Nas últimas
décadas, a presença masculina na cozinha vem se tornando cada vez mais comum,
apresentando uma nova dinâmica familiar. Os motivos são diversos: há quem se
aproxime por hobby, por necessidade, pela vontade de se alimentar melhor ou de
reviver sabores da infância. Para os pais, especialmente, a comida vira um
canal direto com os filhos, fortalecendo vínculos e criando memórias.
Esse movimento se
reflete também nas motivações que levam os brasileiros a buscarem novas
receitas. Segundo uma pesquisa do Google em parceria com a REDS, 33% dos
consumidores afirmam procurar pratos que despertem memórias afetivas e
culturais. Uma busca por pertencimento, conexão e identidade que atravessa o
simples ato de cozinhar.
Dados mais
recentes mostram que essa tendência continua em expansão. De acordo com o
levantamento da McKinsey de 2025, o tempo dedicado ao preparo de refeições em
casa aumentou globalmente, com destaque para homens entre 30 e 50 anos. No
Brasil, um estudo do Datafolha apontou que 63% dos paulistanos passaram a
cozinhar no dia a dia após a pandemia, sendo os homens mais ativos em ocasiões
especiais.
Mais do que
cozinhar, esses homens também transformam a forma de consumir. Ao entrarem na
rotina de planejamento de refeições, eles se envolvem com escolhas mais
conscientes, reduzem o uso de ultraprocessados, e investem em
utensílios que
facilitem o processo e ampliem o prazer. “Esse novo perfil de consumidor
valoriza funcionalidade, durabilidade e praticidade. Produtos eficientes deixam
de ser um luxo e passam a ser ferramentas essenciais de expressão pessoal”,
explica Natália Arruda Marotta, da Mundial, marca referência em utensílios de
cozinha e cutelaria.
Com o crescimento
desse movimento, o setor de utensílios domésticos se aquece. Facas de precisão,
panelas antiaderentes de alta performance, tábuas resistentes e acessórios
multifuncionais são cada vez mais procurados. A Mundial, por exemplo, registrou
um aumento de mais de 30% na venda de utensílios culinários de 2022 para 2025.
“Notamos uma mudança clara no comportamento de compra. Muitos pais querem estar
presentes, cozinhar com os filhos, ensinar, partilhar. E para isso, buscam
ferramentas que colaborem com essa experiência”, completa Natália.
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