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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Como criar um chatbot para o seu Whatsapp Business API

Com 2 bilhões de usuários ativos no Brasil, e aproximadamente 120 milhões aqui no Brasil, o WhatsApp é um dos  aplicativos mais populares do mundo e se tornou uma ferramenta de comunicação eficaz entre amigos, familiares, equipes de trabalho, bem como entre empresas e consumidores. 

 

Pensando em levar a solução para o mundo corporativo, foram lançados o WhatsApp Business, versão gratuita desenvolvida para o pequeno empresário; e o WhatsApp Business API, uma versão do aplicativo para médias e grandes empresas, que pode ser chamado de Whatsapp Enterprise. 

 

Em um momento de expectativa com a chegada do WhatsApp Pagamentos e do PIX no país, reunimos algumas informações sobre a ferramenta mais completa, a API, para as empresas potencializarem a sua utilização. 

 


Então, como funciona o Whatsapp Business API?



Os usuários do WhatsApp agora podem se comunicar com um chatbot da empresa, por meio da interface do chat, assim como conversariam com uma pessoa real. O app também possui recursos adicionais para diferenciá-lo de uma conta individual e que visa facilitar a comunicação entre empresas e clientes.

  

Os principais recursos incluem perfil comercial, etiquetas de contato, configuração da mensagem de saudação, respostas rápidas, configuração de mensagens ausentes e estatísticas.

 

Vale lembrar que as empresas precisam cumprir as políticas comerciais do WhatsApp que especificam, entre outras coisas, que só poderão entrar em contato com pessoas que tenham permissão para isso. Também é obrigatório oferecer uma opção de exclusão, ou seja, ser excluída da lista de contatos.

 

 

Chatbots no Whatsapp Business API 

 

O Whatsapp Enterprise oferece uma API (Application Programming Interface), que nada mais é do que um conjunto de padrões de programação que permite que outros desenvolvedores criem produtos associados a um serviço específico. Um dos produtos associados é o chatbot, que permite às empresas desenvolver seus bots no aplicativo.

 

Na prática, o aplicativo pode ser implementado em um servidor, fornecendo uma API local, permitindo à empresa enviar e receber mensagens agendadas e integrar esse fluxo de trabalho com seus próprios sistemas (CRM, atendimento ao cliente etc.). Essa integração oferece outra vantagem: um gerenciamento mais eficiente da comunicação e do relacionamento com o cliente.

 

Segundo o HubSpot, os aplicativos de mensagens somaram aproximadamente 5 bilhões de usuários ativos mensais em 2020, o que representa cerca de 60% da população mundial. Portanto, os clientes esperam interagir com os chatbots em uma das plataformas de mensagens mais populares.

 

 

Como criar um chatbot no Whatsapp Business API

 

O desenvolvimento de um robô de atendimento para o comunicador pode ser um grande investimento para uma empresa que precisa otimizar o atendimento ao cliente, aumentar as vendas ou até mesmo entender melhor suas perspectivas para melhorar sua estratégia de marketing de conteúdo.

 

No entanto, a API funciona até certo ponto, o que significa que não está disponível para todas as empresas. De fato, as partes interessadas devem se registrar e aguardar que o Facebook conceda o acesso. O WhatsApp exige que o cliente tenha um banco de dados de hospedagem, o que garante que a comunicação seja criptografada. O registro pode ser feito internamente ou por meio de um parceiro certificado.

 

Mas, antes mesmo de investir nessa solução, é muito importante definir o objetivo do seu chatbot e preparar o conteúdo apropriado para responder às perguntas dos usuários, considerando o tom de comunicação adotado por sua empresa: formal, informal, leve ou sério. O cliente estará conversando com um bot, que é uma experiência um pouco diferente de conversar com um humano. Por isso, faça o possível para que seus usuários se sintam à vontade, usando um tom que combine com a imagem ou o setor de sua empresa.


Investir em um chatbot para WhatsApp pode afetar positivamente a experiência de seus clientes. Para que isso aconteça, é essencial definir claramente seus objetivos e escolher cuidadosamente o fornecedor e a tecnologia com os quais você deseja trabalhar.

 

 

 

Cassiano Maschio - diretor comercial e de marketing da Inbenta Brasil, empresa especializada em relacionamento com o cliente online com a utilização de abordagens de Inteligência Artificial. 

 

Confiança e intenção de expandir dos empresários sobem em agosto

Contudo, os estoques atuais ainda não estão dentro dos patamares adequados

 
O avanço nas mudanças de fase da retomada na cidade de São Paulo e as medidas de ajuda do Poder Público deixaram os empresários mais animados no mês de agosto, o Índice de Confiança do Empresário (ICEC) registrou alta de 12,9% – de 66,2 pontos em julho para os atuais 74,8 pontos. O Índice de Expansão do Comércio (IEC) acompanhou a elevação (4,4%), ao passar de 62,5 ponto em julho para 65,3 pontos em agosto. Em contrapartida, o Índice de Estoques (IE) sofreu sua quarta queda seguida (-3,1%), em agosto.
 
Apesar de os empreendedores estarem mais confiantes e com boas expectativas para 2021, o IE aponta a situação atual na qual os estoques ainda estão com muitas mercadorias paradas, exceto o comércio essencial, como supermercados e farmácias.
 
Assim, a FecomercioSP recomenda que os estoques estejam reduzidos e bem controlados, a fim de evitar eventuais perdas e danos aos produtos. Além disso, a Entidade sugere reavaliação e redução dos custos operacionais, analisando os riscos de endividamento e controlando o fluxo de caixa.

 
ICEC

O Índice de Confiança do Empresário (ICEC) registrou elevação de 12,9% no comparativo mensal – de 66,2 pontos em julho para os atuais 74,8 pontos. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2019, houve queda de 31,9%.
 
Os três quesitos que compõem o indicador avançaram em agosto: o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio aumentou 4,5%; o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio registrou alta de 23,4%; e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio subiu 1,5%.

 
IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) obteve elevação, 4,4% – 65,3 pontos em agosto, ante os 62,5 pontos de julho. Contudo, em relação ao mesmo período do ano passado, houve baixa de 33,9%.

O Índice Expectativas para Contratação de Funcionários aumentou 12,6%. Por outro lado, o Nível de Investimento das Empresas recuou 6,8% em agosto.

 
IE

O Índice de Estoque (IE) sofreu baixa de 3,1% – 92,9 pontos em julho, para os atuais 90 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2019, sofreu queda de 21,3%.


Notas metodológicas

ICEC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

 
IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.


IE

O IE é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sua base amostral considera a região metropolitana.


Pandemia impulsiona inovação nas empresas

Isolamento social acendeu alerta: inovar é preciso. Mastercard, Leroy Merlin e Mapfre têm a mesma aceleradora de inovação corporativa


A crise econômica originada com a pandemia do novo coronavírus impulsionou uma revolução involuntária nas empresas. Em período de reclusão social e instabilidade, grandes organizações perceberam a necessidade de alterar seus modelos de negócios para atravessar a crise e atender às novas demandas do mercado. É o que explica Valentim Biazotti, fundador da aceleradora de inovação corporativa Worth a Million (www.wam106.com), que atende multinacionais como Mastercard, Leroy Merlin e Mapfre. 

“Quando surgiu a crise, algumas empresas consideraram reduzir ou suspender projetos de inovação, o que reflete o pensamento de que inovar é algo opcional ou facultativo, quando na verdade é essencial para se manter no mercado. Após o susto inicial, os projetos foram retomados e expandidos, considerando a necessidade de se adaptar à nova realidade, já que uma das áreas com maior capacidade para responder em um momento de crise é a de inovação”, pontua.

Expressões como inovação e transformação digital ganharam espaço no mercado, mas de forma banalizada, algo que atrapalha o desenvolvimento de muitas empresas, segundo o especialista. “A verdade é que processos de inovação somente existem se houver a transformação de pessoas. Se essas não estão abertas a trabalhar de forma diferente, não é mudando o processo que se fará que aquilo funcione. O processo é, simplesmente, a forma de organização do fator humano”, destaca Valentim.

Para Valentim, trabalhar a cultura de inovação é remodelar o modo de pensar de uma organização, por isso envolve toda a cadeia administrativa. “Cultura de inovação é tudo relacionado a preparar pessoas e processos para que a inovação floresça naquele ambiente. Então, estamos falando de capacitação técnica, discussões, alinhamentos com áreas de Recursos Humanos e lideranças, workshops temáticos, endomarketing e planos de comunicação interna, entre outras ações, que variam conforme a empresa”.


Desenvolvimento socioambiental

De acordo com o fundador da Worth a Million, pensar em inovação é encontrar problemas e soluções que não envolvam apenas as condições internas de uma empresa, mas todo o seu entorno. “Precisamos romper a visão de que inovação é apenas um núcleo de ideias bonitas, um diferencial atrativo. A inovação deve se manter no DNA de toda empresa. Nesse sentido, ela orienta o desenvolvimento de negócios e também o desenvolvimento socioambiental. É preciso pensar nas condições de trabalho dos colaboradores, nas dinâmicas de desenvolvimento de projetos e em como a empresa impacta o meio ambiente e a comunidade à sua volta”.

Valentim também destaca que o processo de inovação não é rápido, já que envolve a mudança de pensamento de toda uma companhia. “A Worth a Million atua por muitos anos com grandes empresas como Mastercard (quatro anos), Leroy Merlin (três anos) e C6 Bank (dois anos), por exemplo. E a cada três ou quatro meses apresentamos os avanços, para que todos compreendam as mudanças e o impacto da inovação”.

 



Worth a Million

www.wam106.com

  

Conheça quatro ferramentas que são essenciais para a gestão do seu negócio

Há quatro ferramentas extremamente importantes para qualquer tipo de negócio, sendo que uma delas é composta por conhecimento, habilidade e atitude, mais conhecida como CHA. É a interseção desses três comportamentos que geram o sucesso profissional, por isso se faz necessário ter conhecimento e a prática do negócio, não apenas saber dirigir. E além de todos esses itens, se não houver vontade de querer realizar, nada vai para frente.

A segunda que eu vou indicar é a análise SWOT, um quadro em que são colocados os pontos fortes, as oportunidades, pontos fracos e ameaças. No primeiro ponto, é importante destacar quais são as características relevantes da sua empresa que podem posicioná-la no mercado competitivo de forma que fique em evidência. Já as oportunidades, são questões em que não se pode controlar, porque são fatores externos que as determinam. Também é necessário colocar na ponta do lápis os pontos fracos, sem medo ou receio, pois é essencial identificar os gargalos do negócio. Por último, as ameaças, os riscos que podem ser enfrentados.

As oportunidades e ameaças são variáveis incontroláveis do cenário, já os pontos fortes e fracos são mutáveis e podem ser alterados de acordo com a gestão. As fraquezas precisam ser estudadas para que se tornem pontos fortes, e as ameaças analisadas para a criação de estratégias. Enquanto isso, muitas pessoas deixam de enxergar as oportunidades, essenciais para a evolução.

Para saber mais sobre esse assunto, um bom livro que posso recomendar é O jeito Harvard de ser feliz. Uma das discussões trazidas nele é a seguinte: quem tem sucesso é feliz, ou quem é feliz tem sucesso? Fazer esse questionamento também pode ajudar em todo o processo.

A terceira ferramenta é chamada de 5W2H, que auxilia na execução tarefas que nos propomos a realizar, seja melhorar a gestão financeira, captar mais clientes, treinar a equipe etc.  Essa organização permite criar um passo a passo de como essa iniciativa será implementada.

Os 5W são compostos das seguintes questões: o que, quem, quando, onde e porquê. Vamos supor que a tarefa é relacionada a gestão financeira (o que?), o executor será o gerente (quem?) e ele vai fazer o processo no escritório (onde?), já o prazo é determinado tendo em mente que necessário ter um começo, meio e fim (quando?) e, por último, é preciso ter uma razão para fazer essa tarefa (porquê?).

Após concluir os 5 W’s, passamos aos 2H’s, que é onde será dissecado como esse processo será executado e qual será o custo dele. Quando se fala nisso, o primeiro pensamento que passa pela cabeça é relacionado a dinheiro, mas não é somente sobre isso, na realidade existem outros custos que nos impedem de realizar determinadas ações. Alguns livros relatam, e geralmente é verdade, que dois dos maiores esforços atualmente são o tempo e a atenção. Esses são artigos de luxo, porque as pessoas dificilmente dispõem por conta de grande concorrência de informação nos dias de hoje.

Vale lembrar também que todas as responsabilidades que são delegadas precisam de controle, não se trata de fiscalização, mas sim acompanhar os processos na intenção de melhorá-los.

A quarta e última ferramenta chama-se PDCA (plan, do, check e action). Essa é uma técnica que ajuda a gerenciar e comparar o planejamento e os resultados, além de verificar se esses estão coerentes com o plano proposto e, com isso, determinar qual será a ação realizada. Do contrário, é necessário retomar o planejamento para saber quais etapas precisam ser alteradas.

Independentemente da ferramenta que mais lhe agrada, o primeiro passo sempre será estabelecer metas e métodos para chegar ao objetivo final. Em seguida, é necessário treinar e executar o que precisa ser feito, para então checar os resultados e as metas alcançadas. Por último vem a ação, que pode ou não ser corretiva, dependendo dos resultados.

Conhecendo essas ferramentas, é possível fazer análises precisas de como melhorar os resultados da sua empresa, com base em informações que estão disponíveis interna e externamente.

 

 

Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde começou a sua carreira em Assis. Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 

SIS Consultoria

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

 

Com Selic a 2%, desafio do investidor é ganhar da inflação

Para não perder poder de compra com novo cenário de rentabilidade baixa, brasileiro deve repensar forma de investir


Com a taxa Selic a 2%, nova mínima histórica, seu valor está cada vez mais se aproximando da inflação projetada para 2020, que está em 1,71% ao ano (dados do Relatório Focus de 24/08/2020). Para o fundador do buscador de investimentos Yubb (www.yubb.com.br), Bernardo Pascowitch, este cenário traz mais desafios e gera uma pressão ao investidor, que precisa buscar melhores opções de investimentos e migrar sua renda.

“Ter um rendimento abaixo da inflação é, literalmente, perder dinheiro. É fazer com que o seu dinheiro não renda o mínimo para compensar o aumento dos preços na economia. Em outras palavras, se o valor investido render menos do que a inflação, a mesma quantia não comprará no futuro o que pode comprar hoje”, explica Pascowitch.

Bernardo detalha que é importante se atentar aos investimentos de renda fixa, principalmente para a administração da reserva de emergência. “A reserva de emergência, que deve estar em investimentos de renda fixa e com liquidez diária, precisa ser repensada. Ela deve render, no mínimo, 105% do CDI. Se tiver menos que isso, pode haver perda de dinheiro para a inflação”, pontua. “É importante se atentar aos fundos de investimento também. Neste momento de rentabilidade baixa, qualquer opção com uma quantidade significativa de taxas administrativas compromete ainda mais o rendimento”.


Vencer a inflação

Pascowitch explica que as pessoas que desejam começar a investir, normalmente têm uma visão idealizada do mercado. “Muitos costumam entrar para os investimentos interessados em ganhar dinheiro rapidamente, da noite para o dia, mas não é assim que funciona. O objetivo inicial não deve ser ganhar dinheiro, mas ganhar da inflação. Essa já é uma conquista e tanto. Perder poder de compra por conta da alta dos preços é algo que deve ser evitado a todo custo”.

Somente depois de ganhar da inflação é que se deve pensar nos passos seguintes, envolvendo os próximos investimentos. “Investir é seguir um passo de cada vez. É conhecer cada investimento, entender porque existem altas e baixas. Não é apenas seguir o que pessoas públicas indicam, é preciso estar ciente do porquê está investindo. O conhecimento é o passo mais importante para não perder dinheiro”.


LGPD ENTRA EM VIGOR HOJE (27/8)

 “Colhendo todos de surpresa, o Senado Federal decidiu ontem (26/8), que a Lei Geral de Proteção de Dados entra em vigor hoje (27/8). Isto se deu por causa da retirada do art. 4º da MP 959/2020, que tratava do adiamento da LGPD.


Mesmo sendo favorável que a LGPD entre em vigor rapidamente, é preocupante a forma abrupta e inesperada que isto se deu, pois afeta diretamente as empresas que são tomadas de surpresa, com o início repentino da vigência desta lei, em meio a um momento de incertezas, durante a crise provocada pela pandemia do COVID-19.

A imensa maioria das empresas e dos brasileiros precisarão se adaptar a esta nova lei e, o Brasil terá de implantar, do dia para a noite, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados. Mesmo diante de todas estas surpresas, que trazem insegurança jurídica, ainda assim, a LGPD representa um grande avanço neste cenário essencial de proteção de dados pessoais no Brasil”.



Prof. Luiz Augusto D’Urso – advogado especialista em Direito Digital, Professor de Direito Digital no MBA da FGV e Presidente da Comissão Nacional de Cibercrimes da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – ABRACRIM


A VIDA E SEU SUSTENTO

       No dia 19 de julho a imprensa nacional informou que 716 mil empresas haviam fechado as portas no Brasil em virtude da pandemia. E o coronavírus seguirá, setembro adentro, vitimando também esses ambientes proveitosos à vida humana que são as empresas privadas.

        Digo isso ciente de que, infelizmente, essa não é uma percepção comum. A população brasileira transita, inadvertida e submissa, em meio a instrumentos de doutrinação e domínio das mentes sob os quais se predispõe a considerar o ambiente empresarial como um lugar de opressão e submissão para exploração. Não percebem - tantos brasileiros! - quão submissos estão, isto sim, à opressão e à mistificação ideológica. Não é por outro motivo que, em tempos de pandemia, tanto se fala em opção entre vida e dinheiro. No entanto, esses locais que chamamos empresa, escritório, firma, fábrica, loja, venda, estão para a vida humana assim como os recifes de coral estão para a vida marinha nas cálidas águas tropicais.

        Empresas funcionam à semelhança dos ecossistemas. Quando fatores externos agem de modo descuidado, estabanado, todo o sistema padece esse impacto afetando os organismos que ali se desenvolvem e inter-relacionam. Acho que não preciso fazer prova dessas afirmações. Estamos vendo acontecer. Até aqui, aliás, este texto é meramente descritivo. Mas tem mais.

        Quando, em 2013 a cidade de Detroit quebrou, a maior parte de seu  imenso parque automobilístico já havia encerrado atividades ou ido embora. A população caiu de dois milhões para cerca de 700 mil habitantes. Setores da cidade e imensos pavilhões industriais proporcionaram cenários para filmes de zumbis. Pelo viés oposto, são os negócios, a atividade mercantil, a manufatura, a prestação de serviços que a seu modo viabilizam a vida, a realização dos sonhos, as famílias e seus projetos. A vida e a liberdade.

        Dez mil lojas de variados portes fecharam no Rio Grande do Sul. Não suportaram. Seus proprietários chegaram ao mês de maio com seus recursos esgotados diante de mais de dois meses com as portas fechadas desnecessariamente porque o vírus andava longe daqui. Quando ele chegou, teve início o abre e fecha, tipo sanfona de gaiteiro preguiçoso, muito mais tempo fechada do que aberta. Vieram os horários estapafúrdios, veio a arbitrariedade das agendas de funcionamento tiradas de mero arbítrio da autoridade, veio a onipresente ameaça do lockdown geral a afugentar ainda mais a vida de seu sustento.

Repito: a afugentar a vida de seu sustento!

 



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Integrante do grupo Pensar+.

 

LGPD: 4 passos para ajudar sua empresa a entrar em conformidade com a lei

Segundo pesquisa da Akamai Technologies, 24% das empresas entrevistadas ainda não sabem o que é LGPD


A Lei Geral de Proteção de Dados traz novos rumos para a segurança de dados no Brasil. Com o objetivo de estabelecer regras sobre coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais, a lei entrará em vigor nesta quinta-feira (27), após decisão do Senado Federal, anulando a vigência da LGPD a partir do dia 31 de dezembro deste ano. A nova lei eleva o padrão de proteção de dados pessoais e traz penalidades significativas para as empresas que não cumprirem a norma.

Uma pesquisa da Akamai Technologies, a maior rede de distribuição de conteúdo da Internet (CDN) e de segurança em nuvem, feita com mais de 400 empresas/tomadores de decisão pela Toluna, revelou que 24% dos entrevistados ainda não sabem o que é LGPD, e dos que têm conhecimento sobre a lei, 43% não sabem quando ela entra em vigor. 

Antecipação do prazo para entrar em conformidade

Como o órgão responsável por analisar o cumprimento da LGPD e aplicar penalidades às empresas, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), ainda não existe, as multas foram adiadas até agosto de 2021 pela Lei nº 14.010. “As empresas estão em uma verdadeira corrida contra o tempo”, acredita Claudio Baumann, Diretor Geral da Akamai no Brasil. “Mesmo que ainda não existam multas, a legislação já está em vigor e segundo nossa pesquisa, 64% dos entrevistados ainda não estão totalmente em conformidade com a lei, um número muito alto”, afirma.

O que levanta o questionamento: quais devem ser os próximos passos para cobrir essas lacunas? A Akamai Technologies preparou 4 dicas para ajudar as empresas brasileiras a entrarem em conformidade a tempo:


1.Identifique os dados captados e defina uma equipe de controle

Como e quais informações são captadas de clientes e funcionários? Pessoal, sensível, pública, anonimizada? Ela é captada por meio físico ou digital? Quem são os operadores internos e externos para mensuração de exposição da empresa à LGPD? Crie uma equipe ou contrate um encarregado (Pessoa Física ou Jurídica) com capacitação para exercer as atividades previstas na LGPD.


2.Crie protocolos de consentimento

É fundamental exercer controle do consentimento e anonimização dos dados para atender possível solicitação do titular, além de revisar e criar documentos (contratos, termos, políticas) para uso interno e externo. A criação de um banco de dados para auxiliar o controle dos pedidos dos titulares dos dados - acesso, confirmação, anonimização, consentimento, portabilidade, etc. - também é necessária.


3.Segurança dos Dados

O objetivo da LGPD é proteger os usuários e seus dados de acessos não autorizados, em situações acidentais ou ilícitas. Para isso, é necessária a adoção de medidas de segurança para a conservação ou eliminação das informações, assim como a elaboração de documentos que evidenciem essas ações. O acesso aos dados através da internet, seja de funcionários trabalhando remotamente, seja pelos clientes ou pelo público em geral cria uma potencial vulnerabilidade importante, devido à exposição às ameaças cibernéticas. Há soluções de mercado para implementar essas proteções.


4.Tratamento dos dados

Educar funcionários é fundamental quando falamos de LGPD. É preciso estabelecer regras de boas práticas ao captar, administrar e tratar os dados internos da empresa. Estabelecer procedimentos, normas de segurança, diminuição de riscos no tratamento de dados pessoais é um dos primeiros passos para manter informações de funcionários e clientes seguras.

“É inevitável que o Brasil siga os passos de países europeus ao discutir a segurança de dados pessoais, principalmente com o número de roubo de informações acontecendo nos últimos anos. Vale lembrar que a lei europeia aplicou mais de R$ 684 milhões em multas desde que entrou em vigor. O quanto antes as empresas entrarem em conformidade, menos suscetíveis estarão à penalidades”, comentou Baumann.

 

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Combate as doenças de inverno pelo prato

Está aberta a temporada de gripes e resfriados. E em tempos de pandemia e com os dias mais frios, a tendência é se fechar em ambientes com pouca ventilação, o que facilita a proliferação de vírus e bactérias. Uma das saídas para manter os resfriados bem longe é apostar no aumento da imunidade. A Dra. Ana Luisa Vilela, médica nutróloga explica que incluir a maior variedade possível de alimentos é a chance de evitar anemias e déficits do organismo que favorecem a entrada desses vírus e bactérias.

A médica ainda lista 8 alimentos que ajudam nesta guerra com a gripe.

• Frutas cítricas como limão laranja e principalmente a acerola são ricos em vitamina C e reforçam a imunidade

• As verduras são ricas em ferro e zinco como brócolis espinafre, os derivados do leite contém microorganismos que fortalecem o sistema,

• O alho estimula a imunidade,

• As geleias reais combatem os vírus e bactérias,

• O mel ajuda na formação de anticorpos,

• Cogumelos como shitake aumentam a produção das células responsáveis pela defesa do organismo,

• Cenoura e tomate, ricos em carotenoides, atuam contra as infecções comuns dessa época do ano,

• Chás são ótima opção para ingerir água nos dias frios já que líquidos atuam na renovação do metabolismo celular.


Vasinhos podem virar varizes?

Se você já notou a presença de uma teia de vasos avermelhados nas suas pernas, certamente já se perguntou se esses vasinhos podem virar varizes.  A verdade é que essa dúvida é muito comum e costuma incomodar principalmente as mulheres, por razões estéticas. No entanto, mais do que uma preocupação com o visual, tanto vasinhos como varizes são sinais de uma doença e devem receber cuidado e atenção.

Fonte para entrevista: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar Prof. Livre Docente de Cirurgia Vascular FMUSP. Diretor da Spaço Vascular, realiza tratamento para varizes com espuma desde 2004. Mais de 20.000 consultas, 7000 Eco-dopplers e mais  7.000 pacientes tratados tanto na clínica privada como em ações humanitárias no Brasil e na Nicarágua.

Qual é a diferença entre os vasinhos e as varizes?

Para responder se os vasinhos podem virar varizes, primeiro é preciso entender o que eles são e qual a diferença entre esses dois quadros.

Os vasinhos nada mais são do que varizes muito pequenas, com menos de 3 mm de diâmetro, localizados na pele. Chamados de telangiectasias, são considerados o primeiro grau da Doença Venosa Crônica. Eles são assintomáticos ou apresentam sintomas leves, como coceira e ardência no local de concentração.

Já as varizes, são veias maiores (mais de 3 mm de diâmetro) que se apresentam dilatadas, tortuosas e saltadas abaixo da pele. Trata-se do grau 2 da mesma doença, ou seja, a diferença entre vasinhos e varizes está apenas no tamanho.

Vasinhos podem virar varizes?

Apesar de, do ponto de vista médico, tratarem-se da mesma doença, vasinhos não se tornarão varizes, porque são estruturas diferentes, tipos de veias distintos. Eles consistem em pequenas veias localizadas na camada da pele chamada derme, enquanto as varizes são encontradas no meio do tecido gorduroso abaixo da pele.

Vale dizer que ambos são sinais da mesma doença crônica, portanto, vasinhos, principalmente nos tornozelos, indicam que há mais chances de ocorrência de varizes. Entretanto, não se trata de uma evolução de um tipo para o outro, já que podem ocorrer concomitante ou independentemente. Uma paciente pode ter varizes sem apresentar vasinhos(não é comum) e vice-versa.

- Quando procurar um vascular?

O cirurgião vascular é o médico especialista em sistema circulatório — artérias, veias e sistema linfático. Ele é o responsável por avaliar e diagnosticar as doenças vasculares em estágio inicial, como os vasinhos ou avançado no caso das varizes, encaminhando a paciente para o melhor tratamento após o diagnóstico. 

Muitas pessoas acreditam que o único inconveniente das varizes é o constrangimento estético, porém, trata-se de uma doença que pode trazer sintomas desagradáveis e complicações. Por isso, ao apresentar qualquer sinal, é importante consultar o médico de varizes , principalmente quando os sinais estéticos são acompanhados de sintomas como:

  • dor, cansaço e sensação de peso nas pernas, principalmente ao final do dia;
  • edema ou inchaço de pés e tornozelos.
  • manchas escuras, castanhas nas pernas
  • coceira

Vasinhos geralmente são indolores, então, é importante atentar-se a isso.

- Quais são os fatores de risco para varizes e como preveni-las?

Como mencionamos, tanto os vasinhos como as varizes são sinais de um quadro mais amplo, a Doença Venosa Crônica. Não se sabe ao certo a causa dessa condição, porém, alguns fatores de risco, como genética, obesidade, sedentarismo, idade e comportamento, são associados a ela. 

Sendo assim, é recomendável manter um estilo de vida saudável e adotar alguns cuidados para prevenir o problema. No entanto, é importante salientar que nenhum hábito ou medida é capaz de evitar que as varizes apareçam, ainda que sejam indicados para amenizar os sintomas e, em alguns casos, retardar a evolução da doença. 

Como mostramos, saber se os vasinhos podem virar varizes é tão importante quanto entender a relação entre essas duas coisas. Sabendo que ambas são indícios de uma doença vascular, é essencial buscar ajuda médica para obter o tratamento adequado para o seu caso. 

Como diferenciar gagueira, disfemia e disfluência

A fala é um dos principais instrumentos de comunicação dos humanos com o mundo. É claro que existem outras formas de interação, mas qualquer problema com essa função pode causar insegurança tanto em adultos quanto crianças. Por isso, é importante conhecer os diferentes transtornos de fala para saber quais as melhores terapias.

 

Gagueira, disfemia e disfluência

Muitas pessoas confundem esses termos e acreditam tratar-se de uma coisa só. Entretanto, eles representam tipos de alterações na fala diferentes entre si (tome cuidado também para não confundir problemas de fala com problemas de voz). 

Para você entender melhor essas diferentes alterações, a Dra. Cristiane Romano, fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP, lista as principais características de cada uma delas:

 

Disfemia

A disfemia normalmente manifesta-se entre os 2 e os 5 anos de idade. “Trata-se de uma característica genética que atinge pessoas de todas as raças e classes sociais. Normalmente, o indivíduo não consegue expressar uma ideia sem repetir algumas sílabas diversas vezes, o que se intensifica quando fica nervoso”, explica Cristiane. 

Na maior parte dos casos, os sintomas desaparecem até os 5 anos de idade. “Caso o problema persista mesmo após essa idade, é possível que esteja ligado a alterações cerebrais. Por isso, o ideal é procurar ajuda profissional o mais cedo possível. Geralmente, essa alteração é tratada por um fonoaudiólogo”.

 

Disfluência

Pode-se dizer que um indivíduo capaz de falar frases concisas, mantendo ritmo e harmonia, é fluente naquela língua, correto? Mas, quem sofre de disfluência não consegue manter esse ritmo. “Durante o discurso, podem aparecer repetições, alongamentos, apagamentos, inserções, pausas preenchidas, substituições, truncações, pausas silenciosas atípicas, marcadores de edição, erros morfossintáticos, dentre outros. Todos são sintomas de disfluência”, afirma Cristiane Romano. 

“Cada grupo de sintomas desse transtorno está ligado a determinado componente da fala. É claro que qualquer um de nós está sujeito a cometer erros durante um discurso, mas para os portadores de disfluência, isso se torna rotina. É impossível que falem sem recair em alguma dessas dificuldades”.

 

Gagueira

O senso comum classifica qualquer transtorno de fala, que tenha como principal característica a repetição, como gagueira. Entretanto, a gagueira é, na verdade, um dos sintomas tanto da disfemia quanto da disfluência. 

Nesta última, segundo a fonoaudióloga, o interlocutor pode ter problemas com repetidos bloqueios, ou seja, interrompe palavra ou frase repentinamente e demonstra grandes esforços para retomar a fala. Também pode ter problemas com interjeições, de modo que insira recorrentemente termos sem sentido ou coerência no meio do discurso.

“Normalmente, quando o indivíduo se vê diante de uma situação embaraçosa ou desafiadora, esse sintoma tende a se intensificar. Por causa disso, há alguns que se envergonham e se tornam pessoas mais fechadas, evitando interações. Esse não é o melhor caminho, visto que a ajuda médica é eficaz no tratamento do problema”, esclarece Cristiane Romano.


Marco histórico: OMS reconhece o Continente Africano livre do vírus da poliomielite

O continente Africano foi oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) livre do vírus selvagem da poliomielite. Esta certificação acontece quatro anos depois que a Nigéria registrou o último caso da doença.

Com isso, a região africana e os nossos parceiros da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI), do Rotary International, sinalizam um enorme passo em direção à eliminação da paralisia infantil globalmente. A certificação é uma grande conquista na área da saúde pública para os rotarianos, agentes da saúde, líderes locais e nacionais, sem contar o grande número de parceiros.

Agora, são cinco das seis regiões indicadas pela OMS, que representam mais de 90% da população mundial livres da pólio. O anúncio foi feito pelo Presidente do Rotary International 2020-21, Holger Knaack, hoje, às 12h30 no horário de Brasília.

De acordo com o Governador 2020-21 do Rotary Distrito 4563, Jô Antiório essa conquista é um marco para a Instituição que luta para erradicar a doença há mais de 30 anos. “Precisamos acabar com a pólio em todos os locais possíveis. Se parássemos os trabalhos feitos pelo Rotary hoje, em dez anos a doença poderia voltar a paralisar cerca de 200 mil crianças no mundo por ano”, diz.


Sobre o Rotary International

O Rotary Internacional é uma rede global de líderes profissionais que veem um mundo onde as pessoas se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em si mesmas, nas suas comunidades e no mundo todo. Os associados ajudam a humanidade há mais de 115 anos. Por meio de projetos sustentáveis em diversas áreas, como alfabetização, paz, saúde e recursos hídricos, estão sempre procurando maneiras de criar um mundo melhor.

Por acreditar em encontrar soluções para muitos problemas mundiais, os mais de 36 mil Rotary Clubs e 1,2 milhões de associados em todo o mundo trabalham para: promover a paz, combater doenças, fornecer água limpa e saneamento, cuidar da saúde de mães e filhos, apoiar a educação e favorecer o desenvolvimento econômico.


Doença rara relacionada à prótese de silicone é descoberta por médico brasileiro

 A SIGBIC causa sintomas clínico específicos e afeta o sistema imunológico

 

O médico e pesquisador Dr. Eduardo Fleury, radiologista e coordenador da equipe de Imaginologia Mamária do IBCC Oncologia, descobriu uma doença associada aos implantes mamários, denominada SIGBIC (granuloma induzido por silicone na cápsula).

Os principais sintomas da doença são: manchas na pele, dores articulares, colites, endurecimento das próteses, aumento das mamas e sinais inflamatórios no seio comprometido. A maioria das pacientes avaliadas apresentou alterações clínicas características, muitas vezes ignoradas pelos médicos delas, sobretudo, por não existir relatos na literatura médica sobre o tema.

A descoberta aconteceu em várias etapas e após diversas constatações em um período de quase três anos. Foram intensos estudos e avaliações em resultados de imagens radiológicas, mamográficas, ultrassonográficas e, agora, de ressonâncias magnéticas mamárias de aproximadamente três mil mulheres.

De acordo com o Dr. Fleury, a doença começa a se desenvolver bem próximo ao período de vencimento da prótese de silicone a qual tem vida útil de 7 a 10 anos. “As cápsulas fibrosas podem ficar comprometidas pela reação com o silicone e a retirada da prótese, em muitos casos, apresenta melhora no quadro”, afirma o médico ao acrescentar que as próteses não precisam ter sido rompidas para que ocorra o aparecimento da doença.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas (SBCP), a intervenção cirúrgica para aumento dos seios é a mais procurada pelas brasileiras. O último levantamento realizado pela SBCP, com dados de 2017 a 2018, mostrou que a cirúrgica para colocar seio representa 18,8% de todas as operações plásticas realizadas no Brasil o que equivale a 319 mil e 600 próteses de silicone colocadas no período de 12 meses.

Sendo dessa maneira, ao período o tempo de vida útil da prótese que é de 7 a 10 anos, podemos dizer que 229 mil brasileiras podem estar com a doença SIGBIC. Isso pelo fato de o Brasil ter realizado 12,9% do total de cirurgias de prótese de silicone feitas no mundo. Ou seja, há 7 anos (2013) houve o registro de 1 milhão 773 mil e 584 intervenções cirúrgicas desse tipo globalmente. Os dados foram captados pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).

A descoberta da doença SIGBIC pelo médico brasileiro tem recebido destaque em várias publicações cientificas pelo mundo. Nas últimas semanas, as revistas PLOS One e Science Direct reconheceram e aprovaram duas das etapas detalhadas pelo pesquisador.

 

Vale a pena fazer teste combinado de anticorpos contra a Covid-19?

Especialistas alertam para possibilidade de precisar fazer novos exames na sequência


As opções podem ainda não ser suficientes para atender toda a população, mas são várias. Hoje, o Brasil conta com mais de 300 registros de testes para Covid-19 aprovados pela Anvisa, de acordo com a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Existe o RT-PCR - considerado padrão ouro para diagnóstico da doença -, o teste rápido e várias opções de sorológicos - para identificar a produção de anticorpos contra o coronavírus. 

Mas como saber qual é o indicado para cada situação e qual o melhor entre todos? Recentemente, chegou ao Brasil o Access SARS-CoV-2 IgG, o ensaio da Beckman Coulter, multinacional que oferece soluções científicas e laboratoriais inovadoras. O exame é realizado via sorologia qualitativa e indica se houve exposição ou não ao SARS-CoV-2. O teste processa apenas a imunoglobulina G (IgG), anticorpo que demora mais a aparecer, mas também permanece por mais tempo no organismo. Questionada sobre a possibilidade de desenvolver o chamado “teste combinado”, que verifica, de uma vez, a presença de mais de um tipo de anticorpo, a empresa garante não ter essa intenção por se tratar de um teste não conclusivo, gerando mais custos para a população. 

De acordo com a infectologista Nancy Bellei, mestre e doutora em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Unifesp, a realização do teste combinado pode demandar a realização de outros testes na sequência. “Ao fazer o teste combinado e verificar um resultado positivo, não é possível saber se estamos detectando muito IgM, se foi detectado apenas IgG ou se é o caso de uma IgM que pode ser falso positiva já que a imunoglobulina M é mais inespecífica”, explica. 

Ela acrescenta que, ao não usar um teste específico, separado, se o resultado for positivo, não é possível caracterizar se o paciente está com a Covid-19 naquele momento ou se já teve. Afinal, a imunoglobulina M costuma ser detectada pouco tempo após o contágio, já na primeira semana, enquanto a G tende a aparecer apenas de 7 a 14 dias depois. “Se o resultado for positivo, provavelmente o paciente tenha que ser submetido a novos exames. A um teste de RT-PCR e, eventualmente, se esse der negativo, a um teste de IgG isolado. Já se o resultado para o teste combinado for negativo, o paciente pode estar em uma janela imunológica, em que não sabemos se estamos lidando com uma IgM ou IgG inicial, o que nos coloca dependentes mais uma vez de novos testes”.

Quando falamos, no entanto, de um teste capaz de detectar apenas um tipo de anticorpo, ainda existe mais de uma opção no mercado, de fabricantes diferentes, e, consequentemente, funcionalidades distintas. Isso porque cada um tende a ter uma sensibilidade/especificidade e a analisar uma parte da estrutura viral. O coronavírus é composto por quatro proteínas. A nucleocapsídeo é a que envolve o RNA e, por isso, acaba sendo a mais usada. 

O ensaio da Beckman Coulter, no entanto, detecta anticorpos contra a proteína Spike, que são capazes de neutralizar o vírus, ou seja, impedir a reentrada dele. “A proteína S é responsável pela entrada do vírus na célula, é a que se acopla ao nosso receptor. Teoricamente, se tenho um anticorpo contra a proteína que se liga ao receptor, esse anticorpo vai ser o ideal para a minha proteção”, explica a Dra. Nancy. 

É contra essa proteína, inclusive, que, futuramente, deverá ser feita a vacina contra Covid-19. “Como é provável que todos tenham que fazer o teste em algum momento para checar se já estão imunes à doença, preferimos fornecê-lo dessa forma, assim, é um ganho de tempo e economia para os clientes”, revela Daniela Putti, Head de Marketing da Beckman Coulter na América Latina. 

O Access SARS-CoV-2 IgG foi testado em 1400 amostras na França e nos Estados Unidos, com 100% de especificidade clínica comprovada após o 18º dia do início dos sintomas. Quando se pensa em um intervalo de tempo anterior, de 0 a 6 dias do início dos sintomas, o exame da Beckman Coulter aparece com a melhor sensibilidade do mercado: 70,2%. 

 



Dra. Nancy Bellei - Graduada em Medicina (1987), mestre (1993) e doutora (1998) em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Unifesp - Universidade Federal de São Paulo, onde atualmente é professora afiliada, médica e pesquisadora. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Infectologia e Virologia Clínica. Membro da International Society of Influenza and Respiratory Viruses Diseases. Consultora ad-hoc Ministério da Saúde -SVS para pandemia de coronavírus e consultora científica OPAS/Covid-19.


Como tratar os principais problemas da adenoide?

 Dificuldade respiratória, apneia do sono e infecções de ouvido são sintomas de hipertrofia adenoideana

 

Popularmente conhecida como “carne esponjosa”, a adenoide é uma estrutura fisiológica, composta por tecido linfoide (tecidos de defesa), que se localiza atrás das cavidades nasais e acima do palato (céu da boca) – uma região chamada de nasofaringe. Por esse motivo, a adenoide é cientificamente denominada de tonsila nasofaríngea.

Apesar de ser um tecido de defesa e natural de qualquer indivíduo, seu crescimento exagerado pode causar uma séria de complicações que comprometem significativamente a qualidade de vida do paciente.

“A adenoide é uma estrutura de defesa imunológica, pequena ao nascimento, localizada no fundo do nariz, especificamente na região da nasofaringe. Ao contrário das amígdalas, não é possível ver a adenoide ao abrirmos a boca, pois esta fica acima do palato”, explica a otorrinolaringologista do Hospital Paulista Renata Garrafa.

Segundo a especialista, a adenoide cresce rapidamente durante a infância, com pico entre 3 e 6 anos e, então, começa a regredir gradativamente de tamanho até se tornar significativamente menor na adolescência. Quando este crescimento é exagerado, a adenoide pode preencher toda a nasofaringe, resultando em obstrução da passagem do ar respirado pelo nariz, má qualidade do sono e voz anasalada, além de facilitar a ocorrência de otites.

“Adenoide não é o nome de uma doença, mas sim de uma estrutura normal que todo ser humano possui durante a infância. Assim como as amígdalas e outros órgãos linfáticos, a adenoide reage a micro-organismos agressores e produz anticorpos”, destaca a Dra. Renata.

No entanto, de acordo com a otorrinolaringologista, quando seu crescimento é exagerado, causando prejuízos significativos na respiração e na fala, além de propiciar o surgimento de otites, seus malefícios no desenvolvimento da criança e em sua qualidade de vida superam seus benefícios imunológicos.

A médica ressalta que não há uma explicação única para o crescimento exagerado da adenoide, mas algumas hipóteses são infecções virais de repetição, rinite, fatores genéticos e biofilmes bacterianos (colonização crônica da nasofaringe por bactérias). Entre os sintomas mais comuns estão dificuldade respiratória, obstrução nasal, ronco e apneia do sono, além de quadros de otite, sinusite e rinite de difícil tratamento.


Diagnóstico  e Tratamento


“Para o diagnóstico da hipertrofia acentuada da adenoide, nos baseamos primeiramente nos sintomas do paciente”, relata a especialista.

A confirmação pode ser feita através de uma radiografia lateral da face (Raio-X de Cavum) ou pelo exame de vídeo endoscopia nasal (nasofibroscopia) – uma pequena câmera é introduzida pelo nariz, permitindo melhor visualização de toda nasofaringe, sendo, portanto, o melhor método.

O principal tratamento para hipertrofia acentuada da adenoide é a cirurgia, chamada adenoidectomia. Mas nem toda adenoide grande precisa ser removida.

“Ela, geralmente, é indicada nas crianças com obstrução nasal importante, que dificulte o sono e a alimentação, ou que provoque o surgimento de otite média serosa ou otite média aguda recorrente. Na inexistência de sintomas ou em casos brandos, a adenoide pode ser acompanhada clinicamente até sua involução após a puberdade”, complementa a Dra. Renata.

Em casos específicos, durante a cirurgia para a retirada das adenoides, outros procedimentos podem ser associados, como a remoção das amigdalas ou a colocação de tubos de ventilação nos ouvidos. Relativamente simples e curta, a adenoidectomia é feita pelo otorrinolaringologista, sob anestesia geral. Habitualmente, o paciente fica internado apenas por um dia.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Smartphones no combate ao diabetes


O diabetes é, frequentemente, uma doença insidiosa, que não se manifesta repentinamente, o que dificulta seu diagnóstico e aumenta a morbidade. E o pior é que ela vem crescendo: afetava 451 milhões de pessoas em 2019 e deve chegar a 693 milhões em 2045 - cerca de 10% da população da Terra.

Surge agora uma nova arma na luta contra a doença: o artigo A digital biomarker of diabetes from smartphone-based vascular signals, publicado pela revista Nature Medicine, traz os resultados de uma pesquisa dando conta que, usando um smartphone, pode-se identificar a presença da doença com um índice de acerto superior a 80%. E o melhor é que para isso basta adaptar um aplicativo já existente, que foi desenvolvido para determinar a frequência cardíaca.

Os pesquisadores levantaram a hipótese de que um exame chamado fotopletismografia, que identifica danos vasculares causados pelo diabetes, pode ser feito utilizando o flash e a câmera dos smartphones, que capturariam as variações de cor das pontas dos dedos a cada batimento cardíaco; dependendo dessas variações, pode-se avaliar o estado dos vasos sanguíneos dessa parte do corpo, vasos esses que são afetados pelo diabetes.

Os pesquisadores criaram uma Rede Neural Profunda (Deep Neural Network) que foi "ensinada" recebendo informações sobre três milhões de portadores de diabetes, ficando capacitada a constatar ou não a presença da doença ao analisar as variações de cor das pontas dos dedos de uma pessoa.

Médicos erram ao diagnosticar e redes neurais também erram, mas esta teve um índice de acerto de 82% ao apontar casos positivos de diabetes e de 92% nos casos negativos. Assim, pode ser considerada uma ferramenta útil no combate à doença, especialmente ao ajudar a detectar o problema em pessoas assintomáticas, caso em que o tratamento pode ser iniciado mais cedo, evitando o agravamento da doença.

 


Vivaldo José Breternitz - Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie. 

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