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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Tudo muito limpo é o melhor para as crianças?



Costumávamos viver em ambientes muito mais sujos. Embora as casas sejam mais limpas, o ambiente construído contém muitos componentes, incluindo produtos químicos e partículas no ar, e não apenas micróbios



Quando a chupeta de uma criança cai da boca (mesmo sabendo que as chupetas não são recomendadas), no chão, ela é confiscada e desinfetada por pais ansiosos. Certo?  Em alguns casos sim... Em outros não...  Muitos pais se preocupam com os germes e a sujeira que entram na boca de uma criança. Mas muitos também ouviram, nos últimos anos, a "hipótese da higiene", que afirma que alguma exposição a germes e microorganismos, na primeira infância, é realmente boa porque ajuda a desenvolver o sistema imunológico. Um estudo sueco de 2013, por exemplo, mostrou que crianças cujos pais apenas sugavam suas chupetas para limpá-las apresentavam menor risco de desenvolver eczema.

“Quando falamos sobre a hipótese da higiene, as teorias que abordam os possíveis problemas que podem estar associados ao crescimento menos exposto aos germes e à sujeira, estamos basicamente falando sobre crescer dentro de casa. Estamos falando de viver em um mundo de superfícies relativamente limpas e controladas, onde mesmo as crianças pequenas, que estão constantemente pegando coisas e colocando-as na boca, não entrarão em contato com uma grande variedade de exposições”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

O ambiente protegido é o lugar em que as crianças crescem. Um estudo de 2016, publicado no The New England Journal of Medicine, comparou os perfis imunológicos das crianças Amish, crescendo em pequenas fazendas familiares únicas e crianças Hutterite, que são semelhantes, geneticamente, mas crescem em grandes fazendas industrializadas. Os Amish, vivendo em um ambiente descrito como "rico em micróbios", ou, alternativamente, cheios de poeira, tinham taxas de asma surpreendentemente baixas.

Jack Gilbert, autor do  estudo é co-autor, com Rob Knight e Sandra Blakeslee, de um livro sobre o tema chamado "Sujeira boa: a vantagem dos germes para o sistema imunológico no desenvolvimento do seu filho".

Durante o último século e meio, segundo Gilbert, desde a compreensão de que os micróbios causam doenças, os seres humanos tentaram o máximo possível afastar seus corpos do mundo microbiano de bactérias, vírus e fungos. “E funcionou! Não há dúvida de que o aumento da higiene salvou muitos da doença e da morte. Separar escrupulosamente as crianças dos micróbios que podem ser encontrados em água impura, por exemplo, ou do leite não pasteurizado tem um papel importante na redução da mortalidade infantil, permitindo que milhões de crianças vivam e prosperem”, diz Chencinski, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Ambientes extremamente limpos

Mas também podemos perguntar, nos últimos anos, se as crianças que estão completamente isoladas dos micróbios podem crescer com algumas consequências negativas em decorrência dos ambientes extremamente limpos em que vivem.

“Essa separação realmente começa mesmo antes de o bebê ser levado para o ambiente doméstico limpo. Todos os mamíferos nascem fortemente inoculados com bactérias do canal de parto materno. Para os bebês amamentados, o período de aleitamento materno é geralmente um período de exposição ambiental menor, mas de uma exposição materna intensa, e depois, após o desmame, os bebês entram em um período de interação muito maior com os micróbios ao redor deles. O fim do período de amamentação é o início de uma exploração ambiental muito intensiva. Isso acontece com todos os mamíferos, incluindo os bebês humanos, que lambem e colocam na boca tudo o que acham pelo caminho”, afirma o pediatra.

Os hábitos humanos modernos podem interferir nesta exposição precoce aos micróbios. Os bebês podem nascer por cesariana, sem exposição ao canal vaginal da mãe e suas bactérias; eles podem ser alimentados com fórmulas em vez de amamentados; podem dormir longe de sua mãe; podem ser tratados com antibióticos para uma infecção ou outra. A Academia Americana de Pediatria recomenda o aleitamento materno para o primeiro ano de vida (nós, no Brasil, seguindo as orientações da OMS, até 2 anos ou mais) e recomenda que as crianças durmam no mesmo ambiente que seus pais, mas em superfícies seguras e separadas para reduzir o risco de mortes relacionadas ao sono.

Em um estudo publicado em 2016, os cientistas perfilaram o desenvolvimento microbiano de um grupo de bebês nos Estados Unidos, examinando as formas como as suas populações bacterianas foram afetadas pelo modo de nascimento, pela fórmula alimentar versus a amamentação e pela  exposição antibiótica.

À medida que as casas se tornam mais fechadas e mais subdivididas, os espaços são cada vez mais separados por áreas de uso, e a velocidade que o ar exterior substitui o ar interno diminuiu. “O que acontece é que reduzimos a exposição às bactérias ambientais externas, então nos tornamos a principal fonte de bactérias;  nossa pele, nossa boca, derramamos bactérias pela casa, que se torna altamente humanizada, a maioria das bactérias em uma casa  virão dos humanos. Depois de muitos anos, você encontra bactérias altamente orais perto da pia, bactérias fecais e vaginais, perto do banheiro, e bactérias da pele, no resto da casa”, explica Chencinski.

Portanto, precisamos estudar as consequências para a saúde do ambiente construído, mesmo o mais moderno e mais "higiênico", que é um lugar complicado e, de modo algum, estéril. Costumávamos viver em ambientes muito mais “sujos”. Embora as casas sejam mais limpas, o ambiente construído contém muitos componentes, incluindo produtos químicos e partículas no ar, e não apenas micróbios.

Estudos mostraram que expor uma criança ao mundo é absolutamente crítico. Ao mesmo tempo em que os pais não querem sair e expor o filho a infecções agressivas, também não querem criar um ambiente  estéril, onde o sistema imunológico não se desenvolva normalmente, o que  os coloca em risco de desenvolver doenças imunes. “E o que aprendemos, é que a exposição precoce aos micróbios pode dar forma não apenas ao sistema imunológico, afetando a probabilidade  de a criança  desenvolver condições autoimunes, como eczema e asma, mas também ao sistema endócrino e mesmo o ao neurodesenvolvimento. Diferentes bactérias e fungos afetam diferentes doenças de forma diferente e afetam diferentes crianças de forma diferente. Não compreendemos plenamente as interações entre o sistema imunológico, o genoma e todos os outros componentes do corpo”, diz Moises Chencinski.





Moises Chencinski
                                



5 dicas que aumentarão sua segurança e da sua família na estrada.



Nada como aproveitar aqueles merecidos dias de descanso! Pra isso muitos pegam as estradas, seja com destino ao litoral ou interior, não importa... o objetivo é relaxar e aproveitar. No entanto para que tudo corra tranquilo na viagem, e não tenha nenhuma preocupação é muito importante dar atenção para detalhes do carro, da viagem e com a própria saúde antes de pegar a estrada, fazendo isso o risco de surgirem imprevistos desagradáveis diminuem muito! A seguir preparamos 5 dicas que, seguidas de perto, vão aumentar a segurança sua e de sua família em qualquer viagem! 

Abaixo, você pode visualizar como ficou esse material super rico visualmente:

 



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Cabelegria, Instituto de Câncer Dr. Arnaldo e Rede de Combate ao Câncer inauguram Banco de Perucas nesta semana



          
Lançamento acontece no dia 25 de agosto, às 10h, e contará com 50 manequins e reabastecimento eterno da ONG para distribuição de perucas gratuitas às pacientes


Com patrocínio da Rede Feminina de Combate ao Câncer de POÁ e SUZANO, o Cabelegria, ONG que confecciona perucas para pacientes com câncer, ganhará um novo banco de perucas em São Paulo: no Instituto de câncer Dr. Arnaldo. 

A inauguração, que será nesta sexta-feira, 25 de agosto, às 10h, vai marcar uma nova era às pacientes que perderam sua autoestima devido à doença. 

Para quem não conhece, desde sua criação, em 2013 a ONG conseguiu arrecadar mais de 100 mil doações de fios, de todas as partes do planeta, ou seja, o que era para ser um projeto pontual, tornou-se uma CORRENTE MUNDIAL DO BEM. De lá para cá, já foram realizadas milhares de entregas gratuitas para crianças e mulheres, além das inúmeras doações feitas para hospitais e casas de apoio

Hoje, o Cabelegria tem a capacidade de produzir mais de 10 mil perucas com toda a quantidade de cabelos arrecadados e, no Instituto de Câncer Dr. Arnaldo, com o apoio da Rede Feminina de Combate ao Câncer de POA e SUZANO, um espaço com 50 manequins estarão à disposição das mulheres e crianças que lá se tratam, com reabastecimento frequente, para que nunca faltem perucas para doações. 

Sem sede própria, além do primeiro Banco de Perucas (inaugurado há pouco mais de um ano no Hospital Santa Marcelina), a ONG não possui fila de espera. Todos os pedidos são enviados gratuitamente por Sedex ou entregues em eventuais ações feitas em São Paulo e fora da capital. “Com o Banco de Perucas no Instituto de Câncer Dr. Arnaldo, nós conseguiremos entregar com mais rapidez os cabelos às pacientes, que muitas vezes deixam de se olhar no espelho devido à queda”, explica Mariana Robrahn, fundadora do Cabelegria. “O cabelo faz parte da composição do corpo e a perda dele muitas vezes impacta na diminuição da autoestima. Nossa doação vai além da vaidade, ela é um ato de amor que também auxilia na cura”, diz Mylene Duarte, outra fundadora do Cabelegria. “O banco de perucas será às pacientes do Hospital, mas trata-se de um projeto piloto, que servirá de exemplo para novas parcerias em outras instituições em breve”, completa Mariana. 


Importância do Novo Banco de Perucas 

A primeira instituição brasileira destinada ao estudo do câncer, o Instituto de Câncer Dr. Arnaldo, foi idealizado em 1920, pelo Dr. Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho, então diretor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo. Este médico que se impressionou com o flagelo do câncer, iniciou um movimento a fim de arrecadar fundos para a criação de uma entidade que tratasse da doença, utilizando-se do radium e de outros métodos eletrofísicos e cirúrgicos para o tratamento da doença.

Foi então formada uma comissão com membros da Sociedade de Medicina, os doutores Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho, Oswaldo Pimental Portugal e Raphael Penteado de Barros. Porém, apenas em 05 de novembro 1929, o hospital conseguiu abrir suas portas, em terreno cedido pela Santa Casa de São Paulo, onde funciona até hoje. Desde então, não deixou mais de prestar este essencial serviço para a comunidade. 

Com perfil filantrópico é dedicada ao ensino, pesquisa e à assistência à saúde no combate ao câncer, tendo por objetivo: promover o diagnóstico, a prevenção à detecção e o tratamento do câncer; incentivar investigações científicas relativas aos problemas de câncer e dos agentes empregados no seu tratamento; promover cursos de especializações e aperfeiçoamento de suas finalidades e cooperar nas campanhas de combate ao câncer, com entidades públicas ou privadas, nacionais e estrangeiras. 

Hoje, o Instituto de Câncer Dr. Arnaldo é uma instituição de atendimento 100% SUS. Atende média e alta complexidade, em 13 especialidades, além de equipe multidisciplinar composta por Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Fisioterapia e Serviço Social. A unidade hospitalar conta com: Unidade Principal, 69 leitos de enfermaria, 8 leitos de UTI;  4 salas cirúrgicas; Unidade de Pronto Atendimento 24h; Ambulatório com 15 consultórios; Serviços de Quimioterapia e Radioterapia; Serviço de Medicina Nuclear; Centros de Diagnóstico por Imagem; Laboratórios de Análises Clínicas e Patologia. 

Em 2016, o Instituto de Câncer Dr Arnaldo alcançou números surpreendentes, tais como Aplicações de Radioterapia (252.936); Aplicações de Quimioterapia (30.439); Pacientes Novos (14.726); Consultas em Pronto Atendimento (18.624); Consultas (95.752); Cirurgias Realizadas (5.016) e Exames (370.366). Esses resultados  beneficiaram a população da cidade de São Paulo e também de municípios vizinhos, atingindo até outros Estados da Federação. 

Em consonância com a Política Nacional de Humanização, o Grupo de Humanização do Instituto de Câncer Dr. Arnaldo tem como objetivo a valorização dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde, entendo como sujeitos, paciente, familiares e profissionais da saúde.  

“O impacto do diagnóstico e os efeitos do tratamento oncológico suscitam no paciente uma gama enorme de sentimentos. Nesse sentido buscamos oferecer um cuidado que transcende a doença em si, integrando os aspectos psicossociais e existenciais”, diz Simone Ansarah, subcoordenadora da Humanização. “As parcerias são fundamentais na busca da oferta de um tratamento integral e o Banco de Perucas é mais uma conquista do Grupo de Humanização do Instituto de Câncer Dr. Arnaldo, que visa proporcionar à paciente o resgate da autoestima, enfatizar a importância do autocuidado e promover qualidade e de vida”, completa. 

Já a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Poá e de Suzano ajudam a difundir na comunidade conhecimentos gerais sobre o câncer visando a prevenção e o diagnóstico precoce. Nos unimos para realizar esse sonho do Instituto e da ONG Cabelegria. A criação do Banco de Perucas com certeza irá ajudar muitos pacientes e para nós é um prazer poder participar dessa parceria.   



SERVIÇO
Lançamento Banco de Perucas Cabelegria no Instituto de Câncer Dr. Arnaldo promovido pela Rede Feminina de Combate ao Câncer de POÁ e SUZANO
Data: 25 de agosto, sexta-feira, 10h
Local: Rua Dr Cesário Mota Jr, 112 - Vila Buarque, São Paulo – SP 

Para mais informações sobre o Cabelegria e o trabalho desenvolvido às pacientes, acesse www.cabelegria.org





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