divulgação
Cartão de crédito
(51%), boletos em geral (30%) e contas de luz, água, telefone e gás (26%) são
os principais tipos de endividamento da população em 2024
O cenário econômico do país está tirando o sono da
população brasileira. Ondas de inflação, altas taxas de desemprego e o
endividamento afligem cada dia mais. Neste contexto de incertezas e
dificuldades a análise da saúde financeira dos brasileiros torna-se ainda mais
crucial. A Hibou, empresa de pesquisa, monitoramento e insights de
consumo, apresenta os resultados de sua mais recente pesquisa sobre o
comportamento financeiro da população. Realizada entre os dias 18 e 21 de maio
de 2024, a pesquisa entrevistou mais de 1.600 pessoas de diferentes classes
sociais e regiões do Brasil, com margem de erro de 2,3% e um intervalo de
confiança de 95%.
"O atual panorama econômico do Brasil tem sido uma
montanha-russa para a população, refletindo-se nos números alarmantes de
endividamento e nas dificuldades financeiras enfrentadas pelas famílias. Esta
pesquisa revela não apenas os desafios que os brasileiros estão enfrentando,
mas também a necessidade urgente de compreender e abordar essas questões com
medidas eficazes." explica Ligia Mello, CEO da Hibou e
coordenadora da pesquisa.
Situação financeira das
famílias brasileiras em alerta
Não está fácil equilibrar a saúde financeira
familiar. 33% dos brasileiros afirmam ter tido uma redução de renda em casa,
enquanto 10% reportaram ter se afundado ainda mais em dívidas. Outros 10%
indicam que alguém em casa perdeu o emprego no último ano. Por outro lado, 5%
conseguiram aumentar a renda familiar, e 8% estão conseguindo se capitalizar
novamente.
O que está mais difícil de pagar?
Entre as contas que estão em atraso, o vilão número
um é o cartão de crédito que lidera com 51%, seguido por boletos em geral
(30%), contas de concessionárias (26%), IPTU (21%), cheque especial (18%),
parcelas de empréstimo (17%), IPVA (15%), financiamento (10%), condomínio (5%)
e aluguel (4%).
Se o bolso tá vazio, o jeito é
procurar por recurso
A necessidade de recorrer a empréstimos é uma
alternativa ‘’salgada’’ em juros, porém bastante procurada: 41% dos
entrevistados buscaram ou tentaram pegar dinheiro emprestado nos últimos 12
meses. Destes, 51% recorreram a bancos, 41% a empréstimos consignados, 21% a
cartões de crédito, 18% a familiares, 11% a financeiras que operam por
aplicativo, e 8% a amigos. Agiotas e empréstimos informais foram a opção para
5%, assim como quem recorreu a adiantamentos de salário.
E os itens mais pesados no
bolso dos brasileiros?
Infelizmente itens básicos são os que mais pesam
hoje no bolso do brasileiro. Liderando o ranking: medicamentos de farmácia
(45%),seguido por plano de saúde (37%), carnes (33%) e combustível (32%). Além
disso, manutenção de carros (21%), legumes e verduras (20%), cesta básica
(19%), aluguel (15%), grãos (12%), produtos de limpeza (12%), laticínios (12%),
escola (8%) e vestuário (7%) também foram citados.
"Observamos uma correlação direta entre os
principais itens de endividamento e os gastos mais pesados no orçamento
familiar. A alta incidência de contas em atraso, especialmente relacionadas a
cartões de crédito e despesas básicas como medicamentos e alimentos, evidencia
as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros para equilibrar suas finanças
diante das adversidades econômicas." diz Ligia Mello.
Sem dinheiro, o brasileiro
redesenhou a cesta de compras
Para conter gastos, 49% dos brasileiros reduziram a
quantidade ou o volume de itens comprados mensalmente. Outros 46% deixaram de
colocar alguns itens no carrinho de compras, 44% substituíram marcas ou cortes
por opções mais baratas, e 40% reduziram pedidos de delivery.
Já 35% dos brasileiros deixaram de frequentar
cabeleireiros e manicures, 19% cancelaram assinaturas, 14% reduziram a
frequência de faxineiras, 12% venderam itens usados, 11% cancelaram atividades
extracurriculares, 11% reduziram o uso do carro particular, e 10% reciclaram
itens em casa. Apenas 1% mudou os filhos de escola.
Endividados quanto?
16% afirmam estar menos endividados do que no início
do ano, enquanto 22% estão mais endividados e 28% permanecem igualmente
endividados. No que se refere aos gastos com cartão de crédito, 35% dizem que
os gastos estão maiores, 39% mantêm os mesmos níveis, e 26% conseguiram reduzir
os gastos.
Pesquisar e só depois comprar
Na busca por melhores preços, 94% dos brasileiros
comparam preços ao fazer compras no supermercado. Destes, 44% fracionam suas
compras em diferentes mercados ao longo do mês. Outros 29% compram no mesmo
mercado, comparando os preços entre marcas favoritas, 21% dividem as compras
mensais em dois mercados e 6% compram tudo no mesmo lugar e marca preferida.
Tecnologia para economizar
A pesquisa ainda revela que 94% dos brasileiros
compararam preços nas compras em supermercados, destes 32% utilizariam um
aplicativo para comparar preços de produtos ao escanear códigos de barras,
enquanto 24% usariam o app se fosse mais simples, 24% não usariam e 20%
precisariam de mais informações para decidir.
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