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segunda-feira, 11 de março de 2024

Dengue: risco de morte é 8 vezes maior entre pessoas idosa

Divulgação
O Instituto de Longevidade MAG alerta sobre o tema e destaca os cuidados necessários

 

Mais propensos a comorbidades e com a imunidade fragilizada, pessoas 60+ têm maior probabilidade de apresentar a forma mais grave de dengue. Mesmo que apenas 11% dos casos registrados sejam de infecções em idosos, eles correspondem a 50% das mortes decorrentes da doença no Brasil ao longo da última década.

Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Segundo a pesquisa, durante o período analisado, a taxa de mortalidade da dengue, embora geralmente considerada baixa, foi oito vezes maior entre os idosos. A comparação foi feita com pessoas com menos de 60 anos. 

De 2014 a 2024, 9,5 milhões de casos de dengue foram registrados em pessoas de zero a 59 anos, resultando em um total de 3.211 óbitos. Entre os idosos, houve um número muito menor de casos (1,2 milhão de registros), porém o total de mortes chegou a 3.299. A taxa de letalidade foi de 0,03% no primeiro grupo e 0,27% no segundo. Além disso, o risco de morte por dengue aumenta à medida que a idade avança. Nos pacientes com 80 anos ou mais, a taxa de letalidade chegou a 1,03%. Este grupo representou apenas 1,2% dos infectados, mas impressionantes 20,1% dos falecidos. 

De acordo com Antonio Leitão, Gerente do Instituto de Longevidade MAG, as pessoas idosas enfrentam maior risco de morte por dengue devido à sua resposta imunológica enfraquecida e à presença de condições de saúde subjacentes. Ele complementa: “Hipertensão, diabete e problemas cardíacos são mais prevalentes em pessoas com idade mais avançada. Com as comorbidades, pessoas idosas ficam mais propensas a sofrer complicações decorrentes da dengue.”
 

Veja os cuidados necessários

Mesmo diante de sintomas leves, para essa faixa etária, é essencial buscar ajuda. Geralmente, é recomendado o monitoramento diário para detectar sinais de alarme e uma hidratação mais rigorosa. Consultar um médico sobre quais medicamentos de uso contínuo devem ser interrompidos também é importante para evitar o agravamento da condição.
 

Na prevenção da infecção, as medidas destinadas aos idosos são as mesmas recomendadas para toda a população. Confira abaixo:

  • Eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti;
  • Aplique repelente em todo o corpo, especialmente durante os períodos de maior atividade do inseto (início da manhã e final da tarde);
  • Preferencialmente, utilize roupas que cubram a maioria do corpo. Use calças, camisas de manga longa e calçados fechados.

 

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