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quarta-feira, 20 de março de 2024

Especialista comenta e tira dúvidas sobre câncer de colo de útero

 

Março Lilás é dedicado conscientização e combate à doença
 

No mês de março, destaca-se a importância do Março Lilás, campanha voltada para a conscientização e combate ao câncer de colo de útero. Este tipo de câncer, excluindo os tumores de pele não melanoma, é o terceiro mais incidente entre as mulheres, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que registrou quase 17 mil novos casos no Brasil apenas em 2022. 

A campanha visa conscientizar a população sobre medidas preventivas acessíveis, como o rastreamento com citologia oncótica, a vacinação contra o papilomavírus (HPV), a cessação do tabagismo, e a importância do acompanhamento ginecológico regular. A infecção persistente pelo HPV é o principal fator de risco para o câncer de colo de útero. Mulheres imunossuprimidas, como as portadoras do vírus HIV, transplantadas, em tratamento para outros cânceres, e aquelas com uso crônico de corticosteroides, também apresentam maior suscetibilidade. 

A prevenção envolve medidas educativas, vacinação para HPV, rastreamento por meio do exame de Papanicolau, e tratamento das lesões precursoras. “No Brasil, o Papanicolau ou Citopatológico é o exame preconizado para o rastreamento de câncer de colo de útero e lesões precursoras. Seu objetivo é fazer o diagnóstico precoce de lesões precursoras do câncer ocasionadas pela infecção persistente de HPVs de alto grau. Através do diagnóstico precoce dessas lesões é possível seu tratamento, com objetivo de evitar a progressão para o câncer invasor”, explica Ana Carolina Nogueira Ramos, Médica Ginecologista, Obstetra e professora da Unigranrio Afya. 

Na fase inicial, o câncer de colo de útero pode não apresentar sintomas. No entanto, sintomas como sangramentos irregulares, dor abdominal inferior, sangramento pós-coito e secreção vaginal anormal podem surgir à medida que a doença avança. O tratamento varia de acordo com o estágio da doença e pode incluir procedimentos cirúrgicos, quimioterapia, radioterapia e tratamento paliativo. Para a prevenção da doença a vacina é um forte aliada “A vacinação é crucial na prevenção do câncer de colo de útero, sendo recomendada a mulheres dos 9 aos 45 anos. A vacina quadrivalente é distribuída gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos, e até os 45 anos para grupos de risco. Já a vacina nonavalente contra o HPV está disponível na rede privada, oferecendo proteção contra até 90% dos casos de câncer de colo de útero”, Ana Carolina. 

Por meio do Março Lilás, busca-se não apenas conscientizar, mas também promover ações concretas que possam reduzir a incidência e impacto do câncer de colo de útero na população feminina “É essencial que as mulheres não descuidem da própria saúde, realizando exames preventivos regularmente e adotando um estilo de vida saudável. A prevenção é uma demonstração de amor à vida”, pontua a médica.


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