Pesquisar no Blog

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Se automedicar para dormir traz riscos para a saúde



De acordo com a Associação Mundial de Medicina do Sono, a insônia é uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população mundial. Muitas pessoas buscam nos remédios uma solução para acabar com o problema, mas, apesar de ser considerada normal, a automedicação é um erro que pode gerar complicações mais graves. 
Um levantamento realizado pelo IBGE, por intermédio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), revela que mais de 11 milhões de brasileiros, o equivalente a 7,6% da população, tomam remédios para dormir. Junto a essa pesquisa, foi divulgado o mesmo percentual de pessoas com depressão. A Associação Brasileira de Sono acredita que estes números estão relacionados, já que as pessoas acreditam que combatem seus problemas tomando medicamentos para sintomas como insônia e ansiedade. 
O Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, da Unidade do Sono de Brasília, explica que a insônia pode estar associada a transtornos médicos clínicos, psiquiátricos ou então a insônias primárias, quando não há uma causa bem definida. “Existem também as insônias associadas a transtornos do ritmo circadiano e as causadas por medicamentos ou drogas”, esclarece. 

Consequências 
Segundo a Associação Brasileira do Sono, os medicamentos indutores de sono mais utilizados no Brasil são os benzodiazepínicos. Estes remédios produzem cinco efeitos no organismo: sedativo, hipnótico, ansiolítico, relaxante muscular e anticonvulsivante.  
Mas é preciso ter cuidado. Este remédio deve ser usado sob orientação médica e por pouco tempo. Eles causam dependência, e seu efeito rápido faz com que a pessoa necessite de doses cada vez maiores. 
A qualidade do sono também é alterada. O paciente passa a dormir mais tempo, porém superficialmente, não atingindo o sono profundo, que é aquele que realmente descansa. Por estes motivos, é muito perigoso se automedicar ou usar comprimidos de parentes e amigos sem a orientação e o acompanhamento de um neurologista. 

Orientações 
Estas orientações podem ajudar a pessoa que sofre com a insônia a otimizar o seu sono. Confira:  
1.   ir para a cama apenas quando for dormir e sair da cama assim que o sono desaparecer;
2.   manter horários regulares para deitar e levantar;
3.   evitar tomar café à noite;
4.   fazer atividades físicas ao entardecer, cerca de 4 a 5 horas antes do horário proposto para dormir. 
Vale ressaltar que, em casos mais graves, é aconselhável procurar um especialista para começar um tratamento adequado. 

Tratamento 
O tratamento consiste na terapia cognitivo-comportamental que combate os maus hábitos e estimula novas cognições a respeito do sono. Dessa forma, é possível acabar com falsas crenças e estimular técnicas que favoreçam o sono durante a noite.  
Medicações hipnóticas podem ser necessárias em algum momento do tratamento. “Caso haja coincidência com transtornos psiquiátricos, um tratamento associado com essa especialidade é aconselhável”, afirma o Dr. Nonato. 

Insônia 
A insônia é a dificuldade de entrar ou permanecer em sono. Acredita-se também que possa ser caracterizada por fragmentação ou baixa qualidade de sono. Para ser considerada insônia, deve haver prejuízo funcional diurno. 
Segundo o Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, da Unidade do Sono de Brasília, os fatores que podem levar uma pessoa a ter esse problema são:  
·         personalidade ansiosa e ruminativa;
·         alcoolismo;
·         estresse pessoal ou profissional;
·         maus hábitos de sono. 
Se uma noite mal dormida se tornar algo muito comum, o indivíduo pode desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão arterial, transtornos de atenção e memória.  
O diagnóstico é feito pelo histórico clínico e o diário de sono (actigrafia), que monitora o ciclo de atividade e repouso do paciente. Em alguns casos, é necessário fazer o exame de polissonografia, que registra as ondas cerebrais, o nível de oxigênio do sangue, a frequência cardíaca e respiratória, assim como o movimento dos olhos e das pernas durante o sono. 



Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues - Médico especialista em sono pela Associação Médica do Brasil, neurologista pela Academia Brasileira de Neurologia, com doutorado em Clínica Médica (Medicina do Sono) pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília em colaboração com a Clinique Neurologique des Hospices Civils de Strasbourg - France. Professor de Neurologia da Universidade de Brasília, DF.



A vermelhidão ocular crônica devido a vasos sanguíneos dilatados é reversível ou tratável?



Tudo depende da causa, da idade do paciente e do que o paciente tem feito e está disposto a fazer em relação a esse problema


“A vermelhidão ocular podem ser causada ​​por uma variedade de fatores, incluindo lentes de contato sujas, fumaça de cigarro, alergias, infecções, olho seco, inflamação e glaucoma. Alguns desses problemas são menores e prontamente tratáveis; outros são emergências médicas. Uma vermelhidão súbita, especialmente acompanhada de dor aguda, sugere a necessidade de cuidados médicos imediatos”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

“O paciente nunca deve usar colírios, sem receita médica, para aliviar a vermelhidão. Estes restringirão os vasos sanguíneos e reduzirão a vermelhidão temporariamente, mas os vasos sanguíneos se dilatarão após o efeito do colírio desaparecer. Se usados cronicamente, esses colírios podem causar mais vermelhidão ocular, devido à constrição constante e dilatação dos vasos. Os colírios, que simplesmente lubrificam os olhos, são um melhor tratamento para a vermelhidão causada por irritantes como poluição, fumaça de cigarro ou incêndios nas proximidades”, ensina a oftalmologista Sandra Alice Falvo, que integra o corpo clínico do IMO.

As pessoas que não limpam adequadamente suas lentes de contato devem abandonar esse mau hábito, pois  à medida em que envelhecem, isso pode levar à vermelhidão e à irritação crônicas. “A vermelhidão também pode indicar que as lentes de contato não estão colocadas adequadamente; é importante substituí-la por lentes perfeitamente encaixadas, uma vez que lentes mal acomodadas podem danificar a córnea”, alerta a oftalmologista.

Os sintomas também podem ser uma pista para a causa da vermelhidão do olho. “Os olhos com coceira podem indicar uma resposta alérgica, a falta ou o excesso de lágrimas pode ser um sinal de olho seco e a descarga amarelada pode indicar uma infecção. A causa determinará se os olhos cronicamente vermelhos podem ser tratados com sucesso. Um exame oftalmológico abrangente é o principal a fazer para erradicar a causa do problema”, defende Sandra Falvo.




IMO, Instituto de Moléstias Oculares.



Inverno, seca e os problemas respiratórios: o que você precisa saber



O próprio clima frio favorece o aparecimento das doenças, além de ser uma época em que as pessoas se concentram mais em ambientes fechados, aumentando o problema. Em regiões mais secas como Brasília, o clima ainda se torna mais um agravante. É a época quando os hospitais ficam cheios, crianças e idosos são os mais vulneráveis. Abaixo, esclarecemos algumas dúvidas que podem te ajudar a ficar longe dos problemas.
O que é resfriado?
O resfriado comum é uma infecção viral e benigna do trato respiratório superior, que afeta principalmente o nariz e a garganta.
Qual a causa do resfriado?
Mais de 200 vírus podem causar o resfriado, todos eles são de transmissão respiratória, o que torna o contágio extremamente eficaz.
Como se pega resfriado?
Os vírus do resfriado entram no corpo por meio da mucosa da boca, olhos ou nariz. O mais comum é se levar a mão contaminada ao rosto. 
O frio faz com que pessoas fiquem mais aglomeradas em lugares sem ventilação. Essa proximidade facilita a transmissão. No frio também costumamos ter um pouco de corrimento nasal, que pode ser o veículo para a passagem dos vírus de pessoa a pessoa.
Quais são os sinais do resfriado?
Os sinais mais comuns do resfriado são:
·         Congestão nasal;
·         Corrimento nasal claro como água;
·         Garganta irritada e com dor;
·         Espirros;
·         Febre geralmente baixa, que pode ocorrer em crianças pequenas;;
·         Adultos e crianças maiores não têm febre.
Como é o tratamento?
Os medicamentos geralmente tratam os sintomas que podem causar desconforto, como nariz entupido, tosse seca, corrimento nasal ou dor de garganta.
De acordo com a otorrinolaringologista da Cliaod e do Hospital Universitário de Brasília Claudia Maggy Faulstich Alves, na maioria dos casos, os sintomas do resfriado passam em uma semana. “Se o resfriado durar mais de sete dias, é importante passar por avaliação médica para excluir a possibilidade de infecção nos seios paranasais ou seios da face, alergias ou outro problema de saúde”, explica a otorrinolaringologista. 
Como se dá a prevenção?
Lavar frequentemente as mãos, procurar ter uma alimentação balanceada e tomar bastante água.
E o vírus h1n1 o que causa?
O vírus h1n1 causa gripe. Crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas ou imunodeficiências são mais vulneráveis. Após os sintomas, o tratamento deve iniciar em 48 horas, com orientação médica. Além da vacinação, é importante lavar as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas.

 
Dra. Claudia Maggy - Formada em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, UERJ, com residência médica em Otorrinolaringologia pelo Hospital Universitário de Brasília, HuB. Foi professora visitante da Universidade de Brasília e atuou no Hospital de Base e na Procuradoria Geral da República. Hoje, é sócia e atende na Cliaod e também no HuB. Na Cliaod, sua especialidade é Rinologia e Cirurgia de Estética e Funcional do Nariz. Também é membro da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética da Face.

 

Posts mais acessados