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sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Isolamento: 7 dicas para ter mais paciência com as crianças

 O isolamento social tem levado à exaustão muitas famílias, mas dicas práticas podem ajudar os pais nesse momento

 

Exaustas depois de quase três meses em quarentena, as famílias estão enfrentando uma nova vida dentro de casa, com mães e pais lidando tanto com o trabalho remoto quanto com os filhos em tempo integral, enquanto as escolas não retomam as aulas presencialmente. A paciência, no entanto, é algo que muitas vezes se esgota, o que é perfeitamente aceitável e normal, segundo Nathalia Pontes, coordenadora de pesquisa e desenvolvimento educacional na PlayKids, uma das líderes globais em conteúdos para crianças. 

 

“Nem todos os dias estamos 100% e dificilmente as coisas saem como planejado. É normal que os pais não queiram lidar, por exemplo, com uma birra durante o jantar, depois da rotina cansativa do dia a dia, ou não querer estragar sua manhã com outra discussão entre as crianças. Ter momentos em que perdemos a paciência é normal, mas há algumas maneiras de trabalhar o equilíbrio e lidar melhor com essas situações”, explica Nathalia. 

Pensando nisso, a especialista elencou 7 dicas práticas para ajudar os pais antes de falar com os pequenos e conseguir ter mais paciência com crianças. Confira:


1. Respire

Isso mesmo, respire. Sentiu que você chegou a seu limite? Peça um tempo, dê uma volta na sala, se dê uns minutinhos antes de retomar a discussão. É científico: A reação, quando estamos estressados e nervosos nunca é a melhor. Quando nos alteramos muito, há poucas sinapses entre a amígdala cerebral (lugar que se entende a emoção) e o córtex frontal (lugar onde se processa essa emoção), por isso falamos coisas ou reagimos de forma desproporcional. Ao sentir que você vai agir assim, respire e se dê um tempo. 

 

2. Reflita sobre o motivo da impaciência


Muitas vezes, descarregamos o estresse de um dia todo em um evento, de forma desequilibrada. Para que isso não aconteça, é importante refletirmos sobre o real motivo dessa irritação. Por exemplo, faça uma autoanálise e pense quando começou essa irritação. Se se sentiu assim ao longo do dia, ou se foi algo pontual, ou se de fato foi o ocorrido com o pequeno. Essa é a forma de lidarmos de forma assertiva com a raiz do problema.

 

3. Dialogue


Tente manter o diálogo, e incentive seu filho a fazer o mesmo. Se você está fora do seu normal, só converse quando estiver restabelecido os ânimos e ensine o mesmo ao seu filho. Ou seja, ele também tem que se acalmar para conseguir conversar. Após isso, dialogue com respeito e com base nos ocorridos. Livre-se de rótulos como “ele é teimoso”, tente falar a ação da teimosia, como: “Ele está teimando em comprar esse brinquedo, quando já acordamos que não será possível”. Lembre-se disso: Seu filho não é um comportamento, ele produz um.

 

4. Estabeleça limites claros


É importante que o pequeno entenda o que pode e o que não pode fazer de forma clara. Reforce positivamente quando seu filho fizer aquilo que lhe foi ensinado, ao mesmo tempo que deixa claro quando ele estiver com uma conduta não condizente com o que foi estabelecido. Sempre de forma cordial, mas firme.

 

5. Lembre-se que se trata de uma criança


É comum tratarmos a criança como um adulto de tempos em tempos. No entanto, por mais que você considere ela “bem grandinha”, ela continua imatura, algo que é natural para a idade Isso significa que ela está em formação, assimilando muitos dos acertos e erros, assim como testando seus limites. Ela ainda não está completamente formada, e isso implica em muitos falhas, e na necessidade de muito acompanhamento ao longo do caminho. 

 

6. Crie momentos com o pequeno


Muitas das birras e más condutas são originadas com o intuito de chamar a atenção e pertencer. Por mais que, na maioria das vezes, elas aparentam ser o extremo oposto. Portanto, analise se vocês têm tido tempo de qualidade juntos, caso contrário, tente priorizá-los em algum momento do dia. Ações simples podem fazer uma grande diferença. 

 

7. Reconheça seus erros


Se você agiu errado ou perdeu a paciência, reconheça. Permita-se errar e peça desculpas ao seu filho. Isso mostra que você também erra, e que falhar faz parte do processo. Inclusive, se não assistiu, recomendo a TED da Brené Brown sobre vulnerabilidade. Ser vulnerável demonstra que somos humanos e abre espaço para a empatia. Características que queremos incitar nos pequenos. Não existem pessoas que nunca erram, elas apenas não assumem. 

 

 



PlayKids

playkids.com


Os perigos da superestimulação das crianças


     A superestimulação acontece quando não permitimos que a criança siga seu próprio ritmo, quando não respeitamos suas necessidades, seus intervalos de descanso. O resultado é uma sobrecarga de estímulos que podem ser prejudiciais ao seu desenvolvimento.

      Para entender melhor como é ruim sobrecarregar seu filho ou aluno de informações, imagine um aparelho como um celular. O que acontece se você o sobrecarrega com arquivos como fotos, áudios e vídeos? Certamente você pensou que ele fica lento ou que ele começa a dar alguns problemas, especialmente de armazenamento. Pois é, o mesmo acontece com as pessoas, especialmente com as crianças, que ainda não sabem lidar com a sobrecarga.

    Muitas vezes os pais querem tanto que a criança desenvolva novas capacidades, que acabam trazendo inúmeras atividades para suas vidas: outro idioma, esportes, música, dança, fora a fono, a terapeuta e outros profissionais que podem acabar fazendo parte da vida da criança por outras necessidades. São incontáveis as possibilidades! E há quem pense que é um favor a criança fazer tantas atividades, além da escola, claro.

       Cada criança terá seu próprio limite. Há, contudo, uma linha que separa a estimulação da superestimulação e nem sempre ela fica clara para os pais. Veja alguns indicadores que podem ajudar a perceber se a criança está além do seu próprio limite:

 

- Não são permitidos intervalos de descanso entre as atividades e a criança tem dificuldade para relaxar ou até mesmo para dormir.

- É nítido que a criança permanece por obrigação em uma determinada atividade, sem demonstrar sinais de dedicação ou empenho.

- Recusa brincadeiras que possam estimulá-lo na aprendizagem. Está tão sobrecarregado que se recusa a fazer atividades de maior empenho de raciocínio.

- Dificuldade em prestar atenção ou em se concentrar.

 

       A superestimulação sobrecarrega o cérebro da criança e isso é preocupante, porque é na infância que se formam as raízes neurológicas e biológicas que irão determinar o funcionamento do adulto.

     Quando não estimulamos a criança devidamente ela terá dificuldade em formar conexões entre os neurônios, mas por outro lado, quando a sobrecarregamos há muitas conexões, muitos caminhos para os neurônios e a mente pode ter dificuldade em saber qual seguir. A sobrecarga irá fazer com que a criança comece a ter dificuldade em desempenhar algumas tarefas e atividades, especialmente as ligadas diretamente à aprendizagem.

        Há maneiras de evitar a superestimulação. Veja algumas dicas a seguir:

 

  1. Permita seguir o ritmo: perceba o ritmo da criança e permita que ela o siga de uma maneira saudável para seu desenvolvimento.
  2. Evite muitos estímulos juntos: cuidado com televisão, celular e videogames. Eles podem proporcionar uma explosão de estímulos que prejudicam funções como atenção e concentração.
  3. Conheça a criança: uma pessoa é diferente da outra. É preciso conhecer as necessidades das crianças para poder avaliar do que ela precisa e o que ela aguenta fazer. Equilibrar as atividades com a capacidade pessoal é essencial.
  4. Brinque com os estímulos: se as crianças tiverem prazer ao fazerem atividades extra curriculares será mais difícil ter um esgotamento. A diversão deve ser parte da vida da criança.
  5. Limite a quantidade de informação e estímulos: muitas informações que não ficam acessíveis para determinadas idades assim o são exatamente porque eles não estão preparados para recebê-las. A aprendizagem de um instrumento musical, por exemplo, é indicada a partir dos seis ou sete anos de idade. Antes disso a aula adequada é de musicalização, porque a criança irá ter o contato musical, explorando diversos instrumentos e as próprias habilidades. Para tocar apenas um é preciso ter algumas habilidades escolares como a alfabetização e a matemática, que irão fazer parte das aulas musicais.  

 

 


Janaína Spolidorio - Especialista em educação é formada em Letras, com pós-graduação em consciência fonológica e tecnologias aplicadas à educação e MBA em Marketing Digital. Ela atua no segmento educacional há mais de 20 anos e atualmente desenvolve materiais pedagógicos digitais que complementam o ensino dos professores em sala de aula, proporcionando uma melhor aprendizagem por parte dos alunos e atua como influenciadora digital na formação dos profissionais ligados à área de educação.

 

Isolamento social traz à tona a famosa lenda do renascer da águia

 Escritora desmistifica a lenda da águia e faz reflexão sobre a habilidade de resiliência humana


Um dos temas mais procurados nos sites de pesquisa da internet são dicas de como superar os problemas relacionados com o isolamento social. Talvez você já tenha ouvido falar da história onde as águias, após atingirem certa idade, isolam-se no alto de uma montanha para se revonarem por meio de uma transformação bastante dolorosa. Elas arrancam as próprias penas, as garras, e finalmente quebram o bico contra a rocha. A lenda diz que isso faria elas viverem por muitos anos mais após esse processo.

De acordo com a escritora e bióloga, Paola Giometti, um animal capaz de passar por tamanho sofrimento e ainda sobreviver, só poderia ser muito poderoso e, tudo isso seria muito bonito se fosse verdade. "O fato é que nenhuma águia é capaz de se ferir desse modo, caso contrário morreria de fome, frio - as montanhas são congelantes - ou por uma infecção", explica.

Inspirada nessa lenda do isolamento da águia a autora de fantasia escreveu ‘O Código das Águias’, uma singela e profunda história de parceria entre águias e seres humanos. "Escrever esse livro foi um modo de desmistificar a lenda e ao mesmo tempo contar ao leitor como seria possível existir uma "águia" com essa capacidade de resiliência e regeneração", conta a autora.

O protagonista da história é Hankpa, uma jovem águia, que logo ao aprender a voar é capturado por uma tribo para auxiliá-los na caça de alimentos. Convencido por outras águias da importância daquela parceria, Hankpa abdica de sua liberdade e se vê diante de um compromisso com um novo "ninho".

O ponto chave da história é quando o protagonista cria um forte elo com o homem que o capturou - e que leva um tipo de cocar de cabeça de águia sobre a própria cabeça. Num desafortunado dia, esse homem adoece e precisa migrar com Hankpa para uma montanha em busca de um remédio. E aqui entra uma alusão entre a famosa lenda da transformação da águia e o momento de transformação do homem que, por causa da doença, passa pelo pior momento de sua vida, confrontando e lutando contra a morte. Ferido e sentindo muita dor, ele se isola em uma fenda no alto da montanha para iniciar o seu processo de recuperação e renascer com resiliência para sair renovado para uma nova vida, despertando a águia que existe dentro dele.

"Na verdade, nós somos a verdadeira águia, acredito que somos o único animal capaz de se renovar de inúmeras maneiras e no momento em que isso for decidido", afirma Paola.

A escritora explica que não há águia que resista a tamanho sofrimento e é fato que os seres humanos com seu conhecimento, compreensão dos fatos e a sua habilidade de resiliência são incrivelmente capazes de encontrar meios de se adaptar, superar as dificuldades e sobreviver.

"O isolamento social é um bom momento para treinarmos a nossa águia interior, fortalecermos os laços de cuidado e amor próprio, de nos apropriarmos de nossas habilidades e nos reconciliarmos com memórias mal resolvidas. Não há dúvida de que, quando tudo isso passar, seremos expostos a novos desafios e, certamente, com nossa experiência de águia resiliente estaremos mais treinados e fortalecidos em nossos próximos voos", afirma Paola.

 



Paola Giometti -bióloga - PhD em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo e escritora brasileira, com obras publicadas voltadas ao público Infanto-juvenil. Aos 11 anos foi considerada a escritora mais jovem do Brasil com a publicação do livro Noite ao Amanhecer publicado pela escritora Cassandra Rios. Escreveu a série Fábulas da Terra composta pelos livros O Destino do Lobo, O Código das guias e O Chamado dos Bisões (Elo Editora), onde histórias de vida selvagem são narradas num contexto por volta de 16 mil anos, quando a domesticação começou a acontecer, publicados em língua portuguesa. Em 2018, lançou o livro Drako e a Elite dos Dragões Dourados (Lendari), sendo citado pela mídia como "fantasia que reflete sobre as diferenças, ajudando jovens a superar pessimismo e problemas com autoestima". O livro levou os 6 primeiros lugares do Alien Awards de 2018 por voto popular nas redes sociais, além de nomeá-la melhor autora nacional no mesmo ano.  Paola hoje faz parte do Catálogo Internacional de Escritores Brasileiros. Vive em Tromsø, na Noruega, desde 2018, um lugar inspirador para suas histórias onde dá continuidade a carreira literária com o lançamento de The Destiny of the Wolves (Underline Publishing) e Das Schicksal der Wölfe (Editora Gira Brasil-Alemanha).

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Síndrome do comer noturno: o descontrole na madrugada

A síndrome do comer noturno é um quadro que se caracteriza pela grande ingestão de alimentos após às 19h e ao longo da noite, durante o sono, sendo a maior parte da alimentação da pessoa: cerca de 25 a 50% do total das refeições do dia. Segundo Flávia Teixeira, psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ e especialista em Transtornos Alimentares pela USP, o fato de a pessoa não conseguir ter o controle sobre comer ou não, traz um grande sofrimento, sendo esse um dos critérios que denotam um transtorno alimentar. 

“A preocupação do indivíduo está em não se conter diante da vontade de comer, gerando sentimento de impotência e incapacidade. Não existe a preocupação com o corpo e o ganho de peso. Diferente da compulsão alimentar, não há culpa ou vergonha após comer, e a pessoa tem plena consciência do que está fazendo. Alguns relatos indicam que é possível o indivíduo se levantar até seis vezes durante o sono. Mesmo sem estar com fome, há o despertar e a necessidade de buscar alimento”, conta a psicóloga. 

Esse transtorno já vem sendo estudado há bastante tempo, mas ainda não se tem uma descrição exata do que desencadeia os despertares com busca por alimentos. Estudos apontam alguns distúrbios nos modeladores de sono e de fome, como sendo uma das possíveis causas, uma vez que seus níveis estejam reduzidos, levando à necessidade de comer acompanhada de vários despertares noturnos. 

 

Consequências e tratamento

Segundo Flávia Teixeira, caso a pessoa acorde para buscar algum alimento, mas não encontre algo que a satisfaça, é capaz que ela não consiga voltar a dormir. “Acordar várias vezes à noite para comer, interrompendo o ritmo do sono, pode gerar insônia constante, sensação de cansaço no dia seguinte, falta de apetite matinal e um desajuste na alimentação ao longo do dia”. 

A psicoterapia e o acompanhamento de um nutricionista podem contribuir, mas, por ser um desajuste neuroquímico, a indicação medicamentosa é a maior ajuda que a pessoa pode ter para conter seus impulsos. De acordo com a psicóloga, na maioria dos casos, a resposta é positiva, e a pessoa passa a não ter mais o transtorno do comer noturno.

“Não espere muito para buscar ajuda e nem tente controlar esses impulsos sozinho. Por ser um desajuste químico, não é possível conseguir sem auxílio médico. As tentativas só irão trazer frustração e aumentarão seu sentimento de impotência e incapacidade”, aconselha Flávia Teixeira.

  

SAÚDE MENTAL DOS IDOSOS NO ISOLAMENTO SOCIAL

 Gerontóloga dá dicas de como fazer com que os idosos mantenham a estabilidade emocional

 

Desde que foi decretado o início da quarentena por conta do COVID-19, a recomendação geral é que todos fiquem em suas casas. Porém, a recomendação é ainda mais firme para que os idosos a cumpram. Isso porque eles são considerados grupos de risco e possuem muito mais chances de agravação da doença ou até mesmo de mortes. 

Mas, muito além dos riscos de contrair a doença, temos que nos atentar também a questão da saúde mental dos idosos, que pode ser extremamente prejudicial a eles e aos amigos e familiares que os rodeiam, consequentemente. “É possível que eles sintam uma maior solidão nesse período, e, isso, pode afetar o sistema imunológico deles. Uma imunidade mais baixa possibilita o surgimento de outras doenças e infecções, como a gripe, amigdalite, herpes, além de deixar o corpo mais vulnerável ao próprio coronavírus”, explica Jullyanne Marques, gerontóloga 

A questão emocional também acaba se abalando porque a recomendação é que nem os próprios familiares vejam ou visitem as pessoas idosas, facilitando ainda mais o sentimento de solidão. E, no geral, essa falta de contato social pode desencadear transtornos mentais como depressão e ansiedade.  “Diante disso, para os idosos que realmente dependem de ajuda, tanto física como psicológica, uma boa recomendação é a contratação de cuidadores de idosos, que possam ser companhia e também cuidar dos possíveis agravamentos desse idosos. Isso claro, desde que esse cuidador esteja seguindo rigidamente todas normas de segurança e higiene para evitar propagação do coronavírus.”, indica a gerontóloga. 

Como soluções para ajudarmos a manter a saúde mental desses idosos, podemos ressaltar a importância do contato online com familiares e amigos, ler livros de entretenimento e assuntos leves, estimular o uso de jogos online, tarefas como cozinhar,  jardinar, costurar etc. É importante que as atividades propostas levem em consideração a capacidade funcional e cognitiva do idoso, e que promovam um momento de lazer e bem estar.

Segundo Jullyanne, é necessário ficar atento aos sinais que podem apontar se a saúde mental foi afetada. “Dentre os principais, podemos destacar a falta de humor ou irritabilidade, falta de motivação desde a hora que acorda, perder o prazer em atividades do cotidiano, excesso de preocupação, agitação, inquietação, autonegligência nos cuidados consigo e de casa.”, finaliza.

 




JULLYANE MARQUES - Graduada em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Mestre em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Extensão em Gerontologia Social pela PUC. Atualmente cursando MBA Executivo em Administração: Gestão de Clínicas, Hospitais e Indústrias da Saúde pela FGV. Tem sua linha de pesquisa voltada para área da Assistência domiciliar, Gerontologia e Cuidadores de idosos. Atua há 8 anos na gestão de cuidadores e na assistência domiciliar. CEO da empresa Onix Gestão do Cuidado ao Idoso.

 

AS MENTIRAS QUE OS FILHOS CONTAM

O limite é uma experiência afetiva que atinge tanto pais quanto filhos. Ninguém sai ileso e muitas vezes é difícil mesmo dizer um “não”. Sentimos pena, hesitamos e, às vezes, acabamos cedendo. A criança percebe tudo, inclusive nossa insegurança. Mas, nem por isso devemos deixar de impor limites. Frustrar é altamente saudável e, também, necessário para a constituição do ser humano. Ao mesmo tempo, a falta de limite é o pior estado de angústia. Ao estabelecer os limites é preciso sustentá-los com firmeza.  

À primeira vista essas afirmações podem parecer duras, mas são a pura verdade. Se você, pai ou mãe, concorda com as afirmativas acima, então está no caminho certo na tarefa de colocar limites nos filhos e possibilitar que eles respondam pelos próprios erros e comecem, assim, a construir sua autonomia.  

Não existe uma receita pronta que mostre como criar e educar os filhos. Atualmente é mais difícil do que parece. Precisamos saber que toda autoridade é construída pela palavra e é por meio dela que construímos as regras junto com os pequenos. Se eles são informados a respeito, é legítimo cobrá-los e exigir que as regras sejam respeitadas. Afinal, todo limite que você coloca para seu filho é para o bem dele e seu também.  

Em meio a tudo isso, há um processo que dificulta o respeito às regras: são as mentiras. Os pais ficam de cabelo em pé quando percebem que o filho está mentindo. A primeira reação é dar bronca, colocar de castigo e depois tentar uma conversa. Mas, qual seria a melhor reação dos pais quando descobrem uma mentira contada pelo filho?  

De início devemos saber que crianças de até cinco anos de idade não conseguem separar a fantasia do real. A imaginação faz parte do desenvolvimento normal da criança e é base para o pensamento lógico que o adulto tem. Com o passar dos anos, porém, a fantasia dá lugar à noção de realidade, sem desaparecer totalmente.  

A partir dos seis anos, a criança ainda brinca com a sua imaginação e cria situações que não são reais. Nesse período, as invenções já são bem menores. A mentira se torna algo intencional a partir dos sete anos, quando a criança já adquiriu noções de valores sociais e sabe exatamente a diferença entre verdade e mentira e quando ela, a mentira, pode prejudicar o outro. 

Normalmente, as crianças maiores mentem por temer repreensões e castigos, para fugir das suas responsabilidades ou chamar a atenção dos pais. Ou seja, uma criança vai mentir que está doente para não ir à escola, inventa que tem milhares de amigos no Facebook ou que fez uma viagem maravilhosa com os pais no fim de semana simplesmente para não ficar “por baixo” dos amiguinhos.  

Mesmo que a criança, desde pequena, ainda não saiba diferenciar a fantasia do real, os pais devem lhe mostrar o que é mentira e o que é fantasia. Se a criança na fase pré-escolar traz um material didático estranho e diz que a amiguinha lhe deu de presente, confirme se a história é mesmo real. Se não, diga à criança que aquilo não é seu e que não lhe foi dado, fazendo-a devolver para a colega. A criança inventou uma história, mas ainda não sabe distinguir o real da fantasia. Assim, a verdade precisa ser mostrada de maneira orientativa.  

Outro aspecto que precisa ser observado é que o exemplo dos pais pode levar as crianças a mentir. Se os pais mentem pedindo para o filho dizer que não está quando o telefone toca ou são tolerantes quando o pequeno mente, a criança poderá achar natural mentir e fica sujeito a fazê-lo.  

Se tiver dúvida sobre a história da criança, não insista, peça que conte a história horas mais tarde e compare as versões ou faça perguntas amplas como: “O que aconteceu na escola?” em vez de “Te bateram na escola?”. “A professora gritou mesmo com você?” e “O que você fez para ser encaminhado à diretoria?”.  

A criança deve sentir que ao contar a verdade terá a admiração e confiança dos pais, professores e amigos e que a mentira “tem perna curta” e logo será descoberta e desaprovada por todos.  

Broncas severas ou castigos podem levar a criança a mentir mais vezes para não receber novamente esse tipo de punição. Mostrar os benefícios da verdade e os prejuízos que a mentira traz para a própria criança e para as outras pessoas é o melhor caminho. Quando o comportamento mentiroso é muito frequente ou se estende muito além dos sete anos, uma ajuda profissional deverá ser procurada. 

Nesse universo, os psicólogos concordam sobre “as falas dos adultos afetarem a autoimagem, a autoestima da criança e, muitas vezes, determina o seu caráter, a sua personalidade e até mesmo o seu destino”. Segundo os especialistas, há uma conexão direta entre o modo de as crianças sentirem e o modo de se comportarem. Quando elas se sentem bem, se sentem aprovadas, admiradas, respeitadas, se comportam bem. 

Alguns profissionais ainda concordam que a capacidade de dizer mentiras a partir dos dois anos de idade é um sinal do desenvolvimento rápido do cérebro e significa que essas crianças estão propensas a serem manipuladoras e usarem as informações que a cercam como vantagem. Essa capacidade está ligada ao desenvolvimento das regiões do cérebro que permitem que as funções executivas aflorem, o que fará dessa criança um grande empresário no futuro ou um indivíduo dinâmico, porém, marginalizado. 

Portanto, atenção pais para as pequenas mentiras que, com o tempo, poderão ganhar proporções que dificultem uma vida de convivências saudáveis. 

 

 


Sueli Bravi Conte - especialista em educação, mestre em neurociências, psicopedagoga, diretora e mantenedora do Colégio Renovação, instituição com mais de 35 anos de atividades do Ensino Infantil ao Médio, com unidades nas cidades de São Paulo e Indaiatuba.


Por que desenvolver o autodidatismo é tão importante para o estudante?

Uma pessoa autodidata é curiosa, sempre questiona o porquê das coisas e tenta descobrir as respostas por conta própria. Ainda tem a capacidade de aprender uma habilidade de forma autônoma, por meio de esforço, estudo e prática. E, se pensar bem, todo mundo conhece alguém que aprendeu a tocar um instrumento, desenvolveu uma profissão ou assimilou um novo idioma sozinho, sem a ajuda de nenhum professor.

"O autodidatismo traz inúmeros benefícios, como eficiência ao definir e cumprir metas, aumento da criatividade, versatilidade acadêmica, profissional e vantagem competitiva. Uma das principais características do autodidata é a motivação, ou seja, ele sente vontade de buscar o conhecimento", diz Bruna Duarte Vitorino, pedagoga com mais de 15 anos de atuação na área e atualmente coordenadora pedagógica do Kumon.

"Além disso, pode trazer inúmeras outras vantagens, como a independência pessoal, maior eficiência, estímulo da criatividade, desenvolvimento do potencial e até novas possibilidades profissionais", explica.

Durante a história, alguns autodidatas se tornaram famosos, como Alberto Santos Dumont, inventor do avião e do relógio de pulso, e Albert Einstein, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1921. Einstein chegou a ser visto como um aluno que não iria muito longe nos estudos e foi reprovado em sua primeira tentativa de entrar na faculdade. No entanto, ingressou na universidade em 1900 e, pouco tempo depois, desenvolveu teorias que revolucionaram a ciência.

Toda criança tem em si o desejo de se desenvolver e também possuem grande potencial para isso. Responder a esse desejo das crianças e fazê-las se desenvolver ao máximo não é algo que vai deixar apenas crianças e os adultos felizes, mas é também muito importante para a sociedade no geral.

"Quem desenvolve o autodidatismo não conhece limites e pode dominar vários assuntos. Por isso, incentivar a criança - ou até mesmo o adulto - a descobrir sozinho como resolver os exercícios, só traz benefícios. Ao ter êxito na solução das atividades, ele ganha confiança em seu potencial e desenvolve o desejo de progredir ainda mais", completa Bruna.


Pra aquilo que você não tem uma resposta: Pergunte!

Uma forma de resolver e afastar os pensamentos repetitivos tóxicos que fazem mal ao indivíduo


Uma das ferramentas utilizadas no curso de Barras de Access são as Perguntas. Essas podem ser utilizadas diariamente por todas as pessoas, são uma forma de sair e também de evitar os padrões de pensamentos maléficos que se repetem durante a vida. 

Bianca Drabovski, Facilitadora do curso de Barras de Access apresenta, “As perguntas expandem a consciência do indivíduo em relação a qualquer objetivo que esse queira atingir, nos diversos âmbitos de sua vivencia”. 

Tudo isso envolvendo um processo simples, o de perguntar. Qualquer questão que as pessoas não possuem respostas, elas devem perguntar, e fazer disso um mantra diário, estando com a percepção aberta para receber as informações que o Universo transmite. 

Dessa forma, “Observe como esse processo de realização funciona dentro de você. Por exemplo, se o seu objetivo é ser um profissional de sucesso, mas quando você pensa nisso coloca como se fosse um objetivo longe de ser alcançado, isto é uma crença, de acordo com sua visão que por algum motivo está limitada”, apresenta Bianca. A pergunta traz expansão! Rompe os limites das crenças.  

É importante perceber que a todo momento o Universo abre portas para que todos realizem os seus objetivos, mas muitos não as enxergam pois estão se limitando. Quando a pessoa coloca essa questão em forma de pergunta, “como posso ser um profissional de sucesso?”, ela expande a sua consciência e começa a captar os sinais que a levam diretamente para esse objetivo. 

Cristina que já realizou as Barras, prática que envolve as perguntas, conta, “Foi uma experiência incrível fazer essa conexão interna com o melhor do universo, pelas mãos e orientação da Bianca. Consegui me concentrar com meu real desejo de sentir-me leve, cada vez que eu lançava uma pergunta a minha mente expandia e eu me sentia melhor". 

Praticar essa ferramenta traz resultados praticamente imediatos, que aparecem durante o dia a dia, “Trago essa técnica para demonstrar que o curso de Barras de Access não envolve só os diversos pontos na cabeça que podemos trabalhar durante uma sessão, mas também, que utilizamos vários processos que mudam a rotina dos indivíduos, e que as vezes estão na nossa frente, só precisamos percebe-los”, finaliza a Terapeuta.

 

 

 

Bianca Drabovski Chemin - Facilitadora de Consciência, Terapeuta, Saúde integrativa.

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bianca.bioterapeuta@gmail.com


Estações Butantã e São Paulo-Morumbi terão vacinação gratuita contra sarampo neste sábado

Equipe da área sustentabilidade da ViaQuatro acompanhará a ação para orientar o distanciamento correto dos passageiros


No próximo sábado, 22, as estações Butantã e São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela de metrô, receberão, das 10h às 16h, a campanha de vacinação contra Sarampo. A ação é uma parceria da ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô de São Paulo, com a Unidade de Vigilância em Saúde - UVIS Butantã.

O objetivo é reforçar a imunização contra a doença e ampliar a cobertura vacinal na população com idade entre 1 a 3 anos e 15 a 49 anos, independentemente da situação vacinal. Para a imunização de bebês de 6 a 11 meses e crianças/adolescentes entre 3 e 14 anos, a vacina será aplicada de acordo com a situação vacinal. Por isso, é importante apresentar a carteirinha de vacinação para que o profissional de saúde avalie se é o caso de aplicar a dose. Para receber as vacinas é necessário que o passageiro tenha em mãos um documento de identificação.

Colaboradores da concessionária orientarão os passageiros em fila para que mantenham o distanciamento físico correto. Os profissionais de saúde que aplicarão as vacinas estarão equipados com máscaras, aventais e utilizando álcool em gel. Vale lembrar que, desde o dia 4 de abril, o uso de máscaras de proteção é obrigatório no transporte público da Grande São Paulo.

 

Vacinação contra o sarampo


Estação Butantã

Data: 22 de agosto

Horário: Das 10h às 16

Endereço: Avenida Vital Brasil, n°427

 

Estação São Paulo-Morumbi

Data: 22 de agosto

Horário: Das 10h às 16

Endereço: Avenida Deputado Jacob Salvador Zveibil, 50


Vacina em teste no Butantan terá R$ 82,5 milhões da FAPESP e do Todos pela Saúde

  

Fundação destinará R$ 32,5 milhões para apoiar ensaios clínicos, estudos sobre a imunogenicidade e a segurança da vacina em pessoas com maior risco da doença, adolescentes e crianças; iniciativa do Itaú Unibanco investirá R$ 50 milhões na estrutura fabril para produção da vacina (foto: Instituto Butantan)

 

A FAPESP e o Todos pela Saúde (Itaú Unibanco) firmaram parceria com o Instituto Butantan por meio da qual aportarão R$ 82,5 milhões no desenvolvimento dos ensaios clínicos de fase 3 da vacina Coronavac, da chinesa Sinovac Biotech, já em teste com 9 mil voluntários em todo o país, e na adequação de uma fábrica de produção da vacina e de processamento final de imunobiológicos.

“O apoio da Fundação, implementado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Políticas Públicas, possibilitará a definição de estratégias para a pesquisa e inovação em ciência aberta, uma vez que será criado um biobanco com o material colhido dos voluntários”, afirma o diretor científico da FAPESP, Luiz Eugênio Mello.

“A busca de uma vacina segura e eficiente contra a COVID-19 é uma prioridade em todo o mundo, por esta razão o conselho de especialistas do Todos pela Saúde tomou a decisão de fazer esse aporte para o Instituto Butantan. Além de contribuir para o combate à COVID-19, o investimento que estamos fazendo deixará um legado importante para o país, uma vez que a fábrica que estamos apoiando poderá produzir vacinas para outras doenças no futuro”, diz Claudia Politanski, vice-presidente do Itaú Unibanco.

“O Instituto Butantan está passando por um momento único na história. Poder coordenar o desenvolvimento de uma vacina que poderá beneficiar milhares de pessoas realmente é algo muito gratificante. Todas as doações que estamos recebendo serão muito importantes para que juntos façamos a diferença na sociedade”, afirma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

Além dos ensaios clínicos, em que os voluntários receberão duas doses da vacina ou placebo, em intervalo de 14 dias, estão programados estudos sobre a imunogenicidade e a segurança da vacina em pessoas com maior risco da doença – maiores de 60 anos e portadores de comorbidades –, adolescentes e crianças. Demonstrada a eficácia da Coronavac, a participação da FAPESP, que totalizará R$ 32,5 milhões, incluirá o apoio ao processo de sua regulamentação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O propósito desse projeto vai além da conclusão bem-sucedida do estudo clínico: remete também à formulação de uma política pública que favoreça a entrega para a sociedade de soluções de saúde para o enfrentamento desta e de futuras pandemias”, afirma o diretor científico da FAPESP. “A ciência se desenvolve muitas vezes em projetos mais áridos e onde muitas vezes a sociedade não vê o valor da ciência, muito embora ele esteja lá. Projetos como esse representam a mais clara demonstração de que é justamente aquela ciência mais hermética que resulta na possibilidade dessa pesquisa de evidente valor para a sociedade”.

O Todos pela Saúde, que também participa de um grupo de empresas que aportará R$ 100 milhões no aprimoramento das instalações da Fiocruz para a produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e AstraZeneca, financiará a adequação da estrutura fabril do Instituto Butantan para a produção da vacina contra o novo coronavírus.

A Coronavac é obtida pela inativação do vírus SARS-CoV-2 propagado em células e cultivado em biorreatores em ambiente controlado, adaptados para contemplar os níveis de biossegurança requeridos (nível 3), além de equipamentos específicos, como, por exemplo, biorreatores de alta capacidade.

O Instituto Butantan é responsável pelo fornecimento de 65% de todas as vacinas e por 100% dos soros distribuídos pelo sistema público de saúde no país. Em 11 de junho de 2019, firmou acordo com a Sinovac para o desenvolvimento clínico conjunto da última etapa do teste da vacina Coronavac, em um acordo em três etapas: os testes clínicos em fase 3, atualmente em curso, o envase da vacina após a aprovação da Anvisa e a transferência de tecnologia para a incorporação do processo de produção do princípio ativo da Coronavac, de forma independente e nacionalizada.

 

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/vacina-em-teste-no-butantan-tera-r-825-milhoes-da-fapesp-e-do-todos-pela-saude/33936/

 

COMO É O SEU CANDIDATO IDEAL?

 Como é a pessoa em quem você votaria de olhos fechados, sairia feliz para votar até debaixo de chuva e frio, como se diz, ou até debaixo de facas, não temeria a pandemia e voltaria para casa orgulhoso por ter praticado a cidadania em sua melhor forma? Ela existe?


Mulher? Homem? Alguma causa social a ser defendida? Você se importa com o partido ao qual pertencem? É que temos tantos (33) que é até bem confuso, porque pouco eles se diferenciam entre si, sejam de centro, esquerda, direita, direções que cada vez mais apontá-las se torna indiferente nessa nova sociologia que enfrentamos. Existem tantos porque tem uma torneirinha que vaza nosso dinheiro para cada um deles.

Essa semana pensei muito nisso. Passamos por seis horas de imersão no tema eleições e marketing político, em curso online do jornalista e um dos experts no assunto, Carlos Brickmann. Foram seis horas, duas horas em três dias. Interessante pensar nos variados aspectos eleitorais pelo menos um pouco antes, e, especialmente, neste ano tão cheio de surpresas, mudanças, medo. Além da premente e visível necessidade de renovação e mudança. Tempo muito curto. Piscou, e vai chegar o dia, um domingo, 15 de novembro, primeiro turno; e onde houver segundo turno será 29 de novembro, apenas 14 dias depois.

Como será a presença? Terá forte abstenção? Vacina, até lá, desistam. A eleição atual será de âmbito municipal, prefeitos e vereadores, tudo o que é mais perto da gente, de onde moramos, vivemos, transitamos. A “outra”, nacional, federal e estadual, tão esperada por grande parte da população que não sabe nem como é que chegaremos lá, tão destroçados que já estamos, só em 2022. Você seria a favor de que todas as eleições fossem unificadas? Gostaria que esta tivesse sido adiada? Você vai votar?

O tempo curto: a campanha começa oficialmente só no próximo dia 27 de setembro. Imagino que já deve ter recebido aceno de algum amigo ou conhecido que será candidato, com quem você há anos não falava e já esteja percebendo a candura e “saquinhos de bondades” de alguns prefeitos que adorariam se reeleger. Acredito ainda que já perceba de repente até algumas máquinas na pista e homens trabalhando em locais onde eram esperados já há algum tempo.

Nas nossas conversas sobre o assunto, na qual participaram pessoas de todas as regiões do país, percebemos a chegada de vários candidatos bem intencionados, que vão tentar serem eleitos para buscar contribuir com seus conhecimentos. Embora pelas Câmaras passem todos os assuntos, seria muito bom se nelas houvesse conhecimento mais preciso sobre temas como Saúde, Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano, Segurança Pública. Mas também é fundamental, muito especialmente, que a Câmara seja composta de forma diversificada e que atente também a temas comportamentais, como as questões de gênero, raça, entre outras que nos são tão caras e sempre tão esquecidas ou deixadas de lado. Pense bem nisso quando for votar.

Na questão feminina, pela qual tenho especial apreço, pensa na importância de termos mais mulheres nos parlamentos. Não só pela luta pela igualdade, mas pelos aspectos que tanto nos afligem, e só a nós, que precisam ser consertados ou resgatados, inclusive em relação ao respeito aos direitos conquistados e nos tantos que ainda faltam. Cuidado com essa questão de cotas, onde muitas são postas apenas como números. Procure as que realmente fazem a diferença. É a hora das lideranças comunitárias, daquelas que há muito tempo guerreiam, sejam de qual idade forem. O mesmo para as questões LGBTs.

No curso, interessante, se concluiu que o povo vota por emoção, mas não gosta de quem ataca os adversários, especialmente se esse ataque for abaixo da linha da cintura. Agora não é hora de acirrar ainda mais essa divisão nacional, bolsonaristas, lulistas, etc... – mas, sim, hora – e oportunidade - de dissipá-las, em prol de uma união nacional. Vote em quem fala a verdade, aliás, quem sempre falou, porque nessa hora o que tem de gente esquecendo o que disse, o que escreveu, o que já prometeu e não cumpriu, não é brincadeira.

Se eu pudesse pedir voto, apenas diria: vote contra a ignorância que precisamos conter, com tanta força. Fique atento às notícias, promessas e informações falsas, a arma dos incompetentes. Muitas coisas talvez não dê para falar pessoalmente, nesse ano o contato será muito “digital”, com máscaras. Não se deixe enganar por quem é capaz de levantar, sem perceber, um anão, pensando ser uma criança. Esqueça a política antiga e, já que essa chegará em grande parte por redes sociais, utilize esse mesmo campo com consciência, seja para apoiar, seja para incrementar com os temas que farão a diferença nesse futuro ainda tão incerto que vivemos.

Ah, me conta, por favor, se puder, como é o seu candidato/candidata ideal? Não é de hoje que me dedico a tentar entender este país.

 



MARLI GONÇALVES – Jornalista, consultora de comunicação, editora do Chumbo Gordo, autora de Feminismo no Cotidiano - Bom para mulheres. E para homens também, pela Editora Contexto. À venda nas livrarias e online, pela Editora e pela Amazon

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