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terça-feira, 24 de maio de 2016

Nas cavernas da miséria venezuelana





                                            Marcados como animais para conseguir farinha de milho
                                                                         em Barquisimento.
Há meses e de modo rotineiro, a família de Álida González tem que ficar sem  almoço. É a inflação, a escassez crônica de alimentos... a lista das desgraças cresce e se repete dia após dia no maravilhoso mundo do “socialismo do século XXI” tão ao gosto do lulopetismo.

Álida é dona de casa, tem 65 anos e precisa alimentar quatro familiares. Ela só consegue cortando as proteínas, como as carnes de frango e de porco, e aumentado o consumo de carboidratos, com um desequilíbrio sensível na constituição física de sua família, escreve “La Nación” de Buenos Aires. http://www.lanacion.com.ar/1893332-la-crisis-economica-golpea-la-mesa-de-los-venezolanos
“Comemos menos, conta ela. A situação está tão apertada, que com o mesmo com que antes eu comprava para o café da manha, o almoço e o jantar, hoje só dá para um café da manha incompleto”, contou ela em sua modesta casinha no bairro de Petare, em Caracas.

O presidente Maduro fica apegado ferrenhamente ao socialismo e ainda pretende defender a democracia em perigo no Brasil. 

As redes públicas de distribuição de alimentos subsidiados claudicam. Entre agosto e setembro de 2015, três das principais universidades do país constataram que 87% dos venezuelanos não tinham entradas suficientes para compara os alimentos habituais.

Maduro ordenou aumentar em 30% o salário salario mínimo integral, que inclui bolsa para comida, enquanto a cesta alimentar para uma família média custava 100 salários mínimos.

“As fibras não existem, o consumo de frutas e hortaliças é escasso. O ovo e o feijão desapareceram da mesa dos mais necessitados. É uma dieta de sobrevivência”, disse Marianella Herrera, da Fundación Bengoa, instituição nutricional sem finalidade de lucro.

Mas o governo sustenta que quando Chávez chegou ao poder o consumo de calorias cresceu 37%, garantindo três refeições diárias para 95% da população e erradicando a desnutrição.

 No supermercado Unicasa, no bairro de Cumbres Curumo de classe média alta, Caracas, a notícia da chegada de leite em pó gerou instantaneamente filas para conseguir 4 pacotes o máximo permitido.

“Já não comemos nem o básico para ter saúde”, disse a dona de casa Nancy Morales, 40, enquanto fazia fila num mercado estatal num bairro popular de Caracas.
Inquérito da empresa privada Datanálisis registrou que 82% dos produtos alimentares faltavam em Caracas.

Segundo a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk e a escola venezuelana de gerência IESA, quase dois milhões de venezuelanos sofrem diabetes. Os níveis de saúde também se degradam por causa dos sintomas de angustia gerados pela crise económica, a criminalidade e as constantes interrupções dos serviços básicos, especialmente água e energia elétrica.

Gloria Fernández contou ao jornal “Clarin” que na sua cidade, San Cristóbal, capital do estado de Táchira, o racionamento de energia, água e comida é ainda pior que em Caracas. http://www.clarin.com/mundo/Mundo_0_1566443515.html

“Não avisam que vão cortar nem as quatro horas diárias nem quando. E cortam das 6 da manhã até meia-noite. É uma loteria”. 

Os moradores do interior precisam ir a Caracas para recorrer aos ministérios ou órgãos públicos. Mas Maduro decretou que por falta de energia nos órgãos públicos só se trabalhará dois dias por semana, aumentando o calvário dos venezuelanos que vivem no interior.

A filha de Gloria Fernández, de 9 anos fazem as tarefas escolares à luz de vela. E as escolas, por economia, têm que fechar às sextas-feiras.

A Polar, a maior empresa venezuelana de alimentos, está a ponto de fechar porque o governo não lhe permite adquirir moeda estrangeira para importar insumos. A Polar anunciou a interrupção da produção de cerveja – a mais consumida do país – por falta de matérias-primas.

Supermercados e shoppings abrem às 12 horas e fecham às 18. Lojas e restaurante apelam para as velas. 

Segundo os sindicatos industriais, a capacidade manufatureira caiu mais de 50%. A maioria das empresas e lojas comerciais já fechou. Os desempregados só têm como último recurso a economia informal. 

Os centros hospitalares também restringiram os atendimentos por falta de eletricidade, mas os critérios são extremamente confusos porque a empresa elétrica nacional corta sem aviso prévio. Os consultórios médicos marcam atendimento sem data nem hora.

A prima de Tibisay Urdaneta é cabelereira, mas tem restringido o uso de secador de cabelo. Utiliza truques com ar natural, mas o resultado não é igual. 

A esperança é o referendo revocatório que, nas condições atuais, tiraria Maduro do cargo. Uma espécie de impeachment eleitoral.

Mas Maduro já externou sua vontade de impedir esse referendo, apesar de o Exército ter anunciado que não executará ordens do presidente nesse sentido.

Luis Dufaur - escritor, jornalista, conferencista de política internacional e colaborador da ABIM
Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

Aberta a temporada de alergias respiratórias no Brasil




Inverno ainda não começou, mas as frentes frias já trazem baixas temperaturas e ar seco para a região 
A nova estação ainda não chegou, mas os primeiros dias de maio já registraram temperaturas amenas em diversas regiões do país. O inverno, época detestada por quem sofre de alergia respiratória, só começa em 20 de junho, porém, segundo o site Clima Tempo, os próximos dias já terão cara da estação. Uma frente fria deverá chegar ao país no dia 15, e o frio – grande irritante respiratório - continuará a ser sentido a partir de 18 de maio. É, portanto, hora de tirar aqueles casacos guardados no armário desde o último inverno, provavelmente impregnados de ácaros e poeira – grandes inimigos dos alérgicos.

A proximidade do inverno é mesmo um pesadelo para quem já sofre de alergia o ano todo. Além das baixas temperaturas (que irritam a mucosa respiratória), o período normalmente apresenta baixa quantidade de chuvas e ventos, dificultando a dispersão de poluentes e tornando o ar mais seco e poluído. Segundo o coordenador técnico do projeto social Brasil Sem Alergia, o médico Marcello Bossois, a junção desses fatores facilita o desenvolvimento de inúmeros processos alérgicos. “Estima-se que as alergias respiratórias aumentem 40% durante a estação”, alerta o alergista.

A asma e a rinite são as alergias mais comuns nesta época. No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem de forma persistente com asma, enquanto a rinite afeta aproximadamente 26% das crianças e 30% dos adolescentes. A asma é a quarta maior causa de hospitalização, resultando em cerca de 400 mil internações por ano em todo o país (Datasus, 2001). Anualmente mais de 250 mil pessoas morrem em decorrência da doença ao redor do mundo, com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

E uma alergia pode se tornar algo bastante preocupante, já que a doença aumenta muito as chances de uma infecção secundária. De acordo com dr. Bossois, uma alergia de fundo respiratório mal cuidada pode provocar, por exemplo, uma grave bronquite crônica caso a inflamação da mucosa respiratória e o acúmulo de secreção nas vias respiratórias se mantenham por um longo período. “Aproximadamente 35% da população mundial apresentam alguma forma da doença, então é muito importante que todos estejam atentos aos primeiros sinais de uma alergia respiratória, que poderá se manifestar através de espirros constantes, tosses e falta de ar”, adverte o especialista.

Sete dicas para prevenir as alergias respiratórias:

- Forrar colchões e travesseiros com material impermeável;
- Umidificar as narinas constantemente com soro fisiológico;
- Beber bastante água;
- Evitar locais fechados e com pouca ventilação por longos períodos;
- Retirar de casa tudo que acumula mofo e poeira (bichos de pelúcia, jornais velhos e cortinas de pano);
- Usar produtos de limpeza biodegradáveis;
- Eliminar cigarro, principalmente dentro de casa.

Sobre o Brasil Sem Alergia

Com mais de 150 mil atendimentos gratuitos já realizados – superior à população de Resende (RJ), o Brasil Sem Alergia é um projeto social que oferece diversos procedimentos de prevenção, combate e controle de processos alérgicos e de doenças ligadas ao sistema imunológico. Com três postos na Baixada Fluminense (Duque de Caxias, Xerém e Nova Iguaçu), um na Zona Oeste do Rio (Realengo) e uma quinta unidade na Região dos Lagos (Iguaba Grande), a equipe da ação social oferece gratuitamente testes alérgicos, atendimento médico, orientação multidisciplinar e exame de espirometria (teste de sopro) para o diagnóstico de alergias respiratórias. O projeto está à disposição de toda a população do Rio de Janeiro de segunda a sábado, com agendamento através dos telefones (21) 3939-0239 ou (21) 2652-2175.

Endereços
Duque de Caxias: Rua Conde de Porto Alegre 167 - 25 de Agosto
Nova Iguaçu: Rua Coronel Bernardino de Melo 2085 - Cruz Vermelha de Nova Iguaçu
Xerém: Praça da Mantiqueira 18 - Centro Médico Estrela de David  
Realengo: Avenida Santa Cruz 1896
Iguaba Grande: Rua Paulino Pinto Pinheiro 133 - Cruz Vermelha de Iguaba Grande 


DOR PÉLVICA CRÔNICA: O QUE É?





(Imagem meramente ilustrativa)

Estudos indicam que cerca de 15% das mulheres vão apresentar dor pélvica em algum momento da vida. Cerca de 33% será decorrente de endometriose ou outras causas ginecológicas, mas quase 40% das laparoscopias para avaliação de dor pélvica não recebem diagnóstico específico ou podem envolver diversas doenças combinadas.

Dor, definitivamente, não é uma das melhores sensações para se ter. Ao contrário, por vezes, pode ser até paralisante. Quem não se lembra de uma dor de dente enlouquecedora na adolescência? Uma dor de cabeça que impede de compartilhar momentos felizes com familiares ou amigos? Ou mesmo do choro incessante do bebê quando está com cólica? Não importa o momento da vida ou onde ela se manifesta, dor sempre é sinal de que algo não está funcionando bem. Imagine, então, uma dor incessante?
Conviver com uma dor prolongada interfere não apenas na saúde, mas em diversos setores, como o pessoal e o profissional, e por isso deve ser investigada. Dentre os tipos de dores que acometem as mulheres, uma tem se destacado nos últimos anos: a dor pélvica crônica, caracterizada por sensação dolorosa persistente (duração superior a três meses), na parte inferior do abdômen, que pode se manifestar ao urinar, ao ter relações sexuais ou, talvez, se intensificar durante o período menstrual. “Não se trata de uma doença, mas de uma síndrome que se pode verificar em diferentes enfermidades. Ela ocorre em homens e em mulheres, podendo ter causas e repercussões diferentes em ambos os sexos”, afirma Tomyo Arazawa, ginecologista da Alira Medicina Clínica.
Estudos indicam que cerca de 15% das mulheres vão apresentar dor pélvica em algum momento da vida e ela ocorre com frequência em idade reprodutiva. A maior parte dos casos será decorrente de endometriose (cerca de 33%) ou outras causas ginecológicas. Porém, quase 40% das laparoscopias para avaliação de dor pélvica não recebem diagnóstico específico ou podem envolver diversas doenças combinadas. Por isso, é preciso escolher um especialista que faça uma cuidadosa investigação sobre as causas e, muitas vezes, será necessário combinar atuação interdisciplinar, na qual mais de um especialista trabalha em conjunto para a melhora da paciente.
A origem da dor pode ser visceral (órgãos internos) ou somática (músculos, ossos, ligamentos), com envolvimento dos sistemas musculoesquelético, ginecológico, urológico ou gastrointestinal. “As particularidades da dor se diferenciam de mulher para mulher. Algumas apresentam dor moderada, que aparece e some de repente. Já outras, sentem dor severa e contínua, que prejudica o sono, a qualidade de vida e o trabalho”, diz o ginecologista.
Para Arazawa, o aspecto psicossocial tem grande importância nos casos de dor pélvica crônica. Aproximadamente 50% das paciente têm quadro de ansiedade e/ou depressão associado. Distúrbios do sono e distúrbios alimentares também são frequentes. Apesar de não causarem a dor pélvica, todas essas alterações psicossociais interferem na forma em que o cérebro percebe a dor pélvica, assim como na intensidade da dor percebida pela paciente.
O tratamento vai depender do que está originando o quadro de dor. Por isso cada caso deve ter uma abordagem individualizada. Mas, para garantir um tratamento adequado, é preciso antes fazer o diagnóstico correto, que nem sempre é fácil ou simples de se fazer. Por isso, muitas mulheres com dor pélvica crônica demoram meses e até anos para terem um diagnóstico. A boa notícia é que na maioria dos casos é possível obter uma melhora significativa da dor e recuperar a qualidade de vida.


Dr. Tomyo Arazawa - ginecologista e obstetra da Alira Medicina Clínica. Especializou-se em cirurgias minimamente invasivas como cirurgias robóticas, video-laparoscópicas e video-histeroscópicas (os quais incluem as cirurgias de endometriose), e em medicina reprodutiva. É membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP), da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), da American Association of Gynecologic Laparoscopists (AAGL) e da International Pelvic Pain Society (IPPS).

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