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sexta-feira, 28 de junho de 2019

#11 A internação involuntária de dependentes químicos


Episódio #11 do Ilha de Vera Cruz debate a nova Lei que permite a internação involuntária de dependentes químicos


A guerra contra as drogas ganhou um novo capítulo no Brasil. Está em vigor, desde o início do mês de junho, a lei que autoriza a internação involuntária de dependentes químicos. Agora, a família do paciente ou seu responsável legal pode solicitar a internação, sem a necessidade de autorização da justiça.

O pedido também pode ser feito por um servidor da área da saúde, da assistência social ou de órgãos do sistema nacional de políticas públicas sobre drogas (Sisnad).

A legislação, porém, impede que a recomendação para internações seja feita por servidores da área da segurança pública, como policiais, por exemplo.

A internação involuntária terá duração máxima de 90 dias, e dependerá de avaliação sobre o tipo de droga, o padrão de uso e a comprovação da impossibilidade de uso de outras alternativas terapêuticas.
A medida aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro mexeu com o debate público e a discussão que ganhou as capas de jornais e revistas. Como não poderia deixar de ser é o assunto desta semana, no décimo primeiro episódio do podcast Ilha de Vera Cruz.

O programa conta com as participações da psiquiatra Felianne Meirelly; do terapeuta holístico e ex-dependente, Eduardo; da psicóloga Beatriz Scandiuzzi; do vice presidente o fórum internacional de testagem de álcool e drogas, Anthony Wong; e do presidente da comissão antidrogas da OAB de São Paulo, Cid Vieira de Souza Filho.


Entre em contato! Mande um e-mail para: podcastilhadeveracruz@gmail.com.
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Apneia do Sono em Crianças


Seu filho, está dormindo mal?

Fique atento aos sintomas, pode ser apneia do sono, que também pode afetar as crianças. 



    O ronco em adultos é muito comum e por isso muitos pais consideram ser normal quando acontece nos pequenos. Porém é um problema de saúde, que pode prejudicar muito no desenvolvimento da criança.

    De acordo com a otorrinopediatra do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), de Curitiba, Dra. Scheila Gambeta Sass, os pais devem ficar atentos ao sono dos filhos. Isso porque roncos noturnos, dificuldade para respirar, sono agitado, suor excessivo durante sono, nariz sempre trancado e escorrendo, podem indicar que a criança possui apneia, distúrbio que bloqueia a entrada de oxigênio no organismo. “Essa interrupção de fluxo de ar, é de seis segundos nas crianças menores, com aumento da frequência respiratória”, explica a Dra. O pico da doença ocorre aos 4 anos, mas pode ocorrer desde o primeiro até os dez anos de vida.

    Se o problema não for tratado, pode trazer graves consequências. O principal é relacionado ao crescimento. Sem o ciclo completo de sono, a criança libera quantidade insuficiente de GH ( hormônio do crescimento), secretado preferencialmente à noite, o que ocasiona altura e peso baixos. 

    Outra complicação é a falta de atenção, sonolência, e dificuldade na aprendizagem. Além de deixar a criança agitada de dia, o que atrapalha a concentração em sala de aula, a apneia impede a absorção do que foi aprendido, pois é na fase mais profunda do sono que se gravam as informações. “Tudo isto também se estende aos pais, que dormem mal para lidar com os problemas do sono do filho”, alerta a otorrinopediatra. 

    Nos casos mais graves, o ronco pode significar falta de oxigenação crônica grave, que pode ocasionar alterações que ameaçam a vida do paciente, como por exemplo alterações cardíacas e pulmonares graves, lesões neurológicas ou mesmo óbito em casos muito graves. “Felizmente, estes casos graves são raros”, comenta a médica.

     
Causas

    De acordo com a especialista o surgimento da apneia em crianças, pode ter diversos fatores relacionados, como aumento das amígdalas, adenoide e rinite alérgica. O tratamento é realizado conforme a sua causa. “Para as crianças que apresentam aumento das amígdalas e adenoides, é realizada a cirurgia, já no caso de rinite alérgica, o tratamento é realizado com spray nasal, na maioria dos casos”, afirma a Dra.

    A cirurgia da amígdalas e adenoides, segundo a médica é simples e segura. É realizada com anestesia geral. “A criança dorme, não sente nada e recebe alta no mesmo dia da cirurgia. A garganta dói por três a sete dias”, diz.  Já Adolescentes podem ter desconforto por até duas semanas. “Felizmente, as dores são bem controladas com analgésicos”, complementa.

     A decisão por realizar a cirurgia deve ser baseada nos sintomas e não na idade. Por isso crianças com menos de três anos já podem realizar a cirurgia, apesar de eventualmente existir uma relutância dos pais em relação à idade. “O que deve ser considerado é a melhora importante da criança após a cirurgia, evitando as complicações que a doença possa trazer”, orienta Dra Scheila.



Pesquisadores criam gel com molécula de prostaglandina para tratar dermatite atópica

Profissionais do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic desenvolveram um gel com moléculas de prostaglandina PGJ2, com propriedade anti-inflamatória e menos efeitos colaterais do que medicamentos atualmente prescritos para tratar dermatite atópica


Corticoides e inibidores de calcineurina, como o tracolimus – um fármaco imunossupressor –, são os medicamentos mais prescritos para tratar a dermatite atópica, mas seu uso contínuo apresenta riscos indesejáveis. Para buscar um medicamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais danosos ao paciente, pesquisadores do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, desenvolveram um gel (hidrogel 15d-PGJ2) composto por moléculas sintéticas de prostaglandina PGJ2, que têm propriedade anti-inflamatória, são produzidas por quase todas as células do corpo humano e podem ser fabricadas em laboratório.

Os resultados da pesquisa foram descritos no artigo The 15d-PGJ2 hydrogel ameliorates atopic dermatitis through suppression of the immnune response, publicado em abril deste ano, no periódico Molecular Medicine Reports. O estudo foi realizado com financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Pruridos na pele, vermelhidão, inchaço, descamações e coceiras incontroláveis são alguns dos sintomas da dermatite atópica, uma doença crônica e autoimune que chega a afetar 10% dos adultos e 25% das crianças. Desaparece em até 75% das crianças na vida adulta, mas, naquelas em que permanece, pode causar lesões para o resto da vida, além de depressão e isolamento social por causa do desconforto e das marcas na pele.


Tratamentos para dermatite atópica

De acordo com a Academia Americana de Dermatologia, o tratamento para a dermatite atópica deve ser iniciado com corticosteróides tópicos, quando apenas hidratar a pele não é suficiente para controlar a doença. “O problema de ficar passando, com frequência, pomada de corticoide nas lesões é que as células que formam a pele, chamadas queratinócitos, acabam sendo destruídas e chega uma hora que, de tanto passar corticoide, o medicamento não faz mais efeito”, explica Dr. Marcelo Henrique Napimoga, diretor de pós-graduação, pesquisa e extensão da Faculdade São Leopoldo Mandic, e coordenador do estudo.

Quando os corticoides começam a falhar, é comum que se prescrevam os inibidores de calcineurina, como o tracolimus, para tratar a dermatite atópica. Esses inibidores também têm efeito anti-inflamatório, impedindo a ativação das células T, responsáveis pela defesa do organismo contra antígenos. Mas, a longo prazo, há estudos que indicam que o tracolimus pode causar linfoma e carcinomas cutâneos.

“Para produzir o hidrogel, usamos a prostaglandina PGJ2, que é uma molécula com ação anti-inflamatória, que é produzida endogenamente e, por isso, não tem efeitos colaterais indesejados, como os corticoides e o tracolimus. Além disso, conseguimos colocar essa molécula dentro de um polímero, formando um hidrogel que é absorvido pela pele”, ressalta Napimoga.


Testes

Vários testes físico-químicos foram feitos para provar que se conseguiu formar o gel, absorvível pela pele, e que nele ficou retida a prostaglandina PGJ2. “Os dados físico-químicos mostram que o gel que criamos funcionou, porque ele se manteve estável e incorporou a prostaglandina PGJ2 em diferentes temperaturas, por exemplo, nas temperaturas ambiente e corporal”, conta o pesquisador.  

Em seguida, os pesquisadores testaram se o hidrogel 15d-PGJ2 tem efeito benéfico em modelos de dermatite atópica. Um modelo com escaras de dermatite atópica foi tratado apenas com o gel, enquanto outro modelo foi tratado com o hidrogel 15d-PGJ2, e outro com o tracolimus, o medicamento mais usado hoje para tratar a doença.

“Visualmente, é possível verificar que o modelo tratado com o hidrogel teve diminuição da lesão de dermatite e, histologicamente, houve redução no número de mastócitos, que é uma célula que armazena potentes mediadores químicos de inflamação e, por isso, é relevante para manter a dermatite atópica. Já o tracolimus diminuiu a inflamação, mas não de maneira significativa como a PGJ2”, explica Napimoga.

O próximo passo foi dosar a imunoglobulina IgE nos modelos tratados com o hidrogel e o tracolimus. Essa imunoglobulina é produzida pelos linfócitos em resposta à dermatite atópica. Em ambos os modelos, houve redução da produção de IgE. “Isso demonstra que estamos conseguindo diminuir a resposta inflamatória onde há o agente irritante”, conclui o pesquisador.

Algumas células inflamatórias também foram avaliadas no estudo. A PGJ2 foi capaz de diminuir o número de linfócitos Th17 na lesão de dermatite atópica. O tracolimus também reduziu a quantidade dessas células, mas não apresentou diferença estatística. A pesquisa constatou ainda que a PGJ2 reduz a produção de citocinas TNF-α, que são mediadores inflamatórios que contribuem para manter a dermatite atópica. Já o tracolimus não produziu o mesmo efeito.


Produção da prostaglandina PGJ2

Ainda não existem medicamentos produzidos com a molécula de prostaglandina PGJ2 – que é experimental -, embora os resultados da pesquisa desenvolvida no Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic sejam promissores e mostrem a eficácia do hidrogel 15d-PGJ2. “O grande problema é que fazer prostaglandina PGJ2 não é barato e a estabilidade dela é pequena. Do ponto de vista comercial, seria preciso uma indústria com potencial e maquinários bem específicos. O fato de a PGJ2 ser um lipídio torna mais difícil a sua formulação na quantidade certa para que se mantenha estável”, afirma Napimoga.

Ele e outros pesquisadores, do Instituto de Pesquisas SLMANDIC, fazem parte do Laboratório de Pesquisa da Interface Neuroimune da Dor, que se dedica a pesquisar a relação dos aspectos imunológicos em diferentes condições dolorosas.

“Temos uma linha de pesquisa muito grande com a prostaglandina PGJ2 para criar diferentes formas de entrega dessa molécula, com nano-carreadores e também hidrogel. Colocamos a PGJ2, por exemplo, em hidrogel ou nano-cápsula porque é preciso uma quantidade muito pequena de moléculas. Eles protegem a PGJ2, que vai sendo liberada aos poucos na articulação ou pele inflamadas. Dessa forma, é possível reduzir a quantidade de medicamento e prolongar a sua ação, reduzindo efeitos adversos”, comenta o pesquisador. 

O artigo The 15d-PGJ2 hydrogel ameliorates atopic dermatitis through suppression of the immnune response (doi: 10.3892/mmr.2019.10156) foi escrito por: Dr. Marcelo H. Napimoga, Dr.a Juliana T. Clemente‑Napimoga, Dr. Antônio José de Pinho, Dr.a Andresa B. Soares e Dr. Marcelo Sperandio (docentes da SLMANDIC); Dr.a Daniele R. de Araújo (docente da UFABC – Universidade Federal do ABC); e os alunos Nina M. Machabanski, Maria Eduarda A. Juliani, Pedro Henrique B. C. Acras, Cristina G. Macedo, Henrique B. Abdalla, e está publicado em https://www.spandidos-publications.com/10.3892/mmr.2019.10156.




Sobre o Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2008, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas científicas na área de saúde. Iniciou com pesquisas na área odontológica, expandiu para a área de saúde, além do desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. E o Laboratório de Patologia emitiu, gratuitamente, mais de 24 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região da cabeça e pescoço, sendo 1.542 de carcinomas e 125 de neoplasias malignas. 
Os recursos financeiros do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic são obtidos por meio de parcerias e convênios, financiamentos de órgãos públicos, contribuição de associados e terceiros e recebimento de patentes. Dentre os principais parceiros, destacam-se CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).

Avanços na seleção de embriões permitem aumentar chances de sucesso na gravidez


As proteínas e os radicais livres que o embrião produz nos permitem prever a gravidez
  • IVI apresenta dois novos estudos sobre seleção de embriões apoiados por proteínas presentes no meio de cultura

  • A ajuda da inteligência artificial é apresentada como uma das chaves futuras para a melhoria da seleção de embriões

VIENA
Uma das linhas de pesquisa em que mais recursos estão sendo investidos no campo da Reprodução Humana é o aprimoramento da seleção embrionária. Recentemente, a aplicação da Inteligência Artificial para alcançar automatismos na escolha de embriões ou análises genéticas tem sido um passo à frente na melhoria da seleção e, portanto, na melhoria dos resultados.
No âmbito do 35º Congresso da ESHRE, realizado este ano em Viena, a IVI apresentou dois estudos relacionados com a análise do meio de cultura de embriões, com base na análise do ambiente para conhecer da melhor forma possível a qualidade dos embriões. E, portanto, aumentar as chances de sucesso que o paciente pode ter durante o tratamento.
No primeiro estudo apresentado neste sentido, "perfil de proteínas de euploid única transferência do embrião revela padrões diferenciais entre eles" desenvolvidos em IVI Valencia entre setembro de 2017 e março 2018, em uma amostra de 81 ciclos preparado para transferência de um embrião único (Single blastocyst transfer - SET), as proteínas secretadas pelo embrião no meio de cultura foram analisadas.
"A importância deste estudo é que eles são embriões que já foram geneticamente testados com resultados euplóides. Tem mais valor porque, apesar de serem embriões geneticamente selecionados, nem todos conseguem implantar, então a ideia é melhorar o processo de seleção graças à análise de proteínas. Neste estudo, utilizamos a ajuda, em parte, a inteligência artificial ligada às imagens que obtemos através do Embryoscope e do Geri (dois modelos de incubadoras), desenvolvendo um método que combina imagens com o método de selecção de proteínas ", diz Dr. Marcos Meseguer, investigador principal do estudo e diretor de pesquisa do IVI Valencia.
"Nós confirmamos uma secreção significativamente alta de IL-6 e IL-8 em embriões em crescimento, destacando o potencial dessas moléculas durante o desenvolvimento delas. A maioria das concentrações de proteína mostrou um padrão de valores mais altos em blastocistos eclodidos ", acrescenta.
O segundo dos papéis, "perfil de mídia oxidativo alta cultura como um biomarcador de embriões de boa qualidade: a ferramenta não invasiva para selecionar o embrião para transferir" baseia-se no estudo da cultura quando ela é realizada, multiplicam em situações em que entre 10 e 12 embriões são encontrados na mesma gota, com o objetivo de analisar se o perfil oxidativo pode ser um bom biomarcador para determinar a qualidade dos embriões.
Segundo o Dr. Meseguer, "valorizamos quando todos os embriões resultantes são cultivados juntos, detectando que há um perfil oxidativo diferente quando os embriões são de qualidade e quando há parâmetros que tornam os embriões inviáveis. Nós desenvolvemos um método para avaliar o ambiente onde muitos embriões crescem. Ao não desenvolver um estudo individual, analisamos a oxidação que é gerada como um valor mensurável no ambiente em que são cultivadas. Quanto mais ativos os embriões são e quanto mais alta qualidade, mais oxidação eles geram dentro do meio de cultura, o que indica que eles estarão mais aptos a realizar a transferência e garantir uma melhor taxa de sucesso no ciclo para o paciente. Pelo contrário, nos critérios de classificação, o nível de estresse oxidativo diminuiu com o agravamento da qualidade do embrião”.
O trabalho apresentado, também desenvolvido no IVI Valencia, analisou entre maio de 2017 e dezembro de 2018 uma amostra de 683 embriões de um total de 174 ciclos realizados pela fertilização in vitro (FIV).
“Ser parte do grupo IVIRMA, já é um grande diferencial por estarmos constantemente compartilhando as informações e descobertas de todo o grupo, o que nos permite maximizar resultados e sermos referência mundial em reprodução humana assistida. A participação ativa em eventos, como o Congresso ESHRE, é muito valioso, pois, esse intercâmbio de conhecimento é muito importante para agregar valores e potencializar a qualidade dos serviços prestados aos nossos pacientes” afirma Daniele Freitas Bulcão, coordenadora do laboratório de fertilização in vitro do IVI Salvador.

49 comunicações aceitas: 14 orais, 31 cartazes e 4 sessões de convidados
ESHRE é o maior congresso europeu da reprodução assistida, um lugar de encontro de grandes profissionais de todo o mundo, que são alcançadas em cada ano, conclusões importantes que irão moldar o futuro na esfera reprodutiva.
Nesta edição, o IVI tem 49 comunicações aceites, 14 das quais orais e 31 posteriores, às quais são adicionados os 4 artigos, no programa geral.


Sobre o IVI - RMANJ
IVI nasceu em 1990 como a primeira instituição médica em Espanha especializada inteiramente em reprodução humana. Desde então, ajudou a criar mais de 160.000 crianças, graças à aplicação das mais recentes tecnologias em Reprodução Assistida. No início de 2017, a IVI fundiu-se com a RMANJ, tornando-se o maior grupo de Reprodução Assistida do mundo. Atualmente tem mais de 65 clínicas em 11 países e é líder em Medicina Reprodutiva. https://ivi.es/ - http://www.rmanj.com/



Quedas são a principal causa de internação de crianças no Brasil


Dr. Bruno Massa comenta sobre os cuidados com os acidentes infantis

O fim de junho vai se aproximando acompanhado de uma preocupação dos pais, o que fazer com as crianças nas férias? Muitas vezes, uma brincadeira inocente como correr, jogar futebol, andar de skate, patins ou bicicleta termina em uma lesão grave e acaba com as férias. Dados do Ministério da Saúde revelam que só em 2017, 51.928 crianças entre 0 e 14 anos foram hospitalizadas vítimas de quedas.

Especialista em ortopedia pediátrica, Dr. Bruno Massa alerta para os cuidados dos pais com as crianças nessa época, "Além da supervisão à criança, que deve existir independente da situação, é essencial sempre observar alguma mudança de comportamento por parte dela. Em geral, caso tenha alguma dor, seja nos pés, mãos ou em outra região do corpo, a criança poderá alterar seus hábitos, como aumentar o número de vezes em que pede colo, ou ainda não desejar andar e brincar como de costume".

Pernas e braços são partes que sofrem bastante com as quedas, e as lesões nessas regiões são inúmeras, desde um osso quebrado sendo necessária a imobilização do local até o rompimento dos ligamentos por um “simples” entorse, como foi o caso do jogador Neymar que torceu o tornozelo em sua primeira participação pela Copa América e a lesão fez com que ele fosse cortado da equipe. E se atletas de alto rendimento estão sujeitos a essas lesões, imagine crianças que brincam sem medir perigos e consequências.

Segundo o Dr. Bruno as torções são muito comuns na infância “As crianças têm o hábito de correr e brincam assim o tempo todo, o que, aliado ao pouco equilíbrio e consciência do corpo, faz com que as quedas ocorram com mais frequência. Uma corrida em solo instável, como grama, ou ainda um momento de distração pode ser suficiente para que aconteça um trauma. Outro momento de lazer que pode virar um pesadelo com trauma causado envolve a cama elástica. Além do solo instável, típico do brinquedo, o uso dela por muitas crianças de forma simultânea pode gerar o choque entre os presentes no local e, podendo acabar em lesões”.

E para que as férias da família não terminem em um hospital, o melhor cuidado é sempre a prevenção, o uso de equipamentos de proteção para brincar de skate, patins ou bicicleta por exemplo, pode evitar um acidente grave com lesões na cabeça, que pode ser fatal. Esportes como futebol, vôlei e basquete devem ser praticados com calçado adequado e em local com boas condições para as crianças, muitos espaços ficam abandonados e acabam se deteriorando com o tempo, aumentando a possibilidade de acidentes com um simples tropeço. Os cuidados em casa também são importantes, evite deixar as crianças em escadas, sacadas e lajes, use redes de proteção nas janelas, não deixe objetos pelo caminho (mesmo sendo muito difícil com crianças), tapetes pela casa também não são indicados, somente se forem antiderrapantes, nunca coloque bebê conforto em locais altos e evite deixar a criança sozinha em carrinhos e cadeiras de apoio.

Pequenas atitudes de cuidado podem tornar as férias um momento inesquecível na vida das crianças, e que seja de uma forma positiva.




DR. BRUNO MASSA - CRM/SP: 122617 - Ortopedia Pediátrica, Cirurgia do Pé e Tornozelo, Traumatologia. TEOT (Titulo de Especialista em Ortopedia e Traumatologia): 11822. O ortopedista Dr. Bruno Massa tem sua especialização em ortopedia pediátrica, cirurgia do pé e tornozelo no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. É médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Mestre em ciências médicas pela Universidade de São Paulo. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé e da AO Foundation. “Fellow” no “Harborview Medical Center” da Universidade de Washington em Seatle e no “Southern California Orthopedic Institute”, ambos nos EUA.

Infectologia: especialidade ganha fortes aliados


 Exames moleculares vêm se destacando no apoio ao combate e prevenção de doenças


Embora muitas vezes atuem mais nos bastidores dos tratamentos médicos, os infectologistas têm um papel crucial na saúde: interagem com praticamente todas as especialidades médicas na detecção, controle e tratamento de infecções de órgãos e sistemas do corpo, entrando em cena nas situações mais críticas e na prevenção de doenças.

A especialidade ganhou ainda mais destaque na década de 80, com o aumento da incidência de infecções hospitalares e a pandemia da AIDS, doença estritamente ligada à abrangência da infectologia. Mas outras doenças críticas fazem parte do campo de atuação, como infecções sexualmente transmissíveis (IST), tuberculose, toxoplasmose, febre amarela, infecção por Zika Vírus, chikungunya, dengue, leishmaniose, meningite, herpes, hepatites, entre outras.

Infectologistas também são essenciais no acompanhamento e controle de infecções de pacientes imunossuprimidos, transplantados, pacientes oncológicos e também em unidades de terapia intensiva e controle de infecção hospitalar. Pesquisa de doenças emergentes, imunização e prevenção fazem parte da gama de atuação dos especialistas, além da mais recente especialidade: Medicina de Viagem, que avalia vacinas e tratamentos profiláticos para quem vai "explorar o mundo".

Números revelam a importância da especialidade: segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), a expectativa de ocorrência de sepse (infecção generalizada) no Brasil é de mais de 600 mil casos por ano. Já a tuberculose causa cerca de 12 mortes/dia no País, segundo o Ministério da Saúde e, em 2017, foram notificados 119.800 casos de sífilis adquirida, além de 49.013 casos em gestantes e 24.666 casos de sífilis congênita (transmitida durante a gestação). A AIDS, embora tenha apresentado queda, teve 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de AIDS registrados, somente em 2017.

Segundo o coordenador de infectologia clínica do Hospital do Rim e do Hospital São Luiz-Jabaquara, Dr. Daniel Wagner Santos, o trabalho da infectologia está intimamente ligado à pesquisa e à medicina diagnóstica. “O rápido avanço na descoberta de novas formas de prevenção e imunização permite o controle de doenças entre a população”, explica. O médico lembra ainda que um dos maiores desafios no tratamento de doenças graves é o tempo: quanto antes uma doença é diagnosticada, maiores as chances de recuperação e menores os riscos de disseminação.

Nesse cenário, a infectologia vem contando com os avanços da medicina diagnóstica, especialmente na área de exames moleculares, que oferecem mais agilidade no resultado. “A medicina conta com uma ampla gama de exames, porém, em muitos casos, agilidade e precisão no diagnóstico podem representar o sucesso de um tratamento e, até mesmo, a prevenção de uma futura doença ou complicação na saúde de um paciente pertencente a grupos de riscos, como os imunossuprimidos, pacientes oncológicos e transplantados”, ressalta o infectologista.

Outra vantagem é a identificação mais precisa dos patógenos. “O teste molecular oferece, em poucas horas, resultado detalhado sobre as bactérias e vírus presentes na amostra. Desta forma, o médico pode prescrever o antibiótico específico para o patógeno identificado, evitando possíveis readequações no tratamento”, explica o especialista do laboratório da Mobius Life Science, Lucas França.

Especializada no desenvolvimento e comercialização de produtos para diagnóstico molecular in vitro de doenças infecciosas, oncológicas e genéticas, sorologia e kits de extração de ácidos nucleicos, a Mobius Life Science vem atendendo um número cada vez maior de laboratórios que passaram a oferecer esses exames, aumentando sua carteira de clientes em cerca de 50% ao ano. Com o crescimento da demanda e o desenvolvimento de novos produtos a empresa ganha, no final do ano, uma nova sede ampliando a capacidade produtiva em 50%, apenas no início das operações.

Certificada com a BPF – ANVISA (referente às boas práticas da fabricação) e em fase de certificação da ISO 13.485, que avalia qualidade e segurança dos produtos e processos, a Mobius Life conta com 50 kits de testes moleculares em seu portfólio, que incluem a análise de doenças como meningite, sepse, hepatite, tuberculose, herpes, hanseníase, entre outras.




Mobius Life Science

ADOLESCENTES X FONE DE OUVIDO


 População de alto risco para o zumbido e surdez precoce


Ele foi desenvolvido em 1919 com endereço certo: as cabines de avião e escutas de rádio, mas ganhou o mundo globalizado e invadiu as ruas. Os fones de ouvido,  inicialmente, eram maiores e mais pesados. Ao longo dos anos esse acessório inofensivo foi sendo transformado e adaptado para facilitar o seu uso. Hoje é  uma febre – e um perigo - entre adolescentes e até adultos de todas as idades.


Será que o fone de ouvido pode prejudicar quem os utiliza?

Apesar de ser uma invenção maravilhosa e transformadora, o uso do fone de ouvido de maneira errada ou abusiva pode sim prejudicar a saúde, em especial a dos ouvidos, porém não exclusivamente. O dano costuma ser decorrente de excesso de volume e/ou excesso de tempo e/ou vulnerabilidade individual de cada pessoa, ou ainda, todos os fatores juntos!”, segundo Tanit Ganz Sanches, Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez.

Se a atual geração de adolescentes continuar se expondo a níveis muito elevados de ruído, possivelmente apresentará perda de audição entre 30 e 40 anos de idade. Barulhos em excesso em danceterias, shows, e fones de ouvido causam o aumento do zumbido no ouvido entre os adolescentes, que pode ser considerado como um sintoma da perda auditiva precoce, embora, a maioria dos casos de zumbido sejam diagnosticados após a idade de 50 anos, devido aos medicamentos e maus hábitos alimentares, o quadro persistente pode ocorrer em qualquer idade.

Os resultados dos testes revelaram que 28,8% dos adolescentes ouviram zumbido nos ouvidos dentro da cabine acústica em níveis comparados aos de adultos


Pesquisa - Levantamento inédito

Foram realizados exames de ouvido (Otoscopia) em 170 adolescentes na faixa etária de 11 a 17 anos, matriculados em um colégio particular da cidade de São Paulo. Solicitou-se que fosse respondido um questionário com perguntas sobre a percepção do zumbido nos ouvidos nos últimos 12 meses e, caso positivo, com qual intensidade, duração e frequência. Mais da metade dos adolescentes (54,7%) respondeu que tinha sentido zumbido nos ouvidos no período.

Os resultados dos testes revelaram que 28,8% dos adolescentes ouviram zumbido nos ouvidos dentro da cabine acústica em níveis comparados aos de adultos.

Foi observado que, embora a maioria dos participantes do estudo ter relatado manter hábitos arriscados de escuta, os que afirmaram sofrer de zumbido manifestaram menor tolerância a níveis elevados de som.


Zumbido: efeitos danosos

De acordo com a pesquisadora, Dra. Tanit Ganz Sanchez, o zumbido nos ouvidos é causado pela lesão temporária ou definitiva das células ciliadas. 
Localizadas no ouvido interno (cóclea), essas células alongam e encurtam repetidamente quando estimuladas por vibrações sonoras.

Ao serem estimuladas por altos níveis de vibrações sonoras, como os causados por uma explosão, fogos de artifícios, o som alto de um fone de ouvido ou em um show, por exemplo, essas células ciliadas ficam sobrecarregadas e podem sofrer lesões temporárias ou definitivas.

A fim de compensar a perda de função das células ciliadas lesionadas ou mortas, as regiões vizinhas passam a trabalhar em um ritmo mais acelerado do que o normal, o que dá origem ao zumbido nos ouvidos, explicou Sanchez.


Redução da capacidade auditiva

A perda dessas sinapses, causada pela exposição a altos níveis de ruído, pode provocar, além da diminuição da capacidade auditiva, alterações neurais em vias auditivas que reduzem a tolerância ao nível de som, como se observou nos adolescentes participantes do estudo, apontaram os pesquisadores.

O zumbido nos ouvidos e a menor tolerância a níveis de som manifestadas pelos adolescentes participantes do estudo podem ser indícios de perdas de sinapses das células ciliadas que não são detectadas em exames audiométricos”, afirmou Sanchez. “Por isso, pode parecer que não há lesão na via auditiva, mas, na verdade, a lesão é que não aparece na audiometria, dificultando o diagnóstico”, ressaltou.

Se esses adolescentes continuarem a usar frequentemente fones de ouvido e se expuserem a ambientes barulhentos até os 20, 25 anos, por exemplo, a perda de sinapses tende a continuar progredindo e eles podem ter problemas de surdez enquanto ainda são jovens, estimou Sanchez.

Dra. Tanit explica a diferença entre os modelos de fone de ouvido mais usado:

  1. Fones circumaurais: cobrem toda a orelha e, por isso, oferecem um bloqueio físico à captura dos ruídos externos. Assim, não é necessário aumentar tanto o volume. Têm a melhor qualidade de som.




  1. Fones supra-auriculares: também são grandes, mas ao invés de envolverem as orelhas, ficam sobre elas. Então, o bloqueio físico para os sons ambientes é menor.





  1. Fones auriculares: são os mais usados, pois já vêm com os smartphones. São colocados próximo à entrada do canal auditivo, mas sem vedá-lo. Não bloqueiam a entrada de sons do ambiente.




  1. Fones intra-auriculares: São os menores. Encaixam-se dentro do canal auditivo e bloqueiam a entrada de sons ambientais.





*Fotos meramente ilustrativas.


Algumas dicas para preservar a saúde auditiva, que podem ser seguidas em paralelo à orientação médica individual para cada caso:

1.    Quando for a festas, shows ou bares ruidosos, não tenha vergonha de usar protetores de ouvido e faça intervalos periódicos (a cada 1 hora, saia 5 a 10 minutos). Com fones de ouvido, evite ultrapassar a metade da potência do seu aparelho ou usar mais que 2 horas seguidas. Isso faz MUITA diferença para a segurança dos seus ouvidos!


2. Alimente-se bem, de 4 a 6 vezes por dia, sem “pular refeição”. Evite excesso de cafeína, doces, álcool e nicotina.


3. Diminua o tempo de contato do celular com o ouvido, use mais o viva-voz ou fone e troque algumas ligações por mensagem de texto.


4. Estimule seus ouvidos com baixo volume de música suave ou outros sons agradáveis.


5. Evite auto-medicação, pois certos medicamentos podem causar zumbido.


6. Incorpore mais atividades de prazer na sua vida: atividade física, passeios, relacionamentos saudáveis, cinema etc. Momentos de felicidade ajudam a restaurar nossos os órgãos, inclusive os ouvidos.


7. Alivie seu estresse com atividades relaxantes, como yoga, meditação, Tai-Chi, Chi-Cong etc.


8. Informe-se! Acesse as palestras gratuitas do Grupo de Apoio Nacional a Pessoas com Zumbido (GANZ) na TV Zumbido (www.tvzumbido.com.br).





Profa.  Dra. Tanit Ganz Sanchez – Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, Fundadora e Diretora do Instituto Ganz Sanchez, criadora da Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido (Novembro Laranja), do Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido, da TV Zumbido e do curso online ABC...z do Zumbido. Assumiu a missão de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.  É especialista em Zumbido, Hiperacusia, Misofonia e Distúrbios do Sono.

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