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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Como transformar a nossa relação com a natureza?


Falar em meio ambiente não é algo abstrato. Se traduz no ar puro que respiramos, na água que bebemos e na fauna e flora que nos cercam. Somos dependentes desses recursos para sobrevivermos e desenvolvermos nossas atividades cotidianas e, mesmo assim, temos dificuldade para reconhecer e valorizar nosso patrimônio natural. Quando começamos a falar sobre a temática, há quase 30 anos, parecia loucura. Porém, conservar a natureza é uma causa que vale a pena – e vai continuar valendo sempre. É uma mudança essencial no presente, que torna possível o nosso futuro.

O território brasileiro abriga a maior biodiversidade do planeta, distribuída em vários biomas que preenchem de beleza os nossos 8,5 milhões de km² de extensão. É um país rico, com zonas climáticas que geram variações ecológicas adaptáveis às mais diversas espécies de seres vivos. Abrigamos florestas, planícies inundáveis, savanas, regiões semi-áridas e tropicais, além de uma exuberante costa marinha.

Reunimos 20% do total de espécies da Terra e garantir a sobrevivência desses seres não pode ser uma questão restrita à ciência. Acreditamos que a união de pesquisadores, organizações, poder público, empresas e sociedade é a essência de um trabalho dedicado à proteção da vida. É assim que devemos atuar nas áreas da saúde e da educação. Na questão ambiental não deve ser diferente.

Quando criamos reservas naturais, contribuímos com a qualidade do ar, com a diversidade de espécies e com o desenvolvimento das comunidades locais. É uma iniciativa que pode partir do setor público ou privado, desde que haja o compromisso com a conservação. Quando reavaliamos o uso de recursos naturais ou a forma como os dejetos industriais são descartados, podemos poupar matas, córregos, rios e bosques para um desenvolvimento mais sustentável.

Ao propormos e executarmos políticas públicas voltadas à proteção e à restauração ambiental, temos ferramentas para exigir a preservação de áreas naturais e embasamento legal para punir quem não o fizer. Ao incentivarmos e financiarmos pesquisas científicas, ampliamos nosso conhecimento sobre a biodiversidade, além de identificarmos formas de reverter os impactos ambientais já gerados. Quando preservamos uma área dentro de um terreno privado, damos exemplo aos nossos familiares, vizinhos e à comunidade de que a preservação da natureza é uma questão que deve ser levada a sério.

Não devemos esquecer que a proteção ambiental também é uma forma de gerar riqueza. Trabalhar com a natureza abre portas para o ecoturismo e para a produção de serviços ecossistêmicos. Se preservarmos as áreas verdes próximas a um rio, podemos assegurar uma melhor qualidade e segurança hídrica, além de obtermos a retenção de água em períodos de estiagem.

Ao conservarmos mares e oceanos, garantimos a perenidade de recursos essenciais para a economia e que também aumentam a resiliência da costa. Prezar pela sobrevivência de insetos polinizadores assegura a produção de alimentos. Considerando que o desmatamento é o principal emissor de gases de efeito estufa, ao deixarmos de arrancar árvores, colaboramos com a redução dos impactos das mudanças climáticas e do aquecimento global.

A união de diversos parceiros – e principalmente de nós cidadãos – potencializa resultados consistentes. Quando somamos forças e vontade de acontecer, vamos além. Precisamos encontrar um equilíbrio que beneficie todos os setores – agricultura, pecuária, indústria, comércio, turismo, serviços – de forma sustentável, sem gerar prejuízos para as próximas gerações. Mas, sim, garantir um futuro.




Miguel Krigsner - fundador e presidente do Conselho Curador da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

O PODEROSO STF E A IMPOTENTE DEFESA DA INFÂNCIA


Há anos venho apontando a deformidade que, aos poucos, foi atribuindo ao STF o atual aspecto suspeito e assustador. Ele perturba a nação, infunde sentimentos de revolta e já nem tenta dissimular seu viés totalitário. Essa deformidade levou ao que se lerá nas linhas a seguir: uma verdadeira repulsa aos padrões morais da sociedade.
 Não há, entre nossos ministros, um único conservador e um único liberal. Tamanha exclusão da divergência só vamos encontrar em tribunais constitucionais de países como Cuba, Venezuela e Coreia do Norte.
O prefeito do Rio de Janeiro mandou recolher a publicação de uma história de super-heróis destinada ao público infantil, na qual se insere um “beijo gay” entre os personagens. O autor do texto certamente considera esse conteúdo indispensável à narrativa. Afinal, parece que nenhum herói será suficientemente heróico e valente se não arrostar tais situações.
Seguiu-se uma série de marchas e contramarchas judiciais até que o assunto, numa velocidade que nem os advogados de Lula conseguiriam superar, foi bater no STF. A casa das grandes decisões nacionais não poderia ficar fora dessa. Parem as máquinas! Suspendam as audiências! Há um beijo gay a ser escrutinado à luz da “Carta Cidadã de Ulysses”. Dias Tóffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello vieram às falas, ouriçados em sua sensibilidade progressista. Naquela Corte, paradoxalmente, ninguém é mais “progressista” do que o decano, que saiu verberando: “Mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo e apologistas de uma sociedade distópica erigem-se, por ilegítima autoproclamação, à inaceitável condição de sumos sacerdotes da ética e dos padrões morais e culturais que pretendem impor, com o apoio de seus acólitos, aos cidadãos da República!!!".
Curiosamente, é bem o que a sociedade pensa dele e de seus pares quando os vê empenhados em corrigir e reitorar as opiniões dos demais cidadãos.
Segundo Dias Toffoli, o ECA obriga o uso de advertência sobre o conteúdo quando ele envolve coisas como "bebidas alcoólicas, tabaco, armas e munições”. E acrescentou que os materiais destinados a crianças e adolescentes devem “respeitar os valores éticos e sociais da pessoa e da família”. A imagem de dois homens se beijando não se enquadraria, segundo ele, em qualquer desses conceitos. Dito assim, claro que não. Contudo, criança, até segunda ordem, é uma pessoa, uma pessoa muito especial. E a preservação de sua inocência é um desses “valores éticos e sociais” de que fala a Constituição. Em que momento deixou de ser ? Quando trocamos a inocência das crianças pela retórica pretensiosa de Celso de Mello?
Doravante, qualquer conteúdo homossexual, mesmo que exclusivamente homossexual, fica liberado para venda ao público infantil, com o vigor e o atrativo dos super-heróis e dos superbandidos, e com as bênçãos do STF. Criatividade não faltará para quem quiser forçar ainda mais a barra.


Percival Puggina -  membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

5 SINAIS QUE APONTAM QUE VOCÊ PRECISA DE AJUDA COM AS FINANÇAS

O nível de endividamento entre os consumidores adimplentes, ou seja, que não estão com o ‘nome sujo’, saltou de 76% para 80%, na comparação entre o 1º semestre de 2018 e o 1º semestre de 2019, segundo pesquisa nacional realizada pela Boa Vista. Na opinião da educadora financeira Carol Stange, é preciso saber identificar quando as finanças de cada pessoa possam estar caminhando para o “colapso”, fazendo com que o indivíduo não tenha controle dos seu próprio orçamento.


A seguir, Carol separou os 5 principais sinais que confirmam se você está seguindo o caminho para o endividamento:

Caso você se identifique com a maioria dos sinais, é preciso procurar ajuda de especialistas em finanças para a mudanças de hábitos e para o desenvolvimento estratégicas financeiras que realmente farão a diferença. É preciso unir o lado comportamental com o lado matemático. “É como se fossem duas pernas: não se consegue andar com apenas uma saudável” finaliza Carol Stange.

SINAL 1 - É um mito achar que, se não há dívidas, está tudo bem. Os imprevistos fazem parte da vida, e a inadimplência será certa se não houver sobra de caixa para passar por situações que fogem ao nosso controle. Quando você gasta todo o seu salário, está na hora de rever as despesas. Se já foi feito o mapeamento das despesas e não há como cortar gastos, está na hora de colocar em prática o plano B, ou seja, pensar em um projeto de renda extra ou ainda, estudar para valer aquela ideia de empreendedorismo;

SINAL 2 – Você está pensando no seu “velhinho de amanhã”? Em caso de resposta negativa, está na hora de priorizar esse assunto, pois, uma das coisas mais tristes é perder a dignidade na velhice. Pense em pelo menos 15% da sua renda sendo destinada para investimentos de longo prazo.

SINAL 3 – Problemas no cartão de crédito. Essas são as piores dívidas que você pode ter! Os juros chegam a 400% ao ano. O valor de R$5 mil reais pode se transformar rapidamente em um valor de um carro popular. Lembre-se: cortar o cartão de crédito e jogá-lo fora não é liberdade como algumas pessoas gostam de afirmar. Liberdade é saber usar essa forma de crédito a seu favor;

SINAL 4 – Você foge do seu extrato bancário? “Pois isso é como  andar por um quarto escuro podendo tropeçar a qualquer momento” afirma Carol Stange. Ignorar sua conta bancária é a mesma coisa do que acrescentar pingos de água em um balde que está quase transbordando. Fugir não adianta. É preciso enfrentar a situação de frente e fazer planos de ação. Acompanhamentos semanais e definição de metas são um bom começo.

SINAL 5 – Você sofre de “achismo”. Você acha que gasta “x”, você acha que gasta “y”. Só será possível desenvolver um bom plano de ação se você souber exatamente para onde vai seu dinheiro. Anotar pode ser chato, mas é o primeiro passo para todos os outros seguintes.


 

CAROL STANGE (
https://carolstange.com.br) – é a principal parceira estratégica do programa de educação financeira “The Money Camp Brasil”, que surgiu nos Estados Unidos em 2002, voltado para o ensinamento de jovens, crianças e adultos. No Brasil desde 2007, a “The Money Camp” desenvolveu um programa, específico para ser aplicado nas escolas,  que já conquistou resultados positivos na vida não só das crianças e jovens que participaram como alunos do programa, como também dos docentes que atuaram do processo. É certificada internacionalmente como coach financeira pelo ICF (Instituto Coach Financeiro) com Especialização em Planejamento Financeiro Pessoal pela GFAI (Academia de Planejamentos Financeiros). É formada em administração de empresas pela PUC – PR, cursou MBA em Gestão Empresarial pela UEL/MEB e MBA em marketing pela PUC -SP.


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