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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Para economizar tempo e dinheiro, alunos trocam cursinho por estudo on-line

Curso gratuito, em duas etapas, é ferramenta alternativa para estudantes de todo o país


Em 2017, um curso pré-vestibular em São Paulo chegou a custar até R$ 30 mil reais por ano. O alto investimento, aliado à falta de tempo, explica a razão de muitos alunos começarem a estudar por conta própria. E para quem quer estar bem preparado, o prazo é curto. Neste ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) acontecerá em dois dias de prova: nos dias 4 e 11 de novembro.

Foi pensando em facilitar a vida dos estudantes que o Centro Universitário Internacional Uninter promove gratuitamente o Pré-Enem a distância. O curso é disponibilizado em duas etapas e possibilita ao aluno estudar no ritmo que quiser e onde estiver.

Na fase 1, o curso é 100% on-line, com um módulo completo que permite ao aluno estudar com antecedência. Além de ter acesso às disciplinas contempladas na prova, bem como conteúdos cobrados nas edições anteriores, os estudantes contam com aulões de reforço, tutoria on-line e até simulados comentados.

Já a fase 2 consiste em aulas ao vivo em qualquer um dos mais de 700 polos de apoio presenciais espalhados por todo o país, por meio de um curso intensivo para quem busca uma revisão próxima da data da prova.

“É importante que os alunos estejam habituados à linguagem e ao estilo da prova. No Pré-Enem Uninter, reunimos um material completo, com conteúdo diferenciado, aliado a profissionais especializados para esclarecer todas as dúvidas dos estudantes antes da prova”, explica Dinamara Machado, diretora da Escola Superior de Educação da Uninter.

As informações completas e inscrições estão disponíveis no site https://www.uninter.com/enem/.


Psicopedagoga alerta sobre disgnósticos errados


A psicopedagoga Lidiane Leite alerta que muitas vezes as crianças recebem diagnóstico de um transtorno , entretanto, muitas vezes são crianças que não foram estimuladas e desenvolvidas.

A alfabetização atinge 85% da população mundial, de acordo com dados da ONU. Sendo que 3 em cada 10 brasileiros são considerados analfabetos funcionais. E para que essa realidade mude, as crianças devem na primeira infância, desenvolver a memória, atenção, a lateralidade e a motricidade. Sem ter essas habilidades desenvolvidas será muito difícil a criança ler, escrever e interpretar corretamente, diz a psicopedagoga Lidiane Leite.

De acordo com Lidiane Leite algumas atitudes dos pais durante a infância vão refletir no processo de alfabetização. "Uma criança que aprende a andar sem ter engatinhado provavelmente vai ter problemas para escrever pois não trabalhou corretamente o tônus, a postura e a equilíbrio. No engatinhar a criança esta desenvolvendo o movimento do punho que é primordial na hora de escrever."

Segundo a psicopedagoga Lidiane Leite desenvolvimento não tem salto. "Todas as etapas devem ser desenvolvidas. Muitos pais cortam o bico da mamadeira para facilitar e agilizar o processo. Está simples atitude prejudica muito o desenvolvimento da criança, pois o tamanho do furo tem um motivo, a criança precisa sugar e não engolir o conteúdo. O movimento de sugar e mastigar é importante no desenvolvimento da fala."

Lidiane Leite afirma que crianças que não têm rotina e que não conseguem dormir, terão problemas na alfabetização. "Crianças que tiveram problemas durante a sua gestação ou no parto, crianças que possuem um ambiente perturbador ou que os pais estão se divorciando, encaminho para uma psicóloga. Pois muitas dessas crianças estão sofrendo, silenciosamente, não conseguem dormir direito e portanto vão ter problemas de memorizar as informações e de ter atenção na hora de estudar. Dependendo do trauma ou do medo pode até gerar uma gagueira."

A psicopedagoga Lidiane Leite recomenda a todos os pais que façam check-up infantil. "Muitos pais me procuram imaginando que seus filhos têm algum transtorno ou síndrome, porém, na maioria das vezes, o que ocorre é a falta de desenvolvimentos de algumas habilidades, ou não escutam direito, ou não enxergam bem ou ainda não foram alfabetizados corretamente e passaram de ano. Sugiro marcarem uma consulta com uma fonoaudióloga, com um oftalmologista e um psicomotricista para avaliar os processos auditivos, visuais e as bases psicomotoras da criança."

Lidiane Leite alerta que é preciso ter muita cautela e cuidado para determinar algum diagnóstico. "É preciso investigar, avaliar todas as possibilidades antes de concluir que a criança tenha alguma síndrome ou transtorno. Precisamos ter a certeza de que a criança possui todas as funções e habilidades desenvolvidas para ler e escrever."
A especialista finaliza dizendo que é muito diferente a criança não executar por ter um problema, da que ainda não aprendeu a fazer.






PSICOPEDAGOGA LIDIANE LEITE - Jornalista, pedagoga, pós-graduada em Psicopedagogia e atualmente cursando neuropsicopedagogia. Possui vários cursos de aperfeiçoamento na área da Educação e da Psicologia. Ministra palestras sobre educação e comportamento infantil.


Problemas de coordenação motora afetam até 10% das crianças


Atrasos ou déficits motores podem ser sinais do Transtorno da Coordenação Motora

Já ouviu falar em criança desajeitada? Alguns pequenos podem apresentar dificuldades na parte motora durante o desenvolvimento, que por desconhecimento dos pais, podem passar despercebidas. Em alguns casos, essas crianças são consideradas desastradas ou desajeitadas.

Entretanto, quando a criança apresenta alguma dificuldade para realizar tarefas simples, como amarrar o tênis, fechar botões, apontar ou segurar um lápis, escrever seguindo a linha do caderno, recortar, segurar o garfo para comer sem derrubar a comida e participar de jogos e brincadeiras que exigem as funções motoras, é preciso avaliar se há algum tipo de atraso ou déficit no desenvolvimento na coordenação motora.

Segundo a terapeuta ocupacional Márcia Strabeli, alterações da coordenação motora estão associadas a diversos distúrbios do sistema nervoso central. Assim, crianças com paralisia cerebral, síndromes genéticas e deficiência intelectual, por exemplo, podem apresentar essas alterações que são conhecidas e esperadas. “Entretanto, quando não há nenhuma causa aparente para o déficit motor, ou seja, nenhuma condição que explique o problema, o ideal é consultar um especialista para uma avaliação”.

“A avaliação de um especialista poderá indicar se o déficit está ligado ao Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). A condição se aplica quando na ausência de transtornos físicos ou neurológicos, há um desempenho abaixo do esperado para a idade e nível cognitivo da criança nas atividades que exigem coordenação motora”, explica a terapeuta.
 


Não existe criança desajeitada

 
“A falta de jeito é um sinal bem característico do TDC, assim como uma coordenação motora abaixo do esperado para a idade. Problemas de ritmo, tensão corporal e excesso da atividade muscular durante a execução de tarefas motoras são outros sinais importantes. É interessante observar que quando os pais contam a história da criança, quase sempre relatam que houve atraso nos marcos do desenvolvimento motor, como engatinhar, ficar de pé e andar”, comenta a fisioterapeuta Walkiria Brunetti.

Walkíria diz ainda que é comum que essas crianças tenham menos interesse por esportes ou ainda por brincadeiras que exigem coordenação motora grossa ou fina mais desenvolvida. “Como são crianças com habilidades motoras restritas, em alguns casos podem até ser excluídas das brincadeiras pelos colegas, o que também afeta a interação social e o desenvolvimento emocional, podendo levar à ansiedade, baixa autoestima e depressão”.
 


Funções motoras e aprendizado

 
Segundo estudos, o TDC afeta entre 6 a 10% das crianças em idade escolar, portanto é um problema frequente na infância, que pode ter grande impacto no desempenho escolar e nas relações sociais. Entre as causas, alguns estudos apontam que problemas na gravidez, parto, prematuridade, baixo peso no nascimento e fatores ambientais podem estar ligados ao déficit motor.

“Além disso, os problemas motores quase sempre aparecem associados a dificuldades de aprendizagem e em crianças com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)”, diz Márcia.   



Como a Terapia Ocupacional pode ajudar

 
O tratamento do TDC é multidisciplinar, ou seja, é feito por diversos profissionais, entre eles o terapeuta ocupacional. A terapia ocupacional é uma intervenção fundamental, pois ajuda os pais, professores e cuidadores a compreenderem melhor as dificuldades da criança.

“Na terapia são estabelecidas estratégias para contribuir e para compensar o déficit motor. Assim, a criança tem oportunidades de praticar e de aprender novos caminhos para executar as tarefas que exigem a coordenação motora, graças a neuroplasticidade cerebral. A criança se torna mais consciente de seus pontos fortes e podemos trabalhar de forma positiva para que ela vença suas dificuldades”, ressalta Márcia.

“O objetivo final do tratamento é que a criança ganhe autonomia, aprenda a executar as tarefas escolares e as atividades da vida diária, como comer sozinha, vestir-se e, claro, participar das brincadeiras e esportes visando sua inclusão social. Em geral, a terapia ocupacional é realizada em conjunto com a fisioterapia, que irá trabalhar também as questões musculares envolvidas na coordenação motora”, comenta Walkíria.

Portanto, o alerta para os pais é prestar atenção aos marcos do desenvolvimento para entender o que é esperado para cada fase da vida da criança. Embora o diagnóstico do TDC só pode ser feito na idade escolar, ou seja, depois dos 6 anos, é possível intervir de forma mais precoce para aproveitar a neuroplasticidade que é mais intensa nos primeiros anos de vida.


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