Celebrar a mulher em todas
as suas lutas e conquistas. Esse seria o principal objetivo do Dia
Internacional da Mulher (8 de março) e do Mês da Mulher (março), mas nem tudo
são flores. A data é uma lembrança das muitas conquistas femininas ao longo dos
últimos séculos, mas também serve como um alerta sobre os graves problemas de gênero
que persistem em todo o mundo. Nesse sentido, também é um momento para se olhar
para elas com maior atenção e entender todas as suas preocupações e problemas.
Esse foi o objetivo da H2R Insights & Trends com a realização da pesquisa Flash
H2R do Comportamento – Bem-estar e Saúde Mental da Mulher.
De acordo com os dados
apurados no estudo que contou com a participação de mais de mil brasileiros,
sendo metade mulheres, conclui-se que a mulher é mais afetada por preocupações
com a saúde mental do que os homens. Analisando especialmente as mulheres,
nove em cada dez se preocupam com o estigma e a falta da conscientização sobre
sua saúde mental, o que está alinhado com a pauta global a respeito da
importância da saúde mental feminina para o mundo.
Segundo o estudo, para 52%
das mulheres os problemas financeiros e estresse no trabalho são os principais
aspectos que afetam sua saúde mental. Ainda, a autopercepção de bem-estar
emocional entre as mulheres é menor do que entre os homens, 44% contra 51%.
Vale destacar que a Aliança
Global para a Saúde da Mulher, organizada pelo Fórum Econômico Mundial, defende
que investir na saúde mental das mulheres é o melhor caminho para as sociedades
e economias. A plataforma multissetorial que molda o futuro da saúde da mulher
afirma que mulheres mentalmente saudáveis ajudam todos a crescer. Segundo a
Aliança, as condições de saúde mental afetam as mulheres de forma única e
desproporcional, fazendo com que passem mais tempo com problemas de saúde
mental.
O estudo vem ao encontro
dessa percepção/preocupação, pois constatou-se que 25% das entrevistadas se
preocupam com as diversas pressões culturais e sociais, além delas também terem
que se preocupar com o fato de serem alvo de preconceito. “Esse estudo mostra,
que a mulher que é mãe, profissional, esposa, filha e cuida de todo mundo
também é alvo de preconceito a respeito da própria saúde mental”, afirma
Alessandra Frisso, diretora da H2R.
Além disso, as mulheres
percebem que estão mais próximas de pessoas com a saúde mental prejudicada.
Dados da pesquisa revelam que 70% das mulheres conhecem alguém que já foi
diagnosticado com alguma condição de saúde mental. Como diz Alessandra, “elas
são, em casa, as que mais cuidam de pessoas com esse tipo de problema”.
Os dados ainda mostram que
as mulheres frequentemente enfrentam pressões sociais, expectativas culturais e
desafios específicos relacionados ao seu gênero, o que pode afetar sua saúde
mental. “Como prova de que o tema deve ser visto com mais calma, durante a 78ª
Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Amina J.
Mohammed, secretária-geral adjunta do organismo, declarou que a saúde mental se
tornou uma pandemia silenciosa na vida de muitas das mulheres. Olhando
especificamente para os números da pesquisa, mesmo não sendo especialistas no
tema, é possível reconhecer a importância de abordar as questões de saúde
mental das mulheres com sensibilidade, compreensão e apoio, garantindo o acesso
a recursos e serviços que atendam às suas necessidades específicas”, conclui
Alessandra.
Metodologia – Para essa pesquisa foi
utilizada a metodologia quantitativa via painel online. Foram 1.023 entrevistas
coletadas entre consumidores brasileiros classes ABC, sendo 510 mulheres, com o
perfil e região dos entrevistados como um espelhamento do perfil brasileiro
real. A margem de erro foi de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos,
no intervalo de confiança de 95%.
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