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terça-feira, 16 de maio de 2017

Presentear com doces ainda é uma tradição na cultura brasileira



A nutricionista Marcia Daskal e o antropólogo Raul Lody dão dicas para não errar na hora de dar um doce como presente


As comidas têm diversos significados em função dos rituais sociais em que estão inseridas e desempenham papéis simbólicos e gastronômicos. Os doces, mais especificamente, trazem correlações afetivas, sensoriais e pessoais relacionadas às mais diversas tradições e costumes. Por isso, é comumente agregado à celebração e festa, fazendo com que sejam considerados, muitas vezes, um presente.

São diversos os conceitos culturais que trazem um ideal do “que é doce” para ser oferecido como um voto de agradecimento, de homenagem e/ou de celebração. Segundo o antropólogo Raul Lody, “na Idade Média (Europa), os doces eram oferecidos para reis e a nobreza devido a sua raridade e o seu alto valor comercial. Na época, o açúcar era tão especial quanto uma joia de ouro ou uma pedra preciosa. Além desses aspectos materiais, o doce feito da cana sacarina mostra um sentido de nobreza pela sofisticação das suas receitas, estética, maneira como é servido ou ofertado, e pelo seu significado para cada tradição cultural”.

Alimentos com açúcar também recuperam memórias afetivas, ilustram e traduzem emoções, marcando ritos de passagem como batizados, aniversários, casamentos, festas sazonais, entre outros. “As pessoas tendem a se presentear com doces porque são gostosos, dão prazer (pela liberação de serotonina) e a maioria gosta. Ou seja, a chance de errar é menor”, afirma a nutricionista Marcia Daskal, da Recomendo Assessoria em Nutrição. 

Apesar da associação a momentos felizes e prazerosos, é sempre importante lembrar que o consumo de açúcar deve ser feito com moderação. “É recomendado que ao preparar os alimentos no dia a dia, o açúcar seja usado quando necessário. Antes de adoçar, experimente. Ler os ingredientes nos rótulos também ajuda a identificar se estamos consumindo açúcar e outros ingredientes sem perceber”, conta Marcia.


Os melhores doces para presentear

Apesar da preferência por determinados tipos de doces ser pessoal, os especialistas Raul Lody e Marcia Daskal dão algumas sugestões e dicas que podem compor um presente especial para servir de inspiração.

1 - “Bem-Casado”: deve ser muito bem feito e a textura, o recheio e a embalagem devem ser delicados para identificar que esse doce tem o sentido de uma joia;

2 - Arroz doce, com uma textura de um quase creme, temperado com cravo e canela – fica ainda mais bonito se servido numa linda louça de vidro;

3 - Doce de jaca em calda, que deve ser muito doce e com calda grossa;

4 - Estrudel de frutas vermelhas, servido morno, e complementado com um generoso creme chantili;

5 - Bolo de pão, que traz uma receita caseira da intimidade familiar. É feito a partir do aproveitamento de pães com adição do leite e das frutas que tiver em casa.

“Cada exemplo é especial, particular e tem um significado que traduz sentimentos que se agregam aos ingredientes. Além disso, as receitas são histórias que foram simbolizadas nessas referências de sabores e de estética”, finaliza Raul.



Dicas da Marcia Daskal para acertar na escolha!

1 - O melhor doce é o que a pessoa a ser presenteada gosta mais: assim, se ela gosta de quindim, você vai acertar mais dando um quindim do que um bolo;

2 - Aqueles que tem algum significado: se você foi em algum local específico, pode trazer doces típicos da região. Na época do natal, se dá panetone, ou Bolo de Reis. Na páscoa, o costume é presentear com chocolates;

3 - Doces feitos em casa demonstram um carinho adicional;

4 - Aquele que é a sua especialidade – se você faz um pudim magnífico, pode ter certeza que é esse o doce que a pessoa vai adorar ganhar;

5 - Receitas de família sempre fazem sucesso, mas nada impede que você adapte a receita para seu gosto pessoal para ingredientes locais ou mais “modernos”. Outra alternativa é apostar na sua imaginação.

Como presentear é um gesto emocional, os critérios, nesse caso, não são nutricionais. 

Marcia ainda dá uma última dica, não menos importante: coloque o doce em uma embalagem criativa, que valoriza o presente e indica o amor e carinho envolvidos. Forminhas alegres, marmitinhas descartáveis com barbantes coloridos, potes de vidro reciclados com tags feitas por quem vai presentear, bilhetes e carimbos ou um simples retalho de tecido podem dar uma cara toda especial ao presente, mesmo que você tenha comprado e não feito. Lembre-se que presente é um mimo. A qualidade é mais importante que a quantidade!”, finaliza.





Sobre a Campanha Doce Equilíbrio:
A Campanha Doce Equilíbrio, é uma iniciativa do setor sucroenergético e tem como objetivo promover a informação sobre o equilíbrio na alimentação e estilo de vida. Equalizando o debate sobre o açúcar como componente que pode e deve fazer parte de uma vida saudável, a campanha visa o bem-estar da sociedade. Nas plataformas de blog (http://www.campanhadoceequilibrio.com.br/), Facebook (www.facebook.com/campanhadoceequilibrio) e Instagram (http://instagram.com/campanhadoceequilibrio), o público pode acompanhar e participar interativamente dos conteúdos relacionados ao universo do açúcar. O projeto, promovido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), conta ainda com o apoio da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (SIFAEG), e do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (SINDALCOOL).




Quer saber sobre transplante de fezes?



Transplantar é a reposição ou transferência de célula, tecido ou órgão de alguém saudável para um doente. Em geral, é a saída – em fases precoces ou estágios avançados de patologias – após tentativas frustrantes com medicamentos e terapias complementares e alternativas, que permite ao doador salvar a vida do receptor, isso se não houver complicações naturais em virtude da reação do organismo.
Como toda novidade, a cirurgia já fez a sociedade voltar as atenções como mais um “milagre” da Medicina. Há quem diga que tudo começou na Antiguidade para resolver as mutilações. Se considerarmos a Modernidade, foi em 1964 que um norte americano colocou um coração de um macaco em um homem de 70 anos, que morreu logo após a operação. O fim não foi o desejado, mas constatar a possibilidade de tal troca em estruturas conhecidas pela complexidade já foi um avanço.
De lá para cá, muita coisa mudou. As revelações da Ciência têm possibilitado o conhecimento aprofundado e o surgimento de técnicas que incluem o transplante, hoje, na rotina nos centros cirúrgicos dos principais hospitais – públicos e privados – do país. Mas longe está o dia em que se saberá tudo sobre o assunto. As pesquisas prosseguem no intuito de chegar a descobertas que garantam formas cada vez mais seguras e satisfatórias de transplantar, tanto do ponto de vista do profissional como do paciente.
Em meio a essa caminhada, já se sabe que não só rins, fígado, coração, córneas, pele (e outros velhos conhecidos) podem ter um novo dono. A retirada das fezes de uma pessoa e a colocação do material em outra já entrou para a lista das curas. O internauta questiona: essa seria uma informação errônea e infundada? De forma alguma. O que foi dito não só é possível, como já é realidade em vários países, entre eles o Brasil. Isso mesmo, o Brasil. Curioso em saber mais sobre o tema?
As primeiras experiências teriam ocorrido na década de 60, quando pesquisadores tentaram equilibrar a flora intestinal de um paciente com fezes de outra pessoa (sadia), por meio de uma lavagem intestinal. À época, a atitude não foi bem vista e não se falou mais nisso. Anos depois, insistiu-se na possibilidade, porém com uma outra metodologia: a colonoscopia, que possibilita a visualização e coleta de material do intestino grosso.
Chegado o século XXI, a publicação científica New England Journal of Medicine levantou de novo a questão e trouxe à tona a polêmica ao divulgar a pesquisa de especialistas holandeses, que quiseram acenar ao mundo os resultados reais proporcionados por esse tipo de infusão. Entre eles, segurança, rapidez e alívio ao paciente portador de diversas patologias, entre elas as de natureza cardiovascular.
Mas o foco tem sido mesmo quem tem colite pseudomembranosa, uma doença grave provocada pela bactéria Clostridium difficile que, de acordo com estudos, mata cerca de 14 mil pessoas por ano nos Estados Unidos ao provocar diarreias constantes e chegar a ocasionar infecções generalizadas. Os relatos de médicos e pacientes mantêm a afirmativa de que os antibióticos não agem mais como deveriam.
Isso tem uma explicação. Esse micro-organismo fica no intestino do ser humano ao lado de outras bactérias, não tão agressivas, em uma convivência de alerta para atacar na hora certa. Quando as menos agressivas estão, por algum motivo, sem forças para reagir e participar da luta, a Clostridium difficile assume o controle e provoca um desequilíbrio da flora intestinal. O problema é que se trata de um tipo muito resistente aos antibióticos, inclusive aos mais poderosos.
As fezes removidas de um intestino saudável passam por um processo de sorologia e centrifugação e só depois vão para o ambiente que se apresenta desregulado. Isso é feito por meio da colonoscopia ou ainda de um tubo introduzido no nariz que percorre o caminho até o estômago. Com a introdução desse “equilíbrio”, a flora intestinal do doente é “repovoada” de bactérias consideradas boas para enfrentar e destruir a forte inimiga Clostridium difficile.
A verdade é que as pesquisas não param no sentido de comprovar a eficiência do transplante de fezes para combater outras doenças, entre elas a obesidade. Mas, nesse trabalho otimista e incansável, muitos profissionais, por incrível que pareça, ainda esbarram no preconceito. Não são todos, médicos e pacientes, que veem a alternativa com naturalidade, em virtude da associação que ainda se faz das fezes aos conceitos de “nojento” e “sujo”. Isso, consequentemente, impacta na adoção e na aceitação dos resultados favoráveis apresentados pelas experiências que já provam ser um sucesso.

Curiosidade
O procedimento ganha cada vez mais espaço nos Estados Unidos, onde já existe um Banco de Fezes. O OpenBiome é uma organização sem fins lucrativos, fundada por uma equipe de médicos, voltada, principalmente, a dar apoio a todos os envolvidos no processo de forma a esclarecer, garantir acesso seguro e padronizar o tratamento de transplante de microbiota fecal no país.


Saiba mais sobre a Angiomedi
Tudo começou em 2013, quando o cirurgião vascular Dr. Antonio Carlos de Souza fundou a unidade com o intuito de ser um centro médico altamente especializado em saúde vascular. E assim aconteceu e é realidade. A Clínica Angiomedi conta com um trabalho diferenciado voltado para a prevenção, diagnóstico e tratamento dos transtornos circulatórios.
A missão é agregar respeito, humanização, responsabilidade, inovação e personalização para prestar um atendimento de ponta, que contribua com a melhoria da saúde vascular dos pacientes.
A Clínica Angiomedi oferece o que há de mais moderno e eficaz no tratamento de varizes, aneurismas de aorta abdominal e úlceras de pernas e pés diabéticos.


Dr. Antonio Carlos de Souza - O diretor técnico da Clínica Angiomedi, em Brasília, tem um currículo que o torna grande conhecedor na especialidade. Formou-se, em 1992, em Medicina pela Universidade de Brasília. A Residência Médica em Cirurgia Geral e em Cirurgia Vascular e Angiologia ocorreu de 1993 a 1996. E não parou por aí. Concluiu o Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, em 2001. Marcou participação no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP-RP, onde foi médico assistente. Atualmente, é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, e atual vice-diretor de Defesa Profissional. É também membro da IVS (Independent Vascular Services). É professor do curso de Medicina da Universidade Católica de Brasília e coordenador do curso de Medicina da Escola Superior de Ciências da Saúde, onde também foi docente. A dedicação ao estudo em educação médica e à assistência médica em Angiologia e Cirurgia Vascular não pára, visto que está sempre em busca de atualizações para beneficiar os pacientes.




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