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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Teste genético evita quimioterapia desnecessária


 Pelo menos 70% das mulheres com câncer de mama em estágio inicial puderam realizar outros tratamentos


Pesquisadores membros da Sociedade Brasileira de Mastologia comprovaram através de um estudo com 111 mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Pérola Byington, em São Paulo, que em muitos casos as pacientes são tratadas com quimioterapia sem necessidade. A constatação foi comprovada após realização do teste genético Oncotype DX, que mostrou que 69,7% mulheres com câncer de mama em estágio inicial (diagnosticadas com tumores de até 1 cm) não precisariam da indicação de quimioterapia e puderam recorrer a outros tratamentos.

De acordo com o mastologista André Mattar, coordenador da pesquisa, os resultados mostraram que a recomendação médica inicial de prescrever quimioterapia para todas as mulheres diagnosticadas com tumores iniciais poderá ser repensada. “A indicação é feita hoje para todas por conta da dificuldade de prever se o câncer irá evoluir ou não de forma agressiva. A estratégia agora é indicar tratamento mais individualizado, dependendo de cada caso, e não generalizado”, explica.

O médico conta que antes do teste genético, 109 mulheres tinham critérios clínicos para a quimioterapia. Após o exame, apenas 33 foram recomendadas e as demais receberam indicação de hormonioterapia, um tratamento menos agressivo, e radioterapia, quando necessário. “Ao detalhar o risco de agressividade do tumor de mama, o teste genético possibilitou uma previsão sobre a resposta do câncer aos tratamentos disponíveis e uma decisão terapêutica mais adequada para cada caso. E quanto mais precoce, mais chance de ser curável”, afirma ele.

Além de gerar uma economia para o governo, evitar que as pacientes façam quimioterapia significa poupá-las de efeitos colaterais devastadores como fadiga, náuseas e perda de cabelo. “Há outros custos indiretos como tempo de deslocamento até o hospital, internações, falta ao trabalho e possíveis sequelas do tratamento”, completa.

Outro entrave é o custo elevado do teste genético, que é de R$ 13 mil cada um, não está disponível no SUS e apenas algumas operadoras de saúde cobrem. “É preciso que estudos econômicos sejam feitos para mostrar a relação de custo e efetividade para que o governo avalie e possa pagar pelo teste”, diz Mattar. O estudo contou também com a parceria do grupo Fleury. 


Riscos e benefícios do coletor e da calcinha menstrual


Alternativas modernas aos tradicionais absorventes ganham cada vez mais adeptas no país


Mulher é bicho esquisito, todo mês sangra, já dizia Rita Lee. Quando o assunto é menstruação, muita coisa mudou desde o tempo de nossas avós. Cada vez mais empoderadas, as mulheres vêm buscando alternativas práticas e mais higiênicas para enfrentar o período menstrual. O uso dos tradicionais absorventes tem sido criticado pelas novas gerações por causa do desconforto e dos imprevistos que podem ocasionar; e até mesmo pelo impacto que causam no meio ambiente.

Alternativas mais modernas, os coletores e as calcinhas menstruais vêm ganhando adeptas no país. Muitas, no entanto, ainda têm dúvidas se esses apetrechos trazem riscos à saúde íntima.

O coletor menstrual, também chamado de "copinho", tem formato de cálice e é usado para coletar o sangue menstrual. É ajustável ao corpo, hipoalergênico e, sobretudo, econômico. Custa entre R$ 70,00 e R$ 150, 00, mas é reutilizável, podendo durar de cinco a dez anos, se for bem conservado. A vantagem principal, no entanto, é que diferentemente dos absorventes tradicionais, que têm que ser trocados em intervalos de poucas horas, os coletores feitos de silicone só precisam ser retirados, esvaziados e lavados de cada 6 a 12 horas, dependendo da intensidade do fluxo menstrual. 

"As mulheres que desejam experimentar o coletor menstrual precisam antes saber que ele é colocado na entrada da vagina e, por isso, pode causar um certo desconforto nas primeiras vezes de uso. E embora ofereça baixo risco de infecções, é fundamental que elas tenham preocupação com a higiene. É preciso limpá-lo bem antes de reutilizá-lo para que o canal vaginal não seja infectado por bactérias", alerta a ginecologista Juliana Pierobon, da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista. 

Manter o coletor limpo é simples. Basta lavá-lo com água e sabão durante o período menstrual e, depois, fervê-lo e guardá-lo para ser usado no mês seguinte. Não há mau cheiro. Como o sangue não entra em contato com o ar, o coletor também não tem o mau odor dos absorventes usados. 

"As marcas disponíveis no mercado oferecem dois tamanhos de coletores, um para mulheres que não tiveram filhos e outro para as que são mães. Quem ainda não teve relações sexuais precisa avaliar se vale a pena usar, já que o hímen pode se romper na hora de introduzir ou retirar o copinho. Mulheres que tiveram filhos há menos de 40 dias também devem evitar usá-lo principalmente pelo risco de infecção" orienta a médica.

Outra novidade é a calcinha menstrual, que possui tecido antimicrobiano com bloqueador de odores e alta capacidade de absorção. Pode ser usada por até 12 horas, inclusive durante os exercícios em academias.  "A calcinha menstrual é como a tradicional que conhecemos. A única diferença é que, além de lingerie, ela absorve todo o fluxo menstrual. Como é preciso trocá-la todos os dias, são necessárias pelo menos três calcinhas desse tipo para os dias do ciclo. E é preciso lavá-las com cuidado assim que retiradas, para que sejam reutilizadas. Limpeza é fundamental", enfatiza a Dra. Juliana.

Os preços das calcinhas mestruais variam de R$ 75 a R$ 95. Quem já usou, aprovou. Dizem que ela é ainda mais prática do que o coletor. Não vaza, não deixa a mulher úmida e, em geral, é confortável e bem acabada, mas isso varia de acordo com a marca, já que existem algumas à venda pela Internet. Todas têm forro preto para evitar possíveis manchas e o tecido absorvente que "recheia" o fundo é grosso, mas macio. O maior problema está na hora da lavagem. Evite lavar no box por causa da grande quantidade de sangue que sai. Prefira o tanque. Na Internet, as mulheres também podem comprar até mesmo biquíni e maiô menstrual.  

Para a ginecologista da Clínica Altacasa, cada mulher precisa encontrar a melhor opção para substituir o uso de absorventes internos ou os de plástico, se realmente não deseja mais utilizá-los.  Para isso, procure saber quais as vantagens e desvantagens dos coletores e calcinhas menstruais, antes de comprá-los. 


Coletor Menstrual

Vantagens:

* Preço:  Mesmo que sejam mais caros inicialmente – custam entre R$70,00 e R$150,00, dependendo da marca – a longo prazo é mais econômico, já que elimina a necessidade da mulher comprar absorventes mensalmente. Pode durar até dez anos.

Autonomia: Diferentemente dos absorventes, que devem ser trocados em intervalos de poucas horas, os coletores menstruais só precisam ser retirados, esvaziados e lavados aproximadamente a cada 12 horas – mas essa recomendação varia de acordo com o fabricante e de acordo com o fluxo menstrual.

* Conforto: Para muitas mulheres, que tem pouco fluxo menstrual, os coletores são particularmente úteis. Os absorventes tradicionais podem ressecar a vagina e irritar a virilha, causando desconforto. O copinho, não.

* Sustentabilidade: Como é reutilizável, o coletor acaba com a necessidade de embalagens plásticas, caixas e aplicadores. Além disso, não produz resíduo, nem mesmo plástico.


Desvantagens:

* Adaptação: Pode levar alguns meses para que a mulher se adapte a colocar e retirar o coletor, e deixe de sentir incômodo com o cabo de silicone que fica fora do canal vaginal.

* Tamanho: É preciso ficar atenta ao tamanho adequado. Há dois tamanhos e a escolha depende de fatores como altura do colo do útero e fluxo menstrual. Em alguns casos, também é necessário usar, além do coletor, um absorvente fino, para evitar vazamentos.

* Contato com o sangue: Para algumas usuárias, o uso do coletor é um desafio porque aumenta o contato e a visualização com o sangue menstrual. É preciso retirar e esvaziar o copo a cada 12 horas, afinal.

* Higienização: Como é preciso lavar o coletor depois de esvaziá-lo, é preciso ter acesso a um banheiro privado onde isso possa ser feito com privacidade. Já o absorvente comum pode ser descartado com mais facilidade.


Calcinha menstrual

Vantagens:

Sustentabilidade e conforto: As mulheres que usam não costumam sentir diferença entre as calcinhas menstruais e as calcinhas tradicionais.  A calcinha menstrual é reutilizável, possui tecido com bloqueador de odores e, ao contrário dos absorventes de plástico, tem alta capacidade de absorção.

Durabilidade: Pode ser usada por aproximadamente dois anos. Se colocarmos na ponta do lápis, o valor que você gastaria em absorventes descartáveis nesse período é bem maior.

Segurança : A calcinha menstrual possui diversas camadas, é super absorvente e não deixa vazar o sangue, se usado o modelo correto, já que há modelos diferentes para cada tipo de fluxo: leve, moderado e intenso. 

Antialérgicas : O tecidos da calcinha é hipoalergênico, ou seja, não é agressivo à pele.

* É recomendado que a usuária possua três modelos diferentes de calcinhas menstruais, optando por cada um de acordo com o dia do ciclo (menor ou mais fluxo) e o período de uso em determinado dia (se ficar mais tempo fora de casa, use uma de fluxo mais intenso).


Desvantagens:

Qualidade do produto: Como ainda não existe uma fiscalização rígida no país em relação ao uso de materiais para confecção dessas calcinhas, muitas brasileiras ainda encontram calcinhas menstruais ruins no mercado, ao contrário do que ocorre em países como EUA e Alemanha, onde o uso já é comum.

* Tamanho: Muitas mulheres custam a achar o tamanho correto da calcinha menstrual, na compra pela Internet, já que elas precisam ficar bem ajustadas ao corpo mas nem tão apertadas a ponto de incomodar. 


5 exemplos de doenças psicossomáticas mais comuns


Quem nunca sentiu uma dor específica ou um mal-estar e, ao ir ao médico e fazer os exames solicitados, descobriu que o problema tinha origem emocional? Atualmente, a relação entre doenças físicas e emocionais é bastante comum. Aquilo que antigamente ganhava o nome de “histeria”, nos dias atuais, nós chamamos de “estados conversivos”, nos quais o paciente sente dores, desmaios, parestesias ou outros sintomas, sem que nenhum exame laboratorial ou de imagem corrobore a organicidade dos mesmos.

Segundo Alexandre Pedro, Psicanalista pela Sociedade Internacional de Psicanálise de São Paulo e Master Practitioner de PNL filiado ao NLP Academy, os problemas emocionais geram excesso da descarga de adrenalina causada por uma disfunção nos neurotransmissores, ocasionando uma psicossomatização, ou seja, os efeitos psíquicos se refletem na parte fisiológica do organismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a mente doente pode desenvolver enfermidades graves como câncer ou infarto. Segundo a organização, cerca de 60% dos pacientes que procuram ajuda médica sofrem de sintomas gerados pela somatização. 


Mas o que são doenças psicossomáticas?

Elas apresentam sintomas físicos, mas não têm origem ou causa identificada em exames. Estar sob forte pressão no trabalho, ter passado por um rompimento amoroso abrupto, pela perda de um ente querido ou estar com problemas financeiros, são exemplos de situações que podem levar o indivíduo a uma condição de estresse, ansiedade e tristeza tão grave que o seu estado mental transcende e acaba afetando o emocional. Assim, tudo que a pessoa sente na mente e em seu coração acaba se manifestando fisicamente, causando mal-estar e dores pelo corpo. Isso é a somatização, quando alguém absorve no corpo os seus desequilíbrios emocionais e mentais.


5 exemplos de doenças psicossomáticas mais comuns

- Resfriados frequentes: Quando os episódios acontecem com frequência é sinal de que há algo de errado. Se os exames médicos não encontram uma explicação lógica para essa imunidade sempre baixa e você está passando por dificuldades, a somatização pode ser a resposta.

- Herpes: O vírus é transmitido através do contato com uma pessoa infectada. Entretanto, ele se manifesta em ocasiões de baixa imunidade. Ter episódios constantes de herpes, em especial, a labial, indica que o indivíduo apresenta alguma desordem no organismo. As feridas podem surgir em momentos de muito estresse. Os sintomas são surgimento de feridas ao redor da boca ou na região genital, com fortes dores e sensação de queimação no local.

- Enxaquecas: A enxaqueca não é uma dor de cabeça convencional, podendo durar algumas horas ou até dias. Alguns casos são incapacitantes, ou seja, a pessoa não consegue realizar atividades rotineiras. Estudos científicos apontam que o principal gatilho para o episódio de enxaqueca é o estresse. Por isso, ela também é considerada uma doença psicossomática. Os sintomas são dor intensa e localizada em um ponto da cabeça, náuseas e falta de concentração.

- Alergia nervosa: Talvez você nunca tenha ouvido falar, mas existe um tipo de alergia de fundo nervoso, em que o indivíduo apresenta erupções na pele desencadeadas por um forte processo de estresse. Uma crise, se não for tratada, pode acarretar em um choque anafilático. Os sintomas são surgimento de erupções na pele, coceira, vermelhidão no local e irritabilidade.

- Diarreia: Em algumas pessoas, episódios de diarreia são decorrentes de forte estresse. Quando a diarreia se mostra constante e não há uma explicação física, como a Síndrome do Intestino Irritável, é bem possível que se configure como um caso de doença psicossomática. Os sintomas são dores abdominais, fezes extremamente líquidas e episódios constantes e frequentes de emergência para ir ao banheiro.

De acordo com o psicanalista Alexandre Pedro, a psicoterapia, às vezes associada à medicação, é a melhor forma de evitar ou diminuir essas reações. “A junção destas duas formas de tratamento é sempre o mais indicado para os transtornos mentais atuais, sejam eles transtornos de humor, como a depressão ou de ansiedade, sejam eles transtornos bipolares, esquizofrênicos, ou mesmo de personalidade, como de borderline. Em casos mais graves, como uma depressão severa, o emocional pode levar o paciente ao suicídio. Daí a importância de procurar ajuda de um profissional de saúde mental, ao menor sinal de que algo não vai bem”, reforça Alexandre Pedro. 


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