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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Estudo comprova efetividade da vacina do HPV contra câncer invasivo

Estudo populacional de vida real demostra que o risco de desenvolver câncer de colo do útero reduziu 88% nas mulheres vacinadas antes dos 17 anos, em comparação às não imunizadas1


A revista cientifica The New England Journal of Medicine acaba de publicar um grande estudo científico de base populacional que comprova a efetividade da vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPVs 6, 11, 16 e 18) na prevenção do câncer do colo de útero invasivo¹. A pesquisa inédita "HPV Vaccination and the Risk of Invasive Cervical Cancer", foi conduzida por epidemiologistas do Karolinska Institutet da Suécia e usou dados de registro nacional, acompanhando 1,7 milhão de meninas e mulheres (população total de 1.672.983) com idades entre 10 e 30 anos de 2006 - ano em que a vacina contra o HPV foi aprovada naquele país - até 2017. Destas, 527.871 haviam recebido pelo menos uma dose da vacina durante o estudo¹.

A pesquisa de larga escala demonstrou que as mulheres imunizadas contra o HPV têm um risco significativamente menor de desenvolver câncer de colo do útero, sendo aquelas vacinadas durante a adolescência as mais beneficiadas. Houve uma redução de 88% do risco de desenvolver câncer de colo do útero invasivo nas jovens imunizadas antes dos 17 anos e de 53% naquelas imunizadas entre os 17 e os 30 anos de idade, quando comparadas com as não vacinadas. O câncer cervical foi diagnosticado em 19 mulheres vacinadas e em 538 mulheres não vacinadas durante o período do estudo. Os pesquisadores explicam que mulheres que foram vacinadas quando meninas provavelmente tiveram melhor proteção porque foram imunizadas antes de serem expostas ao HPV através da atividade sexual¹.


Os resultados estão tendo grande repercussão e foram recebidos pela comunidade médica e científica como um marco significativo na luta pela eliminação do câncer cervical. "O estudo é significativo porque, embora pesquisas anteriores tenham mostrado repetidamente que a vacina do HPV protege contra a infecção do papilomavírus humano, verrugas genitais e lesões pré-cancerosas, ainda não havia comprovação em vida real de que a vacina realmente previne o câncer cervical invasivo. Esta é a primeira vez que foi demonstrado em nível populacional que a vacinação contra o HPV é protetora não apenas contra as mudanças celulares que podem ser precursoras do câncer de colo do útero, mas também contra o câncer", destaca a pesquisadora do Departamento de Radiologia e Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Luísa Villa.

Com aproximadamente 570 mil casos novos por ano no mundo o câncer do colo do útero é o quarto tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Ele é responsável por 311 mil óbitos por ano, sendo a quarta causa mais frequente de morte por câncer em mulheres1. No Brasil, em 2020, são esperados 16.710 casos novos. É a terceira localização primária de incidência e a quarta de mortalidade por câncer em mulheres no país, com 6.526 óbitos registrados em 2018².

De acordo com estudo POP-Brasil, projeto realizado pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), em parceria com o Ministério da Saúde, a infecção é muito comum em jovens brasileiros. Sabe-se que, entre os jovens de 16 a 25 anos 53.6% estão infectados por algum tipo de HPV, sendo que o HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer presente em 35,2% dos participantes. A prevalência de HPV geral na população feminina pesquisada foi de 54,6% e na masculina, de 51,8%³.


Quanto mais cedo, maior a eficácia na prevenção do câncer

"A vacinação é mais eficiente quando aplicada em meninas e meninos, antes da atividade sexual", afirma Luísa Villa. Os estudiosos, completa, observaram uma redução maior quando a vacinação ocorreu nas meninas a partir dos 10 anos de idade, na comparação com a faixa etária entre 17 e 30 anos de idade. "Apesar de existir benefício em diferentes faixas etárias, a efetividade é indiscutível quando a vacinação é realizada em meninos e meninas mais jovens", reflete acerca da publicação.

No Brasil, a vacina contra o HPV é distribuída gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacinação gratuita no posto de saúde ainda está disponível para pessoas que vivem com HIV e pacientes transplantados na faixa etária de 9 a 26 anos4.

Adultos que não foram imunizados também podem decidir receber a vacina após conversar com seu médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os benefícios da vacinação5. Estimativas apontam que a probabilidade de infecção em algum momento da vida é de 91,3% para homens e 84,6% para mulheres. Mais de 80% das pessoas de ambos os sexos contraem o vírus antes dos 45 anos6.

A pesquisadora Luísa Villa ainda informa que também é importante fazer o rastreamento da população. "É relevante considerar que as mulheres devem ser acompanhadas de maneira preventiva, com exames como o Papanicolau e, mais recentemente, com os testes de HPV para aquelas que, por ventura, sejam infectadas e/ou possam vir a desenvolver lesões precursoras ou o próprio câncer recebam assistência adequada", finaliza a especialista.


O que é o HPV

Sigla em inglês para Papilomavírus Humano (Human Papiloma Virus - HPV). Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar o trato genital. Destes, aos menos 12 são de alto risco e podem provocar câncer (oncogênicos) e outros podem causar verrugas genitais4.

O HPV também pode causar o câncer cervical e outras lesões, incluindo as de vulva, vagina, pênis ou ânus. Também pode causar câncer no fundo da garganta, incluindo a base da língua e as amígdalas (chamadas de câncer de orofaringe). Não há como saber quais pessoas com HPV desenvolverão câncer ou outros problemas de saúde, por isso a importância de rastrear com exames médicos a população4.

 



Referências:


1-HPV Vaccination and the Risk of Invasive Cervical Cancer. Jayao Lei et al. N Engl J Med 2020;383:1340-8. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1917338?query=featured_home . Acesso em 06 OUT 2020.

2- Instituto Nacional de Câncer. Controle do câncer do colo do útero. Conceito e Magnitude. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/conceito-e-magnitude. Acesso em 08 OUT 2020

3- Wendland, E.M., Villa, L.L., Unger, E.R. et al. Prevalence of HPV infection among sexually active adolescents and young adults in Brazil: The POP-Brazil Study. Sci Rep 10, 4920 (2020). https://doi.org/10.1038/s41598-020-61582-2

4 -Ministério da Saúde. HPV: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv. Acesso em 15 MAI 2020.
5- Centers for DiseaseControl and Prevention (CDC). Genital HPV Infection: FactSheet. Disponível em:
https://www.cdc.gov/std/hpv/stdfact-hpv.htm. Acesso em 15 MAI 2020.
6- Chesson et al. The Estimated Lifetime Probability of Acquiring Human Papillomavirus in the United States, Sexually Transmitted Diseases: November 2014-Volume 41-Issue 11-p660-664. Disponível em:
https://journals.lww.com/stdjournal/Fulltext/2014/11000/The_Estimated_Lifetime_Probability_of_Acquiring.4.aspx e acessado em 15 MAI 2020.


Efeito sanfona pode desencadear diabetes e queda da imunidade

Após passar por uma dieta restritiva e chegar ao peso tão desejado, muitas pessoas acabam renunciando à reeducação alimentar e, rapidamente, voltam a ganhar peso igual ou até mais do que antes. O perder e ganhar peso de forma rápida é chamado de efeito sanfona, que traz vários prejuízos à saúde.

Estudos mostram que o efeito sanfona pode contribuir para o aumento da atividade inflamatória em todo o organismo, além de poder desencadear alterações cardiovasculares, diabetes, perda de massa muscular e queda na imunidade. O excesso de peso está presente em 60% dos brasileiros adultos. Essas estatísticas estão em elevação e em todas as faixas etárias.

Embora muitas pessoas coloquem a culpa nas dietas muito restritivas, na verdade o efeito sanfona ocorre pela não modificação do estilo de vida. “Após passar pelo período de dieta, que precisa caminhar junto com a reeducação alimentar e a prática de atividades físicas, é comum o indivíduo considerar que chegou à meta ideal e a motivação mingua”, conta a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

A especialista explica que a busca pelo emagrecimento está relacionada a novos hábitos que devem ser perseguidos para sempre. Para atingir as metas da perda de peso e se manter saudável é essencial o acompanhamento com um médico endocrinologista, um nutricionista e um profissional da área de Educação Física, ou seja, um trabalho multidisciplinar que vai contribuir para a manutenção do peso desejado.

“Uma dica é optar por um programa de emagrecimento mais lento, que vai respeitar seu tempo de se adaptar aos novos hábitos aos poucos. Isso pode tornar o caminho menos desafiador, mais prazeroso e com resultados satisfatórios em médico e longo prazos”, acrescenta Dra. Lorena.

 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


Densitometria óssea: porque e para quem

 Quebrando achismos, especialista em reumatologia explica tudo sobre o exame para diagnóstico de doenças como osteoporose e até fraturas por tosse ou espirro


Popularmente conhecido por ser usado como diagnóstico para osteoporose, o estudo da massa óssea do indivíduo, o exame de Densitometria Óssea, é um procedimento que analisa densidade mineral dos ossos e possíveis perdas de massa óssea.

O exame é indicado para homens e mulheres acima dos 50 anos, nos casos de sintomas como fraturas ocorridas pelo ato de tossir e espirrar ou por quedas da própria altura; aquelas decorrentes de escorregões durante atividades simples e cotidianas por exemplo. Também deve ser realizado quando há evidencia da perda de altura acentuada (>=4cm nas mulheres ou >=6cm em relação à altura aos 25 anos de idade). Essa perda de altura acentuada sugere a presença de fratura vertebral por osteoporose.

A Dra. Jaqueline Barros Lopes, especialista na Cobra Reumatologia – referência há mais de 75 anos no tratamento de doenças reumáticas no Brasil e que investe em um futuro Centro de Estudos para aprimorar o exame, explica que o intervalo recomendado para a realização da Densitometria Óssea está relacionado com o estado clínico de cada paciente.

A frequência da realização, a especialista indica para mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70 anos, se o primeiro resultado não detectou nenhuma alteração, a cada 2 ou 3 anos. Já para as pessoas que apresentaram alterações, dependendo do efeito terapêutico, pode ser feito a cada 1 ano, ou intervalos mais longos estabelecidos pelo médico. Em condições associadas a perda de massa óssea acelerada, como ocorre em pacientes em uso de altas doses de corticoide, é recomendada a realização da densitometria com maior frequência.

Abaixo, a Dra. Jaqueline expõe alguns tópicos importantes que podem ajudar a esclarecer dúvidas frequentes sobre o exame.


Quando o exame se torna periódico?

- Em casos de acompanhamento no tratamento de osteoporose para monitorar a eficácia. Da mesma forma, pessoas com uso prévio de medicamentos para osteoporose e que suspenderam o tratamento por algum motivo, devem realizar densitometria óssea de rotina para monitorar a perda de massa óssea.


Se uma pessoa tem história de osteoporose na família é natural eu fazer um exame de densitometria por prevenção, já que cerca de 70 a 80% da variação da densidade mineral óssea pode ser atribuída a fatores genéticos?

- Não é necessário solicitar o exame de forma preventiva para filhos de pessoas com osteoporose ou doença reumática. As indicações para a solicitação de densitometria para adultos jovens, crianças e adolescentes dependem da evidencia clínica de fragilidade óssea, que são: duas ou mais fraturas de ossos longos a partir dos 10 anos de idade; três ou mais fraturas de ossos longos em qualquer idade até os 19 anos; crianças, adolescentes ou adultos jovens que apresentem doenças ou uma condição de risco para osteoporose como artrite reumatoide ou uso crônico de corticoide.


 O que pode causar alterações nos resultados, além de comprimidos contendo cálcio, pílulas de vitaminas ou suplementos minerais ou contraste utilizado em exames de imagem?

- Presença de clipes ou pinos metálicos utilizados em cirurgias, especialmente em cirurgias da coluna.


O exame não é recomendado para pessoas acima do peso. Nestes casos, como se faz o diagnóstico de osteoporose?

- Não é que o exame não seja recomendado. O problema é que a grande maioria dos aparelhos de densitometria mais antigos possuem limite de peso de 120kg. Hoje já temos aparelhos de densitometria para obesos capazes de realizar exames seguramente em pacientes com até 200kg.


O exame é mais recomendado para atletas e praticantes de exercícios físicos?

- Não só que se diz respeito a investigação exclusiva da massa óssea, mas também quando falamos em avaliação da composição corporal. Os aparelhos de densitometria óssea constituem o padrão outro para a avaliação da composição corporal, detectando não só a quantidade de massa óssea, assim como a quantidade de massa magra (músculos) e de massa gorda. Aparelhos mais modernos conseguem inclusive detectar a quantidade de gordura visceral.


 Qual a importância do exame para a Medicina esportiva? Há algum esporte para qual o exame seja mais indicado?

- Como mencionado acima através do aparelho de densitometria óssea é possível fazer a avaliação da composição corporal. A partir desta avaliação é possível saber com exatidão quanto do peso de cada pessoa corresponde a massa muscular, gordurosa ou óssea. Assim, pode-se calcular o gasto energético de repouso para, depois analisar a estimativa do gasto em atividades desportivas e com mais precisão um possível déficit de ingestão alimentar.  Todos atletas de alta performance são mais suscetíveis a perda de massa óssea acentuada especialmente em mulheres, pois o organismo pode reduzir drasticamente a produção de estrogênio, imprescindível para a saúde óssea.




Dra. Jaqueline Barros Lopes - Graduada em Medicina pela Universidade Federal do Mato Grosso (2001), Jaqueline Barros Lopes tem residência em Clínica Médica (HUJM), residência em Reumatologia (FMUSP), é especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia e Doutora em Reumatologia com ênfase em Osteoporose (FMUSP). Hoje, é sócia-diretora, liderando o corpo médico da renomada Clínica de Reumatologia Prof. Dr. Castor Jordão.


Instituto Lilás, voltado para pesquisa em Oncodermatologia estética, alerta para os sinais e tipos de câncer de pele neste Dezembro Laranja

Dra. Simone Stringhini, idealizadora do Instituto Lilás


 

Neste mês começa o Dezembro Laranja, mês de conscientização a respeito do câncer de pele, o tipo de câncer mais incidente no Brasil e que corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Por isso, neste Dezembro Laranja, o Instituto Lilás, pioneiro no conceito da Oncodermatologia Estética, uma nova classe dentro da medicina voltada especialmente para o tratamento dermatológico estético do paciente oncológico, está disseminando informações sobre a doença em seus canais online e alertando para a importância do check-up anual com o dermatologista para a prevenção de doenças da pele.


Segundo a Dra. Simone Stringhini, idealizadora do Instituto Lilás e dermatologista com mais de 30 anos de experiência, membro efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) desde 1994; e membro efetiva da Academia Americana de Dermatologia (AAD), existem vários tipos de cânceres de pele, entre eles existem três tipos que são mais recorrentes, são eles: basocelular, espinocelular e melanoma; o último é o que traz maiores riscos à saúde. Isso porque, de acordo com a doutora, esse tipo tem maior probabilidade de evoluir para metástase, ou seja, tem maiores chances do câncer atingir outros órgãos. Dados do INCA apontam que o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.

O basocelular e o espinocelular são os tipos mais comuns e menos graves; eles têm início na epiderme, camada externa da pele, e normalmente são provenientes de uma alta exposição solar. Segundo Simone, o carcinoma basocelular costuma a aparecer em áreas da pele que ficam mais expostas ao sol e é possível retirar a lesão da pele com procedimentos cirúrgicos. "É mais simples, traz menos risco, porém se não tratado também pode evoluir e atingir outros tecidos", alerta a dermatologista. O carcinoma espinocelular é bastante parecido e pode se manifestar em forma de feridas na pele, também podendo ser tratado ou retirado.

"Um dos maiores problemas é que o câncer de pele ainda é bastante negligenciado, em comparação aos demais tipos. Como tende a ser um câncer mais curável, as pessoas não tomam as devidas providências e isso é perigoso, pois o câncer de pele, muitas vezes, é uma doença silenciosa e que pode evoluir rapidamente sem o devido tratamento e acompanhamento", ressalta a Dra. Simone Stringhini.

A Dra. Simone sempre se interessou por aspectos relacionados aos carcinomas e foi a primeira médica dermatologista a realizar e a promover avanços na Terapia Fotodinâmica no Brasil, que é uma opção para tratar câncer de pele e outras doenças relacionadas, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Essa terapia atua em lesões pré-cancerígenas, antes que elas evoluam para o câncer de pele, e o objetivo é tratar essa lesão para reverter a situação e evitar que o câncer apareça. "Por isso que o check up periódico é tão importante, para podermos trabalhar na prevenção e sermos mais assertivos, diminuindo os riscos de doenças", conta a dermatologista.

Segundo ela, simples cuidados já podem diminuir muito as chances do aparecimento e evolução do câncer de pele. Veja abaixo os 3 principais cuidados, visando a prevenção do câncer de pele e a melhora da saúde da pele, recomendados pela dermatologista.

• Check-ups periódicos com o dermatologista
No mínimo, uma vez ao ano, é recomendado ir ao dermatologista e realizar um exame chamado Dermatoscopia, no qual o médico examina pinta por pinta do paciente, verificando se há alguma característica estranha, que pode indicar doença de pele.

Entre os check-ups periódicos, há um autoexame simples que pode ser feito em casa pelas pessoas, chamado ABCDE da dermatologia. É uma metodologia utilizada para ajudar a identificar características anormais nas pintas, baseado nas seguintes características que devem ser observadas: Assimetria, Bordas, Cor, Diâmetro e Evolução (ABCDE). No ponto A, é observado se as pintas da pele apresentam assimetria quando divididas em duas metades. A assimetria representa uma suspeita que deve ser investigada junto ao dermatologista.

O B, se refere às bordas. Pintas com bordas recortadas também são suspeitas. Normalmente, uma pinta comum apresenta bordas regulares e lisas.

A cor é um dos principais indicativos. Uma pinta benigna apresenta coloração uniforme, mesmo que mais claras ou mais escuras, elas são de uma única cor. Já as suspeitas podem ter diversos tons numa mesma lesão e devem ser analisadas por médicos.

O diâmetro e a evolução são baseados na observação do tamanho e mudança nas características de determinada pinta. O tamanho normal delas devem ser de até 5 milímetros e não costumam a apresentar alteração de tamanho ao longo do tempo. Portanto, se a pinta é grande ou está aumentando, é recomendado consultar e alertar o dermatologista.

É importante ressaltar que esse autoexame constante não exclui a necessidade de uma consulta e check up periódico com o dermatologista; ele é complementar.

• Evitar exposição solar excessiva
Esse é um dos principais fatores de risco e uma das principais causas do câncer de pele. Por isso, a dica é evitar os horários em que o sol está mais incidente, que é por volta das 10h até às 14h. Prefira os horários matutinos, até às 10h, ou no final da tarde, depois das 16h.

Não usar óleo bronzeador (apenas protetor solar)

A proteção solar é muito importante e óleo bronzeador não é indicado pois pode causar lesões na pele por ter uma proteção muito baixa. Por isso, o mais recomendado é usar mesmo o protetor solar e o fator FPS deve ser acima de 30 para trazer uma proteção suficiente para a pele.

O Instituto Lilás, que não tem finalidade lucrativa, é focado na disseminação de conteúdo e também em pesquisas na área da dermatologia oncológica, incluindo a estética. O Instituto foi lançado no último mês e irá realizar estudos para criação de novos protocolos de tratamentos, envolvendo a dermatologia e a estética em pacientes oncológicos. Para o futuro, é esperado que o Instituto una-se a clínicas, hospitais e faculdades para ampliar pesquisas e descobertas na área de dermatologia para pacientes oncológicos.

 


Instituto Lilás
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Mitos e verdades sobre a fertilidade feminina

Levar uma vida saudável já é um conceito bastante conhecido pela sociedade. Mas, o que muitas pessoas ainda não conseguem compreender são alguns paradigmas que permeiam, por anos, a vida das mulheres sobre a própria fertilidade. “Mesmo com a tecnologia e a facilidade de se obter informações, ainda encontro pacientes com muitas dúvidas sobre a capacidade de reprodução do organismo”.

Para desmistificar o que muitas têm receio de perguntar ou que foram condicionadas a pensar, a especialista em reprodução humana esclarece os principais mitos e verdades sobre a fertilidade feminina:

 


1.     Toda mulher nasceu para engravidar

Mito! Por fatores fisiológicos, emocionais ou comportamentais, nem todas nasceram para engravidar e para serem mães. São duas questões que se complementam, mas são isoladas. Nem sempre o organismo feminino está preparado ou tem os fatores necessários para engravidar naturalmente. Porém, mulheres férteis ou não podem escolher viver a maternidade.


 

2.     Os óvulos envelhecem

Verdade! Toda menina nasce com uma reserva ovariana determinada, que não é renovada. Os óvulos envelhecem ao longo da vida e são descartados naturalmente, sendo que a maior perda ocorre até o nascimento. Com cerca de cinco meses da vida intra-uterina, acontece o pico de concentração das células germinativas femininas, em torno de 6-7 milhões. À partir daí ocorre a perda irreversível e inexorável desse patrimônio e ao nascimento, cada mulher tem cerca de um a dois milhões de óvulos. Quando chega à puberdade, esse número cai para 300 a 500 mil, sendo que apenas 300 a 500 deles chegam a ovular durante a vida reprodutiva. Por volta dos 37 anos, o número diminui para aproximadamente 25 mil e, aos 51 anos, é natural que a mulher entre na menopausa, mesmo que ainda se identifiquem alguns raros folículos (“casinha" do óvulo) ao exame de ultrassom. Ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para gerar um embrião é cada vez menor com o passar do tempo e a possibilidade de gestar é diminuída ao longo da vida de uma mulher.


 

3.     Se há menstruação, há chances de engravidar

Mito! A presença da menstruação nem sempre indica que há qualidade e quantidade de óvulos saudáveis para serem fecundados. O que muitas mulheres não sabem, é que menstruação é diferente de sangramento. O ato de menstruar só é reconhecido como tal, quando existe um ciclo, ou seja, o óvulo maduro foi liberado por um dos ovários. O útero é revestido pelo endométrio – camada interna que se prepara para receber e abrigar o embrião. Quando não ocorre a fecundação, esse revestimento se desprende da parede uterina e é eliminado do organismo sob a forma de menstruação. Sendo assim, muitas mulheres que não têm esse ciclo de forma completa podem apresentar irregularidade menstrual. Há casos em que o processo se dá poucas vezes durante o ano e, nos intervalos, pode ocorrer apenas escape de sangue ou quando vier o fluxo, ser hemorrágico.


 

4.     A idade é o principal fator que atrapalha a fertilidade hoje

Verdade! Quanto mais jovem, mais fácil será para engravidar naturalmente. Sabemos que, ao longo da vida, os óvulos são consumidos continuamente e eles também envelhecem gradativamente, perdendo a eficiência. Não há uma regra, afinal, a fertilidade é um processo individual e cada organismo tem um ritmo que trabalha no tempo dele. Sendo assim, é recomendado ter acompanhamento médico e exames específicos para saber, o nível de reserva ovariana e receber orientações personalizadas. Vale lembrar que o exame não prevê a idade da menopausa, mas nos dá uma ideia da resposta ovariana aos medicamentos estimulantes da ovulação. É comum que, após os 30 anos de idade, seja intensificada a queda da quantidade e qualidade dos óvulos.


 

5.     Há um período certo para congelar óvulos

Verdade! O melhor é congelar óvulos quando se tem reserva em quantidade e qualidade adequada. Por este motivo, recomenda-se o procedimento de preservação da fertilidade entre os 25 e 35 anos de idade, assim a mulher ou o casal ficam livres para poderem tentar gerar seus filhos num melhor momento, se assim desejarem.


 

6.     O congelamento de óvulos é o último recurso

Mito! É importante destacar que o congelamento de óvulos deve ser um recurso preventivo da fertilidade e não uma opção para conseguir engravidar quando já se esgotou todas as possibilidades naturais. Há uma grande diferença entre preservar os óvulos e utilizá-los como a única opção para gestar. Aliás, mesmo tendo óvulos congelados, o recomendado é tentar a gestação natural primeiro se não houver outro impedimento.

 

Deixar os óvulos saudáveis guardados para o momento em que a mulher ou o casal se sintam preparados para terem um bebê deve ser o primeiro pensamento. Há mulheres, por exemplo, que aos 30 anos já apresentam uma baixa qualidade ovariana e nem sempre o recurso do congelamento é possível. Por isso, atentamos para a herança genética daquelas mulheres que apresentam casos familiares de menopausa precoce, principalmente quando ocorre antes dos 40 anos.


 

7.     Tratamentos oncológicos não interferem na fertilidade

Mito! Terapias oncológicas, sejam elas quais forem, podem prejudicar a saúde fértil das pacientes, pois, além de diminuírem a população de óvulos, reduzem a qualidade deles. “O nível de comprometimento da fertilidade de quem se submete a quimioterapia, por exemplo, varia de acordo com o tipo de droga, a idade da mulher e a condição em que o ovário se encontrava quando foi utilizada, podendo chegar em um alto índice de risco de evolução para menopausa prematura, atingindo até 80% das mulheres que se submetem a tratamentos de câncer.


 

8.     Posso não conseguir fazer o congelamento dos meus óvulos na primeira tentativa

Verdade! A obtenção de óvulos em quantidade suficiente, nem sempre é possível no primeiro ciclo do tratamento. Após exames específicos para descartar infecções transmissíveis pelos gametas, a mulher começa a se preparar para a retirada dos óvulos, estimulando a produção por meio de medicamentos injetáveis. A fase dura de 8 a 12 dias, tempo em que os óvulos estão maduros e prontos para serem aspirados. Porém, se o material não for de qualidade para fecundação futura ou estiver em quantidade insuficiente, é recomendado iniciar um novo ciclo.


 

9.     O procedimento para congelamento de óvulos é doloroso

Mito! Os óvulos estarão maduros e serão aspirados (removidos) com uma agulha inserida através da vagina sob orientação ultrassonográfica. Este procedimento é feito sob sedação endovenosa e não é doloroso. Os óvulos coletados são mantidos na incubadora para por algumas horas para equilíbrio da temperatura, pH, condições de gases e congelados antes de serem fertilizados. Então, quando a paciente desejar, serão descongelados, fertilizados e os embriões transferidos para o útero. O ciclo demora, normalmente, de 4 a 6 semanas e até o resultado do exame de gravidez.


 

10. Óvulos congelados têm prazo de validade

MITO. A técnica utilizada para a preservação dos óvulos é a vitrificação, uma das mais modernas e que apresenta recuperação de mais de 90% do material coletado, intacto. Isso ocorre porque os óvulos são envolvidos em uma solução que protege a célula de qualquer dano que possa ser causado pelo congelamento ou criopreservação.


Dezembro Vermelho: 135 mil pessoas no Brasil vivem com HIV e não sabem


Dra. Erica Mantelli fala sobre quais são e como se proteger das DST´s


O Ministério da Saúde fez um alerta: 135 mil pessoas no Brasil vivem com HIV e não sabem. De acordo com os dados apresentados nesta sexta-feira (29), das 900 mil pessoas com HIV, 766 mil foram diagnosticadas, 594 mil fazem tratamento com antirretroviral e 554 mil não transmitem o HIV. O balanço aponta ainda que o número de infectados continua subindo no país: há um ano, eram 866 mil pessoas. Somente no ano passado, foram notificados 43,9 mil novos casos.

A aids se tornou uma epidemia jovem. Enquanto as infecções por HIV caem na população em geral, elas não param de subir na turma abaixo 35 anos. Entre os 20 e 24 anos, o número quase dobrou, passando de 18,4 a cada 100 mil pessoas em 2008 para 35,8, em 2018. É o maior índice de crescimento entre as diferentes faixas etárias.

De acordo com a ginecologista e sexóloga Dra. Erica Mantelli, muitas pessoas ficam mais vulneráveis e se deixam levar pelo momento e acabam não pensando nas consequências de uma relação sexual sem proteção. “Muitas vezes, o próprio portador desconhece que tem a doença e acaba contaminando as outras. Temos que colocar na cabeça que não podemos enxergar quem tem alguma disfunção somente pelo rosto”, alerta.

Cada DST conta com um quadro clínico diferente. Algumas têm tratamentos, enquanto outras ainda não encontraram a cura. Dentre as mais conhecidas estão: AIDS, gonorreia, sífilis e herpes. “Destas quatro, a AIDS é a única que não tem cura. No entanto, apesar das outras DSTs serem tratadas, se estiverem num quadro avançado, isso pode provocar problemas mais sérios.”, ressaltou a ginecologista.

A principal maneira de se evitar as DSTs é o uso de preservativos. “Independentemente do parceiro (a) afirmar que não está infectado, a utilização de camisinha é indispensável principalmente nesta época do ano. É importante também realizar exames periódicos com o objetivo de assegurar que não foi contaminado, afinal, não é de imediato que os sintomas das doenças aparecem.”, conclui.

 


Dra. Erica Mantelli - ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute). Site: http://ericamantelli.com.br


Dezembro Laranja: Câncer de pele atinge 180 mil brasileiros por ano


Dermatologista do São Cristóvão Saúde, Dr. Bruno Tegão, explica os tipos de Câncer de pele, faz alertas e dá dicas de como se cuidar

 

 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele é o tipo mais incidente no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Porém, quando descoberto no início, as chances de cura são de mais de 90%. Por isso, a ação Dezembro Laranja é promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD desde 2014, e faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, que tem como objetivo orientar a população nos cuidados que se deve ter, como identificar um possível câncer, entre outras informações.

A exposição solar ainda é o maior fator de risco para ter câncer de pele, mas há também outros fatores como etnia, propensão genética, não usar filtro solar e o tabagismo. Segundo o dermatologista do São Cristóvão Saúde, Dr. Bruno Tegão, há uma classificação da escala de tons de pele, criada pelo médico norte-americano Thomas B. Fitzpatrick. “A pele humana é classificada em fototipos de I a VI, sendo Fototipo I a mais clara, a pele queima fácil nunca bronzeia e é muito sensível, que é o caso de pessoas loiras ou ruivas e com tendência a ter sardas, estes tem altíssimo risco de ter algum tipo de câncer de pele ao longo da vida. Por outro lado, os Fototipos V e VI, são peles morenas escuras e negras, que raramente se queimam e são insensíveis ao sol, nestas, o risco de tumor de pele diminui bastante porém, não é excluso.”, diz o especialista.

“Existem vários tipos de Câncer de Pele, sendo os mais comuns o Carcinoma Basocelular e o Carcinoma Espinocelular, que na maioria das vezes se apresentam como uma ‘ferida’, ‘verruga’ ou nódulo ‘estranho’ em áreas do corpo q mais foram expostas ao sol ao longo dos anos, como face, braços, pernas e tórax. E o Melanoma que normalmente se manifesta como uma pinta diferente e apresenta um grande risco à vida, por ser altamente maligno.”, alertou o dermatologista.

Como citado acima pelo doutor, as pintas são preocupantes e as que temos que ter maior atenção com as que têm formato irregular, assimétrico, que tenham mais de uma cor e/ou estejam apresentando um crescimento rápido. “O recomendado é que toda pinta ou lesão diferente na pele, couro cabeludo e unhas, devem imediatamente serem avaliadas por um Dermatologista. Além disso, deve-se manter o uso diário de protetor solar em áreas expostas à luz (solar ou artificial) e hidratar adequadamente a nossa pele. Com a avaliação do dermatologista, a lesão suspeita poderá ser enviada para biópsia ou ser imediatamente removida, já em casos de baixo risco, o médico faz o acompanhamento.”, finaliza o Dr. Bruno Tegão.

Portal do Governo – Ministério da Saúde

 


Grupo São Cristóvão Saúde

 

Coronavírus: complicações em crianças e adolescentes surgem até oito semanas após a infecção

O novo aumento de casos de contaminação pelo coronavírus acende mais uma vez o alerta sobre os rumos da pandemia no Brasil e no mundo. Além do crescimento dos números de infectados, a preocupação se deve também às complicações posteriores causadas pela doença em crianças e adolescentes, ou seja, os indivíduos com até 19 anos, segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A cardiologista infantil e médica do exercício e esporte do Hospital Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, explica que este grupo, de forma geral, apresenta uma resposta ao vírus diferente da verificada entre os adultos, com menor frequência de quadros mais graves da doença durante a infecção, mas em alguns casos o paciente pode ficar suscetível a complicações posteriores. “Nesta parcela da população, em alguns pacientes, o sistema imunológico tende a responder e apresentar complicações no período de 4 a 8 semanas após a infecção e não na fase aguda da doença”, esclarece.

Neste intervalo, as manifestações podem ter diferentes graus e afetar ao mesmo tempo diferentes áreas do organismo, sendo, por isso, classificadas como multissistêmicas, por isso recebe o nome de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pós-COVID 19 “A covid-19 pode ocasionar, mesmo que posteriormente, problemas em diversos órgãos e sistemas, como lesões na pele, no coração e no sistema nervoso”, cita. “Mesmo que a criança ou adolescente não apresente sintomas da covid-19 na fase de infecção, o risco destas condições clínicas existe e por isso é preciso atenção e cuidado”, reforça.

Entre as condições clínicas que podem ser desenvolvidas está a miocardite, uma inflamação do tecido muscular do coração por ação do vírus que tende a enfraquecer o órgão. Segundo a especialista, o volume de casos relatados da doença se ampliou de forma considerável durante a pandemia e é motivo de atenção. “O coração pode ser acometido de forma grave, perdendo a função com arritmias importantes. Em casos extremos, isso abre a necessidade de transplante do órgão”, alerta.

Para evitar a evolução dos efeitos negativos da covid-19, Silvana Vertematti chama atenção para dois pontos: a necessidade de manter as medidas de prevenção e a atenção para qualquer alteração de saúde das crianças e adolescentes. “Os cuidados devem ser seguidos à risca. É preciso manter o distanciamento, usar máscara de modo correto, higienizar as mãos sempre e, se possível, ficar mais em casa”, lembra. “Caso a criança ou adolescente venha a ser diagnosticado com covid-19, ou mesmo seja percebida alguma alteração no organismo, não retarde a ida ao médico”, conclui.

 


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