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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Plano de saúde mental nas empresas: como se adaptar às regras da NR-1?


Quanto sua empresa, genuinamente, se preocupa com a saúde mental dos profissionais? A partir do dia 26 de maio, deste ano, o estabelecimento de um plano voltado para essa questão passará a ser obrigatório no país, devido a uma exigência da atualização da Norma Regulamentadora 1 (NR-1). Até lá, caberá às empresas fazerem sua lição de casa e reajustarem sua política interna para atender as novas regras – se preocupando não apenas em atender a uma conformidade regulatória, como em, acima de tudo, prezar pela saúde mental de seus times.

Equilibrar a saúde mental com o trabalho tem se tornado cada vez mais relevante para os profissionais e, ao mesmo tempo, algo desafiador de ser conquistado. Em 2023, como exemplo, dados divulgados em um estudo da Conexa, mostraram que 87% das empresas registram afastamento por saúde mental, sendo a ansiedade o transtorno que mais gerou esse afastamento, em 51% dos respondentes.

De fato, são inúmeros os desafios emocionais que todos nós enfrentamos no dia a dia, o que vem elevando a importância deste tema no mercado, motivando e justificando a exigência na busca garantir um ambiente de trabalho mais justo e humano – como é o caso dessa NR-1, promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em agosto de 2024.

Em suas regras, a norma exige que as empresas identifiquem e gerenciem os riscos psicossociais que podem afetar a rotina de trabalho dos funcionários, os quais, segundo uma definição da própria Organização Internacional do Trabalho (OIT), são reconhecidos como um dos principais desafios para a segurança e saúde ocupacional, capazes de afetar a saúde mental, o bem-estar dos trabalhadores e até a produtividade das empresas.

Dentre os principais fatores psicossociais que podem desencadear esses problemas, estão a carga de trabalho excessiva ou insuficiente; pressão por produtividade e prazos curtos; falta de autonomia e controle sobre as tarefas; ambiente de trabalho tóxico e relações interpessoais difíceis; assédio moral e sexual; turnos longos e trabalho noturno; e a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Com a NR-1, as empresas precisarão ter um olhar bastante direcionado ao bem-estar emocional de seus times. Na prática, isso significa criar ações para acompanhar o estresse excessivo, o acúmulo de tarefas e até situações de assédio moral. Além disso, essas medidas precisarão ser incluídas no PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos). O prazo para adaptação será até 26 de maio de 2025 e, até lá, as empresas precisarão revisar seus processos e implementar novas práticas de gestão. A fiscalização será mais rigorosa, e quem não seguir as regras pode sofrer as consequências como multas e outros.

Para ajudá-las a se adequar frente a essa norma, existem algumas estratégias altamente eficazes capazes de contribuir com este objetivo, incluindo o desenvolvimento de programas de bem-estar que contemplem políticas referentes ao cuidado com a saúde mental, ações periódicas que promovam a inclusão de atividades físicas na vida dos colaboradores, workshops que tragam a importância de uma alimentação saudável, controles para gerenciamento do estresse, além de oferecer suporte psicológico, palestras relacionadas à saúde mental e fomentar uma cultura com boas relações interpessoais.

Investir no bem-estar dos funcionários vai além de uma obrigação, mas também é uma forma de aumentar a produtividade e reduzir possíveis afastamentos. Afinal, ambientes saudáveis fazem com que as equipes fiquem mais engajadas e satisfeitas. Ao adotar essas estratégias, as empresas não apenas cumprem as exigências legais, mas também promovem um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, beneficiando tanto os funcionários quanto o próprio negócio como um todo.

 


Amanda Alves - coordenadora de Recursos Humanos da Ecovis® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


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