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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Como identificar e lidar com as emoções durante a Copa


Dentro e fora do campo, evento mundial desperta sentimentos positivos e desagradáveis, como alegria, ansiedade, raiva e frustação.

Especialista em aprendizagem socioemocional lista os principais deles e dá dicas de como enfrentar cada um


Emoções a flor da pele dentro e fora do campo são comuns nessa época de Copa do Mundo. Jogadores se deixam dominar pelo nervosismo extremo, torcedores revelam comportamentos exagerados, levados pelo fanatismo ou pela impulsividade. Um cenário que revela a falta de um trabalho estruturado ainda na infância, quando é possível desenvolver a chamada alfabetização emocional. “Assim como ensinamos português ou matemática nas escolas, podemos ensinar crianças e jovens a regularem as emoções”, explica Eduardo Calbucci, especialista em habilidades socioemocionais e um dos criadores do Programa Semente.

Segundo ele, embora mais eficaz durante a infância, a capacidade de controlar as emoções pode ser adquirida em qualquer momento da vida e aplicada em situações pontuais, como é o caso da Copa do Mundo, em que os ânimos ficam exaltados.

Confira abaixo como identificar sentimentos e lidar com cada um deles:
Frustração: sentimento provocado por uma expectativa não cumprida. 

Nesse caso, é sempre importante verificar se as expectativas eram realistas e lembrar que os erros podem ser um aprendizado para ações futuras.


Raiva: emoção que nasce da percepção de uma injustiça.

A raiva é um sentimento perigoso, porque é de alta intensidade. No caso da Copa do Mundo, é preciso entender que o esporte nem sempre é justo, que nem sempre o melhor ganha e que a arbitragem pode errar e prejudicar nossa seleção. É fundamental valorizar o esforço, a dedicação, o empenho, e não apenas o resultado.


Medo: emoção provocada pela proximidade de um perigo.

Um jogo que pode desclassificar o Brasil da Copa pode causar medo, mas é importante não exagerar no peso desse acontecimento. Nós, torcedores, não temos quase nenhuma influência sobre o resultado das partidas.


Ansiedade: um dos estados emocionais do medo.

A ansiedade é mais intensa do que a preocupação e o receio e menos intensa do que o desespero e o pânico. É normal e esperado que os torcedores fiquem ansiosos antes dos jogos do Brasil. Uma técnica eficiente de lidar com a ansiedade é focar na respiração: inspirar e expirar lentamente. Isso nos conecta com o momento presente, com o aqui e o agora, diminuindo os efeitos negativos da ansiedade.


Tristeza: sentimento provocado pela sensação de perda.

Uma desclassificação pode provocar tristeza, sobretudo nos torcedores mais fanáticos. É uma emoção desagradável, mas muitas vezes inevitável. A tristeza numa derrota nos ensina a valorizar mais ainda nossas vitórias e pode estimular a perseverança para continuar lutando.





Programa Semente

Copa do mundo: impactos na bolsa de valores


Volume financeiro diminuiu cerca de 50% durante os jogos e investidor deve ficar atento

Levantamento feito pela WM Manhattan, empresa mineira que opera e capacita investidores para atuar na bolsa de valores aponta que o volume financeiro diminui consideravelmente nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo. No início do mês (8/6), antes do torneio começar, o Ibovespa apresentou um volume de negociação total de 12,5 bi. Na estréia da seleção brasileira (17/6), o volume total negociado no Ibovespa foi de 6 bi. Redução de 50% no volume total negociado.

De acordo com o CEO da empresa, Pedro Henrique Rabelo, isso acontece devido ao fato do horário dos jogos, muitas vezes, coincidirem com a abertura das bolsas. “Grandes eventos esportivos sempre chamam a atenção das pessoas. A volatilidade do mercado financeiro é uma conseqüência”, aponta.  

“Neste sentido, o mercado fica mais sensível às questões inesperadas, aos rumores e especulações. Tendo isso em vista, principalmente o daytrader, deve tomar muito cuidado em suas operações durante esse período”, explica Pedro Henrique.

Pedro Henrique alerta que esse efeito de diminuição do volume e de menor atenção dada pelos investidores ao mercado é intensificado durante os jogos importantes, o que pode causar períodos de descolamento do preço de ativos nas bolsas nacionais em relação ao mercado internacional. “Esses são momentos em que a arbitragem dos High Frequency Trading (HFTs – robôs de alta frequência que operam em micro segundos) pode se tornar mais presente do que de costume”, ensina.

De acordo com o especialista, os resultados dos jogos causam efeito psicológico nos investidores e esse sentimento pode ter impacto nas bolsas nacionais no primeiro dia após derrotas ou vitórias. “Essa correlação tende a aparecer apenas em situações de derrota, mostrando que os efeitos no sentimento dos investidores são diferentes caso os times percam ou vençam”.

Para Pedro Henrique, fica nítido que o mercado sofre desvalorização em todas as copas, provavelmente devido ao fato de aproximadamente um terço dos investidores nas bolsas americanas serem de origem internacional. “Mas é importante lembrar que esses padrões percebidos podem se alterar e não são nenhuma garantia de oportunidade para o investidor”, alerta Rabelo.

Independente desses estudos, o mais importante é lembrar que o volume diminui e a volatilidade pode aumentar. “Por isso, cuidado nos trades e diminuam a mão. O Payoff (relação entre o risco e o retorno) em momentos de alta volatilidade tem frequências diferentes”, finaliza. 



Violência sexual infantil: como identificar possíveis sinais


Especialista explica quais suspeitas devem ser investigadas e a importância da ajuda profissional


Ocorrências de abuso sexual contra crianças e adolescentes são mais frequentes do que se imagina. Entre 2011 e 2017, o País apresentou um aumento de 83% nos casos de violências sexuais contra crianças e adolescentes, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde.

Para a psicóloga do Hapvida Saúde, Anna Lívia Soares, o diálogo entre pais e filhos estabelecesse uma relação de confiabilidade, que se torna uma importante medida. "Orientar a não permitir que pessoas a toquem e fugir de abordagens suspeitas quando adolescentes. Importante também, que quando a criança tentar falar alguma coisa, que ela se sinta ouvida e acolhida. Ou seja, que o adulto não questione aquilo que ela está contando ou que tente responsabilizá-la por algo ocorrido", explica a especialista.

Os pais devem procurar ajuda profissional mediante suspeitas, assim os sinais e a atitudes diferentes podem ser investigadas. "Dependendo da estrutura emocional, apoio recebido, durabilidade do ocorrido, grau de agressividade ou da forma que foi conduzida a situação será possível eliminar traumas com o tempo", reforça Anna Lívia.

As vítimas tendem a desenvolver diversos distúrbios psicológicos, como, quadros depressivos, ansiedade, transtorno do pânico, tentativas de suicídio, instabilidade de humor, problemas de comportamento e rendimento escolar. "Existe também a possibilidade desse trauma seguir até a vida adulta", completa a especialista.

Mas como identificar que um menor de idade próximo está sofrendo com abusos? A psicóloga do Hapvida Saúde aponta os principais indícios:

• Variações de comportamento: a possível mudança no padrão de comportamento pode ser um fator facilmente perceptível, já que costuma ocorrer de maneira inesperada. Se a criança nunca agiu de determinada forma e, de repente, passa a agir, ou começa a mostrar medos que não tinha antes e mudanças extremas no humor. A alteração pode aparecer com relação a um indivíduo específico, o possível abusador, ou a uma determinada atividade.

• Rejeição: manifestar recusa e reprovação no que se refere ao abusador em diversas situações. Neste caso, vale o bom senso para identificar quando uma proximidade excessiva está fora do normal.

• Regresso a estágios anteriores: recorrer a comportamentos infantis que já tinha abandonado, por exemplo, fazer xixi na cama, voltar a chupar chupeta ou chorar sem motivo aparente.

• Segredos: para garantir o silêncio da vítima, o abusador pode fazer ameaças e chantagens ou usar presentes para construir uma relação. Por isso, explique aos pequenos que nenhuma pessoa mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com a mãe ou o pai.

• Questões ligadas à sexualidade: apresentar uma sexualidade mais visível. Em outras palavras, quando a criança nunca falou sobre o assunto e começa a criar desenhos similares a genitais ou brincadeiras de cunho sexual.

• Sinais físicos: sintomas de violência sexual que deixam marcas físicas, como lesões, hematomas, dores e inchações nas regiões genitais.

• Situações de negligência dentro do ambiente familiar: descuidos e irresponsabilidade colocam a criança em uma situação de maior vulnerabilidade, por exemplo, passar horas sem supervisão, sem apoio emocional da família e maus tratos sofridos em casa.

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