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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Instituto Butantan recebe maior evento de observação de aves da América Latina





Programação do Avistar Brasil 2016 busca aproximar o público da natureza e inclui palestras, exposições, oficinas, exibição de filmes e feira

O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde, recebe entre os dias 20 e 22 de maio um dos maiores encontros de observação de aves da América Latina, o Avistar Brasil 2016. A programação gratuita inclui exposições, palestras, oficinas de observação de aves e atividades voltadas para as crianças.

A programação é voltada para todos os públicos, inclusive para quem é iniciante na observação de aves. Nos dias 21 e 22, às 7h, haverá a atividade #vempassarinhar, quando os visitantes poderão conhecer e observar como vivem as aves encontradas no parque do Instituto. 

Para as crianças, haverá o espaço Avistar Kids, diariamente das 10h às 17h, com oficinas, pinturas e educação ambiental. O destaque da programação infantil é a construção no sábado, às 10h, pelo arquiteto Francisco Lima, de uma casinha de joão-de-barro em escala humana. As crianças poderão entender como pássaro constrói o seu ninho e como ele vive naquele espaço. 

Distribuído em auditórios e espaços ao ar livre por todo o parque do Butantan, o Avistar 2016 conta com quatro exposições, com destaque para a primeira edição de “Árvore Ser Tecnológico”, que reproduz os memes ambientais mais famosos da internet para abordar a importância da conservação, e a exposição “Floresta Viva”, de Luciano Candisani, um dos maiores fotógrafos de natureza no Brasil. O Congresso Avistar contará com mais de 100 palestras em quatro auditórios, além de ciclos temáticos: “Arte, Natureza e Tecnologia”, “Cuidados em Campo”, “Diálogos” e “Biodiversidade e Trocas”. Haverá diversos lançamentos de livros e sessões de autógrafos. Além disso, food trucks estarão espalhados pelo parque durante todo o evento.

Um dos momentos mais esperados desta edição do evento é o anúncio da redescoberta de uma das espécies de aves mais raras do planeta, que estava desaparecida há décadas. Entre os palestrantes do congresso Avistar Brasil 2016 estão renomados ornitólogos e cientistas, como John Fitzpatrick, Diretor do Laboratório de Ornitologia de Cornell, que apresentará os projetos de ciência voltados para a participação da sociedade nos EUA e Mario Cohn-Haft, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, que falará sobre sua recente expedição à Serra da Mocidade (RR). Estarão presentes, ainda, outros expoentes do estudo e divulgação das aves, como Wagner Nogueira, Luciano Lima, Vitor Piacentini, Cristian Dimitrius, Martha Argel e Haroldo Palo Jr.

O Cine Butantan também participa desta edição do Avistar, com sessões especiais, ao ar livre, de filmes sobre aves. As sessões acontecem durante o evento, a partir das 18h.

“A nossa missão de contribuir com a saúde pública ganha outra possibilidade muito importante de atuação. Nossa convivência com este parque resultou na criação do Observatório de Aves, de projetos ligados à botânica e manejo do parque e, principalmente, numa percepção ampliada de saúde pública, intrinsecamente ligada à biodiversidade. A ideia de ciência cidadã, que se beneficia da vivência de cada pessoa para a coleta de dados e a construção do conhecimento científico, está na origem do próprio Instituto Butantan e encontra em eventos como o Avistar uma perfeita sintonia”, destaca Jorge Kalil, diretor do Instituto Butantan.

A programação completa está disponível no site www.avistarbrasil.com.br. O Avistar Brasil 2016 acontece entre os dias 20 e 22 de maio, no Instituto Butantan que fica na avenida Vital Brasil, 1.500, zona Oeste da capital. Feiras, oficinas, exposições e passarinhadas são atividades abertas ao público, e não precisam de inscrição. Para participar das palestras do congresso Avistar Brasil as inscrições devem ser feitas no site do evento.

Confira abaixo alguns destaques da programação:

Sexta – 20 de maio:
Ciclo Observação, Turismo e Meio Ambiente – às 9 horas
Conferências sobre o potencial da observação de aves na gestão municipal de Turismo e Meio Ambiente
Local: Auditório do CDC Butantan

Roda de Passarinho – às 10 e às 14 horas
Oficina de sensibilização ambiental com foco em observação de aves, para jovens e adultos.
Gabriela Giovanka e Renato Rizzaro (RPPN Rio das Furnas – SC)
Local: Creche Butantan

Ciclo Birdwatching e Unidades de Conservação – às 13h30 
Ciência Cidadã, Envolvimento comunitário, interações entre birdwatchers e Unidades de Conservação
Local: Auditório do CDC Butantan

Sábado – 21 de maio:
#vempassarinhar – às 7 horas
Passeio para observação de aves nas trilhas do Instituto Butantan, onde mais de 130 espécies de aves já foram registradas
Observatório de Aves Butantan
Ponto de encontro: em frente ao Museu Biológico

Ninho do João-de-barro – às 10 horas
Construção de uma casinha do joão-de-barro em escala humana – Arquiteto Francisco Lima
Local: Gramado ao lado do Heliponto
           
Cuidados em Campo – às 10 horas
Ciclo de palestras sobre acidentes em campo com felinos, vespas, abelhas, aracnídeo e serpentes,
Demonstração de extração de veneno. Curadoria Giusepe Puorto (Instituto Butantan)
Local: Auditório do Museu Biológico

Juntos Fazemos Mais – 11 horas                               
Aula Magna sobre a importância da observaçãode aves na Ornitologia
Dr John Fitzpatrick – Cornell Lab of Ornithology
Local: aud. 1

Lançamento de livros
Sessão de autógrafos – às 16h30                                   
Terra Papagalli – Os psitacídeos brasileiros em ilustrações de Eduardo Brettas
Aves da Fazenda Paciência – João e Antônio Couto – Dois meninos que publicaram um livro de fotografia
Tucanos e Araçaris – Fredy Pallinger – Livro ilustrado com as espécies brasileiras de tucanos.
Serpentes do Cerrado – Otavio Marques e Cristiano Nogueira- guia de campo de serpentes brasilieras
                       
Domingo – 22 de maio
          #vempassarinhar – às 7 horas
Passeio para observação de aves nas trilhas do Instituto Butantan, onde mais de 130 espécies de aves já foram registradas
Observatório de Aves Butantan
Ponto de encontro: em frente ao Museu Biológico

Plantando Passarinho – às 10 horas
Atividade de plantio de árvores atrativas para a avifauna
Observatório de Aves Butantan e Museu Biológico

Roda de Passarinho – às 10 horas
Oficina de sensibilização ambiental com foco em observação de aves, para jovens e adultos.
Gabriela Giovanka e Renato Rizzaro (RPPN Rio das Furnas – SC)

Lançamento de livros
Sessão de autógrafos – às 11 horas
Aves da Mata Atlântica – Martha Argel – Guia de campo ilustrado por Guy Tudor
A Molécula Mágica – Carlos Fioravanti – um relato jornalístico sobre a história do desenvolvimento do medicamento brasileiro P-Mapa
Brasil Selvagem – Cristian Dimitrius – livro fotográfico sobre a fauna e a flora dos domínios naturais brasileiros.
Passarinho e outros Pios – Tietta Pivatto – livro de contos sobre as aves no dia a dia das pessoas.
           
Sessão de autógrafos – às 11h30            
Cristian Dimitrius, jornalista, autografa o livro “Brasil Selvagem”
Tietta Pivatto, birdwatcher, autografa o livro “Passarinhos e Outros Pios”
                                                          
Apresentação Musical

Diariamente das 8 às 17 horas
Exposição Floresta Viva
Luciano Candisani, é um dos fotógrafos de natureza mais importantes no Brasil. Com decidida atuação pela conservação da natureza,  introduz o conceito de Estúdio na Floresta, que permite fotos inéditas da mata atlântica
Local: Espaço Paiol

Exposição Árvore Ser Tecnológico
A exposição traz 30 reproduções dos memes ambientais mais famosos das redes sociais, abordando a importância da conservação das florestas e árvores.
Local: Alameda do CDC

Varal Digital
Exposição eletrônica no lounge Avistar, aberta aos participantes, que devem trazer suas fotos de aves empen drive.
Local: espaço Avistar

Diariamente das 10 às 17 horas
          AvistarKids – Atividades para crianças – oficinas, pintura, educação ambiental
Feira Avistar – Produtos e serviços de birdwatching, a mais importante feira da América Latina
Congresso Avistar – Palestras e conferências sobre observação, fotografia, ciência, turismo e conservação.
* Participação mediante inscrição

VIVÊNCIAS DOS ADOLESCENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV/AIDS




SPSP-Sociedade de Pediatria de São Paulo
 


Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em São Paulo (SP), publicaram um estudo na Revista Paulista de Pediatria de junho de 2016, que explorou os significados atribuídos pelos jovens sobre “viver a adolescência com o HIV” – em um grupo de pacientes que adquiriu a infecção ao nascimento – e os elementos implicados na adesão ao tratamento antirretroviral.

Os autores destacam que, na terceira década da epidemia do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), profissionais de saúde, pesquisadores e cuidadores deparam-se com a primeira geração de adolescentes e jovens que adquiriu a infecção por meio da transmissão vertical. À adolescência, fase de vida permeada por mudanças, descobertas, busca de identidade e autonomia, se acrescenta uma doença carregada de atributos estigmatizantes e a complexa herança dos segredos que envolvem as famílias afetadas pelo HIV, além do fato de que muitos desses adolescentes já perderam seus pais em decorrência da Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), resultando em lutos precoces, rupturas de laços afetivos e rearranjos familiares. Para os profissionais que buscam cuidar dos seus pacientes em todas as suas dimensões é fundamental identificar as particularidades, desejos e dificuldades, na perspectiva dos próprios adolescentes. Nesse sentido, o objetivo do estudo da Unifesp – realizado por meio de uma cooperação internacional, envolvendo pesquisadores brasileiros, canadenses e franceses – foi explorar os significados atribuídos pelos jovens ao fenômeno de “viver a adolescência com o HIV”, em um grupo de pacientes que adquiriu a infecção por transmissão vertical, e os elementos implicados na adesão ao tratamento antirretroviral.

Participaram da pesquisa qualitativa 20 adolescentes, entre 13 a 20 anos, selecionados a partir de um grupo de 268 participantes do estudo longitudinal Adoliance, um projeto de cooperação internacional para o estudo dos fatores psicossociais relacionados às experiências de vida de jovens soropositivos para o HIV, iniciado em abril de 2009.
Os autores encontraram que ser adolescente soropositivo envolve dimensões delicadas, tais como silêncios e segredos, exercício da sexualidade e os dilemas da transmissão do vírus e, ainda, a gestão de um esquema terapêutico complexo, cujos efeitos secundários não podem ser negligenciados. “O estudo mostrou que os adolescentes procuram incessantemente a normalidade e fazem esforços para esquecerem que são acometidos uma doença carregada de atributos estigmatizantes e que, ainda nos dias atuais, isola, discrimina e destina à clandestinidade seus portadores”, afirma a professora Dra. Daisy Maria Machado, uma das autoras da pesquisa. Segundo a professora, apesar do HIV ser considerado um agente estressor, nessa trajetória em direção à vida adulta, esses garotos e garotas procuram autonomia, anseiam liberdade e transformação e possuem apreensões, tal qual seus pares não infectados, em relação ao mundo desconhecido que está por vir.

Os pesquisadores concluíram que os aspectos mencionados representam uma parcela importante das principais vivências dessa população e, seu reconhecimento, além de servir como orientação ao trabalho da equipe multiprofissional, também poderá contribuir para o aprimoramento do cuidado em todas as dimensões, sejam elas físicas, psicológicas ou sociais. “A metodologia qualitativa, por meio de entrevistas em profundidade, foi uma ferramenta extremamente valiosa, pois valorizou os significados da experiência do indivíduo, o que permitiu compreender de forma ampla e aprofundada o objeto estudado e interpretar a situação na perspectiva do participante”, finalizou a professora Daisy Maria Machado.

A pesquisa teve apoio financeiro da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e ANRS – Agence Nationale de Recherche sur le Sida et les Hépatites Virales.

Dores de cabeça merecem atenção especial





Aproveitando o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, Academia Brasileira de Neurologia difunde informações imprescindíveis sobre as incômodas dores

Um dos principais e mais comuns problemas de saúde no mundo, a dor de cabeça, conhecida como cefaleia pela comunidade médica, afeta uma grande parcela da população mundial e não tem distinção de idade, gênero, etnia ou condição social. Dependendo de sua intensidade, pode afetar a vida profissional, social e conjugal do indivíduo e, por isso, investigar suas causas é essencial para tratá-la.

Com a proximidade do Dia Nacional de Combate à Cefaleia, 19 de maio, a Academia Brasileira de Neurologia (ABN) destaca a relevância da data para explicar a todas as especialidades médicas a importância de avaliar e examinar adequadamente os portadores de Cefaleia. “Aos pacientes, é imprescindível esclarecer os vários tipos de dores de cabeça e desmistificá-las”, afirma Mauro Jurno, coordenador do Departamento Científico de Cefaleia da ABN.

O passo inicial para o tratamento e diagnóstico adequado é deixar de lado o senso comum de que é normal sentir uma “dorzinha” de cabeça ocasionalmente: o sintoma é um indicativo de alerta do corpo avisando que há algo de errado. A busca por um médico especializado, nesses casos, é essencial: só ele poderá investigar as reais causas do incômodo e indicar o tratamento correto. Por mais que a dor seja esporádica, a automedicação pode acarretar em problemas ainda mais graves.

Classificação
As cefaleias podem ser primárias e secundárias: na primeira delas, a própria dor caracteriza a doença. “Surgem devido a um desequilíbrio químico que se origina no sistema nervoso central cuja consequência é a dor de cabeça”, afirma Celia Roesler, secretária do DC de Cefaleia.  Em sua outra forma, apresenta manifestação ou sintoma de outra doença de base.

Elas também se manifestam clinicamente em agudas, como no aneurisma cerebral, que aparece de forma explosiva e sem aviso prévio; ou crônicas, representada pela enxaqueca, que tem, em alguns casos, períodos de agudização.

Tipos de dor e diagnóstico
 As dores de cabeça são classificadas em mais de 200 tipos e podem indicar apenas um mal-estar ou problemas mais graves de saúde, por isso o diagnóstico preciso é de extrema importância. “Quando se trata de cefaleia primária, o diagnóstico é clínico, feito através do histórico do paciente, questionando quando começou a dor, há quanto tempo, quanto dura, o que piora, o que melhora e um bom exame físico e neurológico”, comenta a dra. Celia.

Migrânea ou enxaqueca 

Embora seja a mais conhecida, não é a mais frequente na população. A enxaqueca é uma doença do funcionamento cerebral que desencadeia uma série de alterações que levam à mudança do sistema trigêmino-vascular (neurônios do quinto par de nervos cranianos) com ‘inflamação’ perivascular (envolta dos vasos sanguíneos) que causa a dor. Os principais sintomas são fotofobia, fonofobia e dores fortes. 

Suas divisões são em “enxaqueca com aura” e “sem aura”: a pessoa com enxaqueca com aura pode perder a visão por meia hora, ver luzes ou perder o foco antes de sentir a dor. Essa modalidade também pode acarretar em dormência no braço ou dificuldade momentânea ao falar.  A enxaqueca sem aura provoca a mesma dor, mas não apresenta estes sintomas. “A dor da cefaleia migrânea é intensa, incapacitante e pulsátil”, esclarece Jurno.

Cefaleia tensional
A tensional é uma resposta ao estresse, ansiedade, traumas na região craniana e depressão. Sua duração é variada – pode ser de 30 minutos a sete dias – e pode prejudicar a qualidade de sono do indivíduo. “A cefaleia tipo tensional costuma ser mais branda com características de peso ou aperto, não interferem nas atividades diárias e normalmente não acompanham náuseas e/ou vômitos”, ressalta o coordenador do DC de Cefaleia. Além disso, é o tipo de cefaleia mais comum, que acomete cerca de 90% da população.

Cefaleia em salvas
Embora tenha duração menor, a dor causada pela cefaleia em salvas é de grande intensidade. Tem maior incidência em homens e acomete apenas um lado da cabeça. Tem sinais como olhos vermelhos, lacrimejamento excessivo, agitação e queda da pálpebra do lado da dor.

Tratamento
Os tratamentos medicamentosos são de dois tipos: o abortivo, quando é utilizado um medicamento específico para abortar a crise, e o preventivo que utilizam um ou mais medicamentos diários para evitá-las. “A prevenção também pode ser feita pelo reconhecimento de fatores deflagradores de dor de cabeça (alimentos, odores e situações específicas como alteração de rito de sono, entre outras)”, ressalta dr. Mauro.

Cada cefaleia é tratada de forma diferente, com medicamentos específicos. Por isso é preciso ficar alerta aos perigos da automedicação: o uso abusivo de analgésicos pode levar à cefaleia crônica diária. “Medicar-se sem orientação médica pode mascarar o quadro de uma cefaleia secundária grave em desenvolvimento. Todos acham que qualquer dor de cabeça é uma enxaqueca e muitas vezes não é”, explica a dra. Roesler.

Para uma melhora efetiva, é preciso investir no tratamento não medicamentoso, que inclui mudanças de hábitos de vida, dieta equilibrada, horário de sono regular, prática de atividade física, técnica de relaxamento e até psicoterapia quando necessário.

A busca de um especialista é essencial. Além de sintoma, a dor de cabeça pode ser a própria doença e o encaminhamento médico correto traz segurança ao paciente e evita que ele peregrine por diversas unidades de emergência, se submetendo a exames desnecessários. O tratamento adequado é essencial para uma boa qualidade de vida do paciente. 

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