Especialista do CEUB indica como se proteger do calor intenso e evitar desidratação, sintomas de insolação, distúrbios digestivos e queimaduras
Começa nesta quarta-feira (12) nova onda de calor que deve elevar as temperaturas
em até 7°C acima da média no Sudeste, Sul e em partes do Centro-Oeste e
Nordeste do país. O fenômeno, que resulta da combinação de altas temperaturas
com níveis elevados de umidade do ar, deve seguir até 21 de fevereiro. Para
minimizar os impactos do calor intenso nos próximos dias, Nádia Haubert,
nutróloga e professora do curso de Medicina do Centro Universitário de Brasília
(CEUB), lista cuidados importantes com a saúde.
Dentre as
consequências das ondas de calor, estão a desidratação, sintomas de insolação,
distúrbios digestivos, como náuseas e vômitos, além de queimaduras de pele. “A
insolação pode ter de sintomas leves até mais graves, como hipertermia, perda
da consciência e parada cardíaca. O calor excessivo provoca um estresse térmico
no organismo, que passa a ter dificuldade para manter essa temperatura estável,
podendo levar a um esgotamento do sistema nervoso central e circulatório”,
esclarece.
Um organismo
saudável que passa por estresse térmico costuma se adaptar à temperatura com
consequências leves, como dores de cabeça, mal-estar e lentidão. No entanto,
Nádia alerta para cuidados com os grupos vulneráveis: crianças, gestantes e
idosos. Os sintomas da longa exposição solar podem ser graves e potencialmente
fatais. “Caso alguém esteja em estado de confusão mental, boca seca, urina
escura, dor no peito e falta de ar, procure ajuda médica
imediatamente”, alerta.
Tem gestante, idoso ou criança em casa? Confira dicas da docente do CEUB
para enfrentar a nova onda de calor:
• Beba líquidos com frequência
• Evite exposição ao sol nesses dias mais quentes
• Evite o consumo de bebidas alcoólicas
• Use protetor solar
• Se precisar sair ao sol, use bonés e, se possível, roupas com fator de proteção
• Consuma frutas com maior teor de água, a exemplo do melão e melancia
• Consuma alimentos frescos, como frutas, verduras e legumes
• Evite alimentos indigestos e gordurosos
• Pratique
esportes ou exercícios físicos no começo da manhã ou à noite
Óbitos derivados de eventos climáticos
Estudo feito por 12 cientistas brasileiros e portugueses vinculados a
instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Lisboa, revelou que os eventos
climáticos levaram a óbito mais de 48 mil pessoas no Brasil entre 2000 e 2018.
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