Pesquisar no Blog

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Problemas de autoestima e com o peso estão entre as principais causas de ansiedade


 Nova pesquisa aponta que 8 em cada 10 internautas sofrem com a condição


Nos últimos anos, a ansiedade tem se tornado um dos principais problemas para a saúde pública. Esse cenário é reforçado com os resultados de uma pesquisa recente realizada pelo portal de saúde Minha Vida com sua base de leitores, a Life Insights: Ansiedade. De acordo com o levantamento, estar fora do peso ideal, ter contas a pagar e problemas com dinheiro em geral são os três principais motivos para sentimentos negativos ao longo do dia.

Para a pauta, oferecemos entrevistas com a psicóloga Adriana de Araújo e o psiquiatra Ivan Braun, que podem explicar como essas preocupações se relacionam com as queixas relacionadas à ansiedade e como outros ritmos de vida podem influenciar positivamente na qualidade de vida de cada pessoa.
Além disso, o coordenador de pesquisas do Minha Vida, Rafael Duarte, pode indicar os principais dados sobre ansiedade apontados em uma pesquisa realizada em maio deste ano.


Veja abaixo os novos dados sobre ansiedade no Brasil:
  • De acordo com a pesquisa Life Insights: Ansiedade, realizada pelo portal Minha Vida, 85% dos entrevistados afirmaram sofrer com a ansiedade regularmente, sendo comum para ambos os sexos e todas as faixas etárias. Porém, é mais frequente entre as mulheres (86% das mulheres sofrem com o problema, contra 73% dos homens).
  • As preocupações que causam maior ansiedade entre os respondentes são diferentes de acordo com o gênero. Para as mulheres, estar fora do peso ideal, ter afazeres domésticos e a ver a desorganização da casa são as maiores preocupações. Já contar a pagar, falta de dinheiro e trabalho são as maiores preocupações entre os homens.
  • Metade dos brasileiros têm dificuldade para dormir. O sono é uma das características mais afetadas em pessoas com transtornos de ansiedade que não fazem acompanhamento médico e tratamento adequado.
  • Momentos de tristeza e estresse não são tratados como sinais de doença pelos brasileiros. A maioria dos respondentes da pesquisa se acalmam com atividades comuns, como escutar música (38,3%) e assistir à TV (35,7%) também se mostrou uma forma de escapar da tensão.
  • 41% dos brasileiros afirma não estar feliz com sua vida atualmente, um dado preocupante, que pode sinalizar o impacto da ansiedade na qualidade de vida. O nível de infelicidade declarada é maior para mulheres do que para homens e chaga ao seu máximo para a faixa etária de 35 a 44 anos (em que 45,2% declararam estar infelizes atualmente).
  • As pesquisas anuais Life Insights: Health Report indicam que a ansiedade lidera, nas últimas cinco edições, o ranking de problemas de saúde mais frequentes entre os leitores do portal.
  • Em sua primeira edição, a pesquisa Life Insights: Ansiedade obteve 977 respostas válidas, com participação de 1.278 leitores do portal, de diferentes classes sociais, faixas etárias e sexos. O levantamento foi realizado em maio de 2018.
  • O Minha Vida é o maior portal de saúde e bem-estar do Brasil, com mais de 19 milhões de visitantes todos os meses. Por isso, realiza diversas pesquisas com seus leitores, com o objetivo de entender a fundo os seus hábitos e preferências, bem como a identificar tendências de mercado dos segmentos em que atua: saúde, alimentação e autocuidado e beleza. As pesquisas são realizadas com uma base de aproximadamente 4 milhões de leitores cadastrados.





Life Insights
pesquisa@minhavida.com.br


Minha Vida
www.minhavida.com.br/corporativo/quem-somos

Você sabe qual é sua verdadeira escolha?


 Neste Texto Adan e Lara te convidam a mergulhar para dentro de si mesmo e repensar algumas escolhas.


Eu tenho um quarto que eu protejo. Um “lugar” em minha mente de onde tenho medo de sair. Mantenho a porta fechada para me sentir seguro.

Parece que tem um senhor que mora comigo. A todo instante ele bate à porta, toca a campainha incessantemente até que eu abra a porta e o convide para entrar. Se ele insiste tanto para entrar, deve ser porque tenho que deixá-lo entrar. É como se ele me trouxesse as respostas para me sentir bem, estando sozinha neste casarão. Nem sempre dá certo, quase nunca na verdade, mas ele realmente conhece minha solidão.

Porém, assim que faço o favor de deixá-lo entrar, ele me exige um banquete para matar sua fome e me sinto obrigada a servi-lo. Às vezes, ele deixa eu comer o resto da comida, às vezes tenho que me esforçar e me sacrificar para merecê-la.

Eu não faço ideia de porque estou neste quarto, não tenho noção de quem sou. A única coisa de que me lembro é que este senhor me dá de comer e, assim, sigo existindo.

Até que eu canso de existir sem saber quem sou e o que faço aqui. Então, cansada e rendida a não querer mais existir e disposta a dizer ao senhor que não mais o servirei, eu abro a porta e me surpreendo com o que vejo. Por trás do senhor Barulhento havia outro senhor que não falava, que somente me mirava com um leve sorriso.

De repente, me dou conta de que ele sempre esteve ali, mas nunca senti vontade de convidá-lo porque sempre tive a certeza de que deveria convidar o senhor Falastrão que toda vez queria entrar, e que de alguma maneira me ressoava desde ali.

Neste instante, o olhar deste outro senhor Silencioso me pareceu tão familiar. E, enquanto mirava diretamente em seus olhos, fui tão profundamente em seu silêncio, que o barulho do velho senhor parecia que estava tão longe, tão longe que mal compreendia o que dizia.

Vagarosamente, saí da frente da porta e imediatamente o senhor Silencioso deu seus passos para entrar. Não precisei dizer uma palavra para que soubesse que havia aberto o espaço para que ele passasse. De alguma maneira ele sabia o que eu queria, o que eu necessitava.

Ele deixou a porta aberta, não fechou como o outro senhor sempre faz. Sempre acreditei que havia algo a temer lá fora, exatamente por manter a porta fechada. Este “novo” senhor estava me ensinando que não havia nada de que ter medo. E o mais incrível é que começou a me ensinar isso sem dizer uma palavra, sem fazer um barulho.

Aquilo tudo era muito estranho para mim. Fiquei meio sem saber o que fazer porque parecia que eu não tinha que fazer nada e isso, surpreendentemente, me incomodava. Quantas vezes eu estive cansada e pedi para o outro senhor para ficar quieta e em paz, mas ele sempre dizia que eu tinha que fazer por merecer.

Que confusão no meu quarto!

Neste quarto que sempre protegi para me sentir segura. Mas que, agora, este senhor me mostrava que este quarto era mesmo uma Antessala de um casarão fechado, antigo e ultrapassado, e que só existia porque eu jamais saí da antessala.

Aí então, eu me perguntei porque eu nunca fui olhar para depois da antessala, mais adentro do casarão?

E com a presença daquele Silencioso senhor, me dei conta de que aquele outro senhor Falastrão estava constantemente me distraindo com seu barulho, me ocupando com suas ideias e afazeres. O espaço estava preenchido todo o tempo por aquele monte de palavras e imagens que se apresentavam como uma ressonância passada, que dialogava diretamente com este alguém solitário, fugindo da dor e em busca de prazer. Tive que assumir que eu por mim mesma sou uma completa insatisfeita. Uma eterna incompleta. Já comecei a achar graça, por que como eu poderia ser eterna e incompleta ao mesmo tempo?

Entretanto, o mais impressionante é que tudo isso somente estava ali porque eu acreditava que era assim. Pois naquele momento, naquele som do silêncio, podia presenciar uma “nova” maneira de ver, de perceber a mim mesmo e a tudo a minha volta.

Isso me assustava! Foi quando perguntei ao Silencioso senhor:

- Por que você nunca entrou antes aqui?

Ele olhou com aquele sorriso pacifico e amorosamente estranho para mim, que me fazia sentir “em casa” ao mesmo tempo, e disse:

- Por que a porta estava fechada.

Pensei comigo que eu sempre abri a porta. E o que, de fato, ele queria dizer com isso?

Foi então, que me dei conta de que eu era o anfitrião. A todo momento.... Eu fazia o convite. Eu assinava o acordo de quem ia entrar ali.

Neste momento, senti tanta vergonha que tive vontade de desaparecer. E,imediatamente, comecei a ouvir o barulho do antigo convidado se aproximando de novo. Foi quando pedi ajuda ao meu novo convidado Silencioso, pois eu não queria mais aquele antigo, porém não sabia como calá-lo. Foi quando o senhor do silêncio me disse:

- A vergonha que sentes é porque acreditavas que algo ou alguém estava fazendo isso contigo e que era uma vítima. Agora, sabes que és responsável por quem convida para entrar, responsável pelo que experimenta. É você quem toma a decisão.

- Ok. – Eu disse – Mas não entendo porque eu estive fazendo isso comigo. Me auto castigando? Sou louca?

- Sim, isso é uma insanidade. Mas o melhor dela é que é uma ilusão. – Disse ele.

- Ilusão?

- Você acredita que está sozinha, não lembra de sua fonte, de seu Criador. Você realmente crê que se separou dele, você se sente culpado por isso e se aprisionou no medo, na morte, na separação e na dor de um sonho que já acabou. Só estou aqui para te lembrar disso e para rirmos juntos.

- Estou sonhando? – Eu disse um tanto assustada.

- Isso não é para você acreditar ou compreender, e sim vivenciar e ver por si mesmo.

- E como saio disso, meu Deus? Ou, seja lá quem for o Senhor.

- Me convide constantemente para entrar e percorrer esse casarão de culpa contigo. – Disse ele - Só isso.

Só isso? Como podia alguém, até então estranho para mim, me passar tanta confiança a ponto de eu encontrar total obviedade em suas palavras, tamanha honestidade em seus olhos e plena leveza em seu sorriso?

O que mais eu poderia fazer? Em um tiro no escuro de absoluta certeza, eu disse:

- A porta está aberta.





Imagem Divulgação


Adan e Lara - São guias de AutoReconhecimento que levam sua experiência do despertar espiritual a diversos países. Adan e Lara sempre foram buscadores de uma conexão direta com a “Fonte”. Desde pequenos, perceberam que havia algo de errado no funcionamento do mundo e já entendiam que não adiantava querer ou fazer nada que pudesse mudá-lo. Então, compreenderam que a única mudança estava dentro deles, para a qual era necessária uma nova percepção, que só seria possível quando soubessem quem realmente são.


A neuroimagem como alternativa ao tratamento do Transtorno de Personalidade Borderline


Instabilidade emocional, desregulação afetiva excessiva, sentimentos intensos e polarizados - do tipo "tudo ótimo e tudo péssimo" ou "eu te adoro e eu te odeio" -, angústia, abandono... A oscilação dos sentimentos são constantes e acontecem diversas vezes ao dia, às vezes, no intervalo de uma hora.

Tais características são típicas de quem sofre do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), doença que afeta aproximadamente 6% da população mundial. No Brasil, estima-se que haja 3 milhões de pessoas com esse distúrbio. Dentre as principais consequências do paciente border estão a automutilação, o uso de drogas e álcool e tentativas sucessivas de suicídio, sendo que até 10% deles chegam a se matar.

Infelizmente, há pouco material publicado sobre o TPB no Brasil, sendo uma das áreas de pesquisa em psicologia e psiquiatria com maior escassez de publicações científicas. Outro agravante é que, geralmente, a doença é diagnosticada de forma errada, como bipolaridade, resultando em medicação e tratamento ineficientes. Entre os pacientes com alguma forma de transtorno da personalidade, 33% dos ambulatoriais e 63% dos internados parecem preencher critérios para o TPB.

Uma das saídas para diagnosticar com mais assertividade a doença é por meio da neuroimagem. Exames como a tomografia e a ressonância magnética são capazes de reproduzir as propriedades do encéfalo, ajudando a medir ondas cerebrais que nos dão orientações a respeito da atividade elétrica de diferentes partes do encéfalo durante diversos estados comportamentais. Estudos de neuroimagem no TPB encontraram alterações (quando comparados a indivíduos sem o transtorno) nas áreas cerebrais associadas à cognição, afeto, regulação da emoção e impulsividade.

O neurocientista Anthony Ruocco, pesquisador da Universidade de Toronto (Canadá), integra a linha de pesquisadores que buscam compreender a personalidade limítrofe, por meio da neurociência. No retrato mais completo até agora do cérebro borderline, ele compilou 11 estudos de imagem, concluindo que o paciente com TPB, além do acompanhamento psicológico e psiquiátrico, necessita também de tratamento neurológico.

As imagens indicam que eles percebem as experiências negativas de forma aumentada, o que pode explicar, por exemplo, as crises de fúria por motivos aparentemente banais, ao mesmo tempo em que o centro de regulação emocional trabalha em ritmo lento, dificultando o autocontrole.

A conclusão é que os detalhes trazidos por esses estudos de neuroimagem podem ajudar a desenvolver tratamentos cada vez mais eficazes e a cuidar melhor dos pacientes.






Beatriz Moura - formada em Psicologia pelo Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação (IBMR) e especialista em Transtorno de Personalidade Borderline


Posts mais acessados