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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Cegueira em cães e gatos: Dá para prevenir?


Os animais de companhia conseguem se comunicar por meio da troca de olhares com os seus tutores, e dessa forma, podem expressar fome, alguma situação que cause desconforto ou mesmo reconhecer o universo a sua volta. Por esse motivo, os cuidadores precisam estar sempre alertas aos problemas que podem causar cegueira em cães e gatos.

O desenvolvimento da cegueira em pequenos animais pode estar associado à vários fatores, sendo portanto, multifatorial, podendo até – em alguns casos - estar associada a quadros reversíveis. Como principais causas encontradas na literatura, nós temos a conjuntivite, glaucoma, catarata, doenças da córnea, doenças da retina, ceratoconjuntivite e doenças sistêmicas como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Hipotireoidismo, Ehrlichiose e viroses como Cinomose nos cães e Herpesvírus nos gatos.

Não existe uma única faixa etária para o acometimento da cegueira em nossos bichinhos, pois depende da causa envolvida no processo. Por exemplo, a catarata que é uma das causas de cegueira, pode estar presente desde o nascimento como no caso da catarata congênita, mas pode também estar presente em animais de dois a quatro anos de idade (cataratas juvenis) ou ainda cataratas senis, que são observadas geralmente a partir dos oito anos de idade em cães. Não existe um único "tipo" de animal predisposto ao desenvolvimento da cegueira, uma vez que se trata de uma condição patológica multifatorial e apenas o médico veterinário, através de uma complexa avaliação clínica, poderá responder de forma mais adequada a esse questionamento.

O tratamento das doenças é bastante variável, pois está associada ao fator desencadeante. De acordo com a causa temos tratamentos medicamentosos, como é o caso da conjuntivite, ceratoconjuntivite seca e glaucoma, podendo chegar aos tratamentos cirúrgicos como nos casos de catarata, ectrópio e entrópio.

Certamente nossos amiguinhos terão algumas limitações, mas de uma maneira geral, a cegueira é um problema de visão com o qual eles podem perfeitamente conviver. Com relação ao ambiente em que o animal vive, deve-se evitar mudar objetos e móveis de lugar e o fornecimento de alimento e água deve ser feito sempre no mesmo local, pois como já observado, o animal se acostuma com a arrumação do ambiente em que vive. Um cuidado especial precisa ser tomado com relação às piscinas, que devem ser cobertas.

Dessa maneira, a prevenção da cegueira em animais de companhia está intimamente associada à avaliação médica veterinária, realizada por profissionais com o objetivo de identificar possíveis fatores predisponentes e a forma mais adequada para o controle, eliminação ou tratamento dos mesmos, a fim de evitar o aparecimento dessa condição patológica que, muitas vezes, compromete a qualidade de vida de nossos animais. 




 Úrsula Silva - professora do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera de Niterói.


Cuidados pré e pós-operatórios para castração em cães



A cirurgia deve ser realizada antes da puberdade, geralmente, entre 7 e 10 meses de vida do cão


A cirurgia de castração em cães consiste na retirada das gônadas femininas e masculinas, que são responsáveis pela reprodução e pela produção de hormônios sexuais. Mas, trata-se de um cuidado que vai muito além da função contraceptiva. É uma cirurgia importante para o bem-estar do cão, além de contribuir para a prevenção de doenças graves, aumentando, consequentemente, a expectativa de vida do cão. Apesar de ser um procedimento simples, é indispensável que o tutor se atente a alguns detalhes antes e depois da cirurgia.

É normal que a castração gere dúvidas, principalmente relativas à dor e à recuperação do animal. Por isso, o médico veterinário da Equilíbrio traz orientações para que o tutor não tenha mais dúvidas sobre o procedimento.

Em geral, a cirurgia de castração pode ser feita em um tempo curto e o período de recuperação não é longo. Para garantir o melhor ao animal, o médico veterinário da Equilíbrio, Marcello Machado, traz algumas orientações para que a ocasião seja tranquila e não traga traumas nem para o animal e nem para o tutor.


Diferenças entre a castração de cachorro e cadela

O procedimento pode ser realizado em machos e fêmeas, sempre com anestesia geral. Nos machos, trata-se da orquiectomia, em que são retirados os testículos por meio de uma pequena incisão feita logo acima da bolsa escrotal. Nas fêmeas, a operação é chamada de ovariohisterectomia e, neste caso, são retirados os ovários e o útero por uma incisão no abdômen.

A recuperação é um pouco mais rápida no caso dos machos, pois o corte é menor. Mas os cuidados pós-operatórios são parecidos.


Cuidados pré-operatórios

Mesmo se tratando de um procedimento cirúrgico sem grandes riscos, é imprescindível que o animal passe por uma avaliação veterinária completa. Nessa etapa, o cachorro passa por exames clínicos e laboratoriais para avaliar a saúde cardíaca e a coagulação sanguínea. Dentre os exames solicitados, estão: hemograma completo, eletrocardiograma, ecocardiograma e ultrossonografia.

Os exames mostrarão se o cão está apto ou não para a cirurgia, checando se existem doenças, infecções, problemas renais ou no fígado. Este cuidado é fundamental e protege o animal de estimação de imprevistos e complicações durante o pós-cirúrgico. Se estiver tudo certo, o veterinário autoriza a cirurgia e explica as recomendações para o dia do procedimento.


Durante a cirurgia

Para evitar que ocorram vômitos durante a cirurgia, o veterinário irá aconselhar a retirada da ração e da água do cão 12 horas antes do procedimento para que ele esteja em jejum.
Caso o cão faça uso de alguma medicação, consulte o veterinário para saber se a dose deve ser cortada ou reduzida no dia da cirurgia. Existem diversos tipos de anestesia e a melhor para o seu cachorro deverá ser indicada pelo veterinário.

Antes de levar o cão para fazer a castração, assegure-se de que você tem, em um lugar fácil de encontrar, todos os números de contato do veterinário e da clínica.

Em cirurgias de castração em que foram tomados todos os cuidados pré e pós-operatórios, o cão tem a tendência de se recuperar rapidamente, voltando às suas atividades normais em alguns dias.


Pós-cirurgia:

Após a cirurgia, o cão é mantido em observação até que desperte da sedação. Normalmente os machos são liberados no mesmo dia e as fêmeas ficam internadas por um dia, mas essa decisão depende do veterinário.

Os medicamentos que o cão deve tomar após a cirurgia serão prescritos pelo veterinário. Não dê nenhum remédio que não esteja entre as recomendações. A medicação serve para evitar quadros de infecção e dar mais conforto ao cão.
Ao chegar em casa, após a cirurgia, é importante que você evite o contato do cão com outros animais, pois eles podem esbarrar nos pontos e prejudicar a recuperação. Separe um lugar tranquilo e confortável para o cão dormir, pois ele precisará descansar. /

O animal também não deve ter contato com a incisão, a fim de evitar que ele morda ou lamba – o que iria prejudicar a recuperação. Por isso, o veterinário pode indicar o uso de um colar Elizabethano (cone plástico) ou de uma roupa especial que proteja o corte. Tenha o cuidado de acompanhar a cicatrização e contate o veterinário caso note algo fora do comum.

Por fim, nesta fase de recuperação, não estimule atividades físicas até que o animal esteja liberado pelo veterinário. O cão recém-operado não pode correr, pular e nem usar escadas.





EQUILÍBRIO


Saiba como eliminar pulgas e carrapatos de casa


Apenas 5% das pulgas adultas ficam nos pets – o restante se reproduz e permanece no ambiente; parasitas podem trazer diversos riscos à saúde dos animais e seus tutores


Quem tem cachorro ou gato em casa com certeza já ouviu falar sobre a importância de manter os pets longe de pulgas e carrapatos. Mesmo aqueles que moram em locais de pouca incidência desses parasitas, como apartamentos, devem tomar alguns cuidados, já que o animal pode adquiri-los em um simples passeio na rua. Além de causar reação alérgica nos peludos, pulgas e carrapatos ainda podem trazer danos à saúde do animal e da família. 

O controle dos parasitas costuma ser difícil devido ao seu ciclo de vida. A pulga, por exemplo, tem quatro estágios de desenvolvimento - ovo, larva, pupa e adulta -, sendo que apenas no último deles ela se instala no animal, o que costuma representar 5% dos parasitas presentes no ambiente. Nos outros estágios, as pulgas permanecem no local ao redor do pet, como casinha, tapetes e móveis da casa, tornando muitas vezes ineficazes tratamentos tópicos de curta duração. 

Segundo Daniela Baccarin, médica veterinária e gerente de produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal, é importante que o controle dos parasitas seja feito de forma integrada com o ambiente, já que as pulgas adultas, por exemplo, conseguem botar cerca de 20 a 50 ovos por dia no local. “Por mais limpa que seja a casa ou o espaço em que o cachorro ou gato esteja acostumado a ficar, há grandes chances de haver ovos e larvas de pulgas e carrapatos, mesmo que eles tenham sido exterminados do animal. Isso faz com que em poucos dias o pet volte a sofrer com o problema”, afirma a especialista. 

Por isso, o tratamento preventivo contínuo é a melhor alternativa. Quando o animal está protegido contra os parasitas – seja por medicamentos de longa duração ou coleiras -, as chances de trazê-los no corpo para dentro de casa ou pegá-los novamente é quase nula. “Para que seu animal se mantenha protegido, o ideal é incluir nos cuidados com a saúde do pet produtos de longa duração – alguns chegam a ter eficácia de três meses -, que evitem que as pulgas e carrapatos se desenvolvam no ambiente. Quando não conseguem se alimentar do animal, elas acabam morrendo com o tempo”, ressalta Daniela. 


Prejuízos à saúde 

Além da intensa coceira causada pela presença desses parasitas, pulgas e carrapatos também podem trazer danos à saúde do seu pet. Quando em grande quantidade, eles extraem muito sangue do animal, o que pode resultar em anemia. Além disso, os carrapatos podem transmitir uma série de doenças, como a Babesiose, Erliquiose, Febre Maculosa e Doença de Lyme, que também podem afetar humanos. 

“Muitas pessoas imaginam que esses vetores são inofensivos, que só causam coceira e nada mais. Mas a verdade é que, devido ao seu longo ciclo de vida, podem permanecer no ambiente e causar prejuízos ao animal com o tempo”, reforça Daniela, que complementa “administrar medicamentos no pet somente quando ele é afetado por esses parasitas coloca em risco à saúde do animal e da família. Fique atento à administração periódica de produtos que preventivos”, finaliza. 

Algumas medidas podem ajudar a identificar e eliminar pulgas e carrapatos do seu pet. Confira:

·         Fique atento caso o pet comece a se coçar com frequência. Orelhas, pescoço, patas e topo da cabeça são os locais preferidos para o alojamento de parasitas;
·         Ao identificar pulgas ou carrapatos, use produtos específicos para eliminação dos ovos e larvas no ambiente. Atenção aos locais onde o pet fica mais presente e ambientes com superfícies quentes, como tapetes e estofados;
·         Se for retirar manualmente algum carrapato do pet, use uma pinça e se certifique de o retirou por completo. Deixar pedaços do parasita no pet pode causar infecções na região;
·         Não esqueça de levar o pet ao veterinário após identificar os parasitas. Somente o especialista poderá indicar os exames adequados para avaliar se houve danos à saúde do animal;
·         Caso ainda não faça a administração de nenhum produto preventivo contra pulgas e carrapatos, opte por algum de longa duração, que dificulta a proliferação de novos ciclos de pulgas e carrapatos.




MSD Saúde Animal


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