal é que a limpeza criteriosa desses ambientes seja feita ao menos duas vezes por semana. 

Onde for possível, lave o piso com os produtos adequados, dando maior atenção para as áreas em que o animal costuma fazer suas necessidades. Nestes pontos específicos, você pode usar uma misturinha milagrosa que ajuda a deixar o lugar sem qualquer cheiro ruim: 

Bicarbonato de sódio

Limão espremido

Um pouco de água. 

Após lavar o local com os produtos que você normalmente utiliza, passe um pouco dessa mistura, deixando-a agir por pelo menos 40 minutos e depois enxague bem. 

Além disso, regularmente você deve aspirar o pó, varrer o chão e passar um paninho úmido nos móveis. Dessa forma, você evitará que qualquer odor desagradável se instale por ali. 
 

Deixe o ar circular

Mesmo nos dias mais frios, é importante promover uma boa circulação de ar nos ambientes para evitar qualquer cheiro ruim. 

Ao abrir as janelas, você ainda evita o acúmulo de bactérias, além de diminuir a umidade da casa, condição que ajuda a potencializar o mau cheiro vindo do pet. 
 

Cuidado com as camas e sofás

Caso o cachorro tenha o costume de dormir com você na cama, é importante trocar os lençóis a cada dois dias – se possível, diariamente – para evitar que as bactérias se acumulem e a cama fique com mau cheiro. 

Já para o sofá, colchão e poltronas, uma solução pode ser borrifar um desinfetante em aerossol indicado para desinfecção de pequenas superfícies não laváveis, que também ajuda na desodorização. 
 

Cuide da higiene do seu pet

Tão importante quanto cuidar do ambiente, os cuidados com o pet são indispensáveis quando o assunto é como tirar cheiro de cachorro da casa. 

Sendo assim, dar banhos no cachorro semanalmente, além de outras práticas de higiene ajudarão não só a controlar o mau cheiro, mas também a realizar uma boa manutenção de sua saúde. 

Utilize xampus específicos – caso ele tenha problemas de pele -, escove os pelos diariamente, faça uma tosa higiênica periodicamente e escove com frequência os dentes do animal. 

Além de todas essas ações, também é importante levá-lo sempre a uma clínica veterinária de confiança para que ele seja acompanhado por um médico veterinário para identificar qualquer problema de saúde que esteja relacionado a condição. 

Dessa forma, você se livra não só do odor desagradável na sua casa, mas também de qualquer risco ou imprevisto com a saúde do animal.


sexta-feira, 2 de outubro de 2020

SP Market ganha iluminação especial em apoio ao Outubro Rosa

 


Shopping visa conscientizar a população e estimular o diagnóstico precoce do câncer de mama


Outubro é mundialmente conhecido como o mês de prevenção do câncer de mama - o tipo de câncer que mais acomete mulheres no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O movimento começou em 1990, quando aconteceu a primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque, e os atletas usaram um laço rosa na altura do peito, dando vida ao símbolo da campanha. Pensando nisso, ao longo do mês de outubro, o SP Market, shopping da Zona Sul de São Paulo, estará iluminado de rosa, com o intuito de conscientizar a população e estimular o autoexame para identificação precoce da doença.

 

 

SP Market

Localizado na Avenida das Nações Unidas, Zona Sul da cidade de São Paulo e próximo à estação de trem Jurubatuba na Linha Esmeralda CPTM

http://www.shoppingspmarket.com.br/


OUTUBRO ROSA! INSTITUTO EMBELLEZE PROMOVE CONSULTAS COM ESPECIALISTAS ONLINE E CONSULTÓRIO MÉDICO ITINERANTE PARA ORIENTAR AS MULHERES SOBRE A PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA

 


Com o mote "Prevenção que Transforma Vidas", as ações têm o intuito de atender e orientar o maior número de mulheres possível. O consultório médico itinerante passará por 8 cidades do estado de São Paulo ao longo do mês, incluindo grande São Paulo, Baixada Santista e Interior. Para os demais estados, a rede promoverá consultas por telemedicina e visam atender mais de 600 mulheres ao longo do mês


 

De acordo com um levantamento realizado pelo Datafolha, instituto de pesquisas do Grupo Folha, o câncer é o maior medo dos brasileiros, ultrapassando situações como receio de ser assaltado, perder o emprego ou sofrer um AVC. Não é à toa! Segundo o INCA, Instituto Nacional do Câncer, o câncer de mama é o 2o tipo de câncer mais comum entre mulheres no mundo. Só no Brasil são 60 mil novos casos por ano.

Diante desta realidade, o Instituto Embelleze, a maior rede de ensino profissionalizante de beleza da América Latina, que tem em seu DNA o propósito de transformar vidas, realiza esta campanha para conscientizar as mulheres a respeito da doença e incentivar a prevenção através do autoexame.

Ao longo do mês de outubro duas ações especiais ocorrerão: Em São Paulo, o consultório médico itinerante, com profissionais especialistas que durante a consulta gratuita fará o exame de toque nas mamas. E para os demais estados haverá as consultas online, por telemedicina, com agendamentos através do site da marca. "Estamos muito contentes em promover uma campanha que levará conscientização a centenas de mulheres, principalmente àquelas que não possuem tanto acesso a saúde e como se prevenir, já que a maioria dos locais visitados serão em periferias. Acreditamos na importância de cada vez mais marcas apoiarem causas que podem salvar vidas e Outubro Rosa é, para nós, particularmente especial, já que que 90% dos nossos alunos são mulheres. As expectativas são grandes e temos certeza de que iremos ajudar muitas mulheres ao longo deste mês", comento o CEO da marca, Daniel Narcizo.

:: CONSULTÓRIO ITINERANTE EM SÃO PAULO

Entre os dias 12 e 31 de outubro, o consultório itinerante passará por 8 cidades do estado de São Paulo, A van ficará localizada em frente as escolas do Instituto Embelleze e fará o atendimento a todas as mulheres que passarem no local, além de alunas e colaboradoras da unidade, gratuitamente.

A van permanecerá por 6 horas em cada parada e contará com a presença de uma médica mastologista/ginecologista para realizar o exame de toque na mama e dar todas as orientações referentes a doença, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. A profissional irá informar também as mulheres como se prevenir do câncer de colo de útero.

No local, também estarão presentes um agente de saúde para higienizar maca a cada atendimento, além de um produtor, que ficará responsável por manter o distanciamento entre mulheres na fila de espera, evitando assim aglomerações, e certificando-se que todas estejam utilizando máscara.

:: CONSULTA VIRTUAL

Para as cidades e estados que não contarão com o consultório médico itinerante, o Instituto Embelleze criou um site exclusivo para realizar atendimentos por telemedicina.

As consultas serão realizadas a partir do dia 12 até 31 de outubro e deverão ser agendadas com antecedência, através do site: www.institutoembelleze.com. Serão 24 atendimentos por dia, entre 10h e 18h, totalizando um total de 360 mulheres atendidas no mês.

Todas as consultas serão confirmadas com 24h de antecedência. No mesmo contato serão passadas as informações e recomendações. Haverá uma nova confirmação, no dia do agendamento, 20 minutos antes do atendimento, via Whatsapp. Caso não haja retorno por parte do paciente na primeira confirmação, o horário voltará a ficar livre para agendamento no site.

No total, o Instituto Embelleze pretende atender mais de 600 mulheres.

 

:: SERVIÇOS

Van Itinerante

Confira no site os locais, datas e horários do consultório itinerante: www.institutoembelleze.com

 

Consulta Online

Site para agendamento: http://www.institutoembelleze.com

Data de funcionamento: 12 a 31 de outubro

Horários das consultas: 10h às 16h

Única sessão de radioterapia é eficaz no tratamento do câncer de mama

(Crédito: divulgação)

Estudo de 20 anos comprova eficácia de uma única dose de radioterapia quando o câncer é identificado em estado inicial 


Toda doença identificada em seu estado inicial confere maiores chances de recuperação. Quando falamos do câncer de mama não é diferente. Uma nova técnica terapêutica aplicada no cancro da mama (módulo de câncer formado no seio) ainda em estado inicial requer uma única dose de radioterapia para seu tratamento.

Dessa forma, o paciente é dispensado de regressar diariamente ao hospital por semanas para receber doses sucessivas de radioterapia para a cura da doença. Sem dúvidas, a técnica chamada de TARGIT-IORT (Taregeted Interoperative Radiotherapy) tem grande potencial para revolucionar o tratamento do câncer de mama em todo o mundo, com ótimos resultados no pré e pós operatório.

No pré porque o paciente já vai mais tranquilo para a cirurgia, ciente de que o tratamento pode ser muito mais simples do que o método convencional; e no pós porque o resultado da TARGIT-IORT são efetivos.

O procedimento da técnica consiste em, após a remoção cirúrgica do tumor, usar uma máquina móvel de radioterapia para aplicar uma única dose localizada dentro do seio, e impedir que o tratamento se espalhe por todo o organismo. Assim, apenas os tecidos em volta do tumor são atingidos e o tratamento é feito entre 20 e 30 minutos.

Ao chegar a essa importante conclusão, os resultados do estudo foram publicados no "British Medical Journal", uma das publicações médicas mais reconhecidas do mundo. O professor de Cirurgia e Oncologia no University College London e pesquisador da nova técnica, Jayant Vaidya, explicou que entre as vantagens da TARGIT-IORT a principal é conceder ao paciente uma melhor qualidade de vida, podendo regressar à sua rotina normal mais rapidamente.

Além disso, também vale destacar que há redução da mortalidade por danos provocados a outros órgãos, uma vez que a radiação é aplicada somente no seio, diferentemente da radioterapia normal; reduzindo efeitos colaterais. Outros aspectos positivos observados foram diminuição da dor e menos danos à natureza estética.

 

Anos dedicados ao estudo

A TARGIT-IORT tem sido desenvolvida desde 1998. O estudo publicado recentemente foi, na verdade, realizado ao longo de 20 anos e alcançou 2298 mulheres a partir dos 45 anos, em dez países. Parte delas receberam a radioterapia convencional, outras receberam a  TARGIT-IORT. Destas últimas, 80% não mostraram necessidade de radioterapia pós-operatório suplementar, sem que as taxas de sobrevivência ou de retorno do cancro fossem identificadas. Por fim, é importante destacar que a técnica não funciona para todas as mulheres, e ainda está sendo apurado por que isso acontece.


Mamografia: tabu entre mulheres, procedimento é crucial para descoberta do câncer de mama

 


Outubro Rosa: diagnóstico precoce é o melhor caminho para cura e recuperação 
Crédito: Pixabay

Além do autoexame, detecção da doença exige acompanhamento médico especializado e periódico

Para a engenheira química Claudia Giovanni Braga, de 44 anos, o autoexame sempre foi suficiente. Com a crença de que, somente após algum sintoma, seria necessário buscar ajuda profissional, Claudia detectou um nódulo no seio após realizar exames de rotina fornecidos pela empresa em que trabalha. “A mamografia não é algo que as mulheres querem fazer, ir ao ginecologista não é um compromisso divertido. Eu achava desnecessário fazer check up sem ter sinais de alguma doença ou problemas”, explica. 

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer, o número de casos estimados de câncer de mama feminina no Brasil em 2019 foi de 59.700. Com um número ainda elevado de casos, o diagnóstico precoce segue como melhor caminho para a cura e recuperação das pacientes. De acordo com a médica Aline Moraes, responsável pelo setor de Check Up do Hospital Marcelino Champagnat, a descoberta tardia não é somente uma questão de vida ou morte. “O diagnóstico precoce possibilita uma gama muito maior de oportunidades de tratamento e formas menos agressivas, que vão comprometer menos a qualidade de vida da mulher”, ressalta. 

Claudia descobriu o nódulo ao passar pelo check up do Hospital Marcelino Champagnat, serviço que oferece aos colaboradores de empresas parceiras uma bateria de exames e consultas completa, ao longo de aproximadamente seis horas de atendimento. “Todos os executivos da empresa fazem o check up no Marcelino e, na minha vez, foi quando encontrei o nódulo. Fiz a consulta com a ginecologista, realizei o exame de mamografia e, vendo que não era suficiente para um diagnóstico completo, no mesmo dia já fiz o ultrassom e fui encaminhada para a biópsia”, conta. 

Para Aline, coordenadora do setor, o diferencial é o acompanhamento do paciente, além da praticidade do modelo. “O fator agilidade é muito considerado nesse serviço de check up, mas a nossa dinâmica de continuidade e comparativo de exames a cada ano é essencial, já que nos apresenta um cenário completo do paciente e suas mudanças, permitindo um diagnóstico preciso e muito mais avançado”, explica.  

No caso de Claudia, após a biópsia, que revelou um nódulo ainda benigno, o acompanhamento segue sendo realizado a cada seis meses para monitorar o caso. “Toda vez que eu vou repetir o exame, eu vivo tudo de novo, sinto a mesma angústia da descoberta, mas isso tudo mudou minha visão sobre a importância do check up. Depois da minha experiência, eu virei uma defensora da mamografia e da saúde da mulher. Pedi para minha empresa fazer uma campanha sobre isso e tirar alguns tabus que são comuns para as mulheres e geram medo do exame. Sou uma defensora do preventivo”, finaliza. 

 


Hospital Marcelino Champagnat


Outubro Rosa: informações que toda mulher precisa ter sobre câncer de mama

Considerado o tumor mais comum em mulheres de todo o mundo, o diagnóstico precoce é essencial para a cura da paciente e garante um prognóstico mais saudável; saiba mais sobre os tratamentos e formas de prevenção



O sentimento ao receber um diagnóstico de câncer de mama pode ser devastador. No entanto, é essencial que a paciente saiba que a descoberta da doença pode estar longe de ser apenas uma sentença negativa, sem chances de uma vida saudável após o tratamento - ou ainda, na pior das hipóteses, ter pouca expectativa de sobrevivência ao passar por essa fase.

Apesar do crescente número de casos da doença - só em São Paulo, são esperados 18.280 novos casos de câncer de mama em 2020, de acordo com a estimativa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) - em contrapartida, nos últimos anos ocorreram importantes avanços nos tratamentos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização de todo esse processo.

De acordo com o oncologista Daniel Gimenes, do CPO Oncoclínicas, o tratamento varia de acordo com o estágio do tumor e suas características, além de depender também das condições da paciente - fatores como idade, comorbidades e status menopausal.

"O prognóstico do câncer de mama também depende desses fatores. Quando a doença é diagnosticada no início, as chances de cura são elevadas acima de 90% com o tratamento. No entanto, quando há evidências de metástases, todos os procedimentos passam a ter como objetivo principal o prolongamento da sobrevida e melhora da qualidade de vida da paciente", explica Dr. Daniel.

Ainda de acordo com o oncologista, o acesso à informação de qualidade é um grande aliado no combate à doença. "O diagnóstico não é o fim, mas sim uma continuidade, que não deve ser encarada com medo. Por isso, faça exames e mantenha a rotina das consultas médicas independente da idade. Confie no seu médico, compartilhe seus anseios e não confie em tudo que lê na internet, tomando cuidado principalmente com as fake news sobre a doença", alerta.

Confira a seguir as principais informações que todas as mulheres devem saber sobre câncer de mama, esclarecidas pelo Dr Daniel Gimenes: 



Com que idade as mulheres devem começar a fazer exames anuais?

É importante fazer mamografia a partir dos 40 anos, mas já existem exames que são capazes de detectar alterações em mulheres mais jovens, como ultrassonografia e ressonância magnética, já que a mamografia apresenta limitações nesta faixa etária, devido às mamas densas das pacientes, o que dificulta a identificação de eventuais tumores.

Vale lembrar que o auto exame, apesar de ser importante para o conhecimento do corpo, não é a melhor forma de detectar o câncer de mama precocemente - quanto o tumor já é palpável, é porque provavelmente já está mais avançado. 



Como prevenir o surgimento de tumores?

Manter uma alimentação balanceada (priorizando alimentos in natura e evitando ultraprocessados e bebidas alcoólicas), praticar atividade física regularmente, manter o peso corporal adequado e, caso tenha a oportunidade, aderir ao aleitamento materno, são hábitos que podem reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama, além de evitar a recidiva da doença. 



É possível engravidar após passar pelo tratamento de combate ao câncer de mama?

Em casos de mulheres jovens, existem técnicas para a preservação de fertilidade durante o tratamento oncológico, no entanto é importante que a paciente converse com o seu médico sobre os riscos e as possibilidades logo que receber o diagnóstico - antes mesmo de iniciar o tratamento.

A forma como essa preservação será feita deve ser totalmente individualizada, levando em conta o estado geral da paciente e seus anseios. As opções normalmente são: congelamento de óvulos ou de embriões, congelamento do tecido ovariano e supressão da função ovariana. 



O tratamento do câncer de mama exige obrigatoriamente a extração da mama?

Nem todo tratamento oncológico de mama vai representar a sua extração. Existem hoje diversas alternativas de tratamento, que devem sempre levar em consideração o olhar individualizado sobre o paciente e o estágio do tumor. 



O câncer de mama é necessariamente hereditário?

Nem todo câncer de mama é hereditário - ou seja, uma mutação herdada. No entanto, a mutação genética pode ocorrer ao longo da vida, em razão de condições externas, como estilo de vida e ambiente. 



Existem alternativas para que não haja queda de cabelo durante o tratamento?

Não são todos os tratamentos oncológicos que são responsáveis pela queda capilar.

A quimioterapia é um tratamento que afeta as células que se multiplicam com frequência, como as responsáveis pelo crescimento do cabelo, causando alopecia no paciente.


Porém, atualmente existe uma técnica capaz de preservar a maior parte dos fios: a crioterapia - uma touca gelada que resfria o couro cabeludo e promove a contração dos vasos sanguíneos. Tal esfriamento cria uma espécie de capa protetora que preserva os folículos pilosos e reduz a quantidade de medicamento que chega às raízes, o que reduz a queda capilar.

É importante que cada mulher tenha autonomia e protagonismo de definir o que é melhor para si - raspar o cabelo, buscar próteses capilares ou optar por alternativas que diminuam a queda dos fios.

 

Pesquisa da UFSCar indica que deficiência de vitamina D é fator de risco para incapacidade funcional em idosos



Projeto acompanhou mais de 4 mil voluntários por quatro anos e foi divulgado recentemente em publicação internacional

 

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) comprovou que existe relação entre a deficiência de vitamina D e o risco de incapacidade funcional em atividades básicas de vida diária (ABVD) em pessoas com mais de 50 anos de idade. O estudo é fruto do mestrado de Mariane Marques Luiz, fisioterapeuta e atual doutoranda em Fisioterapia pela UFSCar, e teve a orientação de Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da Instituição. A pesquisa contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp -Processo N. 18/13917-3).


A capacidade funcional é a habilidade que idosos apresentam para realizar as tarefas do dia a dia de forma independente. A incapacidade, portanto, se caracteriza pela dificuldade ou a impossibilidade de desempenhar atividades cotidianas como comer, se vestir, tomar banho, levantar, ir ao banheiro e andar. Apesar de alguns trabalhos já terem demonstrado uma associação entre baixos níveis de vitamina D com o comprometimento da capacidade funcional de idosos, nenhum havia verificado se a deficiência de vitamina D é um fator de risco para o desenvolvimento da incapacidade. "Assim, nossa pesquisa teve como objetivo analisar se a deficiência de vitamina D era um fator de risco para desenvolver incapacidade em ABVD, além de verificar se esse risco se dava de forma distinta entre homens e mulheres com 50 anos ou mais", destaca Alexandre.


O projeto acompanhou uma amostra de 4.814 participantes provenientes de uma base de dados do Elsa (English Longitudinal Study of Ageing), da Inglaterra, que integra, junto a outros estudos, o International Collaboration of Longitudinal Studies of Aging (InterCoLAging), coordenado pelo professor Tiago Alexandre. Para conduzir a pesquisa, foram selecionados somente indivíduos que não relataram dificuldade para realizar tarefas cotidianas. Os selecionados foram classificados quanto aos níveis de vitamina D no sangue, como suficiente, insuficiente ou deficiente, e também foram coletados dados socioeconômicos e as condições clínicas dos participantes. Após dois e quatro anos, esses indivíduos foram novamente avaliados para verificar se houve o desenvolvimento de dificuldade para realizar uma ou mais das ABVD.


De acordo com o docente da UFSCar, no final dos quatro anos de acompanhamento, os homens com deficiência de vitamina D tiveram um risco 44% maior de desenvolver incapacidade, quando comparados aos homens com níveis suficientes de vitamina D. Por sua vez, as mulheres com deficiência de vitamina D tiveram um risco 53% maior de desenvolver incapacidade, quando comparadas às mulheres com níveis suficientes de vitamina D.


Alexandre explica que o envelhecimento é, frequentemente, acompanhado de uma redução nos níveis de vitamina D no sangue e acrescenta: "Devido à vitamina D possuir uma importante participação na manutenção da saúde dos ossos e músculos, a sua deficiência pode levar a prejuízos musculares como a fraqueza e a atrofia muscular. Consequentemente, pode haver o comprometimento da funcionalidade dos indivíduos mais velhos, repercutindo em dificuldade ou impossibilidade de realizar as ABVD".


O professor também indica que, apesar do risco de desenvolver incapacidade ser numericamente maior nas mulheres com deficiência de vitamina D quando comparadas aos homens com a mesma deficiência, não houve diferença estatística entre esses valores. "Dessa forma, não é possível afirmar que existe diferença entre sexos na deficiência de vitamina D como fator de risco para incapacidade em ABVD", esclarece Alexandre.


Como resultado, o professor destaca que a relação entre "deficiência de vitamina D e incapacidade é clinicamente relevante, pois os níveis de vitamina D podem representar um indicador precoce do comprometimento funcional, que representa um importante agravo para a saúde dos idosos". Assim, segundo ele, o adequado monitoramento dos níveis de vitamina D é uma estratégia para prevenir o desenvolvimento de incapacidade em idosos. A principal fonte de vitamina D é a exposição ao sol, mas, em alguns casos, pode ser indicada a suplementação.


O estudo também teve a participação de pesquisadores da University College London, do Reino Unido, e foi publicado recentemente no Journal of Nutrition (https://bit.ly/33drU3k). O projeto utilizou os bancos de dados do Elsa, que teve sua aprovação ética concedida pelo Comitê de Ética em Pesquisa Multicêntrica de Londres (MREC 2/1/91).


Achismo de que dermatologia é voltada apenas para estética dificulta acesso e diagnóstico precoce de doenças graves como o câncer de pele, alerta dermatologista

 Médico alerta que é preciso fortificar a imagem de que o dermatologista entende e trata doenças e não apenas aparência física

 

Com a popularização do skincare e diversos outros tratamentos estéticos, reforçou-se a ideia no imaginário do brasileiro de que dermatologistas são profissionais focados apenas na imagem. Apesar de esta ser, de fato, uma área de especialização chamada Cosmiatria, a atuação desses médicos não se limita a isso, sendo eles responsáveis por um dos maiores órgãos do corpo humano: a pele. 

De acordo com o médico dermatologista Dr. Fábio Gontijo, todo esse cenário contribui para o afastamento de grande parte da população desses profissionais, o que contribui para a dificuldade de prevenção e tratamento precoce de doenças relacionada à pele. “Acredito que ainda faltam ações mais eficientes para democratizar o acesso à especialidade. O alcance as consultas médicas via SUS muitas vezes é demorado, e algumas pessoas não tem acesso a informações básicas, como por exemplo, o uso irrestrito do filtro solar diariamente. Além disso, muitos tem a ideia de que esta é uma especialidade estética voltada apenas para classes sociais mais favorecidas, um supérfluo.”, 

A falta de acesso e a não democratização do conhecimento na área é segundo ele, um catalisador para que doenças como o câncer de pele, que corresponde a 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, se devolvam com mais facilidade. Estima-se que 180 mil novos casos sejam diagnosticados por ano pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). “O atraso no diagnóstico de doenças dificulta o tratamento e abre margem para que as consequências sejam ainda mais graves. Entretanto, além de diagnosticar as doenças, é de fundamental importância que essas ações de acesso à dermatologia estejam ligadas à prevenção das patologias, assim como para a melhora da qualidade de vida das pessoas”, defende o médico dermatologista Dr. Fábio Gontijo. 

Estão em tramitação no congresso, diversas iniciativas que buscam minimizar dificuldades de acesso aos cuidados com pele, como é o exemplo da PL nº 5561/2019, de autoria do deputado Gervásio Maia PSB/PB, que propõe a distribuição gratuita de protetores solares para beneficiários do programa Bolsa Família, pessoas com renda familiar de até 2 salários mínimos, trabalhadores rurais, e outras classes de trabalhadores que tem trabalho externo.  

Além disso, apesar do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecer consultas gratuitas com profissionais da área, Dr. Fábio Gontijo pontua que grande parte da população ainda vê a dermatologia como algo relacionado à estética e não à saúde, o que somado a demora no processo, culmina para o desinteresse. "O uso do protetor solar, por exemplo, é tido como necessário apenas para dias de praia e piscina, porque é assim que o produto é retratado em comerciais e outros meios. Quando na verdade, não é bem assim, e cabe aos órgãos responsáveis fazerem esse tipo de divulgação do conhecimento", alerta o médico dermatologista. 

 

Democratização da informação

Além disso, instituições como a Sociedade Brasileira de Dermatologia promovem periodicamente algumas campanhas de conscientização. Outra maneira de democratizar informações de cuidado com a pele é por meio de programas de tevê. No caso do dermatologista Dr. Fábio Gontijo, a proposta foi tratar de assuntos chaves com linguagem lúdica. 

“A ideia de criar um programa semanal em um canal da televisão aberta partiu justamente dessa necessidade de democratizar as informações sobre a excelência nos cuidados com a pele com o grande público. A primeira temporada do meu programa, A Melhor Versão, terá uma série de episódios em que iremos abordar as doenças de pele mais comuns, de forma clara e explicativa, desde acne até o câncer de pele, além da melhor forma de preveni-los”. 

Para o médico, iniciativas como esta vêm atreladas não a um influencia estética, mas para o entendimento de que cuidados com a pele também dizem respeito à saúde. "Mais iniciativas como as que estamos vendo atualmente, principalmente as que estão atreladas ao bem social, devem surgir no nosso país. Vamos lembrar que a promoção da saúde é um direito básico de todos e um dever do Estado", lembra.


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