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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Brasil lidera estratégia de luta global contra a tuberculose


Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS
Ministro da Saúde assume presidência do conselho da Stop TB, organização internacional que atua para eliminar a tuberculose. SUS ofertará nova formulação para o tratamento em crianças


O Brasil vai liderar a estratégica de luta global contra a tuberculose (TB) nos próximos três anos. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandeta, assume, ainda neste ano, a presidência do Conselho da Stop TB Partnership. A instituição, que busca eliminar a tuberculose no mundo, é vinculada a Escritório das Nações Unidades de Serviços para Projetos (UNOPS/ONU) e conta com cerca de 1.700 representantes em mais de 100 países, incluindo governos, organizações internacionais, agências de pesquisa e financiamento, além de fundações e ONGs. Para marcar a oficialização da indicação do Brasil na liderança de um movimento mundial de luta contra a doença, o Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (9), a incorporação no Sistema Único de Saúde (SUS) de uma nova formulação, simplificada e com mesma eficácia, para o tratamento de crianças menores de 10 anos.
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“A tuberculose é umas das principais causas de morte em todo o mundo: em 2017, foi responsável por cerca de 1,3 milhão de mortes. Apesar desse enorme preço para a saúde, a resposta à tuberculose foi, por muito tempo, lenta e subfinanciada, principalmente na área de pesquisa e inovação. Por isso, meu compromisso é promover ações colaborativas envolvendo diferentes países para inovação no diagnóstico, tratamento e atenção a essa doença, reduzindo óbitos e os impactos na vida dos nossos cidadãos”, assegurou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

A diretora-executiva da Stop TB, Lucica Ditiu, participou de reuniões com o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (9), em Brasília (DF). A diretora está no Brasil para apresentar formalmente o conselho ao ministro, que inicia o mandato a partir de dezembro, e discutir os planos de ação para os próximos anos. 

"Basicamente, estamos colocando o Brasil na vanguarda da luta contra a tuberculose, porque é um parceiro da Stop TB. Estamos levando o mundo a eliminar a tuberculose, por isso, estamos trazendo não apenas ele [o ministro da saúde] como indivíduo, com sua formação e liderança, mas também a experiência que o Brasil fez ao longo de tantos anos em um esforço para combater a tuberculose e basicamente conseguir alcançar tanto em um país com uma carga tão alta", destacou, Lucica Ditiu, diretora-executiva da Stop TB.

Atualmente, a presidência é exercida pelo ministro da Saúde da África do Sul, Aaron Motsoaledi, que permaneceu no posto por dois mandatos (seis anos). A apresentação da candidatura do ministro Mandetta ao cargo ocorreu durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada em Genebra (Suíça), em maio de 2019.


NOVA APRESENTAÇÃO

No Brasil, o tratamento da tuberculose é ofertado exclusivamente pelo SUS. No caso do tratamento infantil, para menores de 10 anos, tem-se a combinação de três medicamentos (rifampicina 75 mg + isoniazida 50 mg + pirazinamida 150 mg) na fase intensiva da doença e dois na fase de manutenção (rifampicina 75 mg + isoniazida 50 mg). Em ambos os estágios, a criança precisa tomar medicamentos simultaneamente, ou seja, de uma só vez.

A partir de agora, o Ministério da Saúde tornará esse tratamento mais simples e, portanto, mais aceitável para as crianças. Com a decisão da incorporação publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (9), o SUS passará a ofertar uma dose fixa combinada dos fármacos de cada fase, que serão reunidos em um único comprimido que pode ser solúvel em água. Estudos nacionais e internacionais analisados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), em 2019, apontaram a mesma eficácia para o tratamento já ofertado e a dose fixa combinada. A CONITEC é a comissão responsável por analisar a eficácia, efetividade e custo-benefício de novos medicamentos e tecnologias incorporados ao SUS.

"Hoje é um grande dia, depois de mais de 30 anos usando as mesmas apresentações de medicamento para tratamento da tuberculose em crianças, conseguimos, finalmente, aprovar no Brasil comprimidos com doses fixas combinadas. Isso tem um grande significado para famílias e principalmente para as crianças", comemorou a coordenadora do Departamento de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas do Ministério da Saúde, Denise Arakaki

Com a iniciativa, o Brasil se alinha a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidades para a Infância (UNICEF), que defendem que os medicamentos em dose única combinada são uma oportunidade para simplificar e melhorar o tratamento de tuberculose nas crianças, além de possibilitar a melhora da adesão e da completude do tratamento.

A expectativa é de que essa apresentação esteja disponível no SUS até o próximo ano, beneficiando cerca de 1,5 mil crianças menores de 10 anos. Em 2017, ¼ das crianças com tuberculose nesta faixa etária não se curaram da doença – o que corresponde a aproximadamente 400 crianças.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lembra que a adesão ao tratamento da tuberculose ainda é um desafio entre crianças, dado o tempo prolongado de tratamento, a dificuldade de ingestão dos medicamentos, que possuem um sabor desagradável e o número de fármacos a serem ingeridos. “Por isso, a utilização de uma apresentação especificamente desenvolvida para crianças em uma formulação com sabor agradável e de fácil administração irá ajudar na adesão ao tratamento e na luta das crianças, seus pais e cuidadores contra a tuberculose”, completou. A redução do número de fármacos também facilitará o armazenamento, distribuição e dispensação, reduzindo, consequentemente, a carga para todo o sistema de saúde.


INCENTIVO PARA PESQUISAS - TUBERCULOSE

Neste ano, o Brasil está na presidência pro tempore dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) – grupo de países formado por economias emergentes. E, assim, também presidente a Rede de Pesquisa em Tuberculose, criada em 2017, no âmbito do BRICS. Até o final do mandato brasileiro, o Ministério da Saúde busca fortalecer a atuação dos pesquisadores e dos países para o avanço e desenvolvimento de iniciativas inovadoras em tuberculose. Os BRICS concentram 40% dos óbitos por tuberculose no mundo e, por isso, o empenho do bloco é fundamental para eliminação da doença como problema de saúde pública.

Em julho, o Ministério da Saúde se comprometeu a investir R$ 16 milhões para financiar o desenvolvimento de pesquisas sobre tuberculose no âmbito do Grupo Econômico BRICs. A ideia é fomentar novas intervenções, esquemas terapêuticos e medicamentos, além de novos métodos de diagnóstico e acesso ao tratamento da doença. A chamada pública será lançada no final do ano e contemplará instituições brasileiras que atuarão em parceria com, pelo menos outros dois pesquisadores dos países do bloco. Os resultados da iniciativa brasileira podem contribuir para intervenções nos sistemas de saúde dos BRICS.

No Brasil, em 2018, foram diagnosticados 75.717 casos novos de TB, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 36,2 casos para cada 100 mil habitantes. Embora de 2009 a 2018 tenha sido observada uma queda média anual de 0,7%, o coeficiente de incidência alcançado no ano passado foi maior do que os valores obtidos nos últimos cinco anos antecedentes. Em 2017, foram registrados 4,6 mil mortes pela doença.O Brasil atingiu as Metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) de enfrentamento à tuberculose, que previa reduzir, até 2015, o coeficiente de incidência e de mortalidade da doença em 50% quando comparado com os resultados de 1990.




Amanda Costa e Jéssica Cerilo
Agência Saúde


Por uma Cidade Navegável convida a população de São Paulo a navegar pelo Rio Pinheiros




4ª edição da ação acontecerá no dia 12 de setembro. Inscrições podem ser feitas pelas redes sociais.


Uma iniciativa que tem como objetivo conscientizar a população e a opinião pública sobre os benefícios de recuperar os rios urbanos, esta é a ação Por uma Cidade Navegável. Criada em 2011 pelo São Paulo Boat Show, maior salão náutico indoor da América Latina, como uma campanha de conscientização pela despoluição dos rios da cidade, que inspira a sociedade a contribuir evitando jogar lixo nas ruas e diretamente nas águas.

Esta é a 4ª edição da ação Por uma Cidade Navegável. Na 1ª e 2ª edição, em setembro de 2011 e setembro de 2012 respectivamente, o projeto foi realizado com a proposta de uma disputa entre uma lancha que navegou pelo Rio Tietê e um carro pela Marginal em horário de pico de trânsito na cidade. Como era esperado, a lancha não completou o percurso devido à quantidade de lixo que travou os motores nos primeiros minutos. Na 3ª edição, realizada em setembro de 2014, a Por uma Cidade Navegável levou ao Rio Tietê um ônibus anfíbio com diversos ex-atletas que haviam participado de competições de remo e natação que ocorriam na década de 40 no Rio Tietê, quando a população podia desfrutar do mesmo com práticas desportivas.

A 4ª edição, que acontecerá no dia 12 de setembro, em dois horários 7h30 e 12h00, a ação convida a população para uma vivência de navegação pelo Rio Pinheiros. Serão dois tours realizados com conforto e segurança por 6 km do Rio Pinheiros (entre o Projeto Pomar e a Usina de Traição) por um barco fornecido pelo São Paulo Boat Show, similar aos passeios turísticos que ocorrem em locais como Paris, Londres e outras que despoluíram seus rios e canais.

Para participar, a população deve se inscrever por meio do Facebook https://www.facebook.com/boatshoweventos/ enviando uma mensagem Inbox na página com o nome completo, e-mail, telefones fixos e celular, profissão e respondendo a frase - Por que você quer navegar no Rio Pinheiros? Serão escolhidas as 20 primeiras mensagens que chegarem das 10h00 do dia 06/09/2019 às 10h00 do dia 09/09/2019. O nome dos escolhidos será divulgado nas redes sociais do evento: Facebook, Instagram e LinkedIN.

"Sem a ajuda da população, qualquer projeto de recuperação dos rios estará sempre ameaçado. Locais como Londres, Coréia, França e Buenos Aires, que tiveram êxito ou estão em processo de despoluição de seus principais rios integram a população aos mesmos", diz Ernani Paciornik, publisher da revista Naútica e organizador do São Paulo Boat Show.


Campanha alerta para importância de procedimentos serem feitos por médicos


Campanha Institucional (Agência SPR)
Objetivo é conscientizar a população sobre os riscos existentes na prática de diversos tipos de procedimentos na área da dermatologia que estão sendo feitos por profissionais não-médicos


A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) deu início a mais uma campanha de orientação para a população. A intenção é esclarecer a sociedade sobre os cuidados necessários na busca por diversos tipos de procedimentos que, hoje, estão sendo feitos por uma série de profissionais que não são médicos e não possuem a devida qualificação para tal. Entre os mais comuns que causam complicações e que estão sendo feitas por não médicos na área da dermatologia estão peeling, preenchimentos, toxina botulínica e laser, entre outros. As complicações oriundas desses procedimentos feitos por não médicos são cada vez mais recorrentes nos consultórios de dermatologistas.

O trabalho foi desenvolvido pela Agência SPR, a responsável pela coordenação da campanha, Jéssica Moraes, explica conceitos que foram trabalhados nas peças.

- Queremos alertar a população para os riscos que a desinformação pode trazer. Ao fazer um procedimento com um profissional que não é médico, podem passar despercebidas uma série de doenças na pele. Precisamos dizer aos pacientes que o resultado vai ser sentido na pele. Por isso a campanha traz uma mensagem emocional porque, de fato, sentiremos na pele os efeitos de nossas escolhas – explicou.

As mídias escolhidas foram anúncios publicitários em veículos de comunicação, redes sociais, outdoor e busdoor.





Marcelo Matusiak


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