Brasil é a quinta nação com mais profissionais que atuam para corporações estrangeiras
Com um Produto Interno Bruto (PIB) estimado em US$ 26,95 trilhões,
os EUA absorvem toda a mão de obra disponível, gerando uma concorrência entre
as empresas do país nas contratações de funcionários qualificados.
Com a alta do dólar, batendo os R$5,80, esse cenário fica ainda
mais interessante e profissionais estão olhando para as bigtechs e corporações
do exterior com o objetivo de dar o primeiro passo para uma carreira
internacional e elevar a remuneração. A possibilidade do trabalho remoto
facilita esse movimento. Segundo relatório da Deel, o Brasil é o quinto país
com maior número de cidadãos trabalhando em empresas estrangeiras. Pensando
nisso, Isabela Castilho, CEO da Rocketseat, ecossistema de educação em
tecnologia, e Leandro Baptista, especialista em carreira internacional e Global
Head of Talent Acquisition da BairesDev, citam quatro passos para alavancar uma
carreira profissional no exterior.
1. Idioma
A primeira dica é a mais óbvia, mas também um dos fatores fundamentais na hora de decidir trabalhar fora do Brasil. O Inglês é o principal requisito exigido para as vagas internacionais, inclusive em países como Portugal, mas não é o suficiente em grande parte delas.
Além de ter domínio do idioma do país de destino, é importante desenvolver a linguagem técnica da profissão, familiarizando com os termos e jargões específicos utilizados no exterior, para facilitar a adaptação.
“Dominar a linguagem técnica da profissão é o primeiro passo para
alçar voos maiores fora do mercado nacional. Existem termos e jargões muito
específicos para cada ramo profissional, que são utilizados mundo afora. É
importante, além do idioma de conversação, leitura e escrita, ter conhecimentos
específicos dentro de cada área profissional”, explica Baptista.
2. Cultura e soft skills
Quando se expande o horizonte para buscar oportunidades no exterior, surge a necessidade de entender e se adaptar a questões culturais e até modelos de trabalho de determinado país, que pode ser um desafio para profissionais acostumados ao mercado brasileiro.
“Os profissionais precisam estar tão atentos para habilidades como
comunicação, trabalho em equipe, proatividade e adaptabilidade, conhecidas como
soft skills, que também são relevantes para construir uma carreira de sucesso
em um ambiente internacional” diz Isabela Castilho.
3. Currículo e portfólio fortes
Mais uma dica que se enquadra tanto para profissionais nativos
quanto para os que buscam experiências internacionais é a construção de um
currículo com boas referências, certificados reconhecidos internacionalmente e
comunidades profissionais.
Como em cada mercado existe uma realidade diferente, é importante pesquisar sobre os processos seletivos do país e buscar informações em plataformas de networking, sites e redes sociais de multinacionais (o LinkedIn é altamente recomendado).
Os especialistas afirmam que o LinkedIn é um grande aliado de quem
deseja desenvolver uma carreira internacional, visto que permite a conexão
entre pessoas de múltiplas partes do mundo, já com foco em oportunidades de
trabalho. Então, não deixe seu perfil de lado, dê um up nele, mantenha suas
informações atualizadas, siga pessoas de referência e publique conteúdos que
mostrem seu conhecimento, experiências e perfil profissional.
4. Networking e referências
A experiência de outras pessoas certamente é muito útil na fase de busca por oportunidades, na forma de lidar com os “perrengues” e os desafios e de aproveitar todas as possibilidades que surjam. Aprender com quem já trilhou o caminho é uma maneira de se preparar e de encontrar as melhores opções para a carreira.
Sendo assim, é válido buscar referências com colegas, amigos de amigos, além de acompanhar canais e perfis de viajantes que contam suas experiências internacionais.
“É importante entender os obstáculos do caminho antes de
percorrê-lo, para que tentativas frustradas em vagas fora do perfil não atrasem
o objetivo. Referências de quem já alcançou esse objetivo é um bom ponto de
partida. Saber onde se planeja chegar e traçar o plano adequado pode encurtar o
caminho do tão sonhado salário em dólar ou euro”, completa a CEO da Rocketseat.
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