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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

7 dicas para se tornar um profissional mais proativo diante de um mercado competitivo



 Você já pensou em como ser uma pessoa proativa, principalmente no ambiente de trabalho? 

A proatividade é um das habilidades cada vez mais procuradas pelas empresas quando se está em busca de novos profissionais. 


1 – Traga soluções: A proatividade no mundo corporativo significa trazer soluções. Os problemas existem de todas as naturezas, dos mais simples aos mais complexos, e as empresas querem pessoas que resolvam as questões que estão impedindo o bom andamento dos processos. Normalmente o que ocorre no dia-a-dia nas empresas é a falta de iniciativa respaldada na terceirização da culpa. As pessoas proativas se sobressaem nas empresas, são mais valorizadas e tornam-se pessoas admiradas dentro da organização. Como é uma competência essencial em um líder, essas pessoas dotadas de proatividade rapidamente fazem carreira como bons líderes dentro da empresa.


2 – Tenha uma visão geral do processo: Em um processo de seleção, o candidato pode demonstrar que tem essa característica ao mostrar interesse em ter uma visão geral de todo o processo. Conversar com os entrevistadores sobre cada etapa, propor alternativas sempre que houver um possível impasse de horários, remanejamentos de datas e outros pequenos problemas que possam surgir durante o processo.  


3 – Não inclua essa competência no currículo: Já no currículo, não recomendaria citá-la, uma vez que é uma característica muito subjetiva. Alguém colocaria “não sou uma pessoa proativa”? A proatividade sempre é percebida e julgada pelo outro e não pela própria pessoa. Relatar realizações durante a entrevista, citar as ações que desenvolveu para solucionar os problemas valerão muito mais do que escrever que é uma pessoa proativa.


4 – Foque na atitude: Em uma dinâmica de grupo, há várias formas de demonstrar essa característica em um processo seletivo em grupo. Por exemplo, se alguém presente reclama que o ar esta muito frio, em vez de concordar e também reclamar, o proativo se levanta e regula o termostato do ar condicionado. Se é solicitado que um dos candidatos se prontifique a exercer um papel na dinâmica, o proativo já se apresenta querendo contribuir para que a dinâmica transcorra bem. São atitudes simples mas que são muito observadas e valorizadas, pois sinalizam que o candidato tem iniciativa e busca dar soluções rápidas às questões valorizadas.


5 – “Inverta” a entrevista: Durante a entrevista individual, uma boa maneira de demonstrar esta característica é “inverter” a entrevista. O candidato passa a fazer perguntas sobre as questões que mais preocupam o gestor; quais os problemas mas críticos a serem resolvidos; quais as prioridades. Perguntas desse tipo farão o gestor refletir e perceber que o entrevistado tem interesse em conhecer os problemas e está disposto a resolvê-los. Sem dúvida será uma entrevista diferenciada.


6 – Treine: A proatividade é uma competência que pode ser desenvolvida por qualquer profissional. Para isso, é preciso treino, pois é uma habilidade ligada ao comportamento. As pessoas podem e se esforçam para mudar o comportamento quando se conscientizam de que isto fará bem para elas. A questão fundamental é querer mudar e, para isso, deve estar aberta para receber feedbacks sobre este comportamento e começar a treinar a mudança de atitude no dia-a-dia quando estiver diante dos problemas.


7 – Se questione: Existem alguns exemplos de questões que podem servir como um primeiro passo para a pessoa se tornar proativa. Diante de uma situação-problema, a pessoa deve fazer as seguintes perguntas e escrever a resposta em uma folha de papel:

  1. Qual parte da situação você pode influenciar ou controlar?
  2. Você prefere estar no controle ou se colocar na posição de vítima da situação? (vitimização)
  3. Culpar o outro ajuda a resolver?
  4. Como você pode contribuir para melhorar a situação?
  5. Se você fosse melhorar uma pequena parte da situação você se responsabilizaria pelo que?
As respostas a estas perguntas farão com que a pessoa identifique onde ela poderá agir e que ações tomará para dar solução ao problema ou pelo menos resolvê-lo em parte.
É no momento da contratação que o gestor deve identificar se o candidato tem essa característica, mas mais importante do que isso é desenvolver na empresa uma cultura de trabalho onde seja estimulado o empreendedorismo e a aceitação de erros, de forma que as pessoas se sintam seguras em ousar na criatividade para solucionar os problemas.






Alexandre Rangel




Saúde do Brasil à beira do colapso



O subfinanciamento, a incompetência de certos gestores e o descaso da parte expressiva da classe política continua ampliando o número de vítimas na saúde pública do Brasil. A má notícia da semana é que somente uma, entre cada sete crianças com microcefalia, recebeu atendimento segundo todos os protocolos necessários em 2017.

De acordo com diretriz do próprio Ministério da Saúde, o aconselhável é que esses pacientes tenham acesso à puericultura, à atenção especializada e à estimulação precoce. Entretanto, apenas 14% receberam o tratamento completo, enquanto mais da metade era assistida de forma integral entre 2015, 2016 e o início de 2017.

O retrocesso, hoje, é recorrente em todos os setores da saúde, refletindo uma política economicista que simplesmente virou as costas para ações com impacto inclusivo. A PEC 241, aprovada por 366 votos na Câmara dos Deputados há pouco mais de um ano, certamente é um dos complicadores do quadro crítico do SUS, podendo, inclusive, levar a rede pública de assistência a um colapso geral.
Acontece que a medida congelou por 20 anos os já parcos investimentos em áreas sociais. O único reajuste admitido em lei será pelo índice de inflação do ano anterior, que é infinitamente inferior à inflação anual da saúde.

Em 2017, a inflação oficial foi de 2,95%. Já elevação dos custos em saúde, especialmente em virtude de novas descobertas e tecnologias, explodiu em tempos recentes. O índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares ficou em 15,40%, em 2012, 16%, em 2013, 15,80%, em 2014, 19,30%, em 2015, e 20,40%, em 2016.

Obviamente a conta da saúde, que não fechava de forma alguma antes da PEC 241, agora está fadada e permanecer no vermelho por décadas, com alto risco de quebra. Só para ter uma ideia da inversão de prioridades na atualidade, no orçamento de 2018 estão previstos gastos três vezes maiores com juros da dívida pública do que com saúde e educação. Só a renúncia fiscal fica em R$ 283 bilhões, valor que supera com folga toda destinação prevista para Saúde, Educação e Ciência e Tecnologia (R$ 250 bilhões).
      
  Paradoxalmente, temos em nosso País um dos melhores projetos de sistema universal de Saúde; enquanto isso a injeção de recursos ao setor é uma das piores do planeta. São cerca de US$ 1.300 per capita ao ano, contra a média de US$ 4.500 do Canadá e da França e de US$ 3.300 da Inglaterra, que também oferecem atendimento gratuito para todos.
   
     Assim, as perspectivas para os brasileiros que necessitam de atendimento público pioram a cada dia. Neste momento enfrentamos um surto de febre amarela, que pode até virar uma pandemia. Só que não existem políticas claras e consolidadas para enfrentar a situação e, o que é mais grave, conforme especialistas o País não está preparado para um eventual estouro do número de casos, já que a rede de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e a capacidade de exames seguem saturadas e não há verbas disponíveis para reverter tal quadro.
    
    Diante de tantas incongruências e da falta de senso público da maior parte dos nossos políticos, existe somente uma chance para salvar o paciente Brasil: votar bem nas próximas eleições, extirpando males históricos que nos impedem de progredir.


 


Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica


A crise carcerária no Brasil acabou?



Há alguns meses atrás o povo brasileiro acompanhou atônito a crise no sistema penitenciário, a mídia transmitiu ao vivo a guerra entre facções que resultaram em presos mutilados em um verdadeiro cenário de carnificina.

A crise no sistema penitenciário brasileiro é tão antiga quanto à própria história do país que até o ano de 1830, não havia se quer um Código Penal, ficando assim sob as Ordenações Filipinas por conta da colônia portuguesa onde em seu Livro V estavam listados os crimes e penas que seriam aplicados, dentre elas a pena de morte, penas corporais (mutilações, açoites, e queimaduras), confiscos de bens e humilhações públicas dos réus. Os primeiros movimentos de reformas no sistema penitenciário deram se inicio no século XVIII, ficado nesta época as prisões como apenas locais de custódia.

Com o surgimento da Nova Constituição no ano de 1824, deu se inicio a reforma no sistema de punições do Brasil, com o banimento de várias penas. Nesta mesma época ficou determinado que as cadeias deveriam ser “seguras, limpas, arejadas havendo diversas casas para a separação dos réus, conforme a circunstância e a natureza dos seus crimes”.

Logo após isso no ano de 1830 a pena de prisão foi introduzida no Brasil de duas maneiras: a prisão simples e a prisão com trabalho que poderia ser perpétua, porém o código criminal da época não estabelecia nenhum sistema de detenção ficando a cargo dos governos provinciais escolherem o tipo de prisão e seus regulamentos. Mesmo assim as cadeias viviam cheias superlotadas, ambientes sem ventilação e com pouca higiene. E essa realidade omissa do sistema carcerário vem se perpetuado até os dias de hoje.

O sistema carcerário brasileiro é dramático, hoje contamos com 726.712 detentos distribuídos em 368.049 vagas totalizando um déficit de 358.663 vagas. Dos estados brasileiros São Paulo lidera o ranking com 240.061 presos, o estado conta com 64 unidades prisionais com somente 131.159 vagas, faltado quase 109 mil. Em seguida temos o estado de Minas Gerais com 68.354 e Paraná com 51.700 presos. Vale resaltar que cerca de 40% dos detentos no Brasil são provisórios, ou seja, estão nos presídios sem julgamento contribuído para a superlotação das penitenciárias.

Como já mencionado há algum tempo por Sherazade e por especialistas, infelizmente o que vemos hoje nas prisões brasileiros são depósitos de pessoas, há muito tempo os presidiários são visto como peso morto pela sociedade. São detentos que vivem sem fazer absolutamente nada, vivem com os braços cruzados e com as mentes vazias se tornando completamente improdutivos, o próprio sistema brasileiro não oferece se quer estudo ou até mesmo oportunidade para que eles desenvolvam um ofício.

Os nossos presídios não tem um mínimo de infraestrutura adequada, fazendo com que os presos vivam amontoados, expostos vários riscos em celas com aparecia de masmorra. Contribuindo mais ainda para o grande índice de reincidência ao crime, custando caro para os cofres públicos.

Além do mais, é preciso entender que a crise não é culpa dos presidiários, mas sim de um sistema defasado que enfrentamos há muito tempo. A superlotação carcerária aliada à falta de infraestrutura, a lentidão da justiça em resolver processos, a corrupção sistêmica de alguns agentes demonstram a fragilidade nossa em resolver esse problema que vem se espalhado por vários estados do país.

Diante deste problema a Presidente do Supremo Tribunal Federal e o do Conselho Nacional de Justiça Ministra Carmen Lucia, vem se empenhado juntamente com os presidentes dos tribunais regionais em buscar de soluções para essa crise, a Ministra vem fazendo visitas em complexos prisionais, e está se reunindo com os presidentes dos tribunais estaduais onde solicitou um cadastro nacional de presos em todo o país.

O objetivo é construir um sistema nacional de dados, esse sistema contará com o nome do preso, a idade, a escolaridade, o motivo da prisão bem como o tempo da pena e o juiz responsável. De acordo com especialista esse sistema poderia fazer o retrato real da situação carcerária do país, podendo identificar até mesmos os presos foragidos.

É preciso acompanharmos de perto e torcermos para que a crise no sistema penitenciários brasileiro seja resolvido o mais breve possível, afinal de contas o grande culpado desta situação é o sistema brasileiro que mais uma vez demonstra ser bastante fragilizado necessitando de medidas urgentes. Porém, a educação é a grande porta de salvação ou resolução de problemas crônicos como esse que enfrentamos há séculos. 






Narlon Xavier Pereira - graduado em Ciências Biologias pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e mestrando em Ciências Ambientais pela Universidade Estadual Paulista (Unesp).


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