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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Dia Nacional dos Surdos: entenda como a perda auditiva afeta os idosos




Um estudo da Revista The Lancet apontou que esta é a primeira causa de demência entre os adultos maiores de 65 anos


Nesta quarta-feira (26/09), é lembrado o Dia Nacional dos Surdos. A data criada em 29 de outubro de 2008 tem como principal objetivo gerar reflexão sobre os direitos e inclusão das pessoas com deficiência auditiva. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de nove milhões de brasileiros têm deficiência auditiva.

Para lembrar a data, o médico renomado Fayez Bahmad Jr, do Instituto Brasiliense de Otorrinolaringologia (Iborl) ressalta a importância do tratamento da perda auditiva em idosos. Um estudo recente da Revista The Lancet apontou que a surdez é a principal causa de demência nessa faixa etária.

O especialista alerta que depois dos 65 anos, a audição pode apresentar algum grau de diminuição, principalmente em frequências agudas/altas. Esse processo recebe o nome de presbiacusia e pode afetar tanto homens, quanto mulheres.

"Ao sinal de qualquer alteração na audição, o paciente deve procurar um médico otorrinolaringologista para iniciar o tratamento", pontua. Ele complementa que nos casos de perda auditiva leve a severa é preciso fazer uso de aparelho auditivo. Já a perda de audição neurossensorial profunda bilateral, que é causada por danos no ouvido interno ou no nervo que liga com o cérebro, pode levar à cirurgia de implante coclear.

A prevenção, segundo o especialista é a "fuga" dos ruídos intensos durante a vida ativa, e claro, o tratamento precoce, caso haja algum sintoma.

"A perda auditiva em pacientes idosos é muito prevalente e comum e deve ser tratada o quanto antes para melhor adaptação e menor prejuízo social", destaca Fayez Bahmad Jr.




Envelhecimento da população: como isso impacta o câncer


Segundo oncologista, em alguns anos a doença será a maior causa de morte. Só este ano, 9,6 milhões pessoas em todo o mundo morrerão em decorrência de algum tumor, de acordo com a OMS



De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já su
perou a marca de 30 milhões de idosos e a expectativa é que em 2031 o número de idosos ultrapasse o de crianças entre 0 e 14 anos, levando o país a ter a quinta maior população de idosos do mundo. “Provavelmente, quando isso acontecer, o câncer será a maior causa de morte em todo país e não mais as doenças cardiovasculares, como hoje”, afirma o médico Vinícius Corrêa da Conceição, oncologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia.

Há 100 anos, a principal causa de morte eram as doenças infectocontagiosas. Algumas delas quase levaram ao desaparecimento de civilizações e cidades inteiras como a peste negra, na Europa medieval, e a febre amarela, que quase tirou Campinas, município do interior de São Paulo, do mapa no final do século XIX. Já no século XX, fatores associados às mudanças no estilo de vida – como elevação do sedentarismo e dietas ricas em gorduras e frituras – as doenças cardiovasculares saltaram para o primeiro lugar nas causas de morte. “Entretanto, a medicina continuou avançando e, apesar de todo estilo de vida distorcido no qual as pessoas estão inseridas, aumentou o número de pacientes sobreviventes de algum distúrbio cardíaco ou vascular. E, nesse período, a incidência de câncer ficou mais forte”, aponta o especialista.

Segundo o médico, que é assistente da Oncologia da Unicamp, com função docente junto aos graduandos da medicina e residentes da disciplina de oncologia, a medida que vivemos mais, passamos a conviver com condições antes consideradas mais raras. “E uma delas é o câncer, uma doença causada pelo nosso próprio organismo, muitas vezes induzida por fatores externos e evitáveis, mas que certamente tem relação direta com o envelhecimento. A maioria dos tumores aparecem em idades mais avançadas e são relativamente raros em indivíduos mais jovens, com algumas exceções”, afirma.

Como o oncologista afirmou, alguns tumores têm relação direta com a idade, como por exemplo, o câncer de próstata. Sua incidência aumenta vertiginosamente após os 60 anos e, de acordo com Vinícius, pesquisas apontam que quase 100% dos homens teriam câncer de próstata se vivessem até os 150 anos. 

“Dados de biópsias realizadas em necropsias de homens que morreram de outras causas e não sabiam ter câncer, mostram que nesses homens foi encontrado câncer de próstata em até 80% deles quanto tinham mais de 75 anos no momento da morte”, conta.


Mais diagnósticos e também mais cura

O número de mortes em razão de câncer deve chegar a 9,6 milhões neste ano em todo o mundo. Já o total de novos casos deve atingir 18,1 milhões. A estimativa é de um recente estudo divulgado na primeira quinzena de setembro pela Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC), órgão vinculado à Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o estudo, um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres devem desenvolver câncer em algum momento da vida. Já as mortes decorrentes da doença devem acometer um a cada oito homens e uma a cada onze mulheres.

“O aumento da incidência de câncer se deve a diversos fatores, incluindo o crescimento e o envelhecimento da população. Hoje, são raríssimas as pessoas que não tem um caso de câncer na família ou entre conhecidos próximos. E, apesar da ascensão desta doença, também é cada vez maior o número de pacientes que encontram a cura. Os métodos diagnósticos melhoraram e, com isso, descobrimos mais pacientes com câncer, mas também fazemos o diagnóstico mais cedo. As técnicas cirúrgicas avançaram e inegavelmente surgiram melhores tratamentos como quimioterapias mais eficazes. E com o maior entendimento da biologia molecular e imunologia, as terapias alvos e imunoterapias vêm ganhando mais espaço com resultados inimagináveis há 10 anos”, afirma Vinicius. 

Segundo o oncologista, a forma mais clara de diminuir as chances de ter um câncer ao envelhecer é tomar medidas preventivas ao longo da vida. “Evitar o álcool e o cigarro, fazer atividades físicas regulares e ter uma dieta saudável, diminuindo a quantidade de gorduras, frituras e embutidos ingeridos. Somente a prevenção pode fazer com que cheguemos à terceira idade mais saudáveis e evitar um boom do câncer nas próximas décadas”, conclui.






Vinícius Correa da Conceição - oncologista graduado pela Unicamp, visiting fellow no serviço de oncologia do Instituto Português de Oncologia (IPO). Médico assistente da Oncologia da Unicamp, com função docente junto aos graduandos da medicina e residentes da disciplina de oncologia. Como membro do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, Vinícius é oncologista do Hospital Vera Cruz, no Instituto Radium de Campinas e do Hospital Santa Tereza. Membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO).


Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia, é formado por oncologistas e hematologista que fazem o atendimento oncológico humanizado e multidisciplinar no Hospital Vera Cruz, Hospital Santa Tereza e Instituto do Radium, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas. A equipe oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado pelos oncologistas: André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinicius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Adolfo Scherr, Rafael  Luiz e Fernanda Proa Ferreira.

Qual a relação entre o pênis e o coração? urologista explica

Saúde do coração está diretamente ligada à saúde sexual do homem; disfunção erétil é a condição mais temida pelos homens e atinge cerca de 10 milhões de brasileiros 



A saúde do coração está diretamente ligada à saúde do pênis, pois doenças como hipertensão, aumento do colesterol, obesidade e hábitos como consumo de tabaco e álcool, além do estresse, são fatores de risco que atingem o coração e têm impacto direto na vida sexual dos homens, podendo causar a tão temida disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência.

Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a condição é o segundo problema de saúde mais temido pelos homens, depois das doenças cardiovasculares e o infarto. A disfunção erétil é observada em 5% dos homens aos 40 anos e em até 15% dos homens aos 70.

Segundo o urologista Eduardo Bertero, “a dificuldade de ter ou manter uma ereção pode estar associada a problemas vasculares, quando não há uma boa circulação de sangue pelo corpo, mais precisamente, quando existe um fluxo sanguíneo inadequado para as artérias do pênis”. O médico afirma ainda que estresse ou maus hábitos alimentares e consumo de álcool e tabaco também podem impactar na vida sexual masculina.

A disfunção erétil afeta a qualidade de vida do homem, em relação à autoestima, e consequentemente, atinge a qualidade de vida da família, que se relaciona com o paciente. O especialista esclarece que existem opções de tratamento para a disfunção erétil como medicações via oral, injeções intracavernosas e tratamentos definitivos como a colocação de um implante.


Prótese peniana

Existem dois tipos de próteses, a maleável e a inflável. A prótese peniana maleável é composta de dois cilindros flexíveis colocados dentro do pênis. Ela cria uma ereção permanente e é posicionada para permitir a penetração e a relação sexual. São mais acessíveis, por terem cobertura dos convênios, e mais fáceis de manusear, mas podem causar constrangimentos sociais, por manter o pênis sempre ereto.

Já a prótese peniana inflável simula o mecanismo natural de funcionamento do pênis, permitindo uma ereção totalmente rígida durante a relação sexual e depois a flacidez completa. Ela é composta por dois cilindros, um reservatório preenchido por soro, que está oculto dentro do abdome,e uma bomba localizada dentro da bolsa testicular. Para obter uma ereção, o homem aperta a bomba e o soro do reservatório é transferido para o pênis, causando a ereção. Após a relação sexual, o homem aciona um dispositivo na própria bomba e o pênis volta para o estado de flacidez.



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