O
estado de São Paulo declarou estado de emergência devido à dengue. A
determinação foi feita pelo Centro de Operações de Emergências (COE), que é
coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde. A oficialização dessa decisão
ocorreu na manhã de hoje, e o decreto correspondente será publicado no Diário
Oficial ainda nesta terça-feira (5). Essa ação foi motivada pelo registro de
300 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes no
estado, alcançado na segunda-feira (4).
O médico hematologista Dr. Carmino de Souza, diretor científico da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), explica que nos pacientes diagnosticados com dengue acontece uma vasodilatação com extravasamento de plasma sanguíneo, a parte líquida do sangue, havendo risco de pressão baixa, de desidratação e até de morte.
“Além disso, um fenômeno que acompanha a vasodilatação é o extravasamento de plaquetas, células responsáveis pela coagulação, o que leva a uma plaquetopenia, que são o aparecimento de pintinhas vermelhas nos membros do corpo. No entanto, ela é reversível à medida que a dengue vai se controlando”, diz ele, que também é professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Em casos raros, complementa Souza, pode haver a necessidade de o
paciente receber doação de sangue para elevar o nível de plaquetas: “Mas é
pouco comum, embora quando o paciente tem dengue hemorrágica seja importante
esse acompanhamento do médico clínico geral para avaliação por meio de exames
como o hemograma”, conta. Nesses casos, um médico hematologista pode oferecer
um suporte. Também é importante mencionar que o paciente com dengue não deve
doar sangue por aproximadamente 30 dias após o diagnóstico.
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