A relação entre saúde mental e qualidade do sono é complexa e bidirecional. Distúrbios como depressão e ansiedade frequentemente podem interferir na capacidade de adormecer ou manter um sono reparador. Essas condições psicológicas podem agravar a insônia, criando um ciclo vicioso que pode impactar no bem-estar, causando problemas de memória, dificuldades de concentração, irritabilidade, desânimo e tristeza.
Estudos indicam que os transtornos de ansiedade se
manifestam por meio de preocupações excessivas e inquietação noturna,
dificultando o relaxamento necessário para o início do sono. O impacto na
estrutura do sono inclui redução das fases REM, essenciais para o descanso
efetivo.
A depressão, por sua vez, está associada a
problemas em adormecer, prevalência de despertares noturnos e sono não
restaurador. Indivíduos acometidos por essa condição relatam dificuldade em
encontrar paz mental na hora de descansar, o que complica o alcance de um
estado de sono profundo.
A interrupção ou a diminuição da qualidade do sono
contribui para o agravamento dos sintomas de ambos os distúrbios, realimentando
a cadeia de desconforto psíquico e físico. Assim, a insônia pode não apenas ser
um sintoma, mas também um fator de risco para o desenvolvimento ou
exacerbamento de quadros de ansiedade e depressão.
“A qualidade do sono tem um impacto profundo em
nossa saúde mental e física. Em casos de ansiedade e depressão, uma abordagem
integrativa, incluindo a nutrição, pode ser especialmente benéfica. A dica é
consumir alimentos leves, que sejam fontes de triptofano, como a banana,
sementes de abóbora, soja, grão-de-bico, tâmaras secas, amendoins, leite,
carne, peixe, peru e alimentos ricos em proteínas. Esse importante aminoácido é
convertido em serotonina, neurotransmissor relacionado ao bem-estar e,
posteriormente, em melatonina no cérebro, que ajuda a promover o sono e o
relaxamento”, sugere a nutricionista Priscila Gontijo, da Puravida.
Priscila complementa explicando que o magnésio, a
L-teanina e extratos de ervas calmantes podem ser ótimos aliados. “Estes
complementam tratamentos convencionais, oferecendo suporte adicional para um
descanso em prol da recuperação física e mental”, diz.
“Especialistas recomendam abordagens que incluem terapias comportamentais, práticas de higiene do sono e a utilização de suplementos para melhorar a qualidade do descanso. “Produtos à base de melatonina, valeriana e camomila são exemplos de agentes naturais que auxiliam na regulação do ciclo sono-vigília”, finaliza Priscila Gontijo.
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