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terça-feira, 26 de junho de 2018

Teorias opostas: existem diferentes estilos de aprendizagem?



Todo mundo que tenha interesse na área de educação provavelmente conhece alguma teoria sobre os estilos de aprendizagem. Não é raro ouvir alunos contando que são mais visuais, auditivos, entre outros, na hora de aprender. Pesquisas recentes, no entanto, estão colocando em xeque tais teorias, afirmando que as pessoas possuem sim habilidades diferentes, mas que o uso delas não reflete necessariamente em um aprendizado maior. Seria o estilo de aprendizagem um dos maiores mitos da Educação atual?

Sobre este assunto, existem diferentes teorias amplamente aceitas pelos educadores. Alguns modelos mais conhecidos são Kolb (1984), Gregorc (1979), Felder e Silverman (1988), e VARK (1992). Apesar das suas peculiaridades, todas elas têm como objetivo encontrar a melhor forma de aprendizagem do aluno para que o professor consiga escolher as ferramentas adequadas de ensino. Assim, pode-se optar por fazer um seminário, indicar uma leitura silenciosa ou pedir para os alunos desenharem mapas e gráficos para aprenderem sobre um determinado assunto.

O Questionário VARK (sigla de “Visual, Auditory, Reading and Kinesthetic”) foi desenvolvido por Neil Fleming depois de acompanhar mais de 9 mil aulas diferentes e perceber que apenas alguns professores eram capazes de conseguir a atenção de todos os alunos. Fleming começou a pesquisar, então, sobre como as pessoas preferem receber novas informações. O resultado foi o Questionário VARK, uma lista de 16 perguntas que ajuda o aprendiz a descobrir se ele é do estilo de aprendizagem visual, auditivo, leitura/escrita ou sinestésico.

O questionário pode ser encontrado facilmente, em vários idiomas, com uma rápida pesquisa no Google. Muitos alunos e professores utilizam o teste como uma ferramenta de autoconhecimento e de preparação para aulas. Dessa forma, a teoria de Fleming defende que algumas pessoas aprendem mais através da visão, outras têm a audição como a melhor maneira captar uma nova informação, algumas precisam escrever ou ler para fixar melhor um conteúdo, e outras precisam de uma experiência mais prática - ou sinestésica - para realmente aprender.

Se formos analisar, essa teoria faz muito sentido quando paramos para observar nossas habilidades. Cada indivíduo é único e possui diferentes habilidades, mas normalmente ele possui mais facilidade com uma habilidade ou outra. Por exemplo, uma pessoa pode escrever muito bem mas ter dificuldade para desenhar. Isso seria um indício de que a primeira pessoa aprenderia mais fazendo anotações e a segunda, fazendo ou analisando desenhos e gráficos.

A teoria VARK foi muito difundida principalmente no final dos anos 80 e começo dos anos 90, provavelmente pelo novo posicionamento dos educadores, que buscavam promover a autoestima dos alunos. Dessa forma, o problema não seria o aluno ou o professor em si, mas que o estilo de aprendizagem correto não estava sendo utilizado.

Pesquisas atuais, no entanto, têm destacado alguns indícios de que as coisas não são bem assim. Uma equipe da Universidade de Indiana, coordenada pela Prof. Polly Husmann, aplicou o Questionário VARK em centenas de alunos para determinar qual seria seu estilo de aprendizagem. Eles então desenvolveram estratégias de estudo para cada grupo, baseadas na resposta do questionário. A pesquisa apontou que os estudantes não conseguiram estudar da maneira como teoricamente seria a mais fácil para eles, de acordo com a teoria VARK. Os poucos que seguiram as orientações, não obtiveram nenhuma melhora nos resultados das suas avaliações. Este estudo foi publicado agora, no mês de março, na Anatomical Sciences Education.

Outro estudo, publicado em 2017 na British Journal of Psychology, apontou que os alunos acreditavam que seriam capazes de memorizar melhor as informações que recebiam de acordo com seus estilos de aprendizagem. Alguém mais visual lembraria melhor de uma imagem, alguém auditivo lembraria melhor de um conteúdo narrado, etc. Porém, essa relação não se provou verdadeira nos testes posteriormente realizados. Dessa forma, o “tipo de aprendizagem” na verdade demonstraria apenas uma preferência pessoal, não tendo nenhuma relação comprovada entre preferência e capacidade de memorização.

Outra pesquisa interessante, publicada no Journal of Educational Psychology, não encontrou qualquer relação entre preferência de aprendizado visual ou auditivo e performance em compreensão de textos escritos ou veiculados em áudios. Na verdade, os alunos que foram apontados como visuais obtiveram um melhor resultado nos dois tipos de teste. A conclusão do estudo, no entanto, não é que esses alunos são melhores aprendizes, mas sim que os professores deveriam abandonar as estratégias voltadas apenas para seus aprendizes mais auditivos pois todos se beneficiaram mais das estratégias visuais.

Apesar de entender todo o apelo da teoria desenvolvida por Fleming, eu pessoalmente acredito mais no potencial das novas pesquisas. As pessoas possuem sim algumas habilidades mais evoluídas, mas acredito que todas podem se beneficiar dos diferentes estilos de ensino. Quando conseguimos unir diferentes estímulos, aumentamos o interesse do aluno que, naturalmente, aumenta seu poder de concentração naquele momento. E é esse foco, essa imersão na experiência, que potencializa o aprendizado. O aluno não precisa necessariamente ver, ouvir ou falar para aprender um conteúdo: ele precisa vivenciar aquela questão para realmente entendê-la. O estímulo aplicado não é o determinante, mas sim o seu grau de atenção.

Vejo o Questionário VARK como uma ferramenta interessante, mas não determinante no autoconhecimento para aprendizagem. Vale a pena apostar em diferentes ferramentas de ensino, mas o professor não deve se limitar a uma delas. A variedade traz riqueza para qualquer aprendizagem.






Luiz Alexandre Castanha - diretor geral da Telefônica Educação Digital – Brasil e especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais. Mais informações em https://alexandrecastanha.wordpress.com



A importância do desenvolvimento motor infantil


A Educação Infantil é a primeira etapa da educação escolar na qual a criança tem a possibilidade de interagir com outras crianças e com adultos fora do convívio familiar


Desde a sua concepção, o indivíduo adquire ou aprende diversas funções motoras, responsáveis pelo alcance de maturidade do organismo. Por meio de suas movimentações naturais, a criança desenvolve seus processos motores. Um tempo depois, os movimentos surgem, geralmente, porque a criança tende a imitar os adultos que a rodeiam ou inspiram-se em outras crianças para executar suas provas práticas. Com o avanço da idade cronológica, a criança passa a ser integrante de mais um grupo social: a escola. O ingresso a essa nova comunidade exige modificações e adaptações das estruturas afetivas, cognitivas, motoras e sociais. A Educação Infantil é a primeira etapa do ensino escolar na qual a criança tem a possibilidade de interagir com outras crianças e com adultos fora do convívio familiar, em função do histórico sociocultural de cada uma.

Segundo alguns estudiosos, o desenvolvimento motor sofre grande influência do meio social e biológico, podendo sofrer alterações durante seu processo. Sabe-se que a escola é um dos locais de oferta de espaço adequado para o desenvolvimento motor da criança, visto que o brincar significa o meio mais importante para as aprendizagens dos pequenos. Essa construção depende tanto dos recursos biológicos, psicológicos, como das condições do meio em que ela vive. Dito isso, a Educação Física adquire um papel importantíssimo à medida que ela pode estruturar o meio ambiente adequado para a criança, oferecendo experiências que resultam num grande auxiliar e promotor do desenvolvimento humano, em especial ao desenvolvimento motor, garantindo a aprendizagem de habilidades específicas. Por meio dos movimentos, a criança vai aprendendo a pensar e planejar sobre como se mexe e, ao mesmo tempo, vive cada um deles, não só utilizando o lado motor, mas também o cognitivo para planejá-los de acordo com suas necessidades e limites.

O movimento não acontece sozinho, pois toda ação tem uma intenção, podendo ser expressiva ou funcional. É determinado sempre pela sua dimensão cultural como, por exemplo: uma dança, um jogo que utilize um gesto ou movimento sustentado por um significado. Como educação do movimento, compreende-se a realização de atividades motoras que visam ao desenvolvimento das habilidades (correr, saltar, saltitar, arremessar, empurrar, puxar, balançar, subir, descer, andar), da capacidade física (agilidade, destreza, velocidade, velocidade de reação) e das qualidades físicas (força, resistência muscular localizada, resistência aeróbica e resistência anaeróbica). Portanto, essa educação prioriza o aspecto motor na formação do educando. No ambiente educacional, esse trabalho pode ser distribuído ao longo de todo período escolar.

Após anos de estudo na área, verificou-se que o desenvolvimento de habilidades motoras e o conhecimento dessa evolução são necessários para garantirem bom desenvolvimento da aprendizagem. O que se espera é que as crianças possam da melhor maneira possível, apresentar em cada período de vida uma boa qualidade de movimento. Especialistas acreditam que para que haja contribuições nas habilidades motoras das crianças, é necessário um desenvolvimento adequado das mesmas sobre as aprendizagens dos escolares. O que se espera é que as crianças possam da melhor forma possível apresentar em cada período de vida uma boa qualidade de movimentos. Afinal, a Educação Física não é apenas educação pelo movimento, é a educação do corpo inteiro.






Flavia Sant'Anna - professora de Educação Física do Colégio Salesiano Santa Teresinha. Pós-graduada em Educação Física Escolar, Flávia já realizou cursos na área de educação psicomotora e psicomotricidade na escola.


Colégio Salesiano Santa Teresinha
Rua Dom Henrique Mourão, 201 – Santa Terezinha
 www.salesianost.com.br


Serasa dá 5 dicas para ajudar o MEI a contratar um funcionário


A produtividade é um dos principais fatores para o crescimento de uma empresa. Segundo a Lei Complementar nº 128/08, os MEIs podem fazer a contratação de um funcionário e aproveitar este benefício pode ser uma boa saída para reforçar e expandir os negócios. Para ajudar os MEIs neste processo, os especialistas do Serasa Empreendedor – braço da Serasa Experian voltado ao microempreendedor – reuniram 5 dicas, veja abaixo:

  1. Tem ideia dos reais gastos?
A contratação de um funcionário custa mais do que o salário oferecido. Além da quantia mensal, gastos com benefícios, férias, décimo terceiro, encargos etc. devem ser considerados. Por isso, é essencial que todos os custos estejam planejados para não gerar determinados problemas na hora do pagamento;

  1. Como definir o salário?
Não tem como negar que o salário oferecido pesa muito na hora da pessoa avaliar uma proposta de trabalho. No caso do MEI, no mínimo, a remuneração deve ser o salário mínimo previsto em Lei Federal ou o piso da categoria definido por convenção coletiva. Para deixar a oportunidade mais atrativa, se possível, avalie se há condição de aumentar o valor ou oferecer benefícios, além dos previstos por lei;

  1. Qual o melhor perfil?
É fundamental pensar sobre o tipo de profissional que, de fato, pode ajudar a aumentar a produtividade do negócio. O candidato mais adequado precisa ter o conhecimento e as habilidades necessárias para contribuir no dia a dia;

  1. Onde buscar este profissional?
Para encontrar o braço direito do microempreendedor individual, analisar indicações de pessoas próximas pode ser uma boa saída. Fazer a divulgação nas redes sociais e em grupos de ofertas de trabalho também pode ajudar a encontrar o perfil desejado;

  1. Não se esqueça das obrigações legais!
Encontrou o profissional e está satisfeito com a contratação? Legal! Agora, não se esqueça das obrigações legais, como o recolhimento mensal do FGTS. O MEI não precisa ter um contador formal, mas em caso de dúvidas, é importante buscar ajuda especializada.


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