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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Em pleno surto de H1N, Prefeitura de São Paulo reduz pronto- socorro





A partir da próxima semana PS Municipal Lauro Ribas Braga, em Santana, irá operar com número reduzido de médicos

O Pronto-Socorro Municipal Lauro Ribas Braga, em Santana, passará a atender, a partir do próximo 1° de maio, com um número menor de profissionais. A mudança é resultado de uma transição na gestão do PS que atualmente é feita pela Santa Casa e passará a ser feita pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), ambas Organizações Sociais (OSs).
Com a troca, 97 profissionais, entre médicos, enfermeiros e funcionários do setor administrativo, foram demitidos. O presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP), Eder Gatti, alerta que a consequência disso é o aumento de filas e a demora no atendimento da unidade que possui demanda de alto fluxo.

A medida vai contra o argumento da prefeitura, que diz estar empenhada em aumentar a oferta de médicos, mas está autorizando e financiando as demissões perpetradas pelas Organizações Sociais. “A Prefeitura de São Paulo não é só conivente, mas também responsável pelas demissões. Foram anunciadas medidas como “quarteirização” de médicos (quando OSs têm aval para contratar médicos na condição de pessoa jurídica) com a justificativa de falta de médicos, mas a própria prefeitura está promovendo e financiando demissões. Isso contribui ainda mais para a precarização do trabalho e do atendimento da população, algo que é inaceitável”, afirma Gatti.

“A demanda do SUS tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos por conta dos surtos de H1N1 e Dengue. O PS não pode perder tantos profissionais em uma situação que já é crítica, pois a assistência à saúde da população local corre o risco de entrar em colapso’, diz Gatti.

Sem infraestrutura
Além da falta de médicos, o Pronto-socorro de Santana padece de uma infraestrutura precarizada. Um exemplo é que PS conta com cinco respiradores para manter pacientes em ventilação mecânica, mas a capacidade da rede de oxigênio da unidade comporta apenas dois desses respiradores. Logo, a vida dos pacientes pode ser colocada em risco se mais de dois pacientes necessitarem do aparelho ao mesmo tempo.

O hospital ainda enfrenta o agravante do déficit da rede de saúde municipal. Pela falta de vagas na rede pública, os leitos de retaguarda do PS, que seriam apenas para manter pacientes em observação, acabam sendo usados para hospitalizações que duram semanas e, às vezes, até meses.

“O PS de Santana não é uma unidade de internação, mas acaba mantendo pacientes ali sem ter estrutura para internação. Esses problemas são sérios e colocam a população em risco. Com a nova medida da prefeitura a situação irá piorar já que a sucessão de OSs irá reduzir o número de médicos’, finaliza Gatti.


Sindicato dos Médicos de São Paulo (SIMESP)
Fundado em 1929, o Sindicato defende a atividade médica, a luta pela dignidade no exercício da medicina e o acesso à saúde como direito do cidadão. Aborda temas como planos de saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), organizações sociais (OSs) e salário dos médicos, entre outros.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

SAIBA COMO ARMAZENAR CORRETAMENTE O ALIMENTO DO SEU PET E EVITE A CONTAMINAÇÃO





Dicas simples podem livrar seu cão ou gato de doenças graves

Você já parou para pensar se o alimento do seu pet está bem protegido? Embora poucas vezes nos atentemos a isso, o armazenamento inadequado pode abrir portas para contaminação por bactérias, fungos e infestações por insetos e roedores, podendo causar sérias doenças em cães ou gatos, de trazer fungos e bactérias para o produto. 

“As contaminações microbiológicas no produto podem desencadear sérios problemas de saúde nos animais, como diarreia, vômito e até quadros graves de intoxicação alimentar”, explica Valéria Salustiano, responsável pela Gestão da Qualidade da Magnus, fabricante de alimentos para cães e gatos.

Para não expor o pet a esses riscos, confira quatro dicas de como armazenar corretamente o alimento dos bichinhos:

1 – Mantenha o alimento na embalagem original
Algumas marcas contam com o sistema de “zíper”, que assegura o fechamento completo da embalagem e auxilia na manutenção da qualidade e das características sensoriais do alimento, isto é, o odor e a palatabilidade do produto.

“Ainda que, após aberta, o consumidor prefira guardar o alimento dentro de um pote, o ideal é que se mantenha sempre na embalagem original, pois nela estão impressas informações importantes de rastreabilidade, como lote de produção, data de validade e informações nutricionais”, ensina Valéria.

É interessante destacar que a Linha de produtos Fórmula Natural, da mesma fabricante dos produtos Magnus, possui algumas apresentações de produto de 7 e 14Kg embaladas de forma fracionada, com pequenos pacotes internos de 500g respectivamente, o que propicia praticidade ao cliente. Com este conceito, o cliente pode abrir um pacote de 500g por vez, sem expor todo o alimento aos perigos de contaminação.

2 – Não deixe a embalagem armazenada diretamente no chão
A especialista esclarece que armazenar a embalagem diretamente sobre o piso pode propiciar a transferência de umidade para o produto, provocando a deterioração do alimento e desenvolvimento microbiano.

“Se o alimento estiver armazenado na lavanderia ou no canto de garagens abertas, por exemplo, certamente ele absorverá umidade e se deteriorará, facilitando a proliferação de fungos e bactérias”.

Outra preocupação nessas situações, é a possibilidade de roedores terem contato com o produto, pois estes podem, através da sua urina, transmitir a leptospirose. Também não é recomendado deixar o alimento do pet exposto por muito tempo, nos comedouros dos animais, pois seu odor atrai esses vetores de doença.

3- Vede bem o pote e o proteja do sol e da luz
O calor e a luz são também inimigos da boa conservação de alimentos para cães e gatos, pois podem alterar a qualidade do alimento. “Por isso, proteja o pote da luz e do calor, pois eles podem acelerar reações enzimáticas fazendo com o que produto perca sua qualidade”, conta ela.

4 – Mantenha o alimento em lugar limpo e higienize sempre o comedouro do pet
Como última dica, Valéria afirma que não adianta seguir todas essas recomendações se o recipiente de armazenamento do alimento e o comedouro estiverem em um local sujo. “Isso anula todos os cuidados anteriores. Mantenha o pote, o comedouro e a área em que eles ficam sempre limpos e contribua para a garantia da segurança alimentar do seu pet”, finaliza a responsável pela gestão da qualidade da Magnus.


A era da tensão ocular digital






A síndrome da visão do computador está aqui para ficar, os oftalmologistas devem estar preparados para aliviar os sintomas


Num artigo muito interessante, publicado no Healio, Ocular Surgery News, o oftalmologista Mitchell A. Jackson conta que seu filho de 17 anos de idade assinou, recentemente, um contrato profissional para ser jogador de videogame e irá participar da maior competição  mundial de computadores. Ele assinou com o Team Liquid, em Los Angeles, e participará, juntamente com mais dez jovens americanos, do Campeonato Mundial na Ásia ainda neste ano. No ano passado, essa competição foi vista por 27 milhões de pessoas no mundo, 13 milhões a mais do que viram a World Series no mesmo ano. A World Series é a série final do campeonato de beisebol da Major League Baseball.

As vantagens profissionais que este adolescente terá com eGamer não são diferentes do que a de um jogador profissional da NBA, quando o jogador atinge status profissional. A boa notícia é que, nesta época de tensão ocular digital, a carreira de eGamer pode valer a pena para o adolescente e os oftalmologistas estão cada vez mais mergulhados nas possibilidades terapêuticas  para tratar a  síndrome da visão do computador (CVS).

Como os oftalmologistas podem ajudar seus pacientes?

“Por definição, a síndrome da visão do computador (CVS) é uma condição que normalmente ocorre devido ao esforço excessivo para focar em um computador ou dispositivo semelhante (iPad, tablet, smartphone)  de uso prolongado por períodos ininterruptos de tempo. Os sintomas da CVS incluem astenopia, dores de cabeça, visão flutuante, olhos secos, olhos vermelhos e / ou diplopia”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion (CRM-SP 13.454), diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

De acordo com o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional, a CVS afeta cerca de 90% das pessoas que passam 3 horas ou mais por dia no computador. “O olho seco evaporativo é provavelmente o problema ocular mais comum nos consultórios, relacionados com a CVS. Não só a CVS causa o olho seco evaporativo, como também  o olho seco exarceba os sintomas da CVS, criando um ciclo vicioso para o paciente”, explica a   oftalmologista Sandra Alice Falvo (CRM-SP 59.156), que integra o corpo clínico do IMO.

Tratamentos

“O tratamento padrão da CVS se inicia com lágrimas artificiais que contêm uma formulação à base de óleo. A regra de 20/20/20 também é ensinada aos pacientes com CVS. Nós os ensinamos a focar sobre um objeto a 20 cm de distância, por 20 segundos, a cada 20 minutos, ao fazer as tarefas que exigem o uso da visão de perto, especialmente no computador”, diz Falvo.

Para aqueles pacientes que tem pré-presbiopia, os óculos de leitura podem ser úteis para aliviar alguns dos sintomas da CVS. Para aqueles que utilizam dispositivos digitais, ajustar a configuração no visor podem reduzir a fadiga ocular causada pelo brilho / contraste.

“Quando a presbiopia é corrigida cirurgicamente, a luz solar natural e o brilho das lâmpadas de LED  oferecem aos pacientes uma melhor capacidade de visão de perto no pós-operatório, especialmente após a  colocação das lentes intraoculares”, informa a oftalmologista.

O impacto de estrabismo e / ou ambliopia interferem no pré-operatório da presbiopia, por isso as expectativas do paciente devem ser esclarecidas no pré-operatório. “É preciso ser realista e saber o nível de visão não corrigida que pode ser obtido no pós-operatório. Pacientes que operam a catarata também podem ter a presbiopia corrigida em ambos os olhos por meio do implante de lentes intraoculares”, diz a médica.

As tarefas de visão de perto diárias de ambos os pacientes cirúrgicos e não-cirúrgicos são testadas pelas longas horas que a maioria de nós gasta em computadores e em outros dispositivos eletrônicos.  “Certos aplicativos também estão disponíveis para ajudar a aliviar a CVS e ajudar na melhoria da visão de perto após o implante de LIO para correção da presbiopia, tais como GlassesOff. Por uma pequena taxa, os pacientes podem usar este aplicativo em seus smartphones para melhorar continuamente a sua visão de perto não corrigida”, conta Sandra Falvo.

Novos tempos

“Nesta época de tensão ocular digital, a síndrome da visão do computador está aqui para ficar, quer queiramos ou não, e temos de estar preparados para aliviar a sintomatologia associada com estas condições, tanto no pré-operatório, quanto no pós-operatório de diversas condições oftalmológicas. O caminho é conversar com o paciente e conhecer as expectativas dele sobre sua visão de perto para realizar suas demandas diárias. A CVS vai desafiar nossas tecnologias mais avançadas, mas usando as estratégias acima mencionadas e contando com a evolução das neuroadaptações poderemos ofertar mais conforto aos pacientes”, diz Virgílio Centurion.




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