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terça-feira, 9 de junho de 2020

FEMAMA teme epidemia de câncer em estágio avançado no período pós pandêmico


Caminhos ‘livres de corona’ são necessários para incentivar os pacientes a continuar o tratamento oncológico, defende especialista


Já faz mais de dois meses desde que o governo anunciou o início da quarentena no Brasil, a pandemia por si só já é um enorme desafio para o SUS. Além disso trouxe consigo consequências graves para outras áreas de atendimento à população, seja pela alta sobrecarga dos hospitais ou pela instabilidade no Ministério da Saúde impactando diretamente na gestão dos diferentes níveis do sistema estadual e municipal. Ainda que os Estados estejam adotando medidas de contenção, elas são dispersas e, em muitos casos, não estão dando conta da demanda por serviços de saúde e, até de uma simples informação. A comunicação está desencontrada e isso é observado no número de pacientes em redes sociais e ONGs buscando ajuda e direcionamento. 

“Em um momento tão delicado como o que estamos vivendo, mais do que nunca é preciso focar no que é essencial: a vida das pessoas. É inaceitável que pessoas com suspeita de câncer fiquem em casa. Precisamos com urgência de uma diretriz ministerial, estadual e municipal dirigidas a pacientes com suspeitas de câncer ou em busca de atendimento. As orientações precisam ser claras, com direcionamento,  para que possamos evitar o colapso nos próximos meses”, afirma a Dra. Maira Caleffi, Presidente voluntária da FEMAMA (Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama) e Chefe do serviço de mastologia do Hospital Moinhos de Vento.

Os pacientes se sentem desamparadas pelo sistema de saúde e com a falta de informação, não conseguem ter uma ideia sobre o futuro de seu tratamento. "Desconfiei de um novo tumor e fui ao médico, ele solicitou uma endoscopia para o dia 23 de março, mas como no dia 22 a quarentena foi anunciada, todos os exames foram cancelados e agora preciso aguardar o fim do isolamento” diz Rosemary Souto Cruz.

A situação atual agravou, ainda mais, os atrasos no diagnóstico de câncer no Brasil. De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), já em 2019 as pessoas demoravam até 200 dias para ter uma confirmação ou negativa se tinham câncer. Para os casos positivos o resultado era catastrófico, resultando em maior volume de pacientes com a doença em estágio avançado.

“A ciência já provou que em câncer de mama, a arma mais poderosa para diminuir o risco de morte é o diagnóstico precoce. E agora, com a crise provocada pelo coronavírus, a escassez de atendimento gerará um número de casos de câncer em estágios ainda mais avançados no período pós pandemia. A população está resignada em casa com medo do vírus e não estão fazendo exames de rotina. Vamos ver um aumento significativo de casos de tumores palpáveis e tratamentos mais agressivos, com maior custo e número de mortes. Por isso é urgente que se abram caminhos ‘livres de corona’ para que as pessoas encontrem ajuda e informações”, diz a Dra. Maira Caleffi.




Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama



IGENOMIX LANÇA TESTE GENÉTICO QUE ANALISA DNA DE EMBRIÕES SEM NECESSIDADE DE BIÓPSIA PARA TRATAMENTOS DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO


 A gota onde o embrião se desenvolve no laboratório será a a fonte de informação cromossômica para o novo teste genético




Nos tratamentos de reprodução assistida, as alterações cromossômicas são as responsáveis por uma grande parte das falhas de implantação e abortos após Fertilização in Vitro (FIV). Para prevenir essas falhas, a única opção vinha sendo o Teste Genético  Pré-Implantacional para Aneuploidias (PGT-A), que requer uma biópsia embrionária. No entanto, a recente publicação na revista científica AJOG (Journal of Obstetrics & Gynecology) mudou esse cenário.

Há anos a comunidade científica no campo da medicina reprodutiva pesquisava estratégias não invasivas de análise da saúde cromossômica do embrião até que a equipe liderada pela cientista Dra. Carmen Rubio, do laboratório de genética Igenomix, líder no setor a nível mundial, conseguiu desenvolver uma técnica para análise do DNA do embrião utilizando a gota do meio onde ele cresce in vitro antes de ser transferido ao útero materno.
A confirmação da efetividade dessa descoberta foi publicada na revista científica American Journal of Obstetrics & Gynecology. Na pesquisa, 1301 embriões foram analisados cromossomicamente através da biópsia embrionária e comparados com a análise do seu meio de cultura para avaliar a confiabilidade da nova técnica em relação ao método clássico.

Oito centros de reprodução assistida de 4 continentes, incluindo o Brasil, participaram dessa pesquisa. Como resultado da comparativa, foi encontrada uma concordância próxima a 80% nos resultados das análises genéticas.

A chegada do novo teste genético promete mudar a forma de trabalhar das clínicas de reprodução assistida, reduzindo a necessidade de biópsias embrionárias, um procedimento que exige uma grande habilidade do embriologista que precisa realizar um corte a laser no embrião para a retirada de células.

"Neste momento, em um contexto onde os tratamentos foram interrompidos devido à pandemia do novo coronavírus, o tempo é mais importante do que nunca. Testes não invasivos podem ajudar a aprender mais sobre saúde embrionária e obter tratamentos mais eficazes, reduzindo o tempo para conseguir a gravidez ", explica Dra. Carmen Rubio, autora principal da pesquisa. 


Quais são as consequências das alterações cromossômicas?


Alterações cromossômicas são a principal causa de abortos de primeiro trimestre. Nos tratamentos de FIV, são a principal responsável pelas falhas de implantação, que ocorre quando a gravidez não acontece após um embrião ser transferido ao útero materno. Esse tipo de alterações também são a origem das síndromes genéticas como a Síndrome de Down.

Na maioria dos casos, as alterações cromossômicas acontecem de forma espontânea e não hereditária, sendo a idade materna o principal fator que provoca tal falha. Estima-se que cerca de 40% dos embriões gerados por um casal jovem (idade ≤35 anos) possuirá alterações cromossômicas. Esta proporção aumenta na medida em que a idade materna avança. Uma mulher aos 40 anos terá quase 80% de seus embriões alterados cromossomicamente.


Desde o início do PGT-A até os dias atuais, a análise cromossômica do embrião tem sido realizada através de biópsia, sendo retiradas células da região do trofectoderma (região do embrião que dará origem à placenta). O PGT-A melhorou as taxas de implantação por ciclo de tratamento e reduziu as taxas de aborto.

"O uso desse novo teste genético que chamamos de EMBRACE aumentará as chances de uma gravidez acontecer e chegar a termo com o nascimento de um bebê saudável, que é a nossa principal missão na reprodução assistida", explica Dra. Marcia Riboldi, geneticista responsável pelo laboratório Igenomix Brasil. 


Sobre o estudo que validou a técnica

O estudo internacional multicentrico e prospectivo que validou a nova técnica é o maior realizado até hoje, incluindo um total de 1301 meios de cultura correspondentes aos embriões de famílias que realizaram o teste genético PGT-A durante seus tratamentos de FIV em 8 centros de reprodução assistida em diferentes países, incluindo o Brasil.

Os resultados da pesquisa mostraram 78% de concordância entre as duas técnicas de diagnóstico - invasivas (células do trofectoderma) e não invasivas (meio de cultivo embrionário).

Agregado a esses resultados, 81 embriões alterados doados para pesquisa foram analisados por completo, onde foi identificada uma concordância de 84% na análise de massa celular interna (células que originam o feto) em relação ao meio de cultivo.

Outra novidade desta pesquisa em relação às anteriores é que a análise dos embriões foi realizada com sequenciamento de nova geração (NGS), utilizando um novo protocolo laboratorial e um novo algoritmo de Inteligência Artificial totalmente desenvolvido pela Igenomix , especificamente para essa análise de DNA livre em meio de cultura.
Atualmente, Igenomix é o laboratório líder em genética e o único no mundo que possui além de uma equipe de pesquisadores e cientistas renomados na área, conhecimento e desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para alcançar esses resultados que irão evoluir ainda mais graças ao uso de ferramentas de Inteligência artificial em uso na empresa.

“O EMBRACE vai auxiliar todas aquelas pacientes que hoje recorrem a um tratamento de FIV e não possuem uma indicação clara da realização da biópsia e consequentemente do PGT-A.
Essa técnica ajuda na escolha do embrião com maior probabilidade de ser cromossomicamente saudável, proporcionando uma maior chance de uma gravidez, diz Dra Marcia.

                                       O vídeo  resume a publicação científica na revista AJOG




IGENOMIX é uma empresa de biotecnologia dedicada à saúde e genética reprodutiva. Sua experiência no campo da fertilidade e sua habilidade em pesquisa avançada, fez do grupo um dos pontos de referência mundial na área de genética. Está presente com 23 laboratórios no mundo

Sem vacina contaminação em massa pelo coronavírus é inevitável


 Estudos sugerem que até 80% da população seja infectada. E, mesmo para quem foi infectado, não se pode descartar possibilidade de nova contaminação, pois muitos pacientes não adquirem anticorpos



Desde que o novo coronavírus surgiu na China em dezembro de 2019 e se tornou uma pandemia mundial, a alta taxa de transmissão do vírus mostrou que toda a população está sujeita a contaminação, o que certamente deve acontecer, caso a imunização por vacina não chegue antes disso.  Um estudo da Universidade de Harvard previu que a contaminação chegue em algo entre 40% e 70% da população, enquanto epidemiologistas do Imperial College of London, cuja previsão foi publicada em 26 de março de 2020, previram que mais de 80% da população brasileira deve ser infectada pelo novo coronavírus. 

Segundo a médica  infectologista, Juliana Barreto, do total de infectados, 15% deve evoluir para um quadro que precisa de internação, dos quais 5% devem chegar a uma forma grave da infecção e necessitar de UTI.   "Em números, significa que *do total de 200 milhões brasileiros, 160 milhões devem ser infectados e cerca de 8 milhões de brasileiros podem evoluir para a forma grave da COVID 19"*,  diz a especialista.

Para que o impacto no sistema de atendimento de saúde seja dentro do possível, é preciso manter a curva do contágio achatada.  “A velocidade do contágio pode levar a um número de pessoas doentes simultaneamente altíssimo e a estrutura da saúde não vai suportar, mesmo que a doença seja tratável, o tempo do tratamento é lento, e inversamente proporcional à contaminação”, alerta a médica infectologista Juliana Barreto, que atende no Órion Complex. 

O Japão, onde vivem 126,5 milhões de habitantes, é um exemplo de "curva achatada", considerando que saíram de 1 para mais de 480 casos confirmados entre 16 de janeiro e 9 de março. Em média, quase nove casos novos por dia. A Itália, onde vivem 60 milhões de pessoas, é o exemplo contrário, onde os casos dispararam de 3 para mais de 9.000 entre 31 de janeiro e 9 de março. Em média, foram quase 230 casos novos por dia, montante 25 vezes maior que o Japão. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já chegaram a 710 mil casos confirmados. 


Imunização 

Outro ponto que precisa ser observado, segundo ela, é que ainda não há garantias que uma pessoa infectada e curada, está “automaticamente”, imune a uma segunda infecção. "Muitas pessoas não adquirem o anticorpo IGG, que determina a imunidade, neste caso elas continuam suscetíveis à COVID-19".  Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que analisou resultados de testes de 648 pessoas e 1 536 amostras, mostrou que a maioria delas só desenvolveram anticorpos após 20 dias do início dos sintomas. Além disso,  estudo mostrou também que 40% das pessoas continuam positivas depois de 15 dias do aparecimento dos sintomas, mas nesta fase deixam de ser contagiosas, de acordo com Juliana.  


COVID-19: saiba como cuidar da saúde cardiovascular


Cirurgião explica que envelhecimento de artérias e veias é um risco a mais em tempos de pandemia do novo coronavírus

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, pessoas acima dos 60 anos ou com problemas cardíacos foram identificadas como algumas pertencentes ao grupo mais afetado pela COVID-19. Entretanto, o envelhecimento já pode representar um risco para as veias e artérias, deixando-as mais rígidas. O cirurgião vascular Dr. Gilberto Narchi Rabahie explica como a diferença de idade pode acontecer e dá dicas para prevenir.

“A diferença básica é a capacidade elástica ou complacência do vaso”, afirma. O vaso mais novo possui maior resistência. Já o mais velho, se torna mais rígido, e quanto mais enrijecido for, maior o será o trabalho do coração para “vencer” a pressão, causando desgaste precoce, do coração e, diretamente, dos vasos.

Segundo o especialista, a falta de controle de diabetes e a hipertensão arterial podem apresentar o enrijecimento precoce das artérias. “Sedentarismo, tabagismo e a ausência de manutenção de peso adequado também contribuem para a diferença de idade”, acrescenta Dr. Gilberto.

Para medir a capacidade da parede arterial, o VOP (Velocidade da Onda de Pulso) é um método que apresenta, de forma não invasiva, a rigidez da parede arterial. “Com o exame, podemos fazer um diagnóstico precoce e com o tratamento adequado, retardarmos a rigidez dos vasos, igualando, por assim dizer, as idades para evitarmos suas complicações”, afirma o cirurgião vascular.

“Não se prevenir e não tratar a rigidez pode ocasionar, precocemente, doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além disso, em tempos de COVID -19, manter a saúde cardiovascular em dia representa um risco menor de complicações da doença causada pelo novo coronavírus”, explica o especialista.

Segundo a SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), para pessoas com doenças cardíacas, por exemplo, a taxa de mortalidade da COVID-19 pode ser três vezes maior em relação à média. Outro fator a ser considerado é o desenvolvimento da SRAG - síndrome respiratória aguda grave. Em pessoas com problemas cardíacos, o desenvolvimento da complicação, após contaminação do novo coronavírus, é mais alto.


Dicas práticas

Para manter a saúde cardiovascular em dia, o Dr. Gilberto recomenda prevenir doenças como diabete e hipertensão, que podem ocasionar o envelhecimento precoce das artérias e colocar o indivíduo o grupo de risco da COVID-19. Praticar atividades físicas e manter os exames de rotina atualizados são maneiras de evitar complicações relacionadas ao coração.

Além disso, manter-se em distanciamento social, lavar bem as mãos e não as colocar no rosto fazem parte das medidas básicas de prevenção contra o novo coronavírus. Para as pessoas que não trabalham em áreas da saúde ou de risco, o uso de máscaras caseiras de tecido, caso precise sair de casa, é uma barreira a mais para evitar o contágio.

Vale ressaltar que sintomas como febre alta, tosse e falta de ar são alguns dos principais da COVID-19. Além disso, perda de olfato, paladar e cansaço constante também podem ser indícios da doença causada pelo novo coronavírus e precisam ser acompanhados por atendimento médico.




Dr. Gilberto Narchi Rabahie -  Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Gilberto Narchi possui Pós Graduação em Pesquisa pela Universidade da Califórnia, em San Francisco – UCSF, além de ser especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Também é membro da Sociedade Americana de Cirurgia Vascular e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Atualmente, é cirurgião vascular do Hospital do Coração em São Paulo.


Uso incorreto de fones de ouvido acarreta doenças auriculares



Nível de decibéis, tempo de uso e falta de higiene adequada podem resultar em surdez e contaminação por vírus, fungos e bactérias


Se o uso do fone de ouvido já tinha se tornado algo rotineiro entre crianças e adultos, nessa época de pandemia, virou quase um acessório obrigatório. Com reuniões e conversas on-line e lives a toda hora, o aparelho oferece privacidade e conforto aos ouvidos. Sem falar que é fundamental na hora de ouvir uma música ou um podcast. Entretanto, segundo o padrão de segurança da Organização Mundial da Saúde, o nível do som em fones de ouvido, de acordo com o tempo de uso, deve ser no máximo 80 decibéis – o equivalente mais ou menos ao volume de um liquidificador ou processador de alimentos.


Segundo a otorrinolaringologista Milena Costa, “Alguns hábitos são extremamente necessários para manter a saúde auditiva e prevenir doenças, como não deixar que o volume do fone se sobreponha aos sons ambientes; evitar ficar próximo das caixas de sons em locais com sons muito altos;  dar preferência aos fones em formato de concha e não ficar exposto a sons altos por um longo período de tempo. Lembrando que na presença de sintomas como perda auditiva ou zumbido, é de extrema importância realizar uma avaliação com um otorrino para obter o diagnóstico e o tratamento precoce”.

Além do volume, existem outras preocupações que devem ser levadas em consideração, como infecções. Os fones intra-auriculares, que por serem colocados dentro do canal auditivo podem promover micro-escoriações, favorecendo a ocorrência de infecções externas. Sendo assim, o compartilhamento dos fones é arriscado porque, além da presença de micro-organismos, a flora auditiva de uma pessoa é diferente da outra, o que resulta em uma contaminação cruzada. “Nesses tempos de COVID, portanto, esse cuidado precisa ser redobrado. E também é preciso higienizá-los com mais frequência”, recomenda a médica.

A Dra. Milena também alerta que fones intra-auriculares podem empurrar e impactar o cerume para porção mais interna do conduto, ocasionando sensação de perda auditiva.   "Lembre-se de procurar um otorrino se sentir dor de ouvido, coceira excessiva, diminuição de audição, zumbido, desconforto ao toque ou secreções”, diz.


Limpeza

A limpeza dos fones e headfones deve ser feita todos os dias, antes e após o uso, ou, no mínimo, uma vez por semana com álcool isopropílico – nunca com água e sabão – para não prejudicar os condutos eletrônicos do aparelho. Com um cotonete ou um pedaço de algodão, o usuário deve passar o produto nos fios e na parte que fica em contato com a orelha a fim de higienizá-los.





Dra. Milena Costa - Médica otorrinolaringologista formada pela Faculdade de Medicina de Taubaté, com residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e também fellowship de pesquisa em Rinologia pela Stanford University, na Califórnia.     

Carcinomatose peritoneal em tempos de Covid-19

Tratamentos de alta complexidade não podem ser interrompidos durante a quarentena, pois colocam em risco a vida de pacientes


A carcinomatose peritoneal é a disseminação intra-abdominal de um câncer, que sai de seu órgão de origem e se espalha pelo peritônio, membrana de revestimento interno do abdome.

As causas de carcinomatose peritoneal são câncer de intestino, câncer do apêndice, pseudomixoma - que é um acúmulo de mucina no abdômen, mesotelioma peritoneal, câncer de ovário, câncer de pâncreas, câncer de estômago, câncer de mama e o câncer primário de peritônio. A doença, requer especialistas capacitados e hospitais de referência para oferecer melhor prognóstico a pacientes.

Atualmente, em virtude da pandemia, muitos tratamentos foram interrompidos, seja por planos de saúde ou até mesmo pelo receio de muitos pacientes por causa do risco de contaminação pelo novo coronavírus.

Segundo o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião geral e oncológico, especialista em carcinomatose peritoneal, adiar o início do tratamento ou interromper aqueles que já estavam em andamento reduz substancialmente as chances de cura e pode, não apenas dificultar o tratamento no futuro, como também reduzir a qualidade de vida do paciente.

"Diversos hospitais no país já estão trabalhando com áreas denominadas Covid-free, que separam pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por coronavírus dos demais. Nestes locais, os demais pacientes, incluindo os oncológicos, ficam em segurança, e podem seguir com seus tratamentos e realizando cirurgias. Assim, é importante que o paciente converse com o seu médico para verificar os hospitais onde ele atua, se estão de acordo com as normas de segurança especificamente voltadas à prevenção da contaminação pelo coronavírus".



Tratamento

Vale destacar que o tratamento da carcinomatose peritoneal, por se tratar de um procedimento de alta complexidade, requer médicos especialistas, com ampla experiência na área, além de hospitais de referência, com excelente infraestrutura de UTI.

A cirurgia consiste em retirar todo o peritônio doente e, também, alguns órgãos, quando necessário, para em seguida aplicar a quimioterapia quente.




Pelo Fim do Silêncio - Doença de Batten


Campanha Latam desenvolvida pela CRANE é apresentada como alerta à doença degenerativa infantil



O Dia Internacional da Conscientização sobre a Doença de Batten, também conhecida como LCN - Lipofuscinoses Ceróides Neuronais, tem data marcada: Terça-feira 9/6. Para este marco de extrema importância a CRANE lança a campanha Latam #PeloFimDoSilêncio, com a finalidade de alertar sobre os primeiros sinais de doenças neurodegenerativas na infância. A iniciativa da Associação Niemman-Pick & Batten Brasil, em parceria com a BioMarin, será difundida no Brasil, Colômbia, Argentina e Chile por meio do Facebook, Instagram, mídia programática e publieditoriais. Além da estratégia de mídia digital, a CRANE ainda desenvolveu kits de ativação local, entregues em São Paulo Capital, Curitiba (PR), Salvador (BA) e Fortaleza (CE).

Para Fabio Shimana, CEO da CRANE, “quanto mais pudermos usar estratégias de comunicação para informar, alertar, conscientizar, estimular conversas e discussões sobre causas que podemos interferir positivamente, mais importante será o papel de agências de comunicação. A Doença de Batten é algo que não se costuma discutir em sociedade, fora da realidade dos pacientes, e isso precisa mudar. Por isso, criamos a campanha #PeloFimdoSilêncio, para ganhar a força e importância que precisa.”.

Matias Guerrero, Product Manager Latinamerica da BioMarin, completa  “Precisamos falar da Doença de Batten. Há anos imperou um silêncio sobre essa doença, prejudicando diagnósticos e tratamentos, o que culminou numa qualidade de vida a desejar por parte dos pacientes com a doença. Por isso, em meio a um movimento de reclusão forçada em que as pessoas parecem estar mais unidas e preocupadas com o bem-estar do próximo, para colocarmos um holofote nessa discussão e convidarmos as pessoas a refletirem sobre o fato de que a falta de informação pode prejudicar vidas. Por isso, #PeloFimDoSilêncio”.
As doenças neurológicas degenerativas integram uma série de fatores que afetam os neurônios, causando limitações para as pessoas acometidas, incluindo a deterioração da memória, pensamento, comportamento e da capacidade de realizar atividades cotidianas. Embora comumente associada aos idosos, principalmente aqueles que sofrem de Doença de Alzheimer, crianças e adolescentes também podem ser acometidos por esse tipo de condição, causando perda de funções motoras, cognitivas e de linguagem. A causa mais comum desta deterioração de funções e comportamentos está relacionada à LCN.

Toda a comunicação da campanha LATAM será direcionada para a landing page battenday.com.

Ficha Técnica:
Agência: CRANE
Cliente: Biomarin
Aprovação: Matias Guerrero e Vanessa Abe
Produto: Dia Internacional da Conscientização sobre a Doença de Batten, LCN
Nome da campanha: Pelo Fim do Silêncio
Landing Page: battenday.com
CCO: Fabio Shimana
Direção de Operação: Juliana Aguiar
Gestão de Projetos: Gabriel Valença
Operação: Juliana Grandolfo e Rayane Figueiredo
Planejamento: Carolina Maurer
Conceito Criativo: Felipe Adati e Catherine Nascimento
Criação: André Ueno e Vitor Massao
Direção de Mídia: Lucio Shimana
Mídia: Vanessa Colin e Victor Larranaga
Mídia Ops: Rafael Martes
Conteúdo: Ísis Foguer e Laura Martins
Produção Gráfica: Silvestre Souza
Produção Digital: Rodrigo Taira
Business Intelligence e Pesquisa: Synue Cunioci, Marina Lopes e Julia Righetto

CRANE
Fabio Shimana - CEO da CRANE
Av. Pavão, 590 – Moema
Tel. 11 5534 5060


Mês da Conscientização da Infertilidade – Médico esclarece dúvidas sobre o tema



  • A infertilidade afeta 48.5 milhões de pessoas globalmente¹

Junho é o Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade e apesar de o assunto estar se tornando cada vez menos tabu, ainda é um tema pouco discutido nas consultas de rotina.
Segundo o médico Marcello Valle, é preciso ter cada vez mais informação sobre o assunto, porque muitas pessoas se sentem inseguras de procurar ajuda. “Vemos que, principalmente com as mulheres, existem muitas barreiras emocionais que impendem de irem até um especialista, que podem ser desde medo do tratamento, até o apego ao sonho de engravidar naturalmente”, explica Marcello, que é especialista em reprodução humana e atende no Rio de Janeiro, RJ.

A infertilidade não é incomum, estima-se que ela afete 48.5 milhões de pessoas globalmente¹, e a maioria dos casais leva em média 17 meses para ser indicada pelo ginecologista ao especialista em reprodução humana.
A Merck, empresa líder em ciência e tecnologia, junto com o especialista, separou algumas dúvidas sobre fertilidade para esclarecimento:

Como a idade afeta as chances de sucesso de uma gravidez natural²?
A idade de uma mulher é um dos fatores mais importantes que determina se ela conseguirá engravidar. Isso porque ocorrem várias mudanças como parte natural do envelhecimento:
  • O número e a qualidade da reserva de óvulos diminuem naturalmente e progressivamente desde o nascimento de uma mulher até o momento em que ela chega à menopausa. Esse declínio é gradual aos 30 anos e acelera, principalmente após os 35 anos de idade.
  • Não é apenas mais difícil engravidar, mas também o aborto espontâneo e anomalias cromossômicas na criança (como Síndrome de Down) são mais comuns em mães com idade avançada.
  • Miomas, endometriose e doença tubária podem afetar a fertilidade.
  • Mulheres que engravidam em idade mais avançada têm maiores riscos de complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.

A idade afeta também a fertilidade de um homem²? Como?
Os homens são afetados mais tardiamente do que as mulheres. Na faixa dos 45 aos 50 anos, os homens sofrem mudanças nos espermatozóides que podem causar problemas de fertilidade, bem como nos cromossomos, que podem afetar o desenvolvimento da criança, de acordo com alguns estudos².

Quando devo começar a me preocupar²?
Casais com menos de 35 anos de idade devem procurar um médico se não conseguirem engravidar após um ano de tentativas. Casais em que a mulher tem mais de 35 anos, devem procurar avaliação se não conseguirem conceber após seis meses.

Qual médico procurar?
Quem poderá auxiliar no diagnóstico e possível tratamento é o especialista em reprodução humana, o fertileuta, médico que se dedica ao tratamento da infertilidade.

Que outros fatores podem causar um declínio mais rápido na fertilidade2,3?
Diversos fatores podem colaborar para a infertilidade e a dificuldade para engravidar e esses fatores não estão relacionados apenas às mulheres, sendo que 30% são fatores femininos, 30% masculinos e 30% um conjunto dos dois3
As três principais causas que levam à infertilidade feminina são: Endometriose, Obstrução tubárea e problemas de ovulação3. Outros fatores também podem interferir, dentre eles:
  • Histórico familiar de menopausa precoce
  • Tabagismo em ambos os parceiros
  • Cirurgia ovariana prévia
  • Exposição a quimioterapia ou radiação para tratamento de câncer em qualquer um dos parceiros
  • Alterações entre os períodos menstruais
  • Histórico de lesão nos testículos e exposição a altas temperaturas constantes.
  • Exposição a produtos químicos tóxicos (certos pesticidas ou solventes)

Quais as possibilidades de tratamento?
Existem alguns tratamentos básicos mais utilizados. Um deles é o coito programado combinado com o uso de medicações para estimular a ovulação. Outras possibilidades são a inseminação artificial, onde o sêmen é transferido em clínica para o útero da mulher, e  a fertilização in vitro (FIV), onde os embriões são formados em laboratório e transferidos para o útero da paciente. 

Como preservar os óvulos4,5?
A medicina moderna oferece alternativas e o congelamento de óvulos para a fertilização in vitro (FIV) pode ser uma solução segura para essas mulheres. O procedimento constitui, de maneira simplificada, na estimulação do ovário, por meio de medicamentos, para uma superovulação, ou seja, a maturação de muitos óvulos de uma só vez e, posteriormente, a retirada desses óvulos para o congelamento.
O ideal é realizar o congelamento dos óvulos até os 35 anos, porém alguns estudos revelam que até os 37 anos os óvulos ainda têm uma ótima qualidade4,5. Com 38 ou 39 anos, já dependerá da reserva ovariana de cada mulher. Aos 40 anos, o resultado do congelamento pode ser menor.

Devo iniciar um tratamento em tempos de pandemia6?
Pesquisas estão sendo realizadas para entender os impactos do COVID-19 na reprodução e gravidez, porém ainda pouco se sabe. Há evidências que mostram que caso a mãe contraia o vírus, ele não é passado ao bebê6.
Já nos homens, algumas pesquisas encontraram o vírus no sêmen de pacientes com COVID-19, porém ainda não está confirmado se a doença pode ser transmitida por meio da relação sexual7.
Não há motivos de preocupação extra para os casais que já estão grávidos, além das precauções indicadas para todos, porém antes de iniciar um tratamento para engravidar é importante conversar com o seu médico e expor claramente todo o seu histórico de saúde.



Merck
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Referências
1. Maya N. Mascarenhas, et al. National, Regional, and Global Trends in Infertility Prevalence Since 1990: A Systematic Analysis of 277 Health Surveys. 2012. PLOS Medicine. Disponível em: https://journals.plos.org/plosmedicine/article?id=10.1371/journal.pmed.1001356Acessado em maio de 2020
2. American Society of Reproductive Medicine (ASRM). Does age affect my fertility? Disponível em: http://www.reproductivefacts.org/globalassets/rf/news-and-publications/bookletsfact-sheets/english-fact-sheets-and-info-booklets/does_my_age_affect_my_fertility_factsheet.pdf. Acessado em maio de 2020
3. FairleyTMM e Belsey FH, 1988. Adaptado pelo II Consenso Brasileiro de Infertilidade Masculina, Sociedade Brasileira de Urologia, 2003.
4.NICHD.Assisted Reproductive Technology (ART). Disponível em https://www.nichd.nih.gov/health/topics/infertility/conditioninfo/treatments/artAcessado em maio de 2020.
5. Reproductive biomedicine online. Social egg freezing: For better, not for worse. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/51735335_Social_egg_freezing_For_better_not_for_worse. Acessado em maio de 2020.
6. American Society of Reproductive Medicine (ASRM). COVID-19: Suggestions On Managing Patients Who Are Undergoing Infertility Therapy Or Desiring Pregnancy. Disponível em: https://www.reproductivefacts.org/news-and-publications/news-and-research/press-releases-and-bulletins/covid-19-suggestions-on-managing-patients-who-are-undergoing-infertility-therapy-or-desiring-pregnancy/. Acessado em maio de 2020.
7. Ci Song et al. Absence of 2019 novel coronavirus in semen and testes of COVID-19 patients. Biol Reprod.2020 16 de abril; ioaa050. Doi: 10.1093 / biolre / ioaa050.


Hospital Paulista alerta para gravidade em descontinuar alguns tratamentos na pandemia


Em casos agudos e graves, enfermidades como amigdalite e sinusite devem ser tratadas, mesmo durante o isolamento social


A pandemia de Covid-19 gerou uma série de preocupações aos brasileiros, aflitos diante dos números de mortes e infectados que aumentam diariamente no País. Em comunicado divulgado em abril, no entanto, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) chamou a atenção para os cuidados de saúde que não podem ser interrompidos mesmo durante o isolamento social, sob risco de complicações.

Segundo o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, algumas doenças podem levar o paciente à morte súbita caso o tratamento seja descontinuado ou feito de maneira irregular.

O especialista destaca que amigdalite, sinusite, otite e apneia são exemplos de enfermidades que devem ser tratadas de forma adequada e precoce. “Isso é fundamental para que as doenças não evoluam para formas mais graves.”

Confira a seguir as possíveis complicações de cada doença, segundo o especialista do Hospital Paulista:


AMIGDALITE: sua complicação mais temida é a febre reumática, que pode ocorrer em pacientes que apresentam infecção de garganta com frequência, mas não curam a doença de modo eficaz. A frequência de amigdalite anual que preocupa o especialista é de 6 vezes ou mais para crianças e três vezes ou mais para adultos.

“Se o pneumococo de um grupo específico ficar em contato com a amígdala, pode desencadear uma reação autoimune, isto é, uma reação de anticorpos que atacam o próprio corpo”, explica. No caso da amigdalite, o problema pode afetas as articulações das mãos e dos punhos, além da válvula do coração – cuja substituição pode ser necessária através de cirurgia.

Além disso, a amigdalite mal tratada e frequente pode causar o abscesso periamigdaliano, que consiste na formação de uma bolsa de pus ao redor da amigdala. Neste cenário, em casos mais graves, o paciente pode ser vítima de sepse, uma resposta exarcebada do organismo a um processo infeccioso, que pode levá-lo a óbito.


SINUSITE: em sua forma aguda ou crônica, pode gerar sérios problemas quando o tratamento não é feito adequadamente. Dentre os sintomas da sinusite grave, Pizarro menciona a secreção nasal mucopurulenta (verde ou amarela), congestão nasal, dor facial, cefaleia, inchaço na região dos olhos e febre alta.

“O tratamento inadequado destas infecções agudas ou crônicas agudizadas pode se espalhar para áreas próximas, como os olhos. Em alguns casos, pode causar cegueira e, nos piores cenários, atingir o cérebro, formando abcessos e complicações neurológicas graves”, afirma.


OTITE: nos casos graves, é comum a saída de secreção pelos ouvidos, além da ocorrência de zumbido e tontura forte. O tratamento precoce é feito com medicações, preferencialmente administradas por um otorrinolaringologista.

“A proximidade do ouvido com as meninges e o cérebro faz com que o órgão seja uma das principais portas de entrada para infecções da cabeça, como meningites e encefalites”, detalha o médico.


APNEIA NO SONO: trata-se da parada respiratória que ocorre várias vezes durante a noite, afetando o sono e o organismo do paciente como um todo. O ronco é um dos principais sintomas da enfermidade, que tem uma evolução gradual, mas pode levar à morte súbita se não houver tratamento adequado em sua forma mais grave.



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