Consenso e comunicação aberta aliadas
ao uso de preservativo são essenciais para que o sexo seja seguro e saudável Foto: banco de imagem
Segundo pesquisa realizada pela plataforma Gleeden no
ano passado, 72% dos entrevistados afirmam levar uma vida sexual pouco
satisfatória ou insatisfatória. Sobre práticas sexuais seguras, 90% dos
entrevistados disseram que conhecem todos os métodos contraceptivos existentes
para ambos os sexos e 67% afirmaram que sempre usam camisinha na hora do sexo -
número considerado baixo para a Dra. Samanta
Saggin, ginecologista e obstetra da Associação
Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR).
“Usar preservativo é essencial para a prática segura de sexo. Só assim é possível prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gravidezes não planejadas”, afirma a médica. Ela prossegue reforçando que uma relação sexual saudável é caracterizada por consentimento mútuo, respeito, comunicação aberta e prazer para ambas as partes envolvidas. “Para tudo isso, garantir segurança na hora do ato sexual é primordial”, destaca.
Para ela, o primeiro aspecto a ser levado em consideração para que o sexo seja uma prática positiva é o consentimento. “Ele garante que ambas as partes estão confortáveis e dispostas a participar e, por isso, deve ser explícito. E tem mais: a qualquer momento, uma das partes tem o direito de desistir. Quando isso acontece, é preciso parar imediatamente”, afirma a médica.
Por isso, a especialista ressalta que a comunicação entre o casal deve ser sempre aberta e honesta para que a vida sexual seja satisfatória, pois isso evita mal-entendidos e abre espaço para ajustes nos comportamentos a fim de melhorar a satisfação dos dois. “A comunicação também ajuda a estabelecer limites e garantir que ambos estejam confortáveis com o que será praticado durante o sexo”, ensina.
As relações sexuais regulares e prazerosas, conforme a médica salienta, trazem diversos benefícios para a saúde física e mental, como redução do estresse, melhoria do sistema imunológico, melhoria da qualidade do sono, redução da pressão arterial e liberação de endorfinas que aumentam a sensação de bem-estar. “Sem falar que elas fortalecem a intimidade e o vínculo entre parceiros. Isso contribui muito para a saúde mental”.
Durante a atividade sexual, o cérebro produz endorfinas, que são as substâncias que geram excitação, satisfação e bem-estar. Elas também estão relacionadas à euforia e à calma antes e depois do orgasmo e estão relacionadas à resposta de recompensa que experimentamos ao sentir diferentes formas de prazer.
A prática fortalece também nossas defesas fisiológicas contra vírus, bactérias e outros patógenos. Há, inclusive, estudos que sugerem que ter relações sexuais três vezes por mês pode ajudar a nos proteger do coronavírus. “A descoberta estende-se, é claro, a outras doenças infecciosas”, diz Samanta.
Para finalizar, a especialista da AMCR reforça que cada pessoa é
única em suas necessidades e valores. Porém, todos podem se beneficiar de uma
vida sexual ativa e saudável.
AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana
Para saber mais informações, acesse o site
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