Pesquisar no Blog

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Família e escola: mãos dadas pela educação


Visualizemos o seguinte cenário: pais entram no processo inevitável de escolha da melhor escola para o seu filho. Iniciam-se os processos de visitas. Consequentemente, a fatídica discussão que certamente já ocorreu em todas as famílias e faz dela um processo cansativo, pois analisam-se fatores como: local, preço, instalações, sala de aula, metodologia, além da opinião de amigos... o resultado dessa decisão dificilmente nos deixa totalmente seguros, o que faz com que fiquemos atentos a cada passo dos filhos dentro da escola.

A grande verdade é que a educação das crianças é compartilhada entre pais e escola. Talvez os pais não tenham percebido esse fato, pois grande parte deles não hesita quando percebem o menor desconforto ou insatisfação do filho nesse ambiente e, assim, comparecem à escola para uma reunião. Acredite: isso retira uma quantidade enorme de energia da instituição. Mesmo que algumas vezes seja necessário, saber dosar é uma equação complicada, pois quando se trata de filhos, a emoção envolvida distorce o sentido da necessidade.

Um dos fatores que gera esse exagero é a falta de confiança dos pais na instituição. É nesse ponto que reside a grande questão: pais querem transferir obrigações relacionados à educação dos seus filhos à escola, porém não lhe dão autonomia para fazer. O que deve importar, nesse ponto, é a diferença entre filho e aluno: a escola é um ambiente com regras para que o bem comum e a harmonia entre as pessoas sejam estabelecidos. Por outro lado, dentro de casa ocorrem “concessões” diferenciadas para os filhos. Por exemplo, no ambiente domiciliar, a criança fala com os pais de “qualquer maneira”, pode brincar sempre que desejar - e até deixar os brinquedos espalhados; mas na escola, essa ordem se inverte de maneira regrada, o que gera uma confusão na cabeça de uma criança que, muitas vezes, não entende dois comandos diferentes para a mesma atitude.

Optar pelo tipo de educação que seu filho recebe é o maior ponto nesse questionamento: é necessário confiar na instituição, mas e agora? Muitas vezes, o valor da mensalidade é o fator determinante, mas não se analisa tudo que está em jogo nessa tomada de decisão. Por exemplo, uma mãe, que também era professora, decidiu matricular seu filho em uma escola. Junto à diretora do local, viu as condições que a escola oferecia para melhor ajudar no processo escolar da criança. Ao fim da visita, ela perguntou para a gestora: “qual o salário da professora que vai ensinar/cuidar do meu filho?” A diretora, surpresa, retrucou: “você quer matricular o seu filho ou pedir uma vaga de emprego?” A mãe, que viu que a pergunta escandalizou a diretora, respondeu: “eu só quero saber quanto vale o trabalho daquela que vai educar o meu filho”.

Um relato que nos faz lembrar de como um professor ou educador é importante para a formação da criança e como o seu trabalho influenciará na vida inteira deles. Desde o modo com que falarão, até as lembranças que rechearão o seu futuro. Por isso, fica a reflexão: vale pedir aquele “descontinho”? Qual é a verdadeira importância que os pais depositam nesse processo?

Essas questões ficam sem respostas enquanto refletimos sobre nossas escolhas. Acertar sempre na educação dos nossos filhos pode até ser uma mentira, mas temos que ter a consciência de estar no caminho correto. O acerto se revela quando damos voz ao bom senso e dispensamos os excessos. Caminhar lado a lado, instituição e pais, ainda é a equação mais correta para garantir um futuro promissor. Em todas as suas esferas.






Fabio Carneiro - professor de Física no Curso Positivo, em Curitiba (PR).


Ausência em reuniões escolares pode acarretar em processo judicial aos pais


Segundo dados escolares, entre 60 e 80% dos pais não comparecem às reuniões escolares de seus filhos. O número é maior quando se trata de crianças pequenas. Há, inclusive, casos onde nenhum dos pais compareceu às reuniões e nem mesmo enviaram algum representante em seu lugar, durante todo o ano letivo.

De acordo com o artigo 932, I, do Código Civil, os pais são responsáveis civis pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. Não comparecer a essas reuniões para se inteirar da situação da criança, pode acarretar futuramente um processo civil contra o responsável, sobretudo, se algum problema for causado pelo seu filho menor dentro da escola.

As atas dessas reuniões podem ser utilizadas em processos judiciais por juízes, promotores de justiça e advogados em casos de ocorrência de bullying, por exemplo. O documento ajuda na análise dos juízes porque apontam um início de prova de possível desídia por parte de alguns pais e mães que não procuram se inteirar concretamente da situação de seus filhos. A ausência acarreta em prejuízos efetivos para o desenvolvimento escolar e do trabalho adequado por parte da escola.

Ocorrendo um caso de bullying, tanto a responsabilidade dos pais como a da escola pode ser objeto de avaliação judicial e isso pode ter consequências jurídicas muito negativas para quem for eventualmente responsabilizado - inclusive, com repercussões na vara da infância e da juventude e no patrimônio dos envolvidos.

Portanto, nada de subestimar as reuniões de pais. Elas são importantes para o desenvolvimento e acompanhamento das crianças e adolescentes e facilitam o trabalho da escola. Caso estejam impossibilitados de comparecer por motivos de trabalho ou outras questões, é recomendável enviar algum representante de sua confiança em seu lugar. Assim como a escola tem o seu papel e responsabilidades, os pais também os tem. Estando em dia com as suas obrigações, os pais evitam problemas futuros e a criação de eventual prova contra si mesmo de omissão em uma discussão judicial que possa envolver seu filho no colégio.




Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ. É também autor do livro “Bullying: o que você precisa saber”.

Sobre o livro: Ao longo de mais de 10 anos atuando na defesa da infância e da juventude, o promotor de justiça Lélio Braga Calhau, que é graduado em Psicologia e Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UGF-RJ, se deparou com inúmeros casos de bullying. A vivência o inspirou a se aprofundar no assunto e o resultado é o livro “Bullying: o que você precisa saber”, que acaba de ser lançado pela editora Rodapé. Trata-se uma obra simples, direta e objetiva, sugerindo medidas para identificar, prevenir e combater o problema. Segundo o autor, bullying é o ato de “desprezar, denegrir, violentar, agredir, destruir a estrutura psíquica de outra pessoa sem motivação alguma e de forma repetida”. E, cabe destacar que não se tratam de pequenas brincadeiras próprias da infância, as chamadas “microviolências”, mas sim de casos de violência física e/ou moral, muitas vezes velada.


50% das pessoas já trocaram de emprego por causa do chefe, segundo pesquisa Catho


Falta de liderança é a característica do líder que mais incomoda o colaborador

Ser realizado profissionalmente implica uma série de fatores. Uma delas é o bom relacionamento dentro do local do trabalho. E nesse ponto, a relação com o chefe costuma ser um ponto importante pela permanência ou não no emprego. Foi o que apontou pesquisa realizada pela Catho com mais de 480 respondentes. 

Segundo os entrevistados, 50% deles já deixou o emprego por causa, do chefe.

Ainda segundo a pesquisa, a característica que mais irrita os funcionários é a falta de liderança do gestor, com 50%, seguido por uma falha de caráter, que é obter os créditos para ele e destinar as críticas somente aos subordinados (43%), e em terceiro lugar, ser grosseiro/estressado (41%).


Quais características do seu chefe mais incomodam você?

Não tem liderança
50%
Os créditos são apenas para eles e as críticas para os subordinados
43%
Grosseiro/Estressado
41%
Egocêntrico
38%
Ultrapassado/Não tem conteúdo suficiente
37%
Centralizador
36%
Favorece os parceiros em detrimento de outros
36%
Autoritário
32%
Inflexível
31%
Inseguro
30%
Tem medo que os subordinados tomem o seu lugar
28%

"Cada vez mais as empresas estão buscando espíritos de liderança para poder desenvolver e motivar o colaborador. Quem não acompanhar essa transição, cada vez mais terá dificuldade para permanecer no mercado de trabalho", afirma a supervisora de Assessoria de Carreira da Catho, Luana Marley.

Por outro lado, tem o ideal de chefe. Aquele que é desejado por 10 entre 10 pessoas. E para chegar a essa unanimidade, segundo os entrevistados, um líder deve ter confiança e desenvolver seus liderados (75%), seguido por aplicar feedback constantemente e de forma construtiva (64%%) e ter espírito de líder (54%).

Quais as características de um chefe ideal?

Confia e desenvolve seus liderados
75%
Aplicar feedback constantemente, de forma construtiva
64%
Espírito de líder
54%
Inspirador
49%
Tomador de decisões
36%
Protetor
12%

"O líder deve ser capaz de sempre buscar o melhor para equipe, incluindo ele mesmo, pois todos estão em busca de um mesmo propósito, que é desenvolver o melhor trabalho. Quanto mais o chefe se aproximar de seus colaboradores mais a sintonia entre eles será maior", complementa Marley.
 

Posts mais acessados