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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Queda de temperatura aumenta incidência de alergias respiratórias

 

 Com a chegada dos dias mais frios, espirros podem
ser causados por rinites alérgicas e não alérgicas. 
Pexels

Mesmo quem não tem rinite alérgica, sofre com espirros constantes ao sair do banho ou de casa num dia frio. Médicos explicam os motivos, prevenção e tratamentos


Muita gente não entende porque os espirros aparecem tanto no frio, mesmo sem a pessoa estar resfriada, pois costumam associar alergias apenas à primavera e ao verão. No entanto, o inverno também pode desencadear sintomas desconfortáveis para aqueles que sofrem de alergias, como as rinites alérgicas, não alérgicas e alimentares. Embora o pólen seja menos prevalente, os ácaros, o mofo e os pelos de animais são os principais causadores de alergias. 

O otorrinolaringologista Marco Cesar Jorge dos Santos, do Eco Medical Center, explica que existem dois grupos de rinites. O primeiro é o das rinites alérgicas, que fazem o nariz ter mais secreção, coceira e espirros na presença de pólen, poeira, mofo, etc. E há o grupo das rinites não alérgicas, que são aquelas que fazem a pessoa espirrar quando sai do banho ou liga o ar condicionado. Essa é a rinite vasomotora, gerada pela mudança de temperatura. 

Mas o médico alerta para que não se confundam os sintomas da rinite com processos virais, muito comuns nessa época pela circulação de mais vírus. Apesar de apresentarem quase os mesmos sintomas, e também causarem obstrução nasal e coriza, os vírus ainda causam mal estar e não geram coceira em nariz, olhos, garganta e ouvido. 

Na rinite, são sintomas clássicos o nariz, olhos e ouvido coçando, o nariz congestionado, ronco e mal estar durante o dia, devido à dificuldade respiração. “Isso altera o humor do paciente, leva a uma queda de produtividade no trabalho e nos estudos”, alerta o otorrinolaringologista.

 

Rinite x frio 

Nessa época de variação climática, a mudança de temperatura acaba entupindo mais o nariz do paciente. Sem contar que a queda de folhas e a sua degradação, juntamente com ácaros e poluição que entram pelo nariz podem gerar muita coceira, coriza e congestão nasal. O otorrinolaringologista alerta que não há forma de tratar, apenas de prevenir. "Vale lembrar que a rinite alérgica, em muitos casos, vem da genética familiar", afirma. 

Ele orienta que é importante a realização de um teste de alergia, o Prick Test, para entender quais alérgenos causam reação no paciente. A partir do resultado, a maneira mais eficiente de evitar os espirros e incômodos da rinite é evitar o contato com esses alérgenos. Em segundo lugar, é interessante fazer a lavagem nasal constante, com soro fisiológico, para retirar os alérgenos do nariz. 

"Agora, se mesmo com esses cuidados, a pessoa ainda sofre muito com a coriza e a coceira, é preciso consultar um otorrinolaringologista, que vai prescrever medicamentos para aliviar os incômodos", alerta Marco Cesar.

 

Como prevenir a rinite e demais alergias 

A médica alergologista Camilla Pereira, do Eco Medical Center, explica que a circulação de mais vírus de síndromes respiratórias no outono e no inverno intensificam os sintomas de alergias e podem gerar os broncoespasmos (contração repentina da musculatura dos brônquios associada à obstrução do fluxo aéreo, que podem causar falta de ar, dor no peito, tosse e até mesmo tontura e fraqueza). 

Já em relação às alergias alimentares, elas também são prevalentes nos dias frios, principalmente pelo consumo de oleaginosas como pinhão, amendoim, nozes, leite e trigo/glúten. 

Para evitar ou minimizar os impactos das alergias, a Dra. Camilla dá as dicas:

  • Manter a casa limpa e bem ventilada, para reduzir a umidade e a presença de mofo
  • Lavar roupas de cama regularmente em água quente (pelo menos a 60°C), para eliminar ácaros
  • Se tiver alergia a pêlos, evitar exposição a animais de estimação. Mantenha-o fora do quarto e dê banhos regulares no pet
  • Utilizar filtros de ar de alta eficiência, eles ajudam na remoção de alérgenos do ar
  • Evitar locais com multidões, para evitar exposição a vírus e bactérias
  • Ler sempre o rótulos do alimento

Consultar um especialista em caso de os sintomas persistirem ou se apresentarem de forma mais grave. "É fundamental buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado", completa a alergologista.



ECO MEDICAL CENTER 
Para saber mais, acesse site.


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