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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

No Brasil, é cada vez menor o número de mulheres que procuram o SUS para fazer a mamografia


 Procedimento enxerga o nódulo antes de ser palpável e pode ser determinante para cura do câncer de mama


Somente em 2018, mais de 376 mil mamografias foram realizadas no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um número menor que os 463 mil de 2010. A quantidade de repetições do procedimento tem apresentado queda desde o início da década. No entanto, esse exame é essencial na luta contra o câncer de mama. Isso porquê ele consegue antecipar o diagnóstico da doença, antes que ela seja palpável, momento em que as mulheres podem sentir diferenças pelo autoexame.

O Dr. Rogério Fenile, mastologista pela Unifesp e membro titular da Sociedade Brasileira de Matologia (SBM), explica que esse exame como método preventivo permite que possamos detectar o tumor em mulheres que não apresentam sintoma algum e identificá-lo ainda em fase inicial. Podemos surpreender o tumor antes mesmo que ele cause maiores danos à saúde da mulher. No caso de uma paciente que já superou a doença, ela é um método de acompanhamento e controle pós-tratamento”, ressalta o especialista.

A recomendação é que os autoexames sejam feitos pelas mulheres a partir dos 20 anos, sendo repetidos mensalmente uma semana após o início da menstruação, inclusive deve se repetir o procedimento mesmo após a menopausa. Já a mamografia, que não tem idade para ser realizada, precisa ter atenção das mulheres acima dos 40 anos, pois precisa ser repetida anualmente.

O médico reforça que, independentemente da idade, é de extrema importância que todas as mulheres conheçam o seu próprio corpo. “Caso seja notada qualquer alteração, antes da idade recomendada para a realização do exame, o médico vai avaliar a melhor conduta a ser tomada. Isso também serve para os casos em que existe o histórico de risco para a doença”.

Um estudo recente, revelado no Congresso Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), mostrou que, apesar da maior quantidade de mortes por câncer de mama ainda ser de mulheres com mais de 50 anos, a faixa de idade entre 20 e 49 anos apresentou um crescimento significativo em relação às últimas duas décadas. O número de mortes em decorrência de câncer de mama em 2017 foi 67,5% maior que em 1998.

Esses números podem ter uma curva diferente se os diagnósticos forem mais rápidos e precisos para o mastologista, mas um forte impulso pode vir também das mulheres. “O importante é que todas as mulheres estejam atentas aos sinais do câncer de mama, façam visitas ao especialista regularmente, comecem os exames preventivos nas fases indicadas e não deixem de fazer o autoexame mensalmente”, finaliza.

Tentante até quando? Saiba como buscar ajuda para engravidar.


A busca por uma gravidez pode demorar semanas, meses ou anos. 


Quando foi que você se descobriu uma tentante e há quanto tempo vive nessa condição? Para algumas mulheres, do momento de decisão de se tornar mãe até a notícia da gravidez pode levar semanas, meses ou anos. A atual campanha da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida - SBRA, intitulada “Fertilidade. O tempo não para”, tem o objetivo de conscientizar a população sobre a preservação da fertilidade.

Segundo a especialista em Reprodução Assistida, Cláudia Navarro, como o próprio nome da campanha da SBRA diz, o tempo não para, principalmente para a mulher, e as chances de gravidez, mesmo com acompanhamento de um especialista, diminuem com o passar dos anos. “Sabemos que a não gravidez, após um ano de relações sexuais sem métodos contraceptivos, pode indicar infertilidade. A tentante precisa ter a consciência de que, detectado o problema, ela não deve demorar a buscar ajuda”, destaca a médica.


Então, quando buscar ajuda?

“Atendo com frequência mulheres que, muitas vezes, já estão buscando uma gravidez há anos, mas nunca tinham se consultado com um profissional de reprodução assistida. O que preocupa é a demora para iniciar os exames e o tratamento adequado”, comenta Cláudia. A especialista revela ainda que é comum pacientes buscarem métodos alternativos ou especialistas de áreas distintas da Reprodução Assistida.

Para a SBRA, além de adotar hábitos saudáveis de vida e rotinas de acompanhamento médico mais frequentes, o momento ideal para realizar essa busca por um profissional é antes de completar 35 anos. “As mulheres nascem com um número de óvulos definido, estimam-se cerca de um milhão, e não produzem mais. Eles vão diminuindo ao longo dos anos. Após os 35 anos, essa queda acontece de forma exponencial”, explica Navarro.

Ainda segundo a especialista, diabetes, pressão alta e outras condições que complicam a gestação também são mais comuns em quem já passou dos 35 anos. Elas podem se exacerbar na gravidez, como, por exemplo,apré-eclâmpsia.


Gravidez tardia

Apesar dos riscos e de as chances irem diminuindo com o passar dos anos, é possível engravidar, mesmo quando atingir 40 anos ou mais. Masisso deve ser feito com cautela. “Óvulos mais velhos podem ter mais problemas cromossômicos, por isso aumentam as chances de defeitoscongênitos” pontua a médica. A gravidez pode ser possível com acompanhamento de especialista, utilizando tratamentos que estimulem a produção de óvulos, por exemplo, e técnicas de Fertilização in Vitro para casos mais específicos.

A médica ainda lembra que uma forma de preservação da fertilidade para mulheres saudáveis, que desejam engravidar mais tarde por opção, é o congelamento de gametas. “Dessa forma, a mulher pode congelar óvulos jovens e saudáveis e realizar uma Fertilização In Vitro quando desejar engravidar”, comenta.

“O mais importante é procurar o profissional certo: um especialista em Reprodução Assistida é quem vai dispor de conhecimento específico para indicar o melhor tratamento para cada caso”, alerta Cláudia Navarro.

Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em Medicina (obstetrícia e ginecologia) pela instituição federal. Atualmente, atua na área de reprodução humana, trabalhando principalmente os seguintes temas: infertilidade, reprodução assistida, endocrinologia ginecológica, doação e congelamento de gametas.   
 

“Teste do Olhinho” possibilita chance de cura de mais de 90% dos casos de câncer de retina em bebês


 O Retinoblastoma se desenvolve na retina das crianças geralmente até os três anos 


O “Teste do Olhinho” ou “Teste do Reflexo Vermelho” é essencial para identificar a leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato), o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, câncer das células da retina, que acomete bebês, na maioria dos casos. Para o “Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma”, datado em 18 de setembro, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) alerta que é essencial que o exame tenha uma lei federal, já que as chances de cura chegam a mais de 90% se esse tipo de câncer for diagnosticado precocemente.

Desde 2010 o exame é obrigatório aos planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a realização dos testes em todos os municípios participantes da Rede Cegonha, porém, menos de 50% dos municípios estão no programa. “É primordial que a população conheça os sinais do câncer que acomete a retina das crianças (reflexo branco na pupila, baixa visão, estrabismo, fotofobia e/ou deformação do globo ocular) e deve ser instituída a cultura de levar os bebês ao oftalmologista desde os primeiros dias de vida, a primeira análise deve ser feita já na maternidade”, explica Teresa Fonseca, presidente da SOBOPE.

Quanto ao tratamento, o oftalmologista membro da SOBOPE, Luiz Fernando Teixeira conta que existem centros públicos no Brasil que têm condições e tecnologia iguais aos países desenvolvidos como EUA e locais da Europa. “O tratamento deve ser realizado em centros de referência, por equipe multidisciplinar especializada e bem treinada. As modalidades terapêuticas são várias, como laserterapia, crioterapia, quimioterapia sistêmica, intra-vítrea ou intra-arterial, radioterapia e cirurgia. Com a utilização de todo este suporte de tratamento podemos cada vez mais curar estes pacientes com preservação da visão, evitando a cirurgia de retirada do olho”.

Teixeira também explica que nem toda mancha branca no olho ou estrabismo é câncer, mas se for notada qualquer alteração é necessário levar a criança ao oftalmologista.


Sintomas do retinoblastoma

A leucocoria (reflexo branco na pupila ou reflexo do olho de gato) é o sinal mais frequente em pacientes com retinoblastoma, ocorrendo em até 50% dos casos. Outros sintomas que podem ser característicos da doença são baixa visão, estrabismo, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e deformação do globo ocular. O diagnóstico precoce tanto melhora a sobrevida dos pacientes quanto diminui a morbidade, que seria a retirada do olho e perda da visão. 


Sobre o retinoblastoma

·         É responsável por cerca de 2% a 4% dos tumores infantis;

·         De acordo com dados de 2010 do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, a incidência varia entre 21 e 27 casos por milhão de pessoas;
·         90% dos casos são diagnosticados do nascimento até os cinco anos de idade;

·         Os pais que tiverem um filho com retinoblastoma necessitam fazer aconselhamento genético porque as chances de eles terem uma segunda criança que seja portadora da doença é alta, entre 45 e 50%;

·         Bastante agressivo, pode afetar o nervo óptico, alcançar o sistema nervoso central e levar o paciente à morte, quando diagnosticado tardiamente.


Como o teste do olhinho é realizado

Uma fonte de luz sai do oftalmoscópio, onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo, ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. 


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