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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Pesquisa internacional revela falta de conhecimento sobre a Meningite e suas consequências




 Acaba de ser divulgada uma pesquisa internacional, conduzida pela GSK, que revela a falta de conhecimento que pais e mães têm sobre a doença meningocócica e suas potenciais consequências. Quase sete em cada dez responsáveis disseram que não sabem o suficiente sobre os diferentes sorogrupos da meningite e sequelas que a doença pode causar. Em média, mais da metade dos responsáveis não sabiam ou não tinham certeza de que existem diferentes tipos de bactérias que causam a meningite.

A pesquisa com 5.000 responsáveis no Brasil, Canadá, Alemanha, Itália e Portugal também mostra que, de uma lista de 14 doenças com prevenção através da vacinação, a doença meningocócica é considerada pelos responsáveis como a de maior risco à saúde dos filhos.1 A meningite foi considerada a doença mais grave por 57% dos entrevistados, seguida pela Hepatite B (34%), doença pneumocócica (27%), poliomielite (25%), tétano (20%) e coqueluche (17%).1


Uma doença súbita, potencialmente fatal, a doença meningocócica mata em média uma pessoa a cada oito minutos no mundo.2 Tipicamente, ela se manifesta como meningite bacteriana – uma infecção da membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal; ou sépsis – uma infecção da corrente sanguínea. A doença tem rápida evolução e pode levar à morte entre 24 e 48 horas desde os sintomas iniciais;3 até uma em cada 10 pessoas infectadas pode morrer.4

É impossível prever quem poderá contrair a doença meningocócica. Dentre as formas de prevenção estão: lavar as mãos frequentemente, evitar compartilhar alimentos, bebidas, pratos, copos e talheres, e a vacinação. Cinco dos seis principais sorogrupos da meningite podem ser prevenidos através da vacinação5, no entanto, mais da metade dos responsáveis não sabem quais vacinas contra a doença estão disponíveis nos programas de vacinação de seu país. Mais de um terço dos responsáveis disseram que contam com terceiros – profissionais de saúde ou o governo – para se assegurar de que os filhos estão em dia com a vacinação.1

“Os sintomas iniciais da meningite são inespecíficos. Isso torna ainda mais crítico que pais e mães conheçam os sinais e sintomas da doença”, afirma Dr. Felipe Lorenzato, da GSK. “O resultado desta pesquisa confirma a necessidade de informar melhor pais e mães sobre os diferentes tipos da doença e formas de prevenção para protegerem os filhos. ”

Principais resultados da pesquisa por país
Os resultados foram similares entre os grupos de responsáveis nos cinco países, mas algumas estatísticas se destacaram:
·         De uma lista de 14 vacinas com prevenção através da vacinação, a doença meningocócica foi considerada a de mais alto risco para as crianças por 72% dos responsáveis em Portugal e 68% dos responsáveis na Itália
·         56% dos responsáveis no Canadá disseram que não sabiam que há diferentes sorogrupos da doença meningocócica
·         Aproximadamente um terço dos responsáveis no Canadá e na Alemanha disseram não ter certeza sobre as formas mais comuns de contágio
·         No Brasil, 60% dos responsáveis afirmaram que obtém informação sobre vacinação através de campanhas de conscientização ou via imprensa, enquanto que 68% dos responsáveis em Portugal disseram que profissionais de saúde são a principal fonte de informação

Pais e Mães querem saber mais
Apesar de sua falta de conhecimento, os responsáveis afirmaram que gostariam de ter mais informações dos profissionais de saúde sobre como proteger os filhos da doença meningocócica. A maioria dos entrevistados disse que deveriam ser informados sobre as vacinas que não fazem parte da rotina de imunização de programas nacionais e estariam dispostos a falar sobre isso com os profissionais de saúde. Nove em cada dez responsáveis disseram que estes profissionais devem informá-los sobre todas as vacinas de prevenção a doenças.
“Mesmo sendo uma doença rara, as consequências da meningite são representativas para o paciente, sua família e o sistema de saúde como um todo”, afirma Thomas Breuer, chefe medico de vacinas da GSK. “A melhor defesa contra uma doença agressiva que oferece pouco tempo para intervenção é a vacinação. ”

Pesquisa marca o lançamento da campanha “Vença a Meningite”
Os dados da pesquisa marcam o lançamento da nova campanha de conscientização da GSK, “Vença a Meningite”, que visa ajudar pais e mães a conhecer mais sobre todos os tipos de doença meningocócica e as medidas que podem ser tomadas para protegerem os filhos das sequelas potencialmente devastadoras.
A campanha está associada aos jogos paralímpicos 2016. A atletas paralímpicos que sobreviveram à meningite se uniram à mundialmente renomada fotógrafa e defensora global pela infância, Anne Geddes, que dedicou sua carreira a causas relacionadas à saúde infantil, incluindo a vacinação. Através de sua narrativa visual única, Geddes vai fotografar diversos atletas paraolímpicos com bebês, uma representação positiva do esforço de proteger as crianças da meningite. Vença a Meningite também conta com o apoio da Confederação Global de Organizações de Meningite (CoMo).  

Sobre a Pesquisa
A pesquisa Vença a Meningite foi conduzida pelo instituto Ipsos MORI, encomendada pela GSK. Ela foi realizada entre fevereiro e março de 2016, via questionário online endereçado a pais e mães, com amostra de 5.000 entrevistados, de cinco países em três continentes: Brasil, Canadá, Alemanha, Itália e Portugal1.
Foram entrevistados 1.000 responsáveis de cada país. O critério para seleção dos entrevistados era terem ao menos um filho com idade de até quatro anos e participarem das decisões sobre a saúde dos filhos, por exemplo, que vacinas infantis já tinham sido, ou seriam aplicadas. Pais e mães foram incluídos na pesquisa na razão 2:1 e um mínimo de 150 responsáveis em cada país tinham que ter filhos com idade abaixo dos seis meses.

 
GSK - www.gsk.com.br.

Internet fixa limitada: Anatel só não contava com a voz dos consumidores




Nas últimas semanas passamos por uma torrente de notícias envolvendo a decisão da ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações, em apoiar as grandes empresas de telefonia no sentido de passarem a limitar o fornecimento da internet fixa no Brasil. A reação dos consumidores nos meios sociais foi avassaladora.

A imprensa em massa apoiou os consumidores nessa causa, congressistas saíram em defesa do povo, a OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, se manifestou, o Ministério Público anunciou que iria instaurar investigações, ou seja, a medida desagradou a quase todo mundo.

Surgiu no horizonte mais uma "bolha" com centenas de milhares de ações judiciais por conta (mais uma vez) do sistema de telefonia e internet. A ANATEL recuou por tempo indeterminado.

Percebe-se que a medida foi adotada sem que fossem realizados estudos aprofundados sobre o impacto dessas mudanças e pior, se o foram, não levaram em conta o CDC (Código de Defesa dos Consumidores). A "revolta" da população com o as empresas de telefonia e a ANATEL é mais do que compreensível.

A maioria dos consumidores reclama da qualidade ruim desses serviços, atendimento precário e excessivamente demorado, dos preços, dos contratos alterados unilateralmente, etc.

Em 2014, a ANATEL publicou a Resolução 632 que trata do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações. Em seu artigo 52 é dito que as prestadoras devem comunicar com antecedência mínima de 30 dias a alteração, ou extinção, de Planos de Serviço, Ofertas Conjuntas e promoções, a todos os consumidores afetados.

Já o artigo 3º, I, da resolução citada diz que o consumidor tem direito ao acesso e fruição dos serviços dentro dos padrões de qualidade e regularidade previstos na regulamentação, e conforme as condições ofertadas e contratadas. Dito isso, nada mais justo do que começar efetivando essa regra, já que, na verdade, estamos longe de uma realidade onde esses direitos básicos são realmente protegidos pela ANATEL.

Penso que a ANATEL deveria repensar sua baixa efetividade em proteger os consumidores, já que se o fizesse bem, não existiriam essas milhares de ações dos mesmos contra as empresas de telefonia e internet lotando os fóruns no Brasil. Devia, também, repensar o seu futuro, pois ou ela impõe efetivamente o respeito aos consumidores por parte das empresas de telefonia ou corre o risco no futuro de ter a sua existência até colocada em risco.

Os consumidores brasileiros exigem melhorias no sistema de telefonia e eles querem isso para ontem. Ficou bem claro para todo mundo. 


Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".  www.educacaofinanceiraparatodos.com

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Como denunciar maus-tratos e abandono de animais?





Todos os dias, na TV ou na internet, não é raro encontrarmos vídeos e relatos de maus-tratos e abandono de animais. É impressionante a frequência com que esses casos acontecem, isso porque só temos acesso a algumas ocorrências, imaginem a quantidade de bichinhos que tem sofrido sem que ninguém saiba ou tome uma atitude. Para evitar que essa situação continue se repetindo, todos precisam fazer a sua parte. 

Resolvi escrever sobre o assunto porque, recentemente, vivenciei um dos casos mais marcantes da minha vida profissional. Estava em São Miguel Paulista a trabalho, quando vi do carro dois vira latas muito bem cuidados andando com um pit bull todo queimado no rosto e em estado de desnutrição avançada. 

Ao presenciar essa cena, parei, abri a porta e chamei-os. Por um instante o pit bull, que estava com coleira, olhou pra mim, com muita dificuldade deu duas abanadas no rabo e veio ao meu encontro. Nesse momento, perguntei para uma moça e um senhor que estavam me observando se o animal tinha dono e eles responderam que não, que estava ali por dias. Na mesma hora, não tive dúvidas, agora ele tinha dono. Abri a porta do carro e o ajudei a subir. 

Quando cheguei ao meu local de trabalho, as pessoas se apavoraram. “Como assim você pegou um pit bull? Como teve coragem?”, perguntaram. Respondi que em 12 anos de profissão lidando com muitas raças de cães e gatos nunca fui mordida por um pit bull, Resolvi chama-lo de El Toro, como o animal forte e lindo, que um dia ele havia sido. Desde então, estou tratando para deixa-lo saudável novamente. Já fizemos duas cirurgias, uma de castração e outra para a ruptura de ligamento no joelho. Em 40 dias, o El Toro já ganhou 10 quilos, mas ainda está magro e em tratamento. 

Parando para analisar o problema é perceptível que nem todo mundo tem coragem ou condições de fazer isso e, por não saberem como lidar com a situação, acabam deixando pra lá. Assim, para evitar que mais casos como esse aconteçam e fiquem impunes, preparei três passos que você pode seguir para ajudar no combate ao abandono e maus-tratos contra animais.


1º Passo: saiba quais atitudes caracterizam maus-tratos
Antes de qualquer coisa, para melhor identificar o caso, você precisa saber quais situações podem ser consideradas como maus-tratos. Veja alguns exemplos: 

·         abandono; períodos acima de 48 horas já caracterizam abandono, ou seja , mesmo que seja por um final de semana.

·         agressões físicas (espancamento, mutilação, envenenamento); 

·         manutenção do animal preso a correntes ou cordas, em locais sem ventilação ou entrada de luz, em locais pequenos e sem cuidados com a higiene ou desprotegido contra o sol, chuva ou frio; 

·         privação do animal a alimentação adequada e diária ou ao atendimento veterinário, caso esteja doente ou ferido; 

·         submissão do animal a tarefas exaustivas de trabalho mesmo que sejam exercícios de competição, ou além de suas forças; 

·         utilização de animais em espetáculos que possam submetê-los a pânico, estresse, agressões, e ·         captura de animais silvestres, seja lá em que condições forem.
Agora, caso presencie a ocorrência de qualquer uma dessas situações, você já pode partir para o próximo passo.


2º Passo: tenha certeza e reúna evidências
Todas as situações descritas acima caracterizam crimes contra os animais, portanto, os responsáveis por cometê-los devem ser punidos. Como sua intenção não é prejudicar ninguém injustamente, o ideal é que você tenha certeza quanto a denúncia que está prestes a fazer. Para isso, procure evidências e testemunhos que comprovem suas suspeitas, fotografe ou filme os animais que estão sofrendo maus-tratos e procure o maior número de informações possíveis para identificar o agressor. Feito isso, é hora de partir para ação.


3º Passo: denuncie
Bom, para de fato conseguirmos mudar, mesmo que pouco a pouco, essa realidade, sempre que presenciarmos algum desses casos devemos denunciar. Esses atos, tanto de abuso como de crueldade, são considerados crimes ambientais e devem ser apresentados à polícia, que formalizará a ocorrência e instaurará um inquérito.
Em São Paulo, a denúncia pode ser feita presencialmente na Divisão de Investigação sobre Infrações de Maus-Tratos a Animais (Avenida São João, 1.247, centro, São Paulo) ou através dos telefones (11) 3338-0155 | 3338-1380. Em todo o país, os casos podem ser relatados ao “Disque-Denúncia“, pelo telefone 181, que realiza atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Com essa atitude você poderá contribuir para mudar a realidade e a qualidade de vida de muitos animais que estão em situação de risco ou abandono por aí. Trata-se de um ato de amor e consciência, não hesite em fazê-lo!



Gabriela Giraldi - formada em Medicina Veterinária e proprietária da Clínica Veterinária Cuidar.


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