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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Estudo revela a perspectiva dos jovens em busca de estágio diante da recuperação do mercado brasileiro



Levantamento realizado por consultoria especializada aponta os principais desafios enfrentados pelos candidatos


Nos últimos anos o cenário econômico brasileiro enfrentou momentos conturbados em meio à crise do emprego, mas, se por um lado os jovens foram os mais afetados pelos percalços da economia, por outro, já podem respirar mais aliviados, pois os indicativos mostram sinais de uma retomada nas vagas de estágio em 2017 (19% maior, número que supera os postos perdidos em 2016), direcionadas justamente para esse grupo, que ainda frequenta as salas de aulas e está em início de carreira.

E, para esse ano, a expectativa continua animadora, aumentando ainda mais o otimismo dos estudantes. Os dados são da Companhia de Estágios – consultoria e assessoria especializada em programas de estágio e trainee – que divulga mais uma edição de seu estudo exclusivo que explora o impacto do atual quadro econômico sobre os candidatos a vagas de estágio e ainda revela os principais anseios e expectativas dessa parcela da mão de obra nacional.

Perfil dos candidatos

A pesquisa “O Perfil do candidato a vagas de estágios em 2018” contou com a participação de 5.410 estudantes de todas as regiões do país, especialmente do Sudeste, que figura na liderança das respostas (78%) desde o início do estudo, em 2016. Pouco mais da metade dos entrevistados é do sexo feminino e pertence à faixa etária entre 21 e 23 anos (33,6%), ultrapassando os mais jovens entre 18 e 20 anos (30,8%), que representavam a maioria na edição anterior. Já a participação de pessoas acima dos 34 anos apresentou crescimento pelo terceiro ano consecutivo e chegou a 7,5%.
Mais de 82% dos estudantes cursam o ensino superior atualmente e grande parte frequenta os últimos semestres da graduação. Dentre os campos de formação, a participação dos alunos dos cursos de Ciências Biológicas recuou no último ano, e houve um equilíbrio entre as duas áreas do conhecimento mais populares: 46,2% dos entrevistados são de Exatas, enquanto 45,4% fazem algum curso da área de Humanas.

Oportunidade é mais importante que remuneração

Apesar de boa parte dos estagiários receberem bolsa auxílio de até um salário mínimo (56%), a maioria dos estudantes afirma que a realização profissional é a principal prioridade: para 72% a chance de aprendizado é o ponto mais relevante na hora de escolher uma vaga de estágio. E, com a crise esse desejo se intensifica: para mais de um terço deles, adquirir experiência para se tornar mais competitivo no mercado de trabalho é a principal preocupação no momento. No geral, remuneração e benefícios ficam em terceiro plano.

O aprendizado é tão importante para esses candidatos que 52% deles declaram que a maior vantagem das vagas de estágio é, justamente, poder colocar o conteúdo aprendido na sala de aula em prática.  Fica claro também o caráter complementar que o estágio tem na vida acadêmica do estudante, pois o segundo maior benefício indicado pelos entrevistados é a chance de conciliar os estudos com o trabalho.

Contudo, a concorrência é grande e o processo é exigente: 52% dos candidatos afirmam que não há diferença no nível de dificuldade / competitividade desse tipo de vaga com as oferecidas pelo mercado celetista.

Internet como ferramenta de busca

Os sites especializados são o recurso mais utilizado pelos jovens na busca por uma oportunidade (51% se cadastrou em até 5 sites de recrutamento no último ano, 34% se inscreveu em até 10 sites desse tipo). O principal meio para a procura da vaga passa também tem sucesso como principal caminho para chegar até ela: mais de 41% dos entrevistados que estão estagiando atualmente afirmam que conseguiram a vaga através de plataformas de recrutamento.

A indicação é o segundo fator mais promissor na conquista da vaga. As redes sociais também representam uma boa ferramenta na procura do estágio, e o LinkedIn é a escolha de 47% deles, se mantendo na liderança pelo segundo ano consecutivo, seguido pelo Facebook (27%).

Expectativas positivas

Esse ano os jovens estão ainda mais otimistas, 78% dos estudantes se declaram esperançosos em relação às oportunidades futuras. Em comparação com o levantamento de 2017 o número de candidatos a estágio ouvidos pela recrutadora que está confiante na recuperação do quadro econômico do país aumentou 2%, em contrapartida, apenas 10% revelam que ainda estão pessimistas –3% a menos em comparação com o ano passado.



O paciente do século XXI



 Consumidor de serviços de saúde. É assim que quer e deve ser tratado o paciente do século XXI. Por quase dois mil e quinhentos anos, desde Hipócrates (460aC – 370aC) até o crepúsculo do milênio passado, o médico teve o monopólio do conhecimento e da informação. Ninguém tinha uma enciclopédia médica residencial e, tampouco, ia a uma biblioteca, após a consulta, para pesquisar sobre sua doença.

Com a democratização da informação, passamos a carregar todas as enciclopédias no bolso em nossos smartphones e esse monopólio deixou de existir. O paciente do século XXI é extremamente bem informado, totalmente esclarecido e a cada dia mais exigente e menos tolerante a qualquer evento adverso ou resultado danoso.

O paciente do século XXI não aceita mais ser o sujeito passivo na relação com o seu médico. Ele quer cooperar. Ele quer ser co-partícipe. Ele quer, em parceria com seu médico, compreender a sua sintomatologia e, a partir dela, avaliar todas as hipóteses diagnósticas possíveis, para chegar ao diagnóstico mais plausível. Depois de tal compreensão e analisadas todas as condutas terapêuticas aplicáveis, orientado pelo seu médico, ele quer, de forma independente e autônoma, decidir qual a melhor terapêutica a que irá se submeter, estribado no trinômio: custos, riscos e benefícios.

Essa autonomia de vontade não é simplesmente porque ele assim o deseja. Não se configura em um simples capricho. Ele tem três diplomas legais (Código do Consumidor, Código Civil e Código de Ética Médica) que lhe asseguram esse direito.

O médico, que sempre teve uma formação paternalista e fora acostumado a um relacionamento verticalizado com seu paciente, precisa estar atento a essa nova realidade comportamental e se preparar para atender a esse novo perfil de paciente.

O profissional que não compreender – ou não admitir esse novo regramento relacional – estará vulnerabilizado a um desgaste com seu paciente e até mesmo à judicialização do seu relacionamento, além de exposições difamatórias nas mídias digitais.

Conversa ainda é o melhor remédio. Em duas décadas defendendo médicos, percebi que o número de processos é infinitamente menor com profissionais que atuam em estruturas de saúde desenhadas de forma que tenham tempo para uma anamnese mais completa, conversando com seus pacientes de maneira mais demorada. O importante é que o paciente precisa e deve ser muito bem informado. E, quando falamos em “bem informado”, não nos referimos à ‘quantidade’ de informações, mas sim à QUALIDADE da informação. A informação precisa ser clara, concisa, objetiva e compreensível o suficiente para uma tomada de decisão. Caso isso não ocorra, o médico poderá sofrer outro tipo de condenação, o da negligência informacional, que o torna responsável por ter assumido o risco de produzir um resultado danoso, sem o conhecimento do paciente.
 




Raul Canal - advogado e presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética)


Envelhecer com tecnologia é o melhor dos remédios



O Japão é considerado o país com a maior proporção de idosos do mundo, correspondendo a aproximadamente 40% de toda população. Até 2050, mais de 60 países estarão na mesma situação, entre eles está o Brasil. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a partir da década de 2030, a população acima dos 60 anos representará o dobro do contingente de crianças e adolescentes com menos de 14 anos.

Os dados apresentam o primeiro alerta para o fenômeno de envelhecimento do país. Os idosos do futuro podem se deparar com a falta de acesso a saúde, já que isso impacta diretamente nos custos com a saúde suplementar e, principalmente, com a saúde pública. Hoje, estima-se que os gastos com o bem-estar dos idosos é, em média, oito vezes maior quando comparados aos gastos com menores de 18 anos.

Essas informações confirmam o grande déficit do sistema. Neste cenário, o mercado de healthcare se depara com alguns desafios para sensibilizar positivamente as condições de saúde e a qualidade de vida. É necessário, acima de tudo, conhecer a população e suas necessidades para promover o envelhecimento ativo. Soluções de tecnologia devem ser a resposta para estes desafios.

Os pacientes a partir de 2030 terão em seu cotidiano muito mais presente os wearables, a Internet das Coisas e o blockchain. Soluções como essas, a serem aprimoradas ou, até mesmo, desenvolvidas, devem pensar na descentralização das informações; na conexão entre pacientes e médicos; além de monitorar o dia a dia dos indivíduos.

A adoção dessas práticas deve reduzir o gap da falta de acesso à saúde que a nova geração de idosos enfrentará. As transformações com uso de tecnologia trazem a médicos e pacientes mais qualidade no atendimento.

A novidade que deve revolucionar o atendimento é a telemedicina. A tendência é que assuntos de baixa gravidade sejam resolvidos por uma consulta médica à distância, analisando o prontuário eletrônico do paciente (PEP). Ainda que no Brasil esta prática esteja distante, em países como o Reino Unido a iniciativa tem sido cada vez mais comum.

As mudanças que a tecnologia da informação pode garantir aos processos de saúde não devem ser vistas como uma barreira no relacionamento entre médicos e pacientes, mas sim como uma ponte nesta relação, que aproxima e aumenta a confiança.




Iomani Engelmann - diretor Comercial e de Marketing da Pixeon



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