Pesquisar no Blog

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Febre entre os adolescentes, aparelhos ortodônticos 'fakes' causam danos à saúde bucal, alerta campanha da ABIMO


 Sorrir Muda Tudo, campanha de conscientização de cuidados da saúde bucal, alerta que essa 'moda' pode causar até a perda dos dentes


Os aparelhos ortodônticos têm como única função correção de dentes e arcada dentária tortos ou desalinhados. Tempos atrás, o uso desses aparelhos, para muitos adolescentes, era sinal motivo de vergonha. Mas de alguns anos para cá, o uso desses aparelhos entre os jovens ganhou status fashion. Esta ‘moda’ fez com que muitos jovens usem aparelhos ortodônticos odontológicos falsos. Porém, o que muitos desse adolescente não sabem é que essas versões piratas, e colocadas sem um profissional habilitado, podem gerar sérios problemas à saúde da boca.

Para alertar a população brasileira com relação a esse e tantos outros problemas relacionados à saúde bucal, a ABIMO, Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos, criou a campanha Sorrir Muda Tudo. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Odontologia, Mário Cappellette Jr, o principal, e mais grave, problema gerado pelo uso dos aparelhos piratas é a perda dos dentes. “Os aparelhos não originais podem causar perdas no osso alveolar e reabsorção dentária, visto que seu manuseamento por pessoas não adequadas pode levar à movimentação dentária descontrolada, colocando elementos dentários para fora do osso alveolar e podendo causar perda dos dentes”. O especialista ainda explica que a utilização de forças muito pesadas e em períodos inadequados (períodos curtos) levam à reabsorção dental, um dano irreparável.

Cappellette ainda alerta que é importante os pais dos adolescentes conversarem com seus filhos e leva-los para visitas frequentes ao dentista. “A melhor forma de evitar que esses jovens usem aparelhos piratas é os pais alertarem do perigo de se utilizar esses recursos ortodônticos sem a orientação de um dentista, principalmente se eles notarem que seus filhos estejam usando aparelhos sem terem ido a um profissional habilitado”, orienta o dentista.

Sorrir Muda Tudo é uma ação que visa propagar a mensagem de quão importante é o cuidado com a saúde bucal para a saúde geral do corpo. Nesse projeto, estão agregadas outras instituições e associações de conscientização e valorização da odontologia brasileira, como: APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas), ABCD (Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas), ABO (Associação Brasileira de Odontologia), CFO (Conselho Federal de Odontologia) e CRO SP (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo).


Lesão no menisco: ninguém está ileso


O rompimento pode causar dores e problemas de mobilidade, que pode atingir idosos, esportistas e até pessoas sedentárias


Mais conhecido e comentado entre atletas, a lesão do menisco atinge diferentes perfis. Pessoas com sobrepeso e principalmente sedentárias podem eventualmente apresentar lesão do menisco, mesmo sem ter sofrido um trauma. Isso ocorre pois a falta de musculatura gera uma sobrecarga da articulação e consequentemente do menisco, gerando o que chamamos de lesão degenerativa. Esse tipo de lesão no menisco medial é muito comum após os 40 anos de idade, mesmo em pacientes assintomáticos. No idoso, como o menisco fica mais rígido e calcificado, pode ocorrer lesão aguda ao fletir muito o joelho ou mesmo no simples movimento de se levantar de um sofá baixo. Já nos praticantes de atividade física, a lesão acontece em sua maioria por entorse no joelho.

Ao sofrer uma lesão, ocorre dor intensa e inchaço da articulação, geralmente horas após o trauma. “As primeiras dores costumam aparecer de forma intensa, junto com o inchaço e a perda ou bloqueio do movimento do joelho. Diferente da lesão ligamentar, o edema ocorrer horas após o trauma e não minutos após"– afirma.

Em cada joelho existem dois; o medial (interno) e o lateral (externo). São formados basicamente por tecido fibrocatilaginoso e ficam entre o fêmur e a tíbia e responsáveis por absorver o impacto, auxiliar na congruência articular e na estabilização do joelho. As lesões quando não são tratadas causam um desequilíbrio desses fatores, levando ao desgaste.

Nem todos os casos necessitam de intervenção cirúrgica. O tratamento conservador com fisioterapia é o preconizado para melhorar a musculatura, aliviar a dor e melhorar sintomas em até 4 meses. Os casos refratários são submetidos a cirurgia. “Independente da faixa etária e do estilo de vida, é importante manter-se ativo fisicamente e manter um trabalho de fortalecimento muscular de acordo com a atividade física praticada. Esse cuidado reduz a sobrecarga no menisco, evitando as lesões degenerativas como as associadas a patologias como artrose e obesidade. Também ajuda a proteger o joelho e suas estruturas na contusão ou entorse” – comenta Thiago.

Situações que envolvem lesão complexa do menisco têm difícil reparo cirúrgico por deixar o menisco friável e geralmente já é associado a desgaste local da articulação. Em outros casos a lesão aguda por contusão ou entorse do joelho necessita uma abordagem cirúrgica reparando/suturando o menisco.

Muitos especialistas afirmam que a cura percorre entre os 90%, pois a maioria das lesões ainda são as degenerativas. “O diagnóstico precoce é essencial para o tratamento que varia de diminuição de intensidade de exercícios à fisioterapia. Nos casos agudos quando indicado cirurgia, quanto antes o paciente for submetido ao procedimento, maior é a chance de reparo da lesão com preservação do menisco. Tudo dependendo do tipo de lesão, a região do menisco atingida e o quanto o paciente é ativo. Atualmente não levamos muito em conta a idade cronológica do paciente para indicar o melhor tratamento.” – pontua.

Vale ressaltar que antes de iniciar a pratica qualquer atividade física é indicado passar por avaliação médica para prevenir lesões relacionadas com a modalidade esportiva e dependendo da atividade é recomendado o acompanhamento dee um profissional habilitado durante a realização dos exercícios.





THIAGO RIGHETTO - Médico ortopedista (CRM:125.722) com especialização em traumatologia do esporte e cirurgia do joelho; é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; é também diretor da Associação Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura; e membro das internacionais ISAKOS, AAOS e AMSSM. Já foi médico pelo Comitê Paralímpico Brasileiro na Paralimpíada do Brasil em 2016 e da seleção de judô paralímpica no 5th IBSA World Games (Seul - Coreia do Sul) em 2015, sendo o médico responsável por essa seleção de 2014 a 2018. Saiba mais sobre o profissional em: www.drthiagorighetto.com.br


Graves infecções podem ser causadas com hábito de roer unha


Em caso recente na Escócia, situação quase levou um homem à morte; SBCM faz alerta


Por ansiedade, nervosismo ou até mesmo ato involuntário, muitas pessoas têm o hábito de roer a unha. Mas a mania pode causar sérios problemas nas mãos, como em caso recente registado na Escócia. Um homem de 48 anos precisou ser submetido a uma cirurgia de urgência, após contrair uma grave infecção no dedo indicador da mão direita. O escocês foi ao hospital depois que a ponta do dedo começou a edemaciar e colecionar pus. Na emergência, informaram que se demorasse um pouco mais a buscar tratamento, a infecção poderia ter sido fatal.

Outro caso de repercussão, ocorrido em 2018, no Reino Unido, quase vitimou um rapaz, à época, com 28 anos, que havia arrancado uma cutícula da unha com os dentes. A infecção evoluiu para um quadro de septicemia, condição potencialmente fatal que surge quando a resposta do corpo a uma infecção danifica os seus próprios tecidos e órgãos.

Especialistas da SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão) explicam que, ao roer a unha, a pele que fica ao lado dela – e que tem a função de proteção e suporte – é lesionada, facilitando a entrada de bactérias, que levam à infeção. Isso porque, sendo a boca um local repleto de germes, ao morder um ferimento aberto, muitas bactérias são infiltradas. Rompendo a camada que envolve o dedo, o risco de proliferação de bactérias, fungos e vírus aumentam em 80%.

Chamada de paroníquia, a infecção ao redor das unhas causa edema e vermelhidão, além de dor forte no local. Em pessoas com diabetes, os problemas podem ser ainda maiores.

Em estágios avançados, a paroníquia pode levar à complicações e representar um risco de septicemia. O tratamento irá depender do nível da infecção e pode variar desde uma simples limpeza tópica, um tratamento sistêmico (com administração de antibióticos), até uma pequena cirurgia para remover a coleção purulenta.

Como as estruturas na ponta dos dedos são muito próximas, uma infecção que atinge a unha tem grandes chances de se espalhar para o osso, articulação e tendão, resultando em sérios problemas. A compulsão em roer as unhas pode causar até deformidade dos dedos.




SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão)


Posts mais acessados