Pesquisar no Blog

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Musculatura pélvica enfraquecida ou sobrecarregada podem alterar funções ginecológicas

Enquanto algumas atividades podem sobrecarregar o assoalho pélvico, levando a problemas como incontinência urinária, prolapsos e dor na relação sexual, outras podem ajudar a manter a saúde da mulher. De acordo com a fisioterapeuta pélvica e sexóloga Débora Pádua, esportes como corrida, musculação e até mesmo o ioga podem impactar diretamente essa musculatura fundamental para o suporte dos órgãos internos e a qualidade de vida. “Isso porque o assoalho pélvico é um conjunto de músculos responsável pelo suporte da bexiga, útero e intestino, além de estar diretamente ligado ao prazer sexual. Quando essa musculatura está enfraquecida ou sofre sobrecarga, podem surgir sintomas como escapes de urina, dor lombar e redução da sensibilidade sexual”, explica Débora Pádua. 

Ela conta que atividades com ioga e pilates são práticas que podem contribuir para a melhora da consciência corporal, inclusive de assoalho pélvico em mulheres que não possuem disfunções, mas sem excluir o tratamento especializado. 

Já a corrida, por ser um exercício de alto impacto, pode agravar quadros de enfraquecimento do assoalho pélvico, aumentando os riscos de incontinência urinária e prolapsos. “Se a mulher já tem predisposição, o impacto da corrida pode acelerar o surgimento desses problemas. É essencial fortalecer a musculatura pélvica antes de iniciar ou retomar essa prática”, alerta Débora. 

Outras atividades como musculação e crossfit, por exemplo, que trabalham com levantamento de cargas muito pesadas sem a devida estabilização da região pélvica pode gerar pressão excessiva, contribuindo para disfunções. “Treinos de força são excelentes, desde que feitos com a técnica correta e com a ativação dos músculos do assoalho pélvico”, ressalta a fisioterapeuta.

Débora Pádua recomenda incluir exercícios específicos para a região, que fortalecem a musculatura pélvica e ajudam na prevenção de disfunções. Além disso, práticas como a fisioterapia pélvica podem auxiliar na reabilitação e manutenção da saúde íntima feminina. “Os exercícios bem orientados promovem bem-estar, mas ignorar o impacto no assoalho pélvico pode levar a problemas que afetam a qualidade de vida. A prevenção é sempre o melhor caminho”, conclui. 



Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual @vaginismo. Graduada pela Universidade de Franca (SP), fundadora da primeira clínica de dor na relação sexual do Brasil, autora dos livros ‘Vaginismo, dor na relação não é normal’ e ‘Prazer em Conhecer - você acha que sabe tudo sobre sexo?’. Pertenceu a equipe do Dr José Bento por 5 anos e no Centro Avançado de Urologia de Ribeirão Preto. Atua na área de fisioterapia Pélvica e sexualidade há mais de 20 anos.
Rua Machado Bittencourt 317 sala 71 - Vila Mariana - São Paulo- SP
Telefone: (11) 3253-6319


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados