Em casos agudos e
graves, enfermidades como amigdalite e sinusite devem ser tratadas, mesmo
durante o isolamento social
A pandemia de Covid-19 gerou uma série de
preocupações aos brasileiros, aflitos diante dos números de mortes e infectados
que aumentam diariamente no País. Em comunicado divulgado em abril, no entanto,
a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) chamou a atenção para os cuidados
de saúde que não podem ser interrompidos mesmo durante o isolamento social, sob
risco de complicações.
Segundo o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, algumas doenças podem levar o paciente à morte súbita caso o tratamento seja descontinuado ou feito de maneira irregular.
O especialista destaca que amigdalite, sinusite, otite e apneia são exemplos de enfermidades que devem ser tratadas de forma adequada e precoce. “Isso é fundamental para que as doenças não evoluam para formas mais graves.”
Confira a seguir as possíveis complicações de cada doença, segundo o especialista do Hospital Paulista:
Segundo o Dr. Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, algumas doenças podem levar o paciente à morte súbita caso o tratamento seja descontinuado ou feito de maneira irregular.
O especialista destaca que amigdalite, sinusite, otite e apneia são exemplos de enfermidades que devem ser tratadas de forma adequada e precoce. “Isso é fundamental para que as doenças não evoluam para formas mais graves.”
Confira a seguir as possíveis complicações de cada doença, segundo o especialista do Hospital Paulista:
AMIGDALITE: sua complicação mais temida é a febre reumática, que pode ocorrer em pacientes que apresentam infecção de garganta com frequência, mas não curam a doença de modo eficaz. A frequência de amigdalite anual que preocupa o especialista é de 6 vezes ou mais para crianças e três vezes ou mais para adultos.
“Se o pneumococo de um grupo específico ficar em
contato com a amígdala, pode desencadear uma reação autoimune, isto é, uma
reação de anticorpos que atacam o próprio corpo”, explica. No caso da
amigdalite, o problema pode afetas as articulações das mãos e dos punhos, além
da válvula do coração – cuja substituição pode ser necessária através de
cirurgia.
Além disso, a amigdalite mal tratada e frequente pode causar o abscesso periamigdaliano, que consiste na formação de uma bolsa de pus ao redor da amigdala. Neste cenário, em casos mais graves, o paciente pode ser vítima de sepse, uma resposta exarcebada do organismo a um processo infeccioso, que pode levá-lo a óbito.
Além disso, a amigdalite mal tratada e frequente pode causar o abscesso periamigdaliano, que consiste na formação de uma bolsa de pus ao redor da amigdala. Neste cenário, em casos mais graves, o paciente pode ser vítima de sepse, uma resposta exarcebada do organismo a um processo infeccioso, que pode levá-lo a óbito.
SINUSITE: em sua forma aguda ou crônica, pode gerar sérios problemas quando o tratamento não é feito adequadamente. Dentre os sintomas da sinusite grave, Pizarro menciona a secreção nasal mucopurulenta (verde ou amarela), congestão nasal, dor facial, cefaleia, inchaço na região dos olhos e febre alta.
“O tratamento inadequado destas infecções agudas ou
crônicas agudizadas pode se espalhar para áreas próximas, como os olhos. Em
alguns casos, pode causar cegueira e, nos piores cenários, atingir o cérebro,
formando abcessos e complicações neurológicas graves”, afirma.
OTITE: nos casos graves, é comum a saída de secreção
pelos ouvidos, além da ocorrência de zumbido e tontura forte. O tratamento
precoce é feito com medicações, preferencialmente administradas por um
otorrinolaringologista.
“A proximidade do ouvido com as meninges e o cérebro faz com que o órgão seja uma das principais portas de entrada para infecções da cabeça, como meningites e encefalites”, detalha o médico.
“A proximidade do ouvido com as meninges e o cérebro faz com que o órgão seja uma das principais portas de entrada para infecções da cabeça, como meningites e encefalites”, detalha o médico.
APNEIA NO SONO: trata-se
da parada respiratória que ocorre várias vezes durante a noite, afetando o sono
e o organismo do paciente como um todo. O ronco é um dos principais sintomas da
enfermidade, que tem uma evolução gradual, mas pode levar à morte súbita se não
houver tratamento adequado em sua forma mais grave.
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