Pesquisar no Blog

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Use a tecnologia a favor da sua memória!

Ferramentas digitais quando bem aproveitadas são uma excelente aliada para um cérebro mais ativo

 

 “O que eu ia fazer no celular mesmo?”, “por que eu entrei neste site?”, “peraí, deixa eu lembrar...”. Você já percebeu que quanto mais tempo você fica na internet, mais lapsos de memória você tem?

Isso pode não ser apenas coincidência, mas sim um sinal de que o uso excessivo de celular já está alterando a sua capacidade de reter memória a longo prazo.

Em 2020 a tecnologia tem sido uma ferramenta indispensável para aproximar crianças da educação e manter idosos conectados ao mundo, mas o seu uso indiscriminado pode trazer prejuízos em diferentes faixas etárias.


Preciso me preocupar?

De forma geral, o celular e o computador podem ser grandes aliados no processo de aprendizado e não devem ser vistos como inimigos.

O ponto de atenção está no uso excessivo destes recursos, o que, para o cérebro, pode ser prejudicial para a formação de memórias de curto, médio e longo prazo como explicou Patrícia Lessa, Diretora Pedagógica do Supera.

“Os recursos tecnológicos nos proporcionam um volume grande, veloz e superficial de informações. Como a quantidade de estímulos é grande e o cérebro não tem tempo suficiente para assimilar todos eles, o uso excessivo deles pode prejudicar a formação de memória”, disse.


Mas a partir de que ponto os esquecimentos podem apontar para algo mais sério?

Segundo Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Supera, é necessário se preocupar a partir do momento em que os lapsos de memória se tornam mais frequentes; principalmente, em atividades que eram consideradas rotineiras.

“Em alguns casos, algumas disfunções comportamentais e dificuldades na linguagem também podem ser considerados indícios de alguma demência mais séria”, alertou.

 

Tecnologia e estimulação cognitiva de mãos dadas

Durante a pandemia, milhares de alunos do Supera em todo o Brasil contaram com recursos digitais para continuarem estimulando o cérebro de forma correta.

O uso de tecnologias feito pelo Supera tem oferecido ao aluno experiências com alta qualidade, focadas na oferta de atividades que proporcionam novidade, variedade e desafio crescente ao cérebro, o que aumenta sua capacidade de performance a médio e longo prazo.

É muito simples entender como a memória funciona quando usamos como exemplo um celular e um livro. Para ler um livro, por menor que seja, precisamos dedicar 100% de nossa atenção, em uma narrativa contínua com começo, meio e fim.

Quando lê um livro o leitor não tem em suas páginas distrações como propagandas ou pop ups, ou seja: se mantém ali, inteiro, dedicando seu tempo integralmente ao que está escrito.

As informações assimiladas desta forma são mais facilmente retidas pelo cérebro e facilitam na criação de memória a longo prazo o que nem sempre acontece com o celular que oferece estímulos diferentes a todo momento.

“A tecnologia mostrou sua força em 2020 e por isso o meio do caminho é o ideal. Não é aconselhável, sobretudo para idosos e crianças, utilizar a recursos tecnológicos como única forma de instrução por um longo período. Quando falamos da saúde do cérebro, os recursos tecnológicos e não tecnológicos devem ser utilizados de forma híbrida e na mesma intensidade, respeitando os tempos de pausa, mesmo em plataformas de Ensino à distância. Se isso for observado a tecnologia pode ser uma grande aliada do cérebro” disse Patrícia.

 

Como eu retenho informações?

O processo de armazenagem das informações no cérebro que é dividido em três fases: aquisição, estocagem e recuperação:


Aquisição: quando prestamos atenção, os cinco sentidos entram em ação, pois é preciso ouvir, sentir, cheirar, ver ou tocar.


Estocagem: nesta etapa, o cérebro processa as informações no hipocampo, que por sua vez envia esta mensagem para o córtex. Esta região do cérebro determina quais informações devem ser armazenadas e quais devem ser descartadas.


Recuperação: trata-se da lembrança, quando a massa cinzenta é vasculhada à procura de informações espalhadas pelo córtex.

O desempenho e a capacidade da memória são influenciados por diversos fatores, entre eles destacam-se o desenvolvimento fisiológico do cérebro, a aquisição de conhecimento, o contexto ambiental e o uso de estratégias do próprio conhecimento.

Os principais sinais são situações frequentes de falta de atenção, esquecimentos rotineiros, cansaço mental e dificuldades de estabelecer uma organização, tanto da rotina quanto do ambiente.


A importância da ginástica para o cérebro

Além de todas as dicas que já demos aqui, para turbinar o cérebro e mantê-lo sempre jovem, a orientação é evitar rotinas e situações que coloquem o cérebro no piloto automático. O ideal é esforçar-se e encarar novos desafios diariamente.

“Aprender a tocar um instrumento diferente, estudar, ir ao cinema, fazer amigos, participar de discussões, escrever e fazer ginástica cerebral são alguns exemplos de atividades que ativam os neurônios e restabelecem as conexões entre eles”, disse Solange.

Para manter o cérebro ativo e jovem, a ginástica para o cérebro tem apresentado resultados concretos na vida de quem a prática.

Dentre os seus benefícios estão maior capacidade de memória, atenção, concentração, memória, agilidade de raciocínio e coordenação motora.

Além de melhorar as habilidades cognitivas, a prática da ginástica cerebral mantém o cérebro jovem, pois é responsável por estimular as conexões neurais, garantindo um desempenho efetivo da memória e do pensamento.


Médica alerta para os cuidados com idosos nas festas de fim de ano

As festas de fim de ano, diante da gravidade de uma pandemia, ganharão novos ares em 2020. As famílias precisarão conciliar o encontro afetivo com medidas de proteção e isolamento. No caso do convívio com idosos, a preocupação deve ser redobrada. Médica do Residencial Club Leger, instituição dedicada ao acolhimento de pessoas da terceira idade, Simone Henriques acredita que, com todos os cuidados exigidos, as reuniões familiares não deixem de acontecer.

- Por serem momentos simbólicos das famílias, as festas de fim de ano não devem ser anuladas. É importante que a família celebre, que esteja reunida. Alguns cuidados devem ser tomados para tal, como uso de máscaras e evitar número grande de pessoas presentes. O mais adequado é restringir o encontro a núcleos menores - aconselha a médica do Residencial Club Leger.

A especialista destaca a importância do fortalecimento dos vínculos afetivos e da convivência para a saúde mental dos idosos.

- A manutenção desses vínculos é um dos fatores de estímulo à cognição -, acrescenta a médica.


Distúrbios neurológicos na infância em tempos de Covid-19

Em virtude da Covid-19, muitas famílias ficaram meses em isolamento.  Na saúde, um dos reflexos é a demanda reprimida de atendimentos: cerca de 700 milhões de procedimentos médicos, segundo o Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

 

Há preocupação particular com as crianças afetadas por doenças neurológicas - pacientes com epilepsia e distúrbios de comportamento como hiperatividade, cefaleia e déficit de atenção, por exemplo.

 

“A epilepsia causa crises de repetição; alguns pacientes conseguem controlar mais facilmente, mas cerca de 30% terão episódios de difícil controle”, informa dra. Letícia Pereira Brito de Sampaio, coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Infantil da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

 

Especificamente quanto à Covid-19, crianças com doenças neurológicas devem seguir as mesmas orientações das demais para prevenção: usar máscaras, álcool gel e evitar aglomerações. Se portadoras de epilepsia de difícil controle, são necessários cuidados extras, como medicação mais frequentemente.  

 

Bom frisar que os pequenos com distúrbios neurológicos não fazem parte do grupo de risco do Sars-Cov-2. Portanto, seguidos os protocolos de segurança, é fundamental que pais e responsáveis retomem tratamentos e sigam o calendário de consultas médicas.  

 

No caso do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a dificuldade imediata é permanecer isolado em casa.  “Uma criança com tal quadro precisa de muita atividade ao ar livre e gastar a energia. Quando confinada, fica bem agitada. Algumas apresentam mais sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade”, afirma a dra. Letícia. Um bom conselho é dosar o tempo de TV e de aparelhos eletrônicos.

 

Cuidados fundamentais

 

Evitar contato físico com pessoas com doenças respiratórias agudas, lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, com frequência, ou higienizá-las com o álcool em gel, evitar tocar nos olhos, nariz e boca, cobrir a tosse e espirro com lenço de papel descartável, desinfetar superfícies regularmente e abdicar de apertos de mãos, abraços e beijos seguem como principais medidas de prevenção à Covid-19.


Onde mora o seu extraordinário?

 

Divulgação

Falamos muito em viver o presente, em aproveitar o dia de hoje como se fosse o último. É importante que o façamos, sim, pois o amanhã é sempre uma ilusão. Mas, se plantamos nossos pés demasiadamente firmes no chão, esquecemo-nos do extraordinário.

Existe extraordinário nas pequenas coisas, é verdade, mas não é dele que falo aqui. Falo de um invisível grandioso, daquele ponto de virada na vida de cada um, daquele acaso positivo que chega e muda tudo, das sincronicidades. O extraordinário vai além do sonho, muito além. Você sabe onde mora o seu?

Todo mundo guarda na gaveta da alma algum tipo de mistério, como se repousasse no segredo da existência a possibilidade do inesperado. E se o inesperado for bom, for verdadeiramente extraordinário, é preciso estar preparado.

Pode ser que este ponto além da curva do sonho nunca aconteça, pois exige mais que trabalho e dedicação, exige uma boa dose de sorte também. Mas que graça tem a vida se não acreditarmos que, a qualquer momento, um bom vento pode soprar? Se não acreditarmos que existe uma teia invisível de sortes e acasos que, de repente, nos encontra e... UAU, lá estamos nós vivendo algo fenomenal?

Somos um mosaico de momentos. Precisamos bem viver o nosso agora, pois é a única certeza que temos. No entanto, vez por outra, recomendo abrir a gaveta da alma onde mora a fé no surpreendente - por mais boba e adormecida que pareça a fé, por mais impossível que pareça o surpreendente.

Recomendo abrir a gaveta e olhar dentro dos olhos das coisas sublimes para que elas não se esqueçam de nós e, principalmente, para que nós não nos esqueçamos de que elas existem.

É importante saber onde moram nossas esperanças mais altas, nossos extraordinários, nossos pontos de virada.

Em tempos tão desafiadores, o presente não basta!

 



Juliana Valentim - jornalista e escritora brasiliense com três livros publicados, incluindo o lançamento “O Abrigo de Kulê”. É também influenciadora digital no perfil literário @palavrasquedancam.

 

Dia do Palhaço: Por que algumas pessoas têm tanto medo deles?

A ciência explica: coisas ambíguas, em geral, dão muito mais medo do que aquelas que são abertamente ruins, confirma neurocientista Fabiano de Abreu. Este fator pode explicar tamanho medo que algumas pessoas possuem destes personagens tão comuns.

Hoje é 10 de dezembro, data em que se celebra no Brasil o Dia do Palhaço. Personagens tão comuns na infância, conseguem despertar um sentimento forte de medo em crianças e até em alguns adultos. Tamanho receio diante daquelas figuras caricatas pode ser explicado com ajuda da ciência.

Segundo o neurocientista, filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu, tudo é fruto da forma como a nossa mente observa o personagem: “A figura do palhaço se enquadra no famoso ditado ‘lobo em forma de cordeiro’. Afinal, por não sabermos o que está por trás daquela máscara, o nosso cérebro reptiliano (aquele que é fruto de milhões de anos de evolução), ativa um sinal de alerta de perigo diante deles.”

Quando isso acontece, “além dos neurônios já terem armazenado as figuras que envolvam riscos reais, o corpo desperta a ansiedade, e, consequentemente, ativa a amígdala. Esta é uma região do cérebro que cuida dos instintos e das emoções, e ela traz este sentimento de preocupação e inicia uma série de pensamentos negativos para a pessoa”, explica.

No entanto, Abreu ressalta que não são todos os personagens tradicionais da infância que geram este sentimento nas pessoas: “Um exemplo disso é quando a pessoa alimenta uma figura engraçada e carinhosa, como o Papai Noel, e outra debochada, como o palhaço”. A imagem natalina, por exemplo, é algo de fácil identificação na mente humana, "pois mesmo a pessoa tendo a barba real ou postiça, por exemplo, o cérebro traz aquela ideia real de um bom velhinho. Além disso, a pessoa já tem essa informação guardada de que um idoso não vai fazer mal”, completa.

Mas, com o palhaço a história é um pouco diferente: “Neste caso, por serem personagens espalhafatosos, que gostam de zombar com as outras, com brincadeiras que não inspiram conforto e segurança, geralmente eles acabam amedrontando as crianças com essas atitudes e se tornam um símbolo de terror, por exemplo. Daí este medo tão grande deles”, reforça o neurocientista. 

Além disso, Fabiano enfatiza que, “como o palhaço é um personagem ambíguo, esta insegurança está ali guardada na parte mais instintiva do cérebro”. Para reverter isso, é importante que as famílias reforcem a visão contrária do palhaço para que a criança não cresça com estes bloqueios na mente: “Mostre que aquela figura é engraçada, divertida e que ele vai trazer coisas boas para a criança”, recomenda. Depois disso, é só aproveitar o espetáculo e dar boas risadas com eles.


Breve carta para um futuro próximo

 Opinião:

Imagino se eu pudesse falar, hoje, com alguém que é jovem em um Brasil cinquenta anos no futuro... do que eu falaria? Minha curiosidade buscaria saber do presente dele ou se ele tem alguma notícia do meu presente? Também gostaria de saber como ele imagina o futuro dele à partir do presente que é um futuro que eu só imagino. Tantas perguntas. Conseguiríamos conversar? Ele reconheceria as minhas referências? Se eu citasse a pandemia, os mais de cem mil mortos, ele saberia do que estou falando? Ou será que o jovem do futuro é como quase a metade dos jovens europeus de hoje que não reconhecem mais o significado da palavra Holocausto? Não posso saber.

Olho para o futuro e o vejo como uma continuidade do nosso presente, um desdobramento, uma linha sendo desenhada, os pontos conectados em uma ordem da esquerda para a direita. Mas sei que isso é um erro, fruto da ilusão que construímos com as nossas narrativas históricas, imaginadas a partir de causas e consequências. Nossa consciência é inventada a partir de relações anacrônicas, nas quais projetamos valores e conteúdos que não existiam no passado, mas que acreditamos existir para justificar certa linha do tempo que desagua no presente que admiramos ou repudiamos. Com o futuro, agimos da mesma forma. E, por isso, conjecturamos esse futuro como um paraíso da tecnologia que resolve tudo ou o pesadelo da crise ambiental e dos governos orwellianos, tudo ao sabor do nosso estado de espírito.

Só por hipótese, imagino escrever a esse jovem de 2070. Escolho palavras como, por exemplo, “direita e esquerda”. Fará sentido para ele? É fato que faz para nós, mesmo tendo passado mais de trinta anos do fim da Guerra Fria e mais de cinquenta anos do bloqueio de Cuba e da construção do muro de Berlim. E “Democracia”, o que ele terá a dizer? E “Ciência”? E “diversidade”? Será que as escolas do futuro vão relativizar de tal forma os conceitos e valores que teremos jovens a favor e contra a Ciência, como quem torce para times de futebol? Ou que se revoltarão com uma propaganda que mostra um homem trans exibindo, orgulhoso, sua condição de pai? Ou, ao contrário, a diversidade terá sido normalizada e o estranho será chamar a atenção para ela, como os peixes que se surpreendem com a pergunta “como está a água?”.

O futuro que imaginei para mim quando eu era jovem acabou sendo bastante frustrante. Eu dizia: “Daqui quarenta anos o mundo vai estar melhor, a tecnologia vai unir as pessoas, facilitar a vida de todo mundo, libertar do fardo do trabalho repetitivo, diminuir a miséria e tornar as decisões mais democráticas, já que, enfim,  estaremos todos conectados."

Muitas vezes temo pelo futuro que não será mais meu. No entanto, exatamente como errei quando era jovem, posso estar errado de novo. Porque o que fazemos no mundo não é uma narrativa de causas e consequências na qual o futuro precisa ser necessariamente um devedor do seu passado, o nosso presente. Como já dizia o poeta: “Inútil seguir vizinhos, querer ser depois ou ser antes, cada um são seus caminhos, onde Sancho vê moinhos, D. Quixote vê gigantes. Vê moinhos? São moinhos. Vê gigantes? São gigantes.”

Se eu pudesse falar com um jovem do futuro, diria isto para ele: “Não se amedronte, tudo o que está aí ao seu redor são peças de um quebra cabeças cuja imagem só se revela depois de pronto e, então, é o fim do jogo e elas se dispersam novamente, formando novos desenhos, para os novos jogadores que virão igualmente amedrontados de que não serão capazes, de que será impossível. Mas todo mundo deixa um desenho sobre a terra, uma marca indelével da sua existência. E todo mundo pode olhar o desenho dos outros ou, se tiver sorte, conversar com alguns de seus autores. E entender que pode ver a mesma coisa como moinho ou como gigantes. Mesmo que só haja moinhos".

 


Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.

danielmedeiros.articulista@gmail.com
@profdanielmedeiros


Eu e o Covid: a importância da estratégia na vida das pessoas

Com a chegada da pandemia da Covid-19 no Brasil e o fechamento generalizado da economia ocorrido em março, o Grupo de Pesquisa e Estudos Prospectivos NEP-Mackenzie desenvolveu cenários para o período pós-Covid-19 (https://bit.ly/2VTRWUQ). 


O estudo me alertou em relação a politização da saúde no país e o perigo desse movimento. Um tratamento equivocado poderia levar ao agravamento da doença, ainda mais no meu caso por ser asmática. Nesse contexto, passei a estudar a doença, pois sem informação não é possível tomar decisões adequadas.

Como em qualquer processo de formulação de estratégia é necessário conhecer a si mesmo, seus pontos fortes e fracos (no caso, como está a sua saúde), seu "inimigo" (no caso o coronavírus) e o ambiente em sua volta. O levantamento dessas informações é chave. Lembro que somos diferentes e cada um terá que identificar suas vulnerabilidades e tratá-las.

Não sou da área de saúde, mas minha principal competência, além de pesquisadora, é a de produção de informação estratégica e utilizei tal competência a meu favor. Procurei levantar o máximo de informação sobre a doença e tratamentos existentes para decidir qual seria a estratégia a ser adotada contra a covid-19, caso me deparasse com o vírus.

Após analisar os dados e entrevistar vários médicos de diferentes áreas de atuação, sendo muitos da frente de batalha, fiz minha escolha: seguir o protocolo de Madri e fortalecer meu organismo para enfrentar a doença quando ela chegasse: alimentação saudável, exercícios físicos diários e reforço vitamínico - elementos básicos para o fortalecimento do organismo e da imunidade.

Faltava escolher o médico. Queria alguém que estivesse disposto a seguir o protocolo de Madri. O problema é que muitos médicos, apesar de confidenciarem que o utilizariam caso fossem acometidos pela doença, não o prescreveriam, pois não havia indicação nem comprovação científica para seu uso. Finalmente, encontrei um médico disposto a seguir o protocolo de Madri. Ele me submeteu a uma série de exames para verificar como estava a minha saúde e se havia alguma deficiência. Segui as orientações dele, que dosou as vitaminas que eu já estava tomando e acrescentou outras. Afinal de contas, não basta planejar é necessário executar a estratégia formulada.

Apesar de todos os cuidados e de estar "em casa" durante todo o período, pois comprava tudo a distância, saia apenas para fazer as caminhadas diárias e mais recentemente para fazer os exames médicos - para ter um diagnóstico da minha saúde - em meado de novembro a doença atingiu o meu lar. Entretanto, eu estava preparada. A estratégia traçada foi executar, de forma rápida e precisa. O médico entrou rapidamente com a medicação da primeira fase e, apesar de eu fazer parte do grupo de riscos, os sintomas foram leves e duraram poucos dias. Não precisei entrar com as medicações indicadas para a segunda fase.

Os cuidados durante a doença também foram importantes: isolamento, repouso, alimentação de qualidade e muito líquido. Esses elementos junto com os medicamentos são chave. O isolamento, além de evitar a contaminação de terceiros, evita o recebimento de nova carga viral, o que pode levar ao agravamento do quadro. O uso das vitaminas e suplementos alimentares ajudam meu organismo, pois não sentia fome. No início, não conseguia comer, pois o cheiro me deixava enjoada e depois que perdi o olfato, mal conseguia comer. Mesmo tomando suplemento alimentar emagreci três quilos em duas semanas.

Eu já possuía até um plano de contingência, caso eu tivesse que ser internada. Para toda estratégia, você tem que ter o seu plano de contingência: e se?

Muitas pessoas sabem e praticam em suas organizações a formulação de estratégia ou o planejamento estratégico e esquecem de fazer isso para suas vidas. Entretanto, o uso dessa metodologia na nossa vida pessoal pode ser decisivo, com esse exemplo que compartilho.

Quando não temos uma estratégia para a nossa vida, passamos a fazer parte da estratégia de alguém. Perdemos as rédeas de nossa vida que passam a ser conduzida pelo acaso ou pela estratégia de terceiros. Nesse contexto, convido-o a ser um construtor do futuro, de estar no comando de sua vida. Lembro que, para tanto, você terá que investir um tempo para produzir informação que aumente o seu conhecimento sobre si mesmo, sobre o "inimigo" e sobre o ambiente no qual está inserido. Sem informação de qualidade não há boa decisão. Como somos diferentes, cada um terá que encontrar o seu caminho.

Se você ainda não contraiu a doença, formule sua estratégia, pois mais cedo ou mais tarde você poderá se deparar com ela e, estando preparado, será muito mais fácil passar por ela. Lembre-se que o vírus está no ambiente.

Resolvi compartilhar minha história, pois ela pode servir de inspiração para outras pessoas que se esquecem da importância da formulação de uma estratégia e sua execução para a suas vidas pessoais. A covid-19 é um exemplo, mas temos que nos posicionar como condutores da nossa vida, sendo assim:
Seja um construtor do seu futuro!

 



Dra. Elaine Marcial - coordenadora do Grupo de Pesquisa e Estudos Prospectivos NEP-Mackenzie - Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília, e especialista em planejamento por cenários e inteligência competitiva.

COM A SÃO SILVESTRE PRORROGADA CORRIDAS VIRTUAIS SÃO A NOVA REALIDADE: COMO SE PREPARAR?

Fisioterapeuta destaca que postura, cronograma de treinos e descanso são essenciais para evitar risco de lesões durante o esporte.


Saudades de uma corrida de rua com muita aglomeração, né, minha filha? Correr é uma ótima atividade cardiovascular e traz ótimos benefícios para a saúde. No entanto, desde que a pandemia se instalou entre nós, muitos eventos foram cancelados para evitar multidões e manter o distanciamento entre as pessoas, no início, até mesmo as corridas em carreira solo estavam sendo evitados. E nove meses depois, nem mesmo a São Silvestre, mais famosa e tradicional corrida de rua do Brasil ficou de fora, o grande evento que acontece sempre no 31 de dezembro precisou ser remarcado para julho do ano que vem. 

Neste novo cenário, as corridas virtuais estão se tornando uma alternativa popular. Nessa modalidade o corredor pode correr em qualquer lugar, no seu próprio ritmo, ao ar livre ou dentro de casa, do jeito que preferir. “Nesse caso o próprio corredor escolhe onde será sua linha de chegada, dentro dos seus limites e da sua realidade. Minha principal dica é manter o corpo em movimento e se manter o mais longe possível do sedentarismo, sempre em contato com o seu médico e tomando todos os cuidados necessários” – destaca Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos. 

De acordo com o especialista é importante que o corredor conheça suas limitações e não sobrecarregue demais o corpo. “A corrida, de maneira geral é um ótimo exercício, mas mesmo que você já treine há algum tempo é preciso estar preparado para este impacto que a corrida gera nos membros inferiores e em toda a musculatura corporal. Se você vai começar a correr ou se ficou um tempo parado, os cuidados devem ser redobrados” – O especialista em fisioterapia músculo esqueléticaexplica que um movimento errado, uma compensação que o corpo faz em determinado momento e até mesmo a maneira de movimentar pernas e braços interferem diretamente não só no resultado, mas também na saúde do corredor. 

A chave é não exagerar. “Ninguém quer uma lesão por uso excessivo devido a um aumento repentino na quilometragem ou na intensidade. Por isso, é necessário se preparar, com treinos de força e mobilidade. Dessa forma é ideal que o corredor tenha um cronograma de exercícios”. E se você tá pensando em participar de uma corrida virtual, o Bernardo Sampaio separou algumas dicas que podem te ajudar a completar a corrida com resultados mais satisfatórios e o melhor, preservando o seu bem-estar. Confira:

 

1. Avaliação física

Antes de iniciar qualquer atividade física é necessário avaliar como está à saúde do seu corpo e para isso, fazer exames torna-se essencial, pois eles poderão detectar possíveis problemas para que no futuro as lesões possam ser evitadas. Por isso, fazer avaliações como a de pisada, é muito importante para a saúde do corredor, afinal o ato de correr causa impactos diretamente nas partes inferiores do corpo.

 

2.Exercícios de fortalecimento

O nosso corpo precisa estar devidamente preparado antes de iniciar atividades físicas como a corrida, afinal, não adianta sair por ai correndo como se não houvesse amanhã, pois o seu corpo necessita de um preparo muscular e articulado. Por isso, fazer exercícios de fortalecimento, de força e flexibilidade são fundamentais para evitar futuras lesões. É importante fazer treinos intensos e curtos, que podem melhorar a força máxima, permitindo ter um ritmo mais constante na prova.

 

3. Postura correta

Pode até parecer que não, mas a postura faz uma grande diferença na hora da corrida. Afinal,uma má postura pode ser inimiga número um de qualquer corredor, podendo gerar inúmeros problemas a longo prazo. Por isso, fazer uma análise cinemática com um fisioterapeuta é muito importante, pois essa avaliação detecta os movimentos da corrida de forma detalhada, apontando possíveis lesões referentes à postura e a intensidade através de uma tecnologia em 2D. Dessa maneira, são feitos os ajustes posturais e ergonômicos.

 

4.Organize seus treinos

É extremamente necessário fazer a progressão correta do seu treino, de preferência com o auxilio do seu treinador mesmo que virtualmente. Além disso, criar uma planilha direcionada a sua capacidade física e específica para a prova e treinar proporcionalmente com volume e intensidade nas horas certas são indispensáveis para um bom resultado.

 

5. Descanso

Descanse. Você não precisa levar o corpo à exaustão toda vez que for correr, por isso pegue leve e invista em treinos ocasionais para relaxar o corpo e se livrar do estresse. Antes da corrida tenha uma boa noite de sono, afinal dormir bem é fundamental para a recuperação metabólica e muscular. Sem descanso o corpo não recupera, cansaço é cumulativo e o risco de lesões e overtraining crescem.

 

 


BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta (Crefito: 125.811-F), diretor regional da Associação Brasileira de reabilitação de coluna - ABR Coluna e diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e do Instituto Imparare e leciona como convidado no cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.brewww.itcvertebral.com.br

Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea: 14 a 21 de dezembro

Campanha alerta sobre a importância de um gesto que pode salvar vidas


A Afip Medicina Diagnóstica participa da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, entre os dias 14 e 21 de dezembro. O objetivo é conscientizar sobre a importância de um gesto capaz de salvar vidas. O Brasil é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo, com cerca de 3,5 milhões de cadastrados, de acordo com Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).

Vítor de Carvalho Queiroz, médico hematologista da Afip Medicina Diagnóstica, explica que os principais beneficiados com o transplante de medula são os portadores de doenças hematológicas como leucemias, linfomas, mielodisplasias (quando a medula para de produzir células saudáveis) e anemias graves, sejam adquiridas ou congênitas. Outras doenças, porém, também podem ser tratadas dessa forma, entre elas doenças do metabolismo, doenças autoimunes e outros tipos de tumores, pontua.

Veja abaixo 5 dúvidas do público sobre a doação de medula óssea, respondidas pelo especialista.


  • Como posso me tornar um doador?

Queiroz afirma que, para ser um possível doador, o primeiro passo é se cadastrar no hemocentro mais próximo. Dessa forma, você fica cadastrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).


  • Quando eu me cadastro no REDOME estou fazendo uma doação de medula?

Não. A doação de medula óssea não é realizada no momento do cadastro. No hemocentro são coletados dados pessoais e uma simples amostra de sangue, para identificação de HLA, um teste que identifica a compatibilidade entre receptor e doador, próprio para o transplante.

Caso seja encontrado algum receptor compatível no banco de dados, o doador será convocado para entrevista e explicação do procedimento, podendo então aceitar ou recusar a doação. O processo todo é feito sob sigilo, e os dados do doador não são informados ao paciente. 


  • Quem pode doar?

 

É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante e não apresentar doença neoplásica (câncer) ou hematológica.

 

  • Como a medula é coletada para o transplante?

Há dois tipos de coletas de medula óssea: por aférese ou cirúrgica. Ambos os procedimentos são realizados em ambiente hospitalar vinculado a um serviço de hemoterapia especializado em transplantes. A escolha pelo tipo de procedimento é feita pelo médico que acompanha o paciente que vai receber a medula.

Na coleta por aférese, o doador faz uso de uma medicação por 5 dias para estimular as células-tronco hematopoiéticas circulantes no sangue. Após o período de estímulo, a coleta é realizada por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador.

A máquina de aférese filtra e centrifuga o sangue do doador, separando as células-tronco hematopoiéticas. Os elementos do sangue que não são necessários ao paciente são devolvidos ao doador, e as células-tronco hematopoiéticas são congeladas para infusão no paciente que será submetido ao transplante. O procedimento dura cerca de 4 a 6 horas e não há necessidade de anestesia.

Na coleta cirúrgica, é necessária anestesia geral e internação por 24 horas. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia do doador por meio de punções com agulha própria. O procedimento dura em torno de 90 minutos, e a medula óssea do doador se recompõe em 15 dias. Os doadores podem voltar às atividades normais uma semana após a doação.


  • A doação é um procedimento de risco?

“O procedimento é considerado de baixo risco, com intercorrências controláveis e relacionadas a anestesia. Por isso, a saúde do doador é checada antes e após o procedimento, com exame físico e exames de laboratório”, explica, Queiroz.

No caso da coleta cirúrgica, pode haver dor após o procedimento, mas é controlável com uso de analgésicos simples. “Há casos de dor de cabeça e cansaço, porém em 15 dias a medula óssea estará completamente recuperada, e os sintomas melhoram nos primeiros dias após a coleta”, esclarece o médico.

 


Afip Medicina Diagnóstica

www.afipdiagnostica.com.br 


Quais alimentos devo comer antes da doação de sangue?

Doe sangue, salve vidas.


Doar sangue ou plaquetas é uma experiência muito gratificante. Com apenas uma doação de um litro é possível salvar até 3 vidas. Toda vez que uma pessoa doa sangue, ele ajuda pacientes com câncer, transplantados, queimados, bebês prematuros, entre muitos outros.

Os doadores podem sentir certos efeitos colaterais como fadiga ou tonturas. Além disso perdem um pouco de ferro.No entanto, isso pode ser corrigido com nutrição equilibrada incluindo principalmente alimentos fonte de ferro, vitamina C, B2 e B9. As sugestões a seguir podem ajudá-lo a se preparar e evitar possíveis desconfortos e carências.

A nutricionista Adriana Stavro recomenda alguns alimentos para serem consumidos um dia antes no dia da doação de sangue.


Um dia antes da doação 


· Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), estes ajudam absorver o ferro não heme (espinafre, acelga, couve, beterraba e couve, lentilhas e feijões) consumido;

· Com a alimentos ricos em ferro tais como frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne e vísceras (fígado bovino ou frango);

· Consuma pelo menos 2 porções de verduras e legumes, e 3 porções de frutas;

· Durma pelo menos oito horas;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos como hambúrgueres e batatas fritas;

· Não ingerir bebidas alcoólicas 48 horas antes da doação, pois pode levar à desidratação;

· Se for doar plaquetas, não tome aspirina 48 horas antes;

· Não faça atividade física extenuante;


No dia da doação 


· Tome café da manhã ou almoce (depende do horário marcado), antes do procedimento. Não doe sangue com o estômago vazio. As pessoas geralmente se sentem fracas depois de doar. Por isso, alimente-se antes;

· Beba água (40ml por kg de peso) ou chás;

· Você deve continuar bebendo líquidos após a doação;

· Consuma proteínas magras (frango, peixe, ovos, carnes) arroz integral ou macarrão integral, verduras, legumes e frutas;

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza, feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas, pois pode levar à desidratação;

No dia seguinte da doação
Consuma alimentos ricos em vitamina C (laranja, limão, acerola, abacaxi), pois eles ajudam seu corpo a absorver o ferro consumido;

· Coma alimentos fontes de ferro: frango, peru, ovos, peixe, marisco, carne, vísceras(fígado bovino ou de frango), espinafre, acelga, couve, beterraba, couve, lentilhas e feijões;

· Beba água (40 ml por kg de peso);

· Evite alimentos gordurosos, como hambúrgueres, batatas fritas, pizza e feijoada;

· Não ingerir bebidas alcoólicas até 48 horas após a doação de sangue, pois pode levar à desidratação;

· Não faça atividade física extenuante;

Importante: 


Evite bloqueadores de ferro

Alguns nutrientes interagem negativamente com a absorção de ferro. Mantenha um intervalo de ingestão de 3 horas (no mínimo) entre estes nutrientes. Os alimentos que reduzem a absorção de ferro no organismo são o leite e derivados, chá preto, café e chocolate 



Coma alimentos ricos em ácido fólico (B9)
É importante substituir as células sanguíneas perdidas durante a doação de sangue. Seu corpo precisa de ácido fólico para produzir novos glóbulos vermelhos. Os alimentos fontes são o espinafre, couve nabos, couve de Bruxelas, brócolis, espargos, nozes, sementes, grão de bico, lentilhas, abacate 



Riboflavina ou vitamina B2
Juntamente com o ácido fólico, a riboflavina também é necessária pelo organismo para produzir glóbulos vermelhos. Os alimentos ricos em riboflavina incluem o fígado, cogumelos, espinafre, nozes, sementes, leite e derivados, carnes de aves e ovos.

 


Adriana Stavro - Formada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Doenças Crônicas não Transmissíveis pelo Hospital Albert Einstein. Pós graduanda em Nutrição Clinica Funcional pela VP consultoria, pós graduanda em Fitoterapia pela Course4U. • Saúde, bem estar e emagrecimento; • Nutrição funcional; • Doenças Crônicas; • Regulação do estresse e do sono; • Nutrição para gestantes; • Acompanhamento pré e pós cirurgia bariátrica; • Alergias alimentares; • Nutrição vegetariana e vegana; • Nutrição para prática de atividade física; • Protocolo Detox.

Tudo que você precisa saber antes de trocar de anticoncepcional

Como eu faço para trocar o DIU por pílula? E quando quiser mudar da injeção para o comprimido? E para ir de um tipo de pílula para outro? Todas essas dúvidas são relativamente comuns no consultório, e fazem parte do dia a dia das mulheres. Para dar uma mãozinha nessa questão, separei alguns tópicos que podem ajudar nesse momento.

Ao trocar por uma pílula de outra marca, o ideal é quando acabar a cartela, no dia seguinte você já comece com uma outra nova cartela. Se por acaso decidir esperar a pausa, então o ideal é usar a camisinha por sete dias. Em resumo: vai trocar de pílula? Termine uma cartela e já emende a outra no dia seguinte. A pílula é de uso contínuo? A ideia é a mesma: acabou a cartela, no dia seguinte já inicie a nova.


Você usa injeção e quer trocar para comprimido

Neste caso, assim como a injeção, você tem que começar a tomar a pílula na mesma data em que a injeção seria aplicada. Uma nova cartela deve ser iniciada independentemente da sua menstruação. Se, ao contrário, você segue uma cartela e quer mudar para injeção, o ideal é que, no término de uma cartela, no dia em que começaria outra, já opte pela injeção.


Você quer tirar o DIU e passar a tomar pílula

Assim que tirar o DIU, no dia seguinte, inicie uma cartela de anticoncepcional. O ideal, preferencialmente, é esperar a menstruação. Ou seja, retirar o DIU quando estiver menstruada e começar uma nova cartela no dia seguinte, ou no mesmo dia que tirar o DIU.


Você toma pílula e quer colocar o DIU

Recomendamos sempre que o DIU seja colocado durante o período menstrual. Assim, você para com a cartela, espera a menstruação vir e coloca o DIU. E, então, não precisa mais tomar pílula nenhuma.

 


Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/


O perigo dos medicamentos Z para pacientes com demência

Medicamentos indutores do sono, conhecidas como "drogas Z", estão associadas a um risco maior de quedas, fraturas e derrames entre pessoas com demência - de acordo com pesquisas da Universidade de East Anglia

Os distúrbios do sono são comuns entre pessoas com demência e o impacto para os pacientes e suas famílias é significativo.

Até o momento, não há tratamentos eficazes comprovados disponíveis, no entanto, as pessoas com demência costumam receber medicamentos Z (zopiclona, zaleplon e zolpidem).

Mas um novo estudo publicado hoje revela que doses mais fortes dessas drogas estão associadas a um risco aumentado de efeitos adversos.

Esses efeitos adversos foram considerados semelhantes ou maiores do que os de benzodiazepínicos em doses mais altas - que também são usados para tratar distúrbios do sono, e são conhecidos por terem vários efeitos adversos.

O professor Chris Fox, da Escola de Medicina de Norwich, disse: "Até 90% das pessoas com demência sofrem distúrbios do sono e isso tem um grande impacto em sua saúde física e mental, bem como de seus cuidadores.

"Os medicamentos Z são comumente prescritos para ajudar as pessoas a dormir - no entanto, esses medicamentos nunca foram licenciados para demência e foram associados a eventos adversos, como quedas e riscos de fratura em idosos.

"Queríamos descobrir como eles afetam as pessoas com demência, que frequentemente são prescritos para ajudar nos distúrbios do sono."

A equipe analisou dados de 27.090 pacientes na Inglaterra com diagnóstico de demência entre janeiro de 2000 e março de 2016. A idade média dos pacientes era de 83 e 62 por cento eram mulheres.

Eles analisaram os eventos adversos de 3.532 pacientes que haviam recebido medicamentos Z e os compararam a pessoas que sofriam de distúrbios do sono aos quais não havia prescrição de sedativos e a pacientes que haviam recebido benzodiazepínicos.

Eles também verificaram se a dosagem do medicamento Z desempenhou um papel nos resultados adversos.

O professor Fox disse: "Estudamos uma série de resultados adversos, incluindo fraturas, quedas, trombose venosa profunda, acidente vascular cerebral e morte - durante dois anos. E estávamos particularmente interessados em ver se doses mais altas levavam a resultados piores."

Drogas Z e benzodiazepínicos em doses mais altas foram definidas como prescrições equivalentes a> 7,5mg de zopiclona ou> 5mg de diazepam por dia.

"Para os pacientes prescritos com drogas Z, 17% receberam doses mais altas. E descobrimos que esses pacientes com doses mais altas corriam mais risco de quedas e fraturas, especialmente fraturas de quadril e derrame, em comparação com pacientes que não estavam tomando nenhum medicamento por distúrbios do sono ", disse o professor Fox.

Fornecido pela University of East Anglia. 'Adverse effects of Z-drugs for sleep disturbance in people living with dementia: a population-based cohort study' está publicado no the journal BMC Medicine on November 24, 2020.

 


Rubens de Fraga Júnior - Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná.


Posts mais acessados