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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Educação para cooperação: o combate à violência começa com as crianças

Diretor pedagógico e historiador na Escola Vereda, Mateus Lopes explica como uma base educacional forte pode reduzir os casos de violência no país


Nos últimos dois anos, dominaram os jornais manchetes sobre violências e guerras ao redor do mundo. Em 2022, deu-se início à Guerra da Ucrânia, país que foi invadido pela Rússia e ainda luta pela manutenção de seus territórios. Um ano depois, no final de 2023, um ataque vindo do Hamas rompeu um bloqueio anteriormente estabelecido pelo Estado de Israel, o que gerou novos capítulos ao conflito que já dura mais de 70 anos. 

Estes conflitos acarretam muitas perdas para todos os envolvidos e as consequências da falta de paz são devastadoras. Em setembro do ano passado, António Guterres, secretário-geral da ONU, disse em entrevista que “a paz não é apenas uma visão nobre para a humanidade. A paz é um apelo à ação. Ação para utilizar as ferramentas atemporais da diplomacia, do diálogo e da colaboração para acalmar tensões e pôr fim aos conflitos”. 

De acordo com Mateus Lopes, diretor pedagógico e historiador da Escola Vereda, as instituições de ensino têm papel fundamental na construção de uma educação voltada para a paz. Para isso, é necessário focar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, que são um conjunto de competências para o controle das emoções em contextos que exijam uma maior resiliência ou mesmo no dia a dia. “Esse processo tem sido negligenciado ao longo dos anos e, por isso, estamos vivendo em tempo de pouca comunicação. Com isso, assim como em outras épocas, assistimos à evolução tecnológica junto com a involução do diálogo saudável”, explica o diretor. 

Desta forma, é possível notar que quando se fala da formação de estudantes, o ideal é vislumbrar um cenário no longo prazo, tendo sempre em perspectiva que as experiências vividas nesse período terão impacto ao longo de toda a vida do indivíduo.  

O professor destaca ainda que a lei sancionada em desse ano, de Nº 14.811, que obriga as escolas a oferecerem formação constante para o combate à violência, é muito importante para reconstruir a forma de se educar que comumente vemos. “Investir em um processo formativo socioemocional garante que o aluno será proativo e independente, tanto na trajetória de seus estudos, quanto em sua vida adulta. Geralmente educamos na perspectiva do ‘eu contra eles’, mas a educação precisa ter o tom da cooperação, de entendimento, educando-os para a prosperidade. Assim, caminharemos para o fim dos conflitos e para formação de uma sociedade coesa”, finaliza Mateus.  


Capa: stockking via Freepik


Escola Vereda
www.escolavereda.com.br

 

IA realista: como a AIOps pode ampliar a competitividade das operadoras e potencializar as arquiteturas de rede?


Hoje, muita gente tem a sensação de que a Inteligência Artificial (IA) está em tudo. E ela está mesmo! É inegável que a IA vem causando uma revolução por ser uma tecnologia que amplia o alcance da automação e dá suporte para toda a cadeia econômica ao acelerar atividades que antes levavam muito tempo para serem feitas por pessoas. Estamos no caminho da evolução para uma sociedade mais inclusiva e eficiente, impulsionada pela digitalização. Esse movimento não tem volta.

A demonstração mais concreta de sua aplicabilidade na vida das pessoas está relacionada à jornada do consumidor e foi profundamente debatida no início do ano durante o MWC Barcelona 2024, evento internacional de tendências globais de inovação e conectividade: o uso da IA no atendimento a clientes, na interatividade do e-commerce e no desenvolvimento de produtos e serviços personalizados que atendam às necessidades das pessoas.

Sem querer entrar na seara política, por ser árida e não compatível com o tema aqui apresentado, preocupam as restrições em debate sobre um provável Marco Regulatório, que podem fazer sentido nesta vertente de interação com o consumidor (e o eleitor), podendo ser, entretanto, altamente prejudicial para a adoção extensiva da IA como ferramenta de eficiência e competitividade operacional para os negócios e para a economia brasileira.


AIOps (Inteligência Artificial para Operações de Tecnologia)


Cada vez mais imersos em um mundo de dados e informações, as operações de sistemas complexos, de uma indústria a um porto, de uma rede de telecomunicações a uma petroquímica, ganham um salto quântico ao adotarem ferramentas baseadas em IA, com uma enorme capacidade de processamento e contextualização deste universo de dados coletados e disponibilizados para a análise e tomada de decisão para a automação do trabalho operacional, considerando modelos preditivos e preventivos.

Dado o seu impacto econômico-financeiro sobre operações de alta complexidade, como as redes de telecomunicações, a AIOps (Inteligência Artificial para Operações de Tecnologia) foi tema amplamente debatido e divulgado nos estandes e painéis de gigantes de tecnologia, como a Nokia e Huawei, no MWC Barcelona 2024, mas sem tanto destaque na mídia tradicional por ser mais relacionada às áreas técnicas. A AIOps além potencializar diretamente a produtividade e o retorno sobre o investimento das operadoras, permite oferecer soluções de atendimento a clientes específicos com arquiteturas de redes inovadoras, dedicadas e monitoradas com altíssima segurança.

Trata-se de uma revolução tecnológica, de forte impacto sobre os processos e na quebra de paradigmas de atendimento às demandas de mercado, permitindo a oferta de novos serviços de inteligência incorporada, robustez e flexibilidade. E, não se trata de ficção científica ou de uso exclusivo para empresas com gigantescos investimentos em tecnologia.

Tomemos um caso de uma startup brasileira, a “loopt”, cuja solução de inteligência artificial já se encontra presente em diversos portos brasileiros, como no caso da Movecta/Localfrio em Santos. Trata-se de uma solução que permite aos terminais portuários e retroportuários automatizarem o posicionamento de contêineres com visibilidade sobre o tempo de estadia futuro para reduzir movimentações improdutivas, visando aumentar a eficiência da organização do pátio e reduzir em mais de 30% as movimentações improdutivas e os custos da operação.

Voltando ao uso de IA em telecomunicações, os algoritmos que habilitam o uso multiespectral nas antenas MIMO nos padrões hoje definidos como 5.5G são formas iniciais de IA. Em futuro muito próximo, as operadoras poderão identificar padrões nos dados e nos comportamentos estratificados dos clientes, permitindo identificar e prever anomalias na rede, para que possam atuar de forma proativa antes que os clientes venham a ser impactados negativamente. Isso se traduz em satisfação na jornada do cliente, eficiência operacional, manutenção reduzida e inovação no planejamento de soluções de rede.

Por seu potencial de impacto na governança de engenharia das empresas, a formação de profissionais deverá ter na AIOps uma grande aliada, para que algoritmos mais abrangentes em termos de redes físicas, espectro, dispositivos conectados possam ser desenvolvidos, treinados e testados.

Por toda ampla gama de aplicações, a IA tende a se desenvolver cada vez mais como disciplina na educação em tecnologia e nas especializações em Engenharia. Um instrumento tão eficaz e poderoso, que impõe a necessidade por profissionais preparados para operá-la em suas diversas dimensões, como um assistente copiloto de alta relevância. Problemas repetitivos ou de solução a partir do tratamento de grandes volumes de dados tornam a IA insubstituível, porém em questões quem demandem um raciocínio mais criativo ou mesmo crítico, envolvendo qualificações morais e sentimentais, a estratégia de resolução de problemas será uma só: a ação humana, tendo a IA como ferramenta de trabalho. Uma “mega calculadora” de opções e probabilidades, capaz de executar ações ultrarrápidas de interação em suas redes neurais artificiais, porém sob a tutela humana especializada.

Por fim, há outro aspecto fundamental a ser considerado no processo de adoção de sistemas baseados em IA: o crescimento exponencial de componentes, semicondutores e servidores, cuja estrutura, além de consumir energia e estruturas de conectividade, irão demandar serviços de manutenção e de missão crítica ampliada por forças das dependências que se criarão.

A opção pelo uso da IA na prática deve ponderar fatores ambientais e energéticos, uma vez que as diretrizes de ESG são cada vez mais exigentes e presentes na realidade das companhias que querem ter certificação internacional. O gasto energético elevado tem um fator que precisa ser ponderado: o consumo de energia pode ser 10 vezes maior que uma busca convencional, de acordo com cálculos do blog internacional especializado em tecnologia SemiAnalysis: em apenas um treinamento do ChatGPT, que opera em 10 mil placas de vídeo NVIDIA, o uso de energia chegou a 1.287 MW/hora, suficiente para alimentar 121 casas por um ano.

Uma visão mais realista da IA é fundamental para que a trilha para o futuro seja rápida, eficiente, mas também segura para todos. Lembre-se: a Inteligência Artificial é seu copiloto. Nessa jornada, o piloto continua sendo você.

 

Hermano Pinto - Diretor do Portfólio de Tecnologia e Infraestrutura da Informa Markets, responsável pelo Futurecom, maior evento de tecnologia, telecomunicações e transformação digital da América Latina.


Tendências e desafios moldam o mercado editorial

Apesar da digitalização ter mudado a dinâmica das publicações, o livro físico ainda mantém sua relevância


O mercado editorial, um universo dinâmico onde histórias ganham vida, passa por uma série de tendências e desafios que redefinem constantemente suas estratégias. “Cada vez mais autores estão buscando diferenciar-se no mercado, utilizando seus livros como uma ferramenta para aumentar sua autoridade e alcance”, explica Carol Diaz, publisher das celebridades e CEO da DISRUPtalks.

 

Embora a digitalização tenha transformado essa indústria, a publisher destaca que o livro físico ainda mantém sua relevância. “O eBook tem seu espaço, especialmente entre os leitores mais jovens, mas o formato físico continua sendo popular entre o nosso público-alvo”.

 

Diante do surgimento de novos modelos de negócios, as editoras tradicionais enfrentam o desafio de se adaptar rapidamente a um mercado em constante mudança. “Enquanto grandes editoras são como transatlânticos, exigindo tempo para mudar de curso, algumas empresas menores adotam uma abordagem mais ágil, mantendo-se enxutas e constantemente se atualizando para atender às demandas do mercado”, pontua Carol.

 

Além disso, o papel das redes sociais é essencial na promoção e comercialização de livros, permitindo que as editoras se conectem diretamente com seu público. Promoções, lançamentos e até mesmo sugestões de novas obras são compartilhadas, alimentando o engajamento dos clientes.

 

De acordo com Carol, as perspectivas para o futuro do mercado editorial são boas. “As pessoas gostam do contato com o produto, por isso, acredito que o futuro será marcado por uma integração contínua entre o formato físico e digital, com tecnologias emergentes, como QR Codes e realidade aumentada, aprimorando a experiência do leitor”. 

 

No segmento de biografias, uma das especialidades da publisher, a busca por histórias únicas e desconhecidas ganha destaque. “Em um tempo onde muitos expõem suas vidas nas redes sociais, encontrar narrativas que ofereçam um diferencial é essencial para atrair e engajar o público leitor”.

 

Estamos sempre em busca de grandes histórias, aquelas que nos fazem prender a respiração. Por isso, estamos abertos a pessoas que queiram nos contar suas vidas, seus obstáculos e mais do que isso, queira que tudo seja contado através de um livro”, conclui Carol. 

 



Carol Diaz - Publisher dos Famosos e CEO do DISRUPTalks
Instagram: @publishercarol | @disruptalks


Caso Joca: empresa especializada em transporte de animais lança campanha de conscientização


Após acidente com cachorro, a PETFriendly Turismo anunciou movimento para flexibilização de regras

 

A recente morte de um cachorro durante o transporte aéreo, devido a um erro no destino, tem gerado uma onda de preocupação em relação à segurança e bem-estar dos animais de estimação durante as viagens de avião.

O trágico incidente envolveu um golden retriever chamado Joca, de quatro anos de idade, cujo transporte foi comprometido por um equívoco logístico que resultou em horas a mais de voo do que o previsto inicialmente.

O veterinário do Joca havia fornecido um atestado indicando que o animal suportaria até duas horas e meia de voo. No entanto, devido a um erro no destino, Joca acabou passando oito horas dentro do avião.

O pet deveria ter sido transportado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop (MT), mas acabou sendo embarcado para Fortaleza (CE) devido a um equívoco da companhia aérea.

Em resposta a essa tragédia e como parte de seu compromisso com o bem-estar dos animais de estimação, a PetFriendly Turismo, empresa que planeja e organiza viagens por todo o mundo priorizando o conforto, bem estar e saúde do pet lançou a campanha "FAMÍLIA MULTIESPÉCIE EXISTE SIM E MERECE RESPEITO - JUSTIÇA PELO JOCA".

‘’Acreditamos que há uma logística viável que permitiria aos animais viajarem ao lado de seus tutores durante o voo’’, comenta Juliana Stephani, CEO da PETFriendly Turismo.

A campanha visa sensibilizar as companhias aéreas e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre a importância de garantir condições seguras e confortáveis para os pets durante viagens aéreas.

Entre as demandas da campanha estão a flexibilização das regras para permitir que os animais de estimação possam viajar na cabine junto aos seus tutores, além de um apelo à ANAC para que leve a sério o pedido de regulamentação que garanta a segurança e o bem-estar dos pets durante o transporte aéreo.


PETFriendy Turismo


RH: descubra as quatro mentiras mais comuns nos currículos

Toda mentira tem perna curta. E pior, quando descobertas em um processo seletivo, os danos à imagem e reputação dos profissionais podem ser devastadores. Em dados recentes divulgados pelo Job Applicant Behavior Survey, foi identificado um aumento preocupante na quantidade de talentos que mentem em seus currículos, demonstrando um comportamento preocupante que apenas trará malefícios para a inserção e crescimento dos candidatos em suas carreiras.

Segundo as informações colhidas pela pesquisa, 70% dos trabalhadores confessaram que já chegaram a adicionar esses dados falsos em seus documentos, junto com 37% que admitem mentir frequentemente ao se aplicarem para uma vaga. Muitos acreditam fortemente que não serão descobertos, principalmente, em “pequenas mudanças” ajustadas – mas, independente da magnitude, qualquer inverdade passada verbalmente ou por escrito nos currículos nunca será bem-vinda, e certamente irá afetar sua aprovação e continuidade no processo seletivo.

Existem muitas técnicas que podem ajudar as empresas a identificarem essas mentiras e evitar uma contratação prejudicial às produções corporativas. Porém, antes disso, é importante conhecer as mais comuns que estão sendo percebidas, para que consigam incorporar esses métodos durante o recrutamento. Veja as principais:

#1 Línguas: tido como um pré-requisito para muitas vagas – especialmente, em empresas multinacionais e de grande porte – a falta da fluência em uma língua estrangeira, com predominância do inglês, faz com que muitos profissionais mintam sobre esse nível no currículo. No entanto, isso é algo que pode ser facilmente descoberto no momento da entrevista em uma conversação prática.

#2 Responsabilidades anteriores: as funções exercidas em posições anteriores também são algumas das mais mascaradas em um currículo, seja em termos de equipe, estrutura ou responsabilidades desempenhadas. Isso costuma ser visto também nos nomes dos cargos, normalmente com uma descrição “superior” do que era realmente ocupado.

#3 Tempo desempregado: o gap entre um emprego e outro costuma ser um item modificado por muitos profissionais em seus currículos, na tentativa de ocultar um espaço considerável de tempo desempregado. Alguns costumam estender o tempo que permaneceram na empresa, ou preencher essa lacuna com outras experiências inexistentes – ambos, também possíveis de serem descobertos rapidamente.

#4 Transição de carreira: o que motivou determinado profissional a encerrar seu contrato em uma empresa também está dentro das mentiras mais comuns vistas em um currículo. Isso porque muitos afirmam ter sido uma decisão própria quando, na verdade, foram desligados da contratante, e decidem ocultar essa verdade por receio do impacto em uma nova oportunidade.

Descobrir essas ou qualquer outra mentira pode parecer um desafio complexo, mas é algo completamente possível de ser identificado ao longo do recrutamento através de algumas técnicas e pontos de atenção a serem tomados.

Nesse sentido, a checagem de referências é a principal forma de atingir este objetivo, entrando em contato com os outros empregadores e antigas lideranças diretas com os quais este candidato trabalhou anteriormente, a fim de coletar diferentes perspecções de gaps de carreira, principais conquistas e pontos a desenvolver.

É importante sempre comparar o que foi informado previamente neste documento com as informações que forem compartilhadas pessoalmente na entrevista. Por fim, existem certas ferramentas de testagem comportamentais que ajudam a ler se o perfil demonstrado na entrevista está, de fato, coerente em termos de atuação no seu dia a dia.

Em todas essas ações, contar com o apoio de uma consultoria de recrutamento pode elevar ainda mais a assertividade na contratação, visto que terão experiência no ramo para conduzir o recrutamento e identificar o perfil mais adequado para a vaga disponível.

Independentemente de sua magnitude, a tolerância para uma mentira não deve ser flexível em nenhuma empresa. Seja ela leve ou grave, a percepção e compromisso ético do profissional que cometer essa ação, certamente, serão fortemente prejudicados, considerando o risco deste comportamento se repetir quando contratado.

Então, ao iniciar qualquer processo seletivo, é extremamente importante adotar essas medidas como cautela perante possíveis mentiras. Assim, as empresas conseguirão evitar perdas de tempo e dinheiro que uma contratação errada pode causar. 



Jordano Rischter - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.


Wide
https://wide.works/

 

Sete vantagens da terceirização contábil

A terceirização ainda não é uma prática fortemente aderida pelo mercado brasileiro. Contudo, muitas vantagens podem ser adquiridas pelas empresas que investem nessa ação, principalmente, quando direcionada a seus serviços contábeis, trazendo uma maior segurança na saúde financeira corporativa e permitindo que os times direcionem esforços em planos mais estratégicos para alavancar a marca em seu segmento.

Ao invés de centralizar essa responsabilidade internamente, a terceirização propõe o repasse da execução das obrigações fiscais e contábeis da empresa a um terceiro, de forma que este assuma o compromisso das entregas obrigatórias dentro do que é exigido legalmente.

Segundo um levantamento feito pela Grand View Research, em 2020, essa prática chegou a levantar um volume de negócios aproximado de US$ 232,32 bilhões, com expectativa de que registre uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 8,5% até 2028. Porém, pouco ainda é compreendido sobre esses benefícios no Brasil, o que ressalta a importância de as empresas nacionais explorarem as oportunidades que podem conquistar através dessa prática.

Pensando nisso, confira sete vantagens principais que a terceirização contábil pode trazer para os empreendimentos:


#1 Ter o apoio de um time multidisciplinar: internalizar uma equipe direcionada a essa responsabilidade custa caro – não apenas financeiramente, mas também em capacitação e treinamento acerca da amplitude de conhecimentos necessária para este cumprimento. Porém, na terceirização, as empresas contarão com o apoio de profissionais qualificados e multidisciplinares para executar estes trabalhos de forma integrada em seu ERP, com a especialização legal e tecnológica necessárias para cumprir com essas obrigações.


#2 Acompanhamento da legislação: as constantes atualizações da nossa legislação fazem com que insegurança jurídica no Brasil ainda seja alta, o que também dificulta a prosperidade dos nossos empreendimentos. Todas as empresas precisam realizar um double check internamente para assegurar sua adequação legal diante deste alto volume de mudanças diárias, o que será facilitado através da terceirização, com o apoio de times capacitados que consigam se adequar frente as mudanças frequentes das obrigações acessórias.


#3 Investimento elevado em softwares de apoio: empresas terceirizadas e especializadas em serviços contábeis investem fortemente em soluções robustas capazes de puxar estas atualizações da nossa legislação e cruzá-las com as informações corporativas, apontando erros a serem corrigidos e provendo uma execução segura dos trabalhos contábeis e fiscais. Essa ampla aplicabilidade permitirá que os negócios invistam em outras estratégias importantes para seu crescimento.


#4 Foco no core business: ao delegar as atividades-meio a outros profissionais terceirizados, a equipe pode focar no core business do negócio e em atividades mais estratégicas para a conquista de resultados crescentes. Além, é claro, de evitar uma sobrecarga interna em responsabilidades complexas e que possam não ser da expertise das equipes.


#5 Redução de custos: investir na terceirização não deve ser visto como um gasto, mas sim como uma oportunidade de otimização e, ainda, de redução de custos com pessoal, máquinas, equipamentos e locais. Afinal, além de não precisarem contratar profissionais especializados nesse sérvio para compor sua equipe, não precisão gastar com treinamentos e itens que os habilitem para a execução de tais atividades. Assim, estas quantias podem ser direcionadas para outras finalidades internas.


#6 Investimento contínuo em capacitação profissional: fora as atualizações legislatórias, mudanças nos layouts da Receita Federal também são comuns de ocorrerem e, sem profissionais capacitados para isso, se torna muito mais difícil com que as empresas acompanhem essas novidades e se adequem. As empresas terceirizadas irão investir continuamente no treinamento de seus times para esses cenários, compondo uma equipe com visões diferentes que consiga assegurar a conformidade do empreendimento e evitar problemas nas entregas acessórias.


#7 Responsabilidade técnica: lidar com obrigações contábeis e fiscais é uma tremenda responsabilidade e, para trazer máxima segurança nesse aspecto, as terceirizadoras possuem responsabilidade técnica assegurada por auditorias periódicas de seus serviços. O prestador direcionado irá atuar com foco em qualidade e proteção nas informações direcionadas, com disponibilidade contínua no cumprimento do que for necessário.

A contabilidade empresarial é uma área demasiadamente ampla, a qual precisa de um time com especializações diferentes em prol de sua conformidade. Mas, ao invés de centralizar essas responsabilidades internamente e investir altas quantias na contratação e treinamento de profissionais aptos para tal, as terceirizadoras assumirão essa tarefa com máxima segurança e eficiência, permitindo que os empreendimentos direcionem seus esforços para outras atividades essenciais para seu destaque.

Existem prestadores de serviços prontos no mercado para atender as demandas de cada empresa conforme sua complexidade, tamanho e segmento de atuação. Então, basta escolher aquela que transmita a maior transparência possível em seus serviços, para que não haja mais preocupação no cumprimento dessas obrigações. 


Taís Baruchi e Júlio Baruchi - sócios na ECOVIS® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Seis estratégias para potencializar as vendas na indústria metalmecânica

Entre os setores que participam ativamente da economia brasileira, está a indústria metalmecânica. Só em 2021, como exemplo, ela correspondeu a quase 12% do PIB nacional. No entanto, vale destacar que o segmento, mesmo desempenhando um papel essencial no desenvolvimento econômico do país, ainda assim, enfrenta desafios únicos que exigem soluções eficazes para impulsionar as vendas, aumentar o faturamento e garantir uma posição competitiva sólida no mercado.

A indústria metalmecânica oferece um suporte valioso para outras atividades econômicas. Isso porque ela impulsiona o desenvolvimento e adoção de recursos tecnológicos avançados como máquinas e equipamentos, auxiliando para um melhor crescimento e competitividade.

Contudo, o gerenciamento de todas essas abordagens é algo complexo, tendo em vista a magnitude de funções e responsabilidades que acometem o segmento. Quanto a isso, para melhorar a complexidade dos processos, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem sistemática e estratégica. Confira algumas dicas para ajudar nessa missão:

#1 Identifique e documente todos os processos existentes na empresa: realizar esse processo, desde na aquisição de matéria-prima até na entrega do produto, ajudará a ter uma compreensão clara de como as operações são realizadas e onde estão as áreas de melhoria.

#2 Analise os processos: mapear as operações ajuda a identificar gargalos, redundâncias, desperdícios e áreas de ineficiência. Essa ação pode envolver a realização de auditorias internas, entrevistas com funcionários e análise de dados operacionais.

#3 Trabalhe na padronização dos processos: uma vez identificados os pontos de melhoria, é importante padronizar aquilo que for possível. Para isso, pode ser eficiente incluir a definição de procedimentos operacionais padrão (POPs), a implementação de fluxos de trabalho claros e a definição de responsabilidades.

#4 Invista na automatização: usar a tecnologia a favor da gestão, sem dúvidas, é uma ação estratégia. Essa abordagem pode incluir desde a implementação de sistemas ERP para integrar e automatizar fluxos de trabalho, o uso de software de gestão de produção para otimizar a programação e o controle da produção, até a adoção de sistemas de monitoramento em tempo real para acompanhar o desempenho operacional.

#5 Invista na capacitação da equipe: essa medida é fundamental para garantir que todos compreendam os novos processos e ferramentas implementadas, bem como promover a colaboração entre diferentes departamentos da empresa. Para atingir esse objetivo, a organização pode realizar treinamentos internos, workshops e programas de desenvolvimento profissional.

#6 Estabeleça um ciclo de melhoria contínua e KPIs: avaliar regularmente os processos ajuda para uma rápida identificação daquilo que precisa ser aprimorado. Além disso, esse ciclo auxilia no estabelecimento de KPIs através do monitoramento e identificação de tendências, que ajudam para tomadas de decisões assertivas.

Vale enfatizar que o planejamento e controle da produção na indústria metalmecânica são desafiadores devido à natureza dos produtos, variações na demanda e complexidade dos processos de fabricação. Além disso, a gestão comercial e de vendas também pode se tornar complexa, devido à necessidade de lidar com cotações de preços, acompanhamento de pedidos e gerenciamento de relacionamento com clientes de forma eficiente, bem como a integração dos desenhos de produtos mais complexos que deve seguir toda cadeia produtiva da empresa.

No entanto, esses obstáculos podem ser superados a partir da implementação de um ERP. Afinal, o software tem a capacidade de impulsionar tanto as vendas quanto o faturamento, auxiliando na adoção de estratégias focadas na diversificação de produtos, marketing eficaz e eficiência operacional, ajudando as empresas alcançarem um crescimento sustentável e uma vantagem competitiva no mercado.

Além disso, a ferramenta também é eficaz para promover a implementação de estratégias efetivas, contribuindo para o fortalecimento e aprimoramento da gestão comercial, vendas, financeira e contábil, garantindo a melhoria e eficiência operacional.

A indústria metalmecânica possui um amplo caminho de oportunidades e expansão. Mas, seu sucesso dependerá do quão preparadas e estruturadas as organizações estarão para acompanhar seu ritmo de crescimento. Deste modo, investir na estruturação e adoção de práticas que impulsionem sua melhoria contínua com o apoio da tecnologia, é o primeiro passo para este futuro de sucesso.

 


Felipe Flórido - Head de Vendas e especialista na indústria MetalMecânica no Grupo INOVAGE

Grupo INOVAGE

 

Martelo batido para a retomada dos leilões. E agora, quais os próximos passos?

Mais de 3.200 veículos serão vendidos a partir de julho. Entenda como funcionam as licitações e prepare-se

 

“Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três!” Quem gosta de leilões ou tem interesse em adquirir um carro com valor abaixo da tabela certamente está ansioso para ouvir essa frase. A boa notícia é que os leilões de veículos voltam a acontecer no estado de São Paulo a partir de julho, em oito cidades: Botucatu, Bragança Paulista, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Itapecerica da Serra, Itatiba e Juquitiba. A expectativa é que mais de 3,2 mil veículos sejam comercializados nesses eventos.

 

Com acordos firmados em 20 de março, os lotes aptos seguem na fase de preparação dos veículos – quando se verifica se há registro de restrição judicial ou policial, gravames financeiros ou débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito. Nesse momento, também são definidos quais veículos estão conservados, em condições para trafegar em segurança, e quais serão vendidos como sucata, além de um lance mínimo para cada item.

 

Antes de sugerir um preço e se candidatar a um veículo, é importante estar bem informado. O edital do leilão é a regra do jogo, e também seu catálogo de vendas. No documento, além dos dados administrativos, constam informações como marca, modelo, ano de fabricação, número de motor e cor predominante dos bens ofertados, valor inicial dos lotes e forma de pagamento, assim como local, data e horário em que os veículos poderão ser examinados e retirados depois de batido o martelo.

 

O aviso sobre o evento, com endereço, dia e hora de realização, tipos de veículos ofertados, se destinados à circulação ou à venda como sucata, é publicado 15 (quinze) dias antes no Diário Oficial do Estado, em jornais da região onde ocorrerá a licitação e no site da entidade responsável pelo leilão. 

 

“As oito cidades que vão contar com leilões até julho são apenas as primeiras da nova fase de licitações do Detran-SP. Redefinimos as bases para atender o cidadão com maior segurança”, diz Ícaro Eustachio, diretor de Educação para o Trânsito e Fiscalização do Detran-SP.

 

 

Comissão Estadual de Leilão

 

Para assegurar transparência e padronização aos processos, no início de abril o Detran-SP criou a Comissão Estadual de Leilão, por meio da Portaria 2.235, para prestar uma espécie de consultoria ativa e consolidar um sistema íntegro e eficiente. A iniciativa é mais uma das medidas implementadas nos últimos meses para a retomada dos leilões em São Paulo, com base em boas práticas. Os leilões foram suspensos pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) em setembro de 2023.

 

Além do suporte técnico na operacionalização – como na preparação dos lotes, com o cadastro dos veículos no Sistema de Pátios e Leilões (SISPL), e no lançamento dos editais –, a comissão vai registrar e arquivar toda a documentação relativa aos procedimentos de leilões no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), publicar indicadores de desempenho, propor metas de aperfeiçoamento e compartilhar dados estatísticos de forma integrada ao painel oficial de dados do Detran-SP.

 

 

Retomada dos leilões 

 

Agora com regras claras para a realização, adequadas à resolução do Contran nº. 623/16 e em cumprimento ao Plano de Ação estabelecido em novembro, os leilões voltam definitivamente à agenda. Além dos já aprovados e contratados, outros processos aguardam análise pela Comissão de Justiça da Procuradoria Geral do Estado (CJ-PGE) e pela convalidação pela presidência do Detran-SP.

 

À medida que os pareceres forem emitidos, atestando a conformidade jurídica, os contratos serão assinados pelo Detran-SP e enviados para aceite dos leiloeiros. O Detran-SP continua a notificar cada leiloeiro com processos pendentes para a complementação de documentos que deveriam ter sido entregues entre novembro e dezembro de 2023.


NFCom: como um ERP pode ajudar na mudança?

A partir de 1º abril de 2025, as empresas de telecom obrigatoriamente terão que adotar o novo modelo de Nota Fiscal Fatura de Serviços de Comunicação Eletrônica – o NFCom. A mudança prevê a substituição das notas modelos 21 e 22, utilizadas, respectivamente, para comunicação e telecomunicação, para a 62, quando houver a realização de serviços como provimento de banda larga e telefonia fixa. E, tendo em vista que o prazo para a alteração irá acontecer em breve, é importante que, o quanto antes, as empresas busquem atualizar e adequar os seus sistemas.

A mudança da NFCom para o modelo 62 irá trazer diversas vantagens, principalmente, para a simplificação e automatização do processo de emissão das notas, que nos modelos anteriores precisavam ser feitas de forma manual. Dessa forma, mais do que facilitar a rotina das organizações, essa alteração também traz à tona necessidade de as empresas abandonarem práticas ineficientes de gestão.

Isso é, de forma geral, o mercado ainda não está totalmente preparado para as mudanças tecnológicas que, cada vez mais, irão acontecer com frequência. A alteração da NFCom é um importante exemplo da transformação digital, que visa unificar e automatizar funções que podem ser executadas com o apoio da tecnologia.

Além disso, o novo modelo prevê a aplicação de um layout mais amigável que irá auxiliar no processo de emissão fiscal, garantindo a maior transparência com o Fisco – algo extremamente benéfico para as organizações, considerando que o sistema tributário brasileiro está entre os mais complexos do mundo.

Contudo, é importante enfatizar que: de nada adianta incorporar mudanças positivas no sistema de emissão de notas, que é uma tarefa por si só complexa, sem que a empresa tenha um software aderente à tais alterações. Ou seja, já passou mais do que da hora das organizações investirem em ações que vão desde a aplicação de políticas de compliance, até a governança e gestão.

Toda mudança gera desconfortos, e a melhor forma de atravessar esse período de transição é fazendo o uso de uma boa ferramenta, como um ERP. Levando em conta que as empresas têm apenas um ano para se adequarem à nova NFCom, com o apoio de um software robusto, é possível garantir essa integração de forma ágil e eficiente, reduzindo o tempo de duração desse ciclo de transição.

Mais do que isso, fazer o uso de um ERP é fundamental para garantir maior eficiência nas operações, considerando que o sistema tem a capacidade de armazenamento de dados e registros, facilitando consultas e conformidade com o Fisco. Dessa forma, a organização passa a eliminar dores na execução dos processos, passando a exercer uma gestão 360° de toda a cadeia operacional.

Porém, é importante ter em mente que existem diversas opções no mercado de ferramentas que, apesar de prometerem entregar tais resultados, na verdade, não têm essa capacidade. Sendo assim, no ato da escolha do software, é importante ter cuidado e optar pela opção que melhor se adeque ao perfil da empresa, bem como tenha sua eficácia comprovada.

Nessa jornada, ter um apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem e com ampla experiência no setor de telecomunicações que, assim como outros, possui suas particularidades, é uma importante estratégia. Afinal, o time de consultores tem a habilidade de guiar nas etapas de escolha e estão constantemente antenados naquilo que é tendência no mundo que pode ser aplicado na empresa.

A mudança da NFCom, entre tantas outras alterações que, certamente, virão pela frente, fazem parte do momento da revolução tecnológica que estamos vivendo, e que não tem mais volta. Para as empresas sobreviverem nesse mercado, independente de porte ou segmento, é importante ter os sistemas alinhados e adequados, a fim de se preparem para o que vem pela frente.

Cada vez mais estamos comprovando a afirmação que Clive Humby fez, ainda, em 2006, quando disse: “Os dados são o novo petróleo”. Dessa forma, vemos constantemente a adesão de tecnologias como, por exemplo, a IA, que vem revolucionando a forma de executar os princípios de gestão, enfatizando a importância do investimento no backup e armazenamento de informações.

Podemos concluir que o modelo 62 da NFCom coloca na prática esse movimento de automatização e digitalização das operações para as empresas de telecom. Mas, para aplicar esse conceito, mais do que compreender sua importância, é importante estabelecer uma mudança interna. E o primeiro passo, sem dúvidas, é começar pelo sistema.



Renan Fellipe - executivo de contas da G2.

G2


Como atrair mais jovens para a construção civil?

A transformação digital alcançou e vem impactando cada vez mais empresas globalmente, o que, consequentemente, eleva o interesse dos profissionais mais jovens em ingressar em oportunidades que tragam essa digitalização em suas rotinas. Apesar deste ter sido um movimento de adaptação necessário no mercado, muitos setores, como a construção civil, ainda se mostram defasados neste tema, prejudicando não apenas a incorporação de recursos que tragam uma maior produtividade, como também gerando um envelhecimento de sua mão de obra preocupante perante um possível colapso do segmento.

Segundo os dados divulgados no último relatório do macrossetor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), a expectativa é que as empresas brasileiras invistam cerca de R$ 666,3 bilhões em transformação digital até 2026. A estratégia é uma resposta nítida ao surgimento constante de tecnologias robustas e modernas capazes de elevar o desempenho do mercado e alavancar os empreendimentos em seus segmentos. Contudo, pouco ainda vem sendo aproveitado destes benefícios pela construção civil.

É claro que já podemos notar um nítido avanço em termos de digitalização de muitos canteiros de obras, que contam com o apoio de recursos sofisticados como modelagem em 3D, máquinas automatizadas, materiais de maior qualidade, e muitas outras novidades que favorecem o dia a dia do segmento. Porém, o que é visto atualmente, na prática, ainda é fortemente defasado se compararmos com outras empresas e setores – o que faz com que haja uma redução natural do interesse dos profissionais mais jovens em se candidatar a uma vaga nesses negócios.

Ainda, fora essa falta de modernização, a percepção de que assumir um cargo manual nas obras é uma função precária e associada a pessoas que não conseguiram finalizar uma formação acadêmica, prejudica ainda mais este pré-conceito sobre o ramo. Dessa forma, mesmo que os avanços já incorporados pelo setor auxiliem fortemente neste aspecto, o fato deste ser um trabalho que demande, naturalmente, uma mão de obra mais pesada, também afasta o interesse dos talentos mais jovens em se inserir neste meio.

Diante desta perda de conexão constante entre as empresas do setor e estes talentos, um possível colapso de mão de obra não se mostra uma realidade tão distante assim. Afinal, isso já é visto em muitos outros países como os Estados Unidos, onde além da escassez de profissionais qualificados do setor, os poucos que se encontram ativos acabam cobrando um preço bem maior por seus serviços. Afinal, quando temos uma baixa oferta e uma demanda alta, o encarecimento dos produtos e trabalhos é uma consequência inevitável.

Mesmo que o setor ainda precise avançar muito em termos de inovação e tecnologia para se tornar tão atrativo quanto outros setores em termos de recrutamento, esse se mostra como um caminho indispensável para evitar um envelhecimento desta mão de obra e o consequente aumento dos valores exigidos – além, ainda, da necessidade de importação de talentos para suprir as demandas internas.

Precisamos falar a linguagem dos jovens, que estão intensamente conectados e interessados pelas tecnologias em seu dia a dia, e fazer com que vejam pontos atrativos nessas empresas em termos digitais do que já é aplicado atualmente, tais como: o crescimento de construções modulares, casas pré-moldadas, mapeamento de obras com drones, e muitos outros recursos altamente robustos.

Isso, além, é claro, de contar com um maior fomento do poder público em termos de programas de capacitação profissional direcionados desde o Ensino Médio, apresentando informações completas sobre o setor e suas rotinas, faturamento, assim como possibilidades de crescimento que gerem interesse nos jovens.

Essa modernização da comunicação será uma ponte extremamente benéfica para que estes talentos enxerguem as oportunidades de crescimento e uso destas ferramentas em uma área com tamanho potencial de crescimento e contribuição para a economia nacional. 



Wanderson Leite - fundador do EuConstruindo.com, IA especializada em orçamentos para construção civil; e da Prospecta Obras, empresa de análise de dados especializada em mapeamento de obras.


Sobre o EuConstruindo.com
https://www.euconstruindo.com/

Prospecta Obras
https://www.prospectaobras.com/

 

A motivação da greve pode definir a não abusividade

 Quais seriam os fundamentos para classificar um movimento paredista de abusivo ou ilegal? Depois da Constituição Federal de 1988, após a Lei nº 7783/89, chamada Lei de Greve, o julgamento de greves pelo Judiciário Trabalhista se pautou na classificação do movimento como legal ou ilegal, abusivo ou não abusivo.

Anteriormente à Constituição Federal, a greve era regulada pela Lei nº 4.330, de 1964. Todavia, a deflagração de movimentos de paralisação poderia ser considerada como atividade subversiva, com perseguição pelo regime militar, intervenção em sindicatos, desestimulando os trabalhadores a qualquer iniciativa, cabendo-lhes o silêncio e o inconformismo sufocado.

E assim foi até 1979, quando eclodiram as greves do ABC e, contra este fato, não havia regra que pudesse impedir o fortalecimento das reivindicações, especialmente no campo da reposição salarial em razão do alto índice de inflação.

Com a Constituição em 1988, houve a revogação da antiga lei de greve e, pelo artigo 9º, se assegurou o direito fundamental dos trabalhadores de paralisarem as atividades e de utilizar a greve para defender os interesses que considerassem legítimos.

Entretanto, a ausência de uma lei que regulamentasse o exercício do direito de greve criou diversos impasses, entre eles o de saber se os dias de greve seriam remunerados pelo empregador e, ainda, como seria colocado fim à greve caso não houvesse acordo entre trabalhadores e empregadores.

Reclamava-se a necessidade de uma lei sobre a regulamentação do exercício do direito de greve. Em outras palavras, a garantia constitucional parecia não ser suficientemente segura para entrar e sair da greve.

A Justiça do Trabalho chegou a extinguir dissídios de greve por entender que não era competente por ausência de lei sobre o assunto. Talvez esse tivesse sido o caminho ideal para que trabalhadores e empregadores dispusessem com responsabilidade as regras para lidar com as paralisações. A nova lei apenas deu ao Judiciário os caminhos do julgamento, pois podia então aplicar a lei. Na prática, a nova lei tem sido frequentemente descumprida e, nem por isso, a greve deixa de ser considerada um fato jurídico.

Contudo, não consideramos adequado atribuir ao movimento grevista a sua ilegalidade ou abusividade, pois há um direito maior e fundamental a ser respeitado que é o direito de greve.

De outro lado, para a greve ser classificada de abusiva dependeria do mal uso do direito pelos trabalhadores, que seria enquadrado no conceito de abuso de direito de acordo com o Código Civil, no artigo 187, carecendo de prova de que o direito tenha sido exercido além dos “limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos costumes”.

Os fins perseguidos pela paralisação, isto é, sua motivação pode dar ensejo à ilicitude do movimento, mas se o fim perseguido é legítimo, a greve não deve ser considerada abusiva ou, ainda, podem ser abusivos os atos praticados no seu exercício, em especial relativamente a terceiros. Quando se trata de greve de motivação política, o Judiciário, equivocadamente a nosso juízo, tem entendido pela abusividade, porque estaria ausente pretensão de mérito trabalhista ou social.

A abusividade do exercício do direito de greve não tem em conta os aspectos formais da lei para sua deflagração, mas as razões da sua motivação, permitindo ao julgador considerar o fato social, isoladamente dos seus aspectos formais.

 

Paulo Sergio João - advogado e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Coordenadora compartilha dicas para pais que querem colocar os filhos na escola

Foto: banco de imagem
Apoio e orientação pode contribuir para a introdução dos novos alunos e no processo de adaptação


A educação básica brasileira teve 47,3 milhões de alunos matriculados em 178,5 mil escolas no ano passado, de acordo com dados do Censo Escolar da Educação Básica 2023. Apenas no ensino infantil, as creches receberam 4,1 milhões de crianças e as redes municipal e privada apresentaram a maior participação nesta fase educacional, com 72,5% e 26,9% das matrículas, respectivamente. 

Mesmo diante de grandes números, muitos pais encontram receio na hora de colocar os filhos na escola, seja pela escolha do ambiente ou pelo momento certo que a introdução deve ser feita. Para Solange Rodella, coordenadora pedagógica do Colégio Anglo Leonardo da Vinci, a preocupação pode começar na quebra de rotina com os pais: “Costumo dizer que a entrada da criança na educação infantil é, simbolicamente, o verdadeiro corte do cordão umbilical, pois, desde o nascimento até este momento, a criança - normalmente - fica rodeada da família ou de pessoas de muita confiança”. 

Segundo a coordenadora pedagógica, ao pensar em dividir a educação dos filhos com pessoas diferentes de seu convívio diário, a família necessita realizar uma seleção bem minuciosa sobre a escola, bem como contar com o apoio do pediatra que procura sempre encorajá-los sabendo da importância da criança participar de um ambiente destinado ao desenvolvimento de suas habilidades sociais, emocionais e cognitivas. 

“Acredito que além da preocupação com a segurança, um dos maiores receios da entrada dos pequenos na escola também esteja relacionado à questões de saúde, visto que este é o primeiro contato social distante do ambiente familiar”, complementa Solange. 

Fora o cuidado dos pais, a escola também desempenha um papel fundamental neste processo para receber os alunos e trabalhar essa adaptação. Para Solange, são importantes alguns passos: o educador deve deixar claro os valores, metodologia e rotina da escola; para conhecer melhor o novo aluno, é importante realizar uma anamnese (documento médico) com os pais sobre a vida da criança até aquele momento; e apropriar-se de dicas e situações rotineiras, como brincadeiras favoritas e músicas que acalmem o pequeno neste início de vida escolar. 

Já em casa, seguir a rotina escolar aos primeiros finais de semana pode contribuir muito na adaptação, como manter toda a grade de horários estabelecida pela escola (acordar, lanchar, almoçar e tirar o soninho da tarde). Para as famílias que convivem pouco com outras crianças, passear aos finais de semana em lugares abertos para que os filhos possam ampliar esse contato infantil também pode favorecer. 

“Durante o processo de adaptação é importante que os pais não fiquem questionando incessantemente os filhos sobre como foi cada detalhe. A escola deve fazer isso, comprovar algumas atividades por vídeo e os pais devem confiar. As crianças, embora pequenas, percebem nesse questionamento diário a insegurança da família e isso pode dificultar o processo de formação de vínculos com a escola. Outro ponto importante é nunca sair da escola com dúvidas sobre alguma coisa ou conduta. Questione e esclareça tudo, mas nunca na frente da criança”, finaliza a coordenadora.


Roubo e furto de SUVs crescem 10% em fevereiro

 Renegade, Ecosport, Kicks e Compass lideram o ranking, mostra levantamento da Ituran

 

O número de roubos e furtos de SUVs na capital paulista aumentou em 10% em fevereiro, comparado ao mês de 2023, segundo levantamento da Ituran Brasil, autotech global líder em monitoramento veicular, O levantamento tem como base os dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. De acordo com a Ituran, no referido mês, os casos passaram de 825 em 2023 para 910 em 2024. 

 

Ainda de acordo com a autotech, em fevereiro deste ano houve uma queda de 31% nas ocorrências envolvendo o modelo Compass, enquanto o Renegade registrou um aumento de 57%.

 

Perdizes, bairro da Zona Oeste Paulista, se destaca entre os locais com mais ocorrências, com um aumento de 200%, totalizando 15 casos registrados desde o início do ano, em comparação com os cinco casos do mesmo período do ano anterior. 

 

Fernando Correia, gerente de operações da Ituran Brasil, destaca que essa área tem um alto índice de furtos. “Nos dois anos, o tipo de ocorrência predominante nessa localidade é o furto, sendo a maioria dos casos registrados durante a noite. Isso ressalta a importância de os motoristas manterem seus veículos estacionados em locais seguros, como estacionamentos ou garagens”.

 

Outra região com aumento significativo de casos de roubo e furto é a Zona Leste, onde os bairros Vila Formosa registraram um aumento de 130,8%, seguida do Tatuapé com 100% e São Lucas com 90%. “No entanto, em Vila Formosa observamos uma mudança no padrão de horários, com mais ocorrências noturnas em 2024, em contraste com o período da tarde em 2023. O Jeep Compass continua sendo o veículo mais visado nesse bairro”, destaca Correia.

 

No ranking dos veículos com mais casos de roubo ou furto, o Renegade, lidera com um aumento de 57,4%, seguido pelo Kicks com um aumento de 38,9% e Ecosport com uma diminuição de 6%. 

 

Um aspecto significativo a ser observado é a proporção de roubo para furto do modelo Renegade. Em janeiro e fevereiro de 2024, a proporção foi de 86,47% para furto e 13,53% para roubo, enquanto em 2023 era de 44,44% para furto e 55,56% para roubo.

“Notamos que neste ano o período da madrugada teve um aumento de 400%. O que reforça que períodos com menos movimentação na rua ou menos vigilância são os mais visados por criminosos. A chave nesses casos é estacionar em locais seguros, prestar atenção aos arredores, e durante a noite, preferir áreas movimentada”, ressalta Fernando. 

 

 

Ituran Brasil 

Suporte ideal para a leitura: papel ou tela?

Para a expressão humana, oral ou escrita, é essencial haver conhecimento prévio. Sem esse processo de input, que representa o que consumimos por meio da visão e da audição, o produto de nossas manifestações tem seu refinamento prejudicado. Assim como precisamos ingerir alimentos para termos o corpo sadio, precisamos nos alimentar de informações para podermos exteriorizar tanto nossos conhecimentos quanto nossos sentimentos e pensamentos. Consequentemente, precisamos de fontes que supram nossas carências e, no caso, da comunicação humana, esses recursos podem vir de forma física, virtual, por meio de texto estático ou em movimento; o que prevalece, de fato, é o teor a ser recebido, processado e filtrado.

Em razão disso, a forma como acessamos nossas fontes fica em segundo plano e, como é de senso comum, o livro, seja em formato digital ou físico, permanece como um dos mais ricos fornecedores. Tem-se, no entanto, que analisar qual tipo de “alimento” é mais saudável e produtivo para nós. Para muitos, as representações em movimento, com aplicativos que oferecem uma diversidade de ferramentas para ampliação do conhecimento simultaneamente à leitura, são mais eficientes e prazerosas. A comunidade científica e tecnológica, porém, tem nos alertado com frequência que o excesso de exposição a telas é prejudicial à saúde e ao desenvolvimento cognitivo. Portanto, se esse for o suporte favorito, deve-se levar em conta o tempo de utilização, pois tudo em excesso é prejudicial à nossa saúde física e mental. Contudo, se usado com moderação, o recurso digital pode ser extremamente frutífero. Além disso, temos que reconhecer que essa tecnologia veio para ficar; assim, temos que nos adaptar a ela de forma consciente e benéfica.

Apesar dessas considerações, o livro físico é, com certeza, o portador de mais benefícios ao desenvolvimento das habilidades humanas, a começar pelo estímulo aos nossos sentidos. É importante, por exemplo, pegar o livro, fazer o movimento de dedos, virar páginas para frente e para trás, posicioná-lo em diferentes sentidos para exercitarmos a capacidade motora ao mesmo tempo que movimentamos nosso corpo. Além disso, ao passarmos de um capítulo para outro, sem distrações chamativas e alheias, com o intuito de estabelecermos conexões entre personagens e ações, entre causas e consequências, promovemos nosso potencial cognitivo, essencial para o funcionamento neurológico e linguístico. A compreensão só se faz efetiva a partir do entendimento das relações entre as palavras e as mensagens pretendidas por seus interlocutores e “passear” livremente pelas páginas de um livro ainda nos é um instrumento robusto para a manutenção de pequenas, mas eficazes, aptidões humanas, como o manuseio dos dedos e das mãos, para atingirmos habilidades mais complexas como a compreensão da linguagem em seus diferentes níveis e suportes. 

Dentro do contexto em que vivemos, o livro físico ainda é o formato que melhor estimula nossa criatividade, nos acalma, desligando-nos do agitado mundo externo, desenvolve nossas habilidades de forma saudável e nos faz olhar além da superfície, afinal, como diria Antoine de Saint Exupéry, “o essencial é invisível aos olhos”. 

 

Mara Campos - licenciatura em Letras, é especialista em Metodologia de Ensino, Direito e Educação e assessora pedagógica de Língua Portuguesa do Colégio Positivo.


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