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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Setembro amarelo: prevenção ao comportamento suicida



Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Por esse motivo, o enfoque da campanha do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio de 2019 será este público: os jovens. A data é celebrada em todo o mundo nesta terça-feira.

No Brasil, desde 2015, a prevenção ao suicídio tomou conta de todo o mês de setembro por meio do Setembro Amarelo, iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Em todo o mundo, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos e, a cada adulto que se suicida, pelo menos outros 20 atentam contra a própria vida. Isso representa 1,4% das mortes no planeta (ainda de acordo com a OMS). Desde 2012, o suicídio tornou-se a 15ª causa de mortalidade entre a população geral.

O fenômeno do suicídio é multifacetado e de múltiplas determinações. O tema é considerado por muitos um tabu. Contudo, pesquisas evidenciam que falar sobre o suicídio não aumenta o número de casos – pelo contrário, informar a população e investigar sinais de alerta são fatores protetivos que diminuem a incidência de novos casos.

As causas que levam uma pessoa à tentativa de suicídio são complexas. Pesquisadores da área têm associado esse ato a algumas categorias de análise, como problemas financeiros, no trabalho, morte e adoecimento de parentes, doenças ou deficiências físicas, isolamento social ou familiares que tenham tendência ao suicídio – ou tenham tirado a própria vida.

Estão envolvidas questões socioculturais, genéticas, psicodinâmicas, filosófico-existenciais, ambientais e que frequentemente encontram-se associadas a transtornos mentais, sendo prevalentes os quadros depressivos e de uso de substâncias psicoativas.

No período de 2011 a 2015, foram registrados no Brasil 55.649 óbitos por suicídio segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). No ano de 2017, foram notificados 11.433 casos. Sabe-se que existe subnotificação, o que faz com que boa parte das estatísticas sobre suicídios fiquem invisibilizadas.
O suicídio é considerado uma questão de saúde pública e uma das metas para sua redução foi lançada pela OMS, que propõe o desafio de diminuir em 10% esses óbitos até o ano de 2020.

Para lidar com esse fenômeno é necessário atuar em várias frentes. Por exemplo, é preciso ter estratégias de comunicação e sensibilização das pessoas. Também aumentar o acesso às diversas terapias existentes para os sintomas que precedem este ato. Na área profissional, estimular a pesquisa e a educação permanente de profissionais da saúde.

Outra questão importante trata do enfrentamento ao preconceito e estigma. Profissionais de saúde e comunidade em geral devem ser sensibilizados em relação ao sofrimento psíquico. É preciso desenvolver empatia e um olhar sem pré-julgamentos. Falar sobre o assunto e buscar ajuda são atitudes fundamentais para a prevenção do suicídio.





Ivana Maria Saes Busato - professora e coordenadora do curso superior de tecnologia em Gestão Hospitalar e de Gestão em Saúde Pública do Centro Universitário Internacional Uninter.


Luciana Elisabete Savaris - mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), além de docente na área de Psicologia Social nas Faculdades Pequeno Príncipe.


PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA


Muitas pessoas deixam de realizar atividades simples, como sair de casa, ir à igreja, ou ao parque por conta da perda urinária. Estão sempre preocupados se existe banheiro por perto. 

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina pela uretra, sendo uma condição que afeta a qualidade de vida, comprometendo o bem-estar físico, psicológico e social do indivíduo.  Segundo a Organização Mundial de Saúde a incontinência urinária atinge aproximadamente 5% da população mundial, podendo acometer indivíduos de todas as idades e de ambos os sexos. Estudos demonstram que nos indivíduos acima de 60 anos a prevalência é maior, sendo a população feminina mais predispostas do que os homens. 

A incontinência urinária pode ser classificada em incontinência urinária de esforço, incontinência urinaria de urgência ou incontinência urinária mista.

- Incontinência urinária de esforço é quando ocorre a perda de urina ao levantar peso, espirrar, tossir, pular, rir, subir escadas, fazer atividades físicas.

- Incontinência urinária de urgência é quando o indivíduo sente uma forte vontade de urinar e o xixi escapa antes de chegar ao banheiro. Alguns pacientes vão ao banheiro em intervalos mais curtos, tendo a necessidade de ir toda hora no banheiro, inclusive a noite.

- Incontinência mista é quando ocorre a combinação das duas incontinências, a de esforço e urgência.

As causas da incontinência urinária podem ser de origem transitórias devido a ingestão de certas bebidas, alimentos e medicamentos como: álcool, café, chá com cafeína, refrigerantes, alimentos cítricos, também podendo ser causada por uma condição médica tratável como a infecção urinária, constipação intestinal, estresse emocional. Mas podendo ser também persistentes devido a problemas físicos ou alterações, incluindo: gravidez, tipo de parto, envelhecimento, menopausa, cirurgias ginecológicas, histerectomia, aumento da próstata, câncer de próstata, obstrução do trato urinário e distúrbios neurológicos.

Entre os fatores de risco para incontinência urinária estão: a idade, sexo, obesidade, tabagismo entre outros.

Tanto as mulheres quanto os homens podem ter esse problema, por isso são importantes a prevenção e a busca por um profissional capacitado. 

Os exercícios de fortalecimento do soalho pélvico podem ajudar na prevenção. São exercícios administrados aos pacientes sob a orientação de um profissional com o objetivo de deixar estes músculos mais forte. 

O Enfermeiro estomaterapeuta é o profissional que atua no tratamento avançado de pessoas com feridas, reabilitação de pacientes com estomias e também nos cuidados de pessoas com incontinência urinaria e anal.

O tratamento conservador é a primeira linha de escolha, além dos exercícios, mudanças comportamentais como: dietas, controle de peso, evitar prisão de ventre, não fumar e nem ingerir bebidas ou alimentos irritativos para a bexiga, assim como o treino de horário programado para urinar, ajudam no controle da perda urinaria e até mesmo na melhora dos sintomas. 

Atualmente são utilizados tratamentos com eletroestimulação, biofeedback e cones vaginais associados aos exercícios e mudanças comportamentais.
A incontinência urinária tem tratamento, por isso é importante procurar ajuda do profissional. 




Marcela Reis Pedrasini Shimazaki – Enfermeira Estomaterapeuta.


SETEMBRO DOURADO CHAMA ATENÇÃO PARA DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER INFANTOJUVENIL


  DOENÇA ACOMETE MAIS DE 13 MIL CRIANÇAS E JOVENS NO BRASIL ANUALMENTE, SEGUNDO DADOS DO INCA


O mês de setembro chegou e junto com ele uma importante ação de alerta: o Setembro Dourado. A campanha tem como objetivo destacar a importância do diagnóstico rápido e eficaz do câncer em crianças e adolescentes, fator crucial para o sucesso no tratamento.

O câncer infantojuvenil é atualmente, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a segunda causa de morte de crianças e adolescentes, ficando atrás apenas de óbitos decorrentes de causas violentas. Portanto, é necessário que haja cada vez maior investimento para o seu diagnóstico e tratamento preciso.

“O tratamento do câncer infantil requer uma estrutura física, com Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pronto-socorro, laboratórios, radiologia, e equipe multidisciplinar treinada, bem como apoio de outras especialidades médicas”, explica o Dr. Claudio Galvão, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).


Diagnóstico preciso

Essa categoria de câncer é diagnosticada com mais precisão pelo médico patologista, especialista que verifica por meio da biópsia e de outros exames clínicos e biológicos qual o tipo exato da doença.

“Como todo o diagnóstico de câncer, o câncer infantojuvenil juvenil é diagnosticado através de uma biópsia indicada pelo pediatra devido a uma suspeita clínica”, salienta a médica patologista da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), a Drª Isabela Werneck.

Para auxiliar na cura do câncer infantojuvenil, é recomendado que qualquer sintoma apresentado pela criança ou adolescente seja verificado pelo médico o quanto antes. Uma vez que há uma série de cânceres que atingem essa faixa etária, os sinais variam muito, sendo desde “caroço” aparente, até dor, irritabilidade, e perda de peso sem razão.

 


Sociedade Brasileira de Patologia

Fundada em 1954, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) é uma instituição prioritariamente científica, que promove cursos, congressos e eventos para atualização, desenvolvimento e qualificação da especialidade. Além do mais, orienta, normatiza e valoriza a atuação profissional dos médicos patologistas.


Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica

Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infantojuvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros junto aos órgãos governamentais. Promove o ensino da oncologia pediátrica, visando à divulgação e troca de conhecimento científico da área em âmbito multiprofissional.

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