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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Câncer de ovário: dificuldade de prevenção eleva taxas de mortalidade da doença


 Serão mais de 6 mil novos casos neste ano e cerca de 3.800 mortes. Diagnóstico precoce e tratamento com especialistas melhoram prognóstico e aumentam a sobrevida das pacientes


O câncer de ovário ocupa a quinta colocação em mortes por câncer entre as mulheres, com estimativa de 6.150 novos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2017, foram 3.879 mortes no país. 

Segundo o INCA, o risco de uma mulher desenvolver câncer de ovário é de cerca de uma em 78, em diversas faixas etárias, mas especialmente após os 60 anos. 

Existem diversos tipos de afecções malignas no ovário, explica o Dr. Arnaldo Urbano Ruiz, cirurgião oncológico do Centro de Carcinomatose Peritoneal, com vários subtipos, diferentes graus de malignidade e prognósticos. 

"Para se ter uma ideia, o câncer pode se desenvolver no cordão sexual, nos óvulos, na parte do estroma do ovário, além dos tumores benignos, que também podem ocorrer nesta região." 


Prevenção e diagnóstico

Em geral, não há exames preventivos para o câncer de ovário. Não é como o câncer do colo do útero, para o qual a mulher realiza periodicamente o Papanicolau e consegue detectar precocemente. 

"No câncer de ovário isso não ocorre, por isso é muito importante que, caso ocorram sintomas como empachamento, sensação de peso no baixo ventre, dor em cólicas ou sangramento anormal, um médico deve ser consultado, pois através de exame clínico e outros complementares, a doença poderá ser detectada precocemente." 

O Dr. Arnaldo explica que, mesmo frequentando os médicos periodicamente e seguindo suas orientações, muitas vezes não será possível realizar o diagnóstico precoce do câncer de ovário, nem prevenir esta doença
"Trata-se de um tumor silencioso, que não causa sintomas ou, quando ocorrem, são muito inespecíficos." 


A importância do especialista

O tratamento do câncer de ovário requer uma equipe multidisciplinar, que inclui cirurgião oncológico, ginecologista e oncologista clínico. Somente com a equipe adequada o paciente receberá as melhores orientações sobre o tratamento para o seu caso, que poderá incluir quimioterapia, terapia-alvo, hormonioterapia, imunoterapia e outros. 

"No caso do câncer epitelial de ovário, por exemplo, que é o mais comum, é importante que haja a participação de um cirurgião com experiência em cirurgias abdominais, porque quando o câncer se espalha pelo abdômen, ele deixa de ser uma doença ginecológica e passa ser uma doença abdominal. Pode se espalhar, por exemplo, atrás do fígado, no baço, na superfície do estômago, no intestino, nos linfonodos, ou seja, um especialista, acostumado com este tipo de situação, com formação e experiência sólida, poderá realizar uma cirurgia de maneira excelente", explica.


Câncer de ovário e a carcinomatose peritoneal

O câncer de ovário apresenta uma grande possibilidade de evoluir para a carcinomatose peritoneal, que é a disseminação do câncer pela cavidade abdominal. Ou seja, a doença sai de seu órgão de origem, neste caso o ovário, e se espalha pelo peritônio (membrana de revestimento interno do abdome) e órgãos internos.

No entanto, a origem da carcinomatose peritoneal nas mulheres, embora menos frequente, pode estar em outros órgãos, como o próprio peritônio ou o intestino.
"Pelo fato do câncer de ovário ser uma das origens mais comuns da carcinomatose peritoneal nas mulheres, muitas vezes elas acabam sendo tratadas como câncer de ovário, mesmo quando o caso era de câncer de intestino, câncer de pâncreas, câncer de estômago ou mesotelioma. Este tipo de equívoco não deve acontecer, sob o risco de prejudicar o tratamento e reduzir as chances de cura daquela paciente", finaliza. 


Mioma Uterino


Ao longo dos anos, muitas novas técnicas na área da saúde da mulher estão sendo inseridas no dia a dia dos consultórios médicos. E, um dos métodos mais inovadores e com forte impacto na qualidade de vida das mulheres é a Embolização de Mioma. O mioma uterino ainda é um dos problemas que mais acometem as mulheres. As estatísticas médicas revelam que 50% das mulheres têm ou terão miomas em algum período de suas vidas.
Esses tumores benignos, também conhecidos como fibromas ou leiomiomas, surgem no útero e podem causar dores, cólicas, sangramento excessivo, prisão de ventre, perda espontânea de urina, aumento do volume abdominal e ainda dificuldade de engravidar ou de manter uma gestação.  
“A embolização de mioma uterino é o tratamento mais inovador e seguro, com uma recuperação bem mais rápida para as pacientes”, declara o Dr. Henrique Elkis, especialista em Radiologia Intervencionista e ex-diretor da Sociedade Brasileira de Radiologia intervencionista e Cirurgia Vascular (SOBRICE).

Pesquisas feitas sobre a embolização de mioma podem ser resumidas da seguinte maneira:
· 9 em cada 10 mulheres que tinham sangramento intenso voltam a ter menstruações normais;
· 9 em cada 10 mulheres que tinham dor provocada por miomas relatam desaparecimento dos sintomas;
· O tamanho do útero e dos miomas regride em até 50%, três meses após a embolização uterina e em até 90% um ano após;
· Os efeitos provocados pela embolização são permanentes, o que raramente torna necessário algum procedimento terapêutico adicional;
· A recuperação deste procedimento é rápida e bem menos traumática para a mulher.

Tipos de Mioma
· Miomas intramurais: crescem no interior da parede uterina e se expandem, fazendo com que o útero aumente seu tamanho. São os tipos de miomas mais comuns e geralmente provocam um intenso fluxo menstrual, dor pélvica ou sensação de peso.
· Miomas subserosos: localizam-se na porção mais externa do útero e geralmente crescem para fora. Este tipo de mioma não costuma afetar o fluxo menstrual, porém, pode tornar-se desconfortável pelo seu tamanho e pressão sobre outros órgãos da pelve.
· Miomas pediculados: ligados à superfície uterina por uma ponte fibromuscular e por onde vem também sua circulação. Normalmente assintomáticos, o seu crescimento ao longo do tempo pode causar dor aguda.
· Miomas submucosos: ficam na parte mais profunda do útero, bem abaixo da capa que reveste a cavidade uterina. São os miomas menos comuns e provocam intensos e prolongados períodos menstruais
· Miomas intracavitários: se localizam totalmente dentro da cavidade uterina. Eles costumam causar sangramento entre os períodos e, muitas vezes, causar cólicas.


Hepatites virais: 10 informações que você provavelmente desconhece


Educar a população é a maneira mais fácil de combater a doença, que pode ser transmitida sexualmente 

Você sabe o que é a hepatite? Conhece as sérias consequências, incluindo a morte, que essa doença pode ter? Abaixo, Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, lista 10 informações relevantes sobre essa doença que pode ser prevenida por meio de vacinação.

1 -  A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada pelo consumo exagerado de álcool, uso frequente de alguns medicamentos ou drogas. Mas também pode ser transmitida por meio de vírus, com cinco variações: os tipos A, B, C, D e E.  No Brasil, mais de 70% dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da hepatite C, enquanto a hepatite B é responsável por 21,8% e a A por 1,7%. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o país registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017[i].  


2 - Uma das principais causas de transplante de fígado no Brasil são as hepatites A e B devido à gravidade de sua evolução.


3 – O vírus da hepatite A é transmitido sexualmente de uma pessoa para outra ou por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados. Esse tipo da doença pode ser assintomático, ou seja, a pessoa é infectada, mas a hepatite não se manifesta, o que leva ao tratamento tardio. Já quando há sintomas, a pele fica amarelada e a urina mais escura.


4 – A hepatite A não tem cura e pode se desenvolver de forma grave, levando ao óbito. Há medicamentos que tratam os sintomas, mas nenhum tem o poder de barrar a proliferação do vírus no organismo. Por meio dos tratamentos adequados, existe a possibilidade de o paciente conviver com a doença por toda vida. Mas a maneira mais eficaz de preveni-la é por meio da vacina.


5 – A hepatite B também pode ser assintomática. Quando se torna crônica é capaz de levar à cirrose e ao câncer de fígado. Os homens são os mais atingidos pelo tipo B e a transmissão sexual é a mais comum. Por isso que o uso de preservativos é essencial para evitar o contágio. Agulhas, lâminas de barbear ou alicates contaminados também podem disseminar a doença.


6 –A hepatite B pode ser transmitida verticalmente, ou seja, da mãe para o filho, se a gestante estiver já infectada ou contrair a doença durante a gestação. A amamentação também pode ser uma maneira de contágio. Nesse caso, a melhor forma de prevenção é a vacina, inclusive para mulheres grávidas.


7 – Atualmente, só há vacina contra as hepatites A e B e ambas estão disponíveis tanto no SUS quanto em clínicas privadas. A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário de vacinação infantil obrigatório. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda que a vacina contra a hepatite B seja aplicada já na maternidade ou na primeira consulta com o pediatra. O imunizante pode ser ministrado junto com a vacina BCG, que protege contra tuberculose, mas também é um dos componentes da pentavalente, que está disponível na rede pública e além da hepatite B protege contra difteria, coqueluche, tétano e Influenzae B. Nas clínicas particulares é possível encontrar a vacina hexavalente, que também imuniza contra poliomielite e evita mais uma picada no bebê, reduzindo o número de injeções. Nas localidades onde há registro de alta incidência, as crianças com idade de início escolar (entre 5 e7 anos) também devem ser vacinadas, caso não tenham completado o esquema vacinal contra a doença.


8 – A hepatite C é transmitida principalmente por sangue contaminado, quando há o uso por várias pessoas, sem a devida assepsia, de agulhas, seringas, alicates e outros equipamentos cortantes ou que possam perfurar a pele. O tipo C também sexual é uma doença sexualmente transmissível ou passar da mãe para o filho durante a gravidez e o parto, mas esses casos ocorrem raramente. Normalmente, a hepatite C é assintomática e mesmo quando o fígado já foi bastante comprometido o paciente não apresenta sinais aparentes.


9 – No Brasil, a região Nordeste concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A (30,6%). Já na região Sudeste há mais registros da incidência dos vírus B e C, com 35,2% e 60,9%, respectivamente[ii].


10 -  De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, aproximadamente 400 milhões de pessoas no mundo são infectadas pelos vírus das hepatites B e C e 1,4 milhão são atingidas pelo vírus tipo A. Estima-se que 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer hepático estão diretamente relacionados aos vírus de hepatite B e C[iii].




Sanofi

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