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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Hipertensão arterial atinge um em cada quatro brasileiros, mas apenas metade sabe que tem a doença


Chamada de “assassina silenciosa”, a doença não tem cura e pode causar infarto, perda renal e derrame


A hipertensão arterial atinge 25,7% da população brasileira, segundo dados de pesquisa do Ministério da Saúde realizada em todas as capitais do país em 2017. Desse grupo de milhões de pessoas, só a metade sabe que tem a doença. E dos que têm ciência de seu quadro, apenas cerca de 50% efetivamente se tratam. Para chamar a atenção para a importância do diagnóstico e do tratamento da doença, foi criado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial (26 de abril).

“A hipertensão é chamada de ‘assassina silenciosa’ porque, na maioria dos casos, não apresenta sintomas. E muita gente começa o tratamento, acha que é como uma gripe e, após um período, o abandona, o que é um erro grave. A questão é que a hipertensão arterial não tem cura. Ela pode ser controlada e, para isso, é necessário seguir o tratamento indicado por um médico”, destaca Andréa Brandão, cardiologista do Hospital Pró-Cardíaco.

Habitualmente associada a danos no coração, a hipertensão pode impactar duramente outros órgãos, como rins, cérebro e vasos sanguíneos. “No coração, pode causar um infarto ou insuficiência cardíaca. Mas também pode levar à perda da função dos rins ou a um acidente vascular cerebral (também conhecido como derrame ou AVC). Pode ainda alterar a visão, se atingir os vasos da retina, por exemplo”, ressalta a médica.

Há fatores genéticos e ambientais que levam à hipertensão arterial. Pessoas com familiares hipertensos têm maiores chances. Da mesma forma, quem está acima do peso, consome sal ou álcool em excesso, vive de maneira sedentária ou está submetido a estresse constante tem mais chances de desenvolver a doença.

“Praticar atividade física e manter uma dieta saudável são as duas principais orientações para evitar a doença. Esses hábitos melhoram a pressão arterial e diminuem o colesterol e o peso. E todos, já a partir dos três anos de idade, devem ter sua pressão medida ao menos uma vez por ano”, aconselha a especialista.


Como diminuir os fatores de risco:

  • Praticar atividades físicas pelo menos 30 minutos por dia. O ideal é que seja de maneira contínua, mas pode ser dividida em turnos: um período pela manhã e outro à noite;
  • Manter uma alimentação rica em fibras e carnes brancas e pobre em gorduras;
  • Realizar atividades que aliviem o estresse;
  • Evitar o consumo de álcool.


IA: App de bate-papo Simsimi é suspenso no Brasil


Especialista alerta para os potenciais riscos a crianças e adolescentes no uso indiscriminado da tecnologia


O aplicativo de bate-papo online sul-coreano Simsimi, que possui mais de 50 milhões de downloads e foi criado em 2002, foi suspenso no Brasil na última semana. Segundo blog corporativo da empresa, o app passou a "aprender" e dar respostas impróprias a seus usuários, como ameaças de sequestros e assassinatos. O programa, apontado como perigoso foi removido das lojas oficiais de aplicativos do Google e Apple.

Com um visual que atrai crianças e jovens e uso de Inteligência Artificial (IA), a aplicação teve um impacto social bastante negativo no Brasil, explica o comunicado oficial da empresa desenvolvedora. Segundo a advogada, especialista em Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e professora do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), Roberta Densa, a IA pode ajudar a trazer soluções rápidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas, mas ainda oferece, também, muitos riscos, principalmente em relação a crianças e adolescentes. "Ao que tudo indica essa inteligência artificial aprendeu palavras de baixo calão e passou a oferecer respostas maliciosas, de ameaças, como assassinato ou sequestros de crianças ou suas famílias", destaca Roberta Densa.

"Além do constante monitoramento dos familiares aos conteúdos acessados, o implemento da tecnologia exige maior controle e reflexão sobre segurança e filtros na governança dos dados, com os seus impactos sob a perspectiva de valores éticos", ressalta a advogada.


Avanço da tecnologia demanda reflexão no modelo de aprendizagem


No próximo sábado, 28 de abril, é celebrado o Dia da Educação, data criada para conscientização da importância da educação. E também de seus grandes desafios. 

O mundo tem mudado mais rápido que a escola, que muitas vezes ainda adota um modelo de educação de décadas atrás, com conteúdo e estímulo que não agradam a nova geração, de jovens proativos, conectados e curiosos. 

Para Rafael Bonequini, diretor da ZOOM education for life, empresa que desenvolve e implementa soluções de aprendizagem baseadas na cultura Maker, "o conhecimento é horizontal, em que o professor é um mediador, e não o detentor do conhecimento". 

Pesquisa encomendada pela NASA, para seleção de cientistas e engenheiros com potencial criativo, acabou evidenciando o declínio da criatividade ao longo da vida. A primeira fase da pesquisa foi feita com um grupo de 1600 crianças entre 4 e 5 anos, revelando que 98% delas apresentaram alta criatividade. O segundo grupo foi de crianças de 10 anos, que apresentaram um percentual de apenas 30%. O mesmo teste foi aplicado a um universo de adultos e somente 2% se mostraram altamente criativos. Os responsáveis pela pesquisa concluíram que muitos dos limitadores mentais que acumulamos ao longo da vida vêm da fase escolar, em que as crianças entram com "pontos de interrogação" e saem como "frases feitas". 

Não poderia ser diferente. A grande parte das atividades da escola são baseadas em "instrucionismo". Por outro lado, há também muitas instituições de ensino que há tempos adotaram uma mudança de mindset e buscado projetos inovadores para as crianças desenvolverem e compreenderem o seu potencial criativo. 

"O vestibular ainda é o grande driver da maioria das escolas. Afinal, é por meio da aprovação de seus alunos nas universidades que elas se ranqueiam. Essa é uma das barreiras que ainda dificultam a transformação da educação brasileira, já que as escolas ainda são presas a currículos e conteúdos programáticos", completa Rafael. 

Dentro desse contexto, o Dia da Educação é uma data que também pode servir para que a sociedade reflita sobre como a escola pode estimular a criatividade da criança, com autonomia para ter o seu próprio projeto de felicidade, muito além do exercício de uma profissão.


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